Alfredo Bastos Junior, gerente de Marketing da MTE-Thomson, conta sobre a trajetória da empresa no Brasil e da importante relação que mantém com os mecânicos independentes
O Mecânico: A MTE-Thomson é uma empresa originalmente brasileira, que se uniu numa joint-venture nos anos 70. Conte uma pouco dessa história e de como a empresa cresceu nesse período.
Alfredo Bastos: A MTE-Thomson é uma empresa nacional fundada em 1957 e, em 1975, fez uma joint-venture com a Thomson americana. No fim dos anos 80 adquiriu a parte americana tornando-se 100% nacional, ampliando sua linha de controle de temperatura e injeção eletrônica.
O Mecânico: No Brasil, a fábrica de São Bernardo do Campo/SP está capacitada para produzir quais produtos e em quais quantidades? Além disso, a empresa tem sedes no exterior. Onde ficam e para que são destinadas?
Alfredo: Temos duas unidades no exterior para suporte aos clientes, tanto na Europa como nos EUA. Aqui no Brasil temos três unidades, uma no ABC, no estado de São Paulo, e duas no interior, São Carlos e Jaguariúna. Nelas são fabricados além de termostatos e sensores de temperatura, o sonda lambda e diversos sensores da injeção eletrônica.
O Mecânico: Hoje, os produtos da marca são bem presentes no mercado de equipamentos originais, dentro das montadoras. Como é a participação da empresa no desenvolvimento de uma peça para um carro novo, é em conjunto com a montadora?
Alfredo: Normalmente, uma peça para um carro novo leva dois anos para ser desenvolvida e aprovada, além de todas certificações que as montadoras nos exigem.
O Mecânico: Essa peça é levada para o mercado de reposição com os mesmos controles de qualidade das originais?
Alfredo: Sim, esse é um mito que persiste no setor, que a peça de reposição é diferente da original. Não existe isso, pois a peça tem que funcionar bem no veículo independente de sua quilometragem. O prejuízo para a marca será igual se uma montadora ou uma oficina reclamar de um produto.
O Mecânico: Do total de produção da fábrica, quanto é destinado para o mercado de reposição? Qual a importância desse mercado para a marca?
Alfredo: A reposição é muito importante para nós, não só aqui como também no exterior. Em alguns países, temos o mesmo cuidado em ensinar o mecânico sobre os nossos produtos como aqui.
O Mecânico: Quais os produtos mais vendidos entre as oficinas no mercado de reposição?
Alfredo: A demanda de autopeças é técnica, portanto a venda é em função da frota circulante, hoje ainda 80% dela são das quatro principais montadoras. Salvo algum defeito congênito em algum veículo, um componente pode ter um consumo maior. Depende também da região, por exemplo, nas grandes cidades, no trânsito é considerado uso severo, ou seja, maior desgaste.
O Mecânico: A MTE-Thomson oferece produtos para todos os tipos de veículos, de passeio ou comerciais?
Alfredo: Sim, devido à atuação forte no exterior, nossa linha de produtos atende todas as vertentes automotivas: passeio, comerciais, diesel e de todas as nacionalidades, européias, asiáticas e americanas. Com a diversidade da frota aqui, já temos peças para os carros chineses a até para carros híbridos.
O Mecânico: Como a marca vê o mecânico independente? Do que ele precisa e que tipo de ações a marca planeja para estreitar esse relacionamento? Inclui treinamento de aplicação dos produtos?
Alfredo: Somos muito próximos do reparador há mais de 20 anos, com muitas ações de relacionamento, treinamento, apoios administrativos, gestão e até jurídico. As oficinas independentes sofrem como qualquer outra empresa de porte pequeno, que é a “Solidão Empresarial”. Hoje temos muitas oficinas com profissionais competentes, empreendedores e que fazem acontecer. E o mais importante, pode-se ter uma carreira de sucesso sendo um profissional da reparação.
O Mecânico: Em sua opinião, o mecânico influi na hora da escolha da marca?
Alfredo: Claro, sem dúvida! A demanda é técnica, então necessita de conhecimento técnico, em consequência a escolha é técnica do produto/marca.
O Mecânico: Quais os canais de comunicação que a MTE-Thomson tem com o mecânico? Isso inclui programas de treinamento, visita a oficinas etc?
Alfredo: Temos diversas frentes, como as já conhecidas palestras, visitas à fábrica e do técnico MTE, mas também as novas como as redes sociais, treinamentos online pela internet, por TV via satélite, por aplicativos para smartphone, e até mesmo um chat em nosso site, onde o pessoal do nosso SIM (Serviço de Atendimento MTE) atende, enfim todas as possibilidades eletrônicas.
O Mecânico: Existe uma rede de oficinas especializada na aplicação de produtos da MTE-Thomson? Existe projeto de ampliação? Como se tornar um autorizado ou especializado?
Alfredo: Temos um grupo chamado Oficina MTE em fase de reestruturação. Hoje, pelo site da MTE, é possível se cadastrar e conhecer o Programa Oficina do Saber, voltado exclusivamente ao mecânico.
O Mecânico: A empresa sofre com a invasão de peças piratas ou paralelas no mercado? Como orientar o cliente a fugir dessa enrascada?
Alfredo: O excesso de oferta leva à briga de preços, que é comum em qualquer mercado. No caso de autopeças, como já falei, o que vale é a condição técnica. Sem isso, o bem maior que é o veículo não vai funcionar a contento devido a um componente de má qualidade. Alguns só irão aprender errando, ou seja, colocando toda a sua reputação em jogo e em risco a vida do seu cliente.
O Mecânico: Existe no setor automobilístico uma preocupação muito grande com questões de meio ambiente e sustentabilidade. Como a MTE-Thomson enxerga e atua em relação a isso? Existe algum programa de orientação ao mecânico em relação ao descarte de suas peças?
Alfredo: Excelente pergunta! Acho que temos que discutir isto mais profundamente com as entidades do nosso setor, é fundamental toda a cadeia estar envolvida. Temos que ter uma política definida para a reparação independente. Ações isoladas são importantes para criarmos exemplos, mas não resolvem. Vamos aprofundar mais este assunto.
O Mecânico: As feiras e eventos do setor são aproveitados ao máximo pela empresa? Qual a importância e as atividades desenvolvidas nesse sentido?
Alfredo: As feiras são importantes, apesar do custo ser muito alto, pois a maioria dos mecânicos tem contato com a empresa pela peça somente. Acho que a presença deles conhecendo as pessoas, vendo a que a empresa se propõe, fica diferente. E já fizemos feiras em todo mundo, só na Alemanha desde 1998. Nossa Automec já é a segunda feira em número de visitantes no mundo, portanto é fundamental a presença.
O ponto de vista do auditor numa certificação
Se sua oficina é certificada ou se você gostaria que fosse, saiba que o trabalho do auditor que monitora os seus processos não é de policiar ou mostrar suas falhas, mas sim apoiá-lo na gestão e melhoria de seus resultados sempre
A definição de auditoria é bem simples, apesar de muita gente achar que é complicado. De acordo com dicionários da internet, auditoria é um exame cuidadoso e sistemático das atividades desenvolvidas em determinada empresa ou setor, cujo objetivo é averiguar se elas estão de acordo com as disposições planejadas ou estabelecidas previamente, se foram implementadas com eficácia e se estão adequadas (em conformidade) à consecução dos objetivos (fonte: Wikipedia).
Moral da história, não precisa se descabelar cada vez que escutar que um auditor vai visitar a sua empresa, desde que você trabalhe de acordo com o que se propôs previamente a fazer. Mas muitas vezes o trabalho do auditor é confundido com o de uma polícia, com alguém que vai te visitar para ver o que você está fazendo de errado e te aplicar uma penalidade, seja financeira ou não.
Nesta matéria, que elaboramos com a ajuda do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), que tem como uma das funções auditar e certificar todos os setores do segmento automotivo, vamos mostrar o trabalho do auditor numa oficina mecânica certificada e como você, empresário, pode ajudar para que esse trabalho seja revertido somente em melhorias para seu estabelecimento e satisfação para seu cliente.
“Quando a empresa solicita uma certificação, começa um processo de conversação com o IQA e o empresário já recebe, juntamente com a proposta de orçamento, um plano de como é a certificação, as vantagens de ser certificado, que proveito pode conquistar com esse mérito e que terá um avaliador que fará monitoramento periódico na oficina, orientando e mostrando caminhos de melhoria”, explica José Palacio, coordenador de Serviços Automotivos IQA.
A partir daí, uma série de normas da ABNT devem ser analisadas pela oficina, de acordo com o seu escopo, no que diz respeito à reparação dos veículos. Além disso, outros requisitos em relação a instalações, organização, atendimento, administração, treinamento de funcionários, entre outros, são exigidos para a empresa. “Uma oficina de freios, por exemplo, deve ser regida pelos procedimentos da Norma ABNT dessa área e deve também seguir os requisitos e regulamentos exigidos pelo IQA”, comenta.
O empresário adequa o seu estabelecimento de acordo com esses requisitos e a função do auditor é justamente garantir que eles estão sendo cumpridos, para que o certificado seja validado. Numa visita do auditor, é utilizado um check list previamente estabelecido, além de constantemente atualizado, com todos os processos e requisitos entendidos pela sociedade como necessários para a prestação do serviço relacionado.
Palacio conta que primeiramente, quando chega para uma visita, o auditor faz uma reunião de abertura com os responsáveis da oficina para deixar claro sua função e já expõe como vai atuar: desde os requisitos que vai verificar, de que forma serão verificados etc. “Ele deixa claro que está lá para verificar as atividades em cada requisito, procurando pelas conformidades. Não estamos fiscalizando ninguém nem procurando erro de ninguém, mas sim verificando se os requisitos estão atendidos de acordo com as normas”, garante o coordenador.
Agora, se for constatado que algum requisito não está coerente, isso será anotado. Cada não conformidade encontrada será identificada no momento, juntamente com o empresário, de forma transparente e justificada. “Quando chega ao final da auditoria, o empresário já sabe se foi aprovado ou não. Não há surpresa. O processo é transparente e visível passo a passo”.
Depois da reunião é feita uma visita na empresa. Nessa visita rápida, com a visão clínica, o auditor já visualiza todos os pontos e o que tem de ser focado com mais detalhes. “Um grande desafio da auditoria é a questão do tempo: o avaliador tem que entender e avaliar todo o processo da empresa no período de um dia, para isso usa sua experiência”, conta Palacio. Vale lembrar que hoje as auditorias de manutenção da certificação do IQA são realizadas anualmente.
Mas o empresário pode ajudar, pois no plano de auditoria, que é passado previamente para o auditor e para a oficina, está estabelecido o dia da visita, a que horas, os dados da empresa, o nome do auditor, o início e término da auditoria, etc. É solicitado também que seja disponibilizada ao auditor uma pessoa com poder de decisão para acompanhar e agilizar o processo, também por uma questão de transparência. “Colocar uma pessoa que não está a par das atividades da empresa acaba não auxiliando na auditoria. Isso pode dificultar nosso trabalho”, observa.
Durante a auditoria e com base na visita anterior, uma série de itens são avaliados de primeira vista, deixando itens de maior importância para uma avaliação mais minuciosa. Mas essa auditoria vai além dos requisitos referentes ao processo de certificação, ele pode e deve oferecer informações úteis ao gestor, o que é chamado de “oportunidade de melhoria”. São detalhes que nem sempre estão ligados ao processo, que não fazem parte da auditoria, mas valem como alerta, e como orientação.
“Devemos ressaltar que a auditoria não procura falhas, procura acertos, e todo auditor tem a obrigação de orientar no tocante a melhoria dos processos, além de dar dicas de melhorias dentro dos requisitos que estão sendo cumpridos, mas que podem melhorar, pra ganhar rapidez, evitar perdas, ganhar produtividade etc. O IQA mostra os caminhos para que a empresa possa tomar as atitudes para melhorar”, esclarece o coordenador.
Não deve fazer por fazer, deve fazer para melhorar
“Tenho que fazer isso só porque é requisito, mas não vai me ajudar em nada”. Muita gente pensa assim, mas numa auditoria de certificação, isso não é verdade. Por isso, não basta ser certificado, tem que aparecer, demonstrar isso através das evidências. “Os requisitos são atendidos através de verificações das evidências, por exemplo, se vou auditar um processo de reparação, vou ver como o profissional trabalha, acompanhar visualmente”, diz Palacio.
Ele continua: “você faz pesquisas de satisfação de clientes para saber se seu trabalho é satisfatório e seu cliente está satisfeito? Sim, mas não tem como o auditor visualizar isso, então o empresário deve mostrar uma relação de nomes pesquisados, quem efetuou a pesquisa, qual foi o resultado, etc, e isso se torna uma evidência. Você faz reuniões com o pessoal para consolidar os processos? Sim, mas não dá para visualizar, então o empresário, para demostrar a evidência, deve fazer uma ata com o nome dos participantes e lista de presença assinada. E assim por diante, lembrando que: quem não mede, não conhece. Quem não conhece, não faz. Quem não faz, não melhora”.
Ética e postura dos auditores
Nas auditorias, o avaliador tem o objetivo de entender uma empresa, então ele deve saber falar com quem está sendo auditado. Para isso, o IQA mantém os auditores treinados frequentemente de forma que possam ter um conceito de interpretação homogênea dentro do processo, considerando seu comportamento, ética, postura, tom de voz etc. “Eles precisam ter uma maneira educada de falar, mesmo quando existe uma não conformidade, o auditor tem que ter jogo de cintura e muita educação”, garante.
Ter sempre a ética como palavra de ordem, desde a primeira reunião de abertura, o auditor deixa claro, antes de mais nada, que tem um termo de confidencialidade assinado com o IQA, um código de ética que tem que se respeitar. “Alguns empresários já chegaram a questionar se os auditores não vão levar informações da sua empresa para o mercado, mas isso não é permitido. O que acontece em alguns casos é perguntar para o empresário se pode mostrar para outros suas boas práticas, mas precisa de permissão para isso e, caso não haja concordância, será respeitado”.
Planejamento da auditoria
Antes de sair para uma visita, o auditor tem que se preparar, aprender sobre a empresa e seus processos. Além disso, contata o empresário e pede que ele deixe preparado alguns requisitos que devem ser verificados. “Por exemplo, uma empresa que trabalha com diesel deve deixar a disposição um veículo para acompanhamento de medição de emissões”.
Palacio explica que existe a Norma NBR 19011 que aponta as diretrizes para auditoria de sistema de gestão da qualidade e ambiental. “Nossas atividades estão relacionadas com essa norma, que é uma referência sobre as fases da auditoria: planejamento, preparação, realização, relatório e acompanhamento”.
Influência do auditado na auditoria
É de extrema importância que a pessoa que acompanha a auditoria tenha autonomia, postura construtiva e comprometimento. “Mesmo que o dono acompanhe, se ele não estiver comprometido e não acreditar, não vai dar certo. Ele tem que saber o que pretendemos e extrair o máximo que pode do conhecimento do auditor, em seu benefício. É preciso visão do empresário, que ele apoie o processo para obtenção dos melhores resultados”, observa o auditor.
Formação do auditor
Para ser homologado como auditor de Serviços Automotivos do IQA, é preciso que o profissional tenha formação na área automotiva, com conhecimento também de processos de auditoria ou de consultoria. Ter ainda formação técnica, disponibilidade de viagem, ética, ser educado, saber se apresentar e saber como dirigir a palavra. Depois disso, caso aprovado e haja vagas, a pessoa passa por um treinamento inicial para filtrar se esses conhecimentos são reais. Depois passa por varias avaliações, sendo acompanhado por um auditor veterano, para início de atividades em que a atualização será sempre exigida e monitorada.
O IQA busca, de preferência, pessoas recomendadas por outras entidades, avaliadores ou ate mesmo clientes. Outras referências importantes para o auditor são: conhecer as Normas das series ISO, ter bagagem sobre sistema da qualidade, etc. “Possuir uma boa base dessas referências facilita para entender qualquer sistema de gestão”, diz Palacio. O site do IQA pode ser uma fonte de informações (www.iqa.org.br), e caso tenha interesse, envie um currículo para avaliação pelo e-mail: [email protected]. Boa sorte!
Viagem Segura: Organizando a casa
Depois de tanta manutenção para assegurar uma viagem de férias tranquila aos clientes, o mecânico precisa arrumar tudo para continuar a atender com qualidade. Confira dicas valiosas de como arrumar a oficina e descubra os benefícios que isso pode trazer ao longo do ano
Mais um período de festas, férias e viagens intensas chegou ao fim. Um cenário que se repete ano após ano e que é aguardado ansiosamente por muitos. Mas tudo que é bom dura pouco, como diz o velho ditado. Agora, o processo é completamente inverso: milhares de carros pegam as estradas com intuito de voltar ao destino de origem. Não é para menos. Após tantas comemorações é hora de colocar as baterias, merecidamente recarregadas, para funcionar. Então, mãos à obra!
Enquanto alguns curtem, outros, como o profissional da reparação, acumulam trabalho. Afinal de contas, é ele que tem de deixar o carro do cliente em ordem antes de ele viajar. E o que não faltou foi veículo transitando pelas rodovias brasileiras neste final e início de ano. A Ecovias, concessionária que administra o Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), registrou a passagem de 627.582 automóveis rumo ao litoral, somente no feriado de Ano Novo. Um número alto e que tende a crescer cada vez mais.
Com tudo voltando ao normal, o mecânico não pode vacilar e precisa arrumar a oficina para atender os clientes de forma ainda melhor. É durante as férias que o movimento no centro automotivo aumenta, mas manutenção de carro é sempre imprevisível e pode ser necessária em qualquer um dos 365 dias do ano.
Por isso, sai na frente quem está preparado para atender bem e sempre. Nesta última reportagem do caderno especial Viagem Segura, realizada em parceria com o técnico de ensino do Senai-Vila Leopoldina, Fernando Landulfo, veja dicas de como aplicar uma gestão de qualidade e ganhar muitos elogios dos clientes pela excelência.
” Atendimento: Vamos começar pela porta de entrada ou o cartão de visita de qualquer estabelecimento: o atendimento. Este setor deve alcançar todas as expectativas do cliente e ser transparente. Deve haver regras básicas no momento em que receber o veículo: desde o cadastro da entrada do veículo até a sua entrega. Tenha em mãos um check list e anote tudo o que o motorista afirmar estar com defeito.
Os prazos são sagrados. Prometeu que vai entregar em tal data, cumpra! Na hora de explicar o serviço, lembre-se de detalhar as informações de forma técnica, mas de maneira simples e direta. Muitas vezes o proprietário é leigo. Também é importante logo no atendimento cuidar de cobrir assentos, volantes e alavanca do câmbio, além de colocar proteção na lataria para evitar manchas, entre outros procedimentos.
Após finalizar o conserto, faça os devidos testes e identifique cada um no cadastro para conhecimento do cliente. Entregue o veículo sempre limpo e lavado, de preferência. Por fim, instrua o funcionário responsável por receber o carro a não discriminar nenhum veículo. Uma boa impressão torna mais fácil a fidelização do cliente.
” Instalações: Ambientes limpos e organizados, além de melhorar a qualidade do serviço, também beneficiam a imagem da empresa. O cliente quer ver o seu veículo sendo bem tratado num local adequado. Também é importante proporcionar uma sala de espera apropriada ao cliente, com distrações como revistas, cadeiras, televisão e, porque não, ar condicionado e um cafezinho.
Implante a separação de resíduos na oficina e promova o descarte correto de peças e de outros materiais considerados lixo na reparação. Os equipamentos do centro automotivo também precisam receber manutenção preventivamente para não dar problema justamente na hora do trabalho. Disponibilize banheiros descentes e limpos para clientes e funcionários. O ambiente de trabalho, em geral, deve ser estruturado para resguardar a integridade de todos que frequentam o estabelecimento.
” Estoque: Outro local importante da empresa é o estoque de peças de reposição, que deve ser encarado como se fosse um segundo cofre da oficina, segundo Fernando Landulfo. “Peça de reposição é dinheiro e, por essa razão, tem que ser muito bem guardado. Logo, não há como se conceber estoques abertos e sem qualquer controle. O dono do estabelecimento deve saber o quem tem lá dentro, o que entra e o que sai”, argumenta.
Além disso, outros cuidados devem ser tomados com relação ao espaço onde são guardadas as peças. Verifique se a armazenagem das peças está de acordo com as indicações do fabricante. Isso é muito importante para a sua conservação. O tamanho do estoque deve ser determinado segundo o fluxo de veículos na oficina. “Não adianta comprar demais! Você estará empatando dinheiro. Mas também não comprometa os prazos de entrega por falta de peça de reposição. Não conte com o just-in-time de todos os fornecedores, alguns podem falhar, e isso pode significar um atraso na entrega do carro”, orienta Landulfo.
A prioridade da compra de peças sempre deve levar em consideração os itens de maior rotatividade e de acordo com o foco da oficina. “Não compre aquilo que não for usar, ou que tenha uma possibilidade muito remota de utilização. Porém, jamais deixe faltar aquilo que você tem certeza que será usado diariamente”, explica o técnico.
Segundo ele, também é importante manter uma parceria com fornecedores, sejam autopeças, distribuidores, varejistas ou atacadistas. “É possível até gerar um contrato de comodato na oficina, aquelas que são faturadas apenas depois de aplicadas”, diz. O professor indica a utilização de soft-wares de gestão, que auxiliam no controle automático do estoque. Outra recomendação é que peças danificadas sejam mantidas separadas das novas e identificadas até o seu destino final.
” Fornecedores: Não se pode falar em estoque de reposição sem falar em compras. Atualmente, comprar bem é tão importante quanto vender bem, na opinião de Landulfo. “Hoje em dia quem estabelece o preço de uma mercadoria não é o comerciante, mas o mercado. A concorrência tem feito com que os preços de venda se estabilizem num determinado patamar. Por isso, ganha mais quem compra melhor e não quem vende mais caro”, conclui.
Por essa razão, manter uma boa relação com os fornecedores ajuda a melhorar o desempenho da empresa. Faça uma pesquisa e escolha ter uma boa relação com aquele fornecedor que proporcione uma melhor relação custo x benefício. Verifique a possibilidade de trabalhar com o estoque do fornecedor, avaliando o tempo de entrega e a disponibilidade dos produtos.
Avalie o que o fornecedor oferece na questão de valor agregado ao seu serviço ou produto. Ou seja, se disponibiliza assistência técnica, garantia, treinamentos, entre outras coisas. Se o distribuidor possuir cursos e treinamentos para funcionários, aproveite! Atualização profissional nunca é demais. Outro ponto fundamental é manter um fornecedor para cada item. Por fim, na medida do possível, procure ter um planejamento quando for realizar compras, saiba quando e onde comprar.
” Responsabilidade social e ambiental: Devido às novas leis cada vez mais rígidas, os cuidados com o meio ambiente devem se tornar uma prática constante dentro da oficina. “Por exemplo, tenha coleta seletiva de lixo, armazene corretamente e recicle óleos lubrificantes e a sucata”, afirma. Desenvolva a cultura da preservação ambiental em todas as áreas da oficina. Lembre-se: o descarte de óleos e resíduos deve ter a destinação certa feita por empresas credenciadas.
Cuidar da sua comunidade também faz parte de uma oficina comprometida com a sociedade. Incentive os funcionários a prestar auxílio ao próximo por meio de instituições de caridade, campanhas sazonais de ajuda ou ONGs. Tenha ponto de coleta de óleo de cozinha e outros resíduos disponíveis para a vizinhança. Faça propaganda das ações realizadas por você por meio de folhetos. Datas comemorativas como Natal, Dia das Crianças, Dia do Trabalhador ou mesmo a chegada do inverno são ótimos momentos para uma mobilização da oficina.
” Treinamento: Tão importante quanto a aquisição de bons equipamentos, é o treinamento dos funcionários que vão usá-los. Mantenha a equipe treinada e atualizada. Traga conhecimento técnico para dentro da companhia ou incentive a busca de informação nos meios de comunicação e nas escolas especializadas.
Sendo assim, mantenha o profissional com nível de conhecimento compatível com a função que exerce. Largue o preconceito de que investir em conhecimento gera custo. Existem diversas fontes para se conseguir informação técnica de qualidade: feiras, palestras, workshops, entre outros. Formar um grupo de oficinas também é uma opção para baratear custos e trocar experiências no setor.
” Ferramentas e equipamentos: Seja uma oficina multimarca ou não, a presença de ferramentas e equipamentos facilita o trabalho do mecânico e ajuda a reduzir o tempo de reparação. “Sempre que possível procure adquiri-los. Não se esqueça de guardá-los em local adequado, devidamente identificados e protegidos. Afinal de contas, equipamento também é dinheiro”, recomenda o instrutor.
Na hora de comprar equipamentos, faça negócio com aquelas marcas que oferecem curso de utilização gratuitamente, assistência técnica e a manutenção para o bom funcionamento. Tenha certeza de que está adquirindo um produto de qualidade. Quando aplicável, verifique se há homologação do Inmetro, um indicativo da confiabilidade no produto. Além disso, essas homologações devem estar sempre atualizadas.
É importante realizar constantemente a manutenção e calibração dos equipamentos e instrumentos de medição. Descarte ferramentas que estejam danificadas e ofereçam riscos ao quadro de mecânicos.
” Garantia: Existem diversas maneiras de ter garantia na oficina e, inclusive, oferecê-la ao cliente. Por exemplo, ao aplicar a peças observe as condições de montagem e instalação para não correr o risco de perder a garantia do fabricante. Tenha sempre em mãos o manual do código de defesa do consumidor e deixe-o visível para consulta dos motoristas.
Antes de executar o serviço, solicite ao proprietário que aprove o orçamento especificado. Senão, ele pode reclamar de algum barulho que não existia antes e se negar a pagar. Proteja-se realizando a compra de produtos de boa procedência. Na aquisição da peça, se tiver certificado de garantia, preencha-o corretamente. Exija a nota fiscal em todas as compras.
” Reclamações e pesquisa de satisfação: Por mais que seja um desagrado, todas empresas estão sujeitas a receber críticas. Mas elas devem ser recebidas, avaliadas e encaradas pelo lado positivo. Por isso, a pesquisa de satisfação serve para medir o padrão de qualidade do serviço prestado, bem como sentir de que forma os clientes avaliam os processos, produtos e serviços.
No entanto, não adianta realizar o questionário e escondê-lo dentro da gaveta. É preciso aplicar as sugestões cabíveis, senão continuará sem saber onde está a falha do negócio. Compare a evolução do seu serviço ao longo de um período e, em caso positivo, utilize as informações em suas ações de mar-keting, em caso negativo, tenha um plano para melhoria.
Depois de implantar as modificações, faça uma nova pesquisa para saber o que o cliente está achando. Sinalize as mudanças que foram sugeridas pelos consumidores para que todos saibam e percebam. O questionário vai render um banco de informações muito rico, portanto, defina padrões de excelência a serem atingidos. Este tipo de trabalho contribui para o crescimento da oficina.
” Marketing e divulgação: Na hora de fazer a divulgação a respeito da sua empresa, potencialize tudo que ela possui de bom. Não adianta nada ter a melhor oficina do mundo se ninguém sabe que ela existe. Busque novos clientes, mas não se esqueça de manter os atuais. Valorize e exponha os certificados que o estabelecimento e os funcionários conquistaram.
Exalte os diferenciais que a companhia possui em relação aos concorrentes. Faça anúncios, mas escolha com cautela os meios de divulgação. Nem sempre gastar mais será sinônimo de maior alcance. Crie um controle de retorno de mídia por meio de questionamentos de como a pessoa chegou até a mecânica. Como dito no tópico Instalações, se preocupe com a aparência interna, porque isto também é marketing. Organização e limpeza influenciam na reputação do centro automotivo.
Colaboração técnica: Oficina do Gato
Renault Sandero RS 2.0 começa a ser vendido em setembro
O Renault Sandero R.S. 2.0 começará a ser vendido na primeira quinzena de setembro. O motor 2.0 aspirado entrega 150 cv, associado a uma caixa de câmbio manual de 6 velocidades com relações curtas para maior esportividade. Além disso, o hot hatch atinge a velocidade máxima de 202 km/h e vai de 0 a 100 km/h em apenas 8,0 segundos.
A versão R.S. 2.0 traz mudanças mecânicas e estéticas e foi desenhado e desenvolvido pela Renault Sport, na França, em conjunto com o Renault Design América Latina e com Renault Tecnologia Américas. Completo, o modelo terá preço sugerido de R$ 58.880. O único opcional ficará por conta das rodas de 17 polegadas (calçadas em pneus 205/45) que custa R$ 1.000.
Purolator lança novos filtros para pesados na reposição
A Purolator está lançando uma série de filtros e elementos filtrantes para caminhões, ônibus e outros veículos pesados. Os novos itens chegam para complementar o catálogo da marca, que foi adquirida totalmente pelo grupo Mann+Hummel em 2013. A empresa afirma que os produtos possuem tecnologia de filtragem de partículas como água, pó, ferrugem, sujeira e outros resíduos, garantindo qualidade até a próxima troca do filtro.
Confira os lançamentos disponíveis para elementos filtrantes do ar:
Filtro: A1115
Aplicação: FORD (BD 7T 9601 B) / IVECO (714 0555) / MERCEDES BENZ (345 094 73 04) / VW (T15129620)
Filtro: A1742
Aplicação: SCANIA: K230 DC9, K270 DC9, K310 DC9, K340 DC11, K420 DSC12 (01/05-) – para referência original 1510905
Filtro: A1743
Aplicação: VOLVO: FH12400; FH12440; FH12480; FH12520 – D13A (11/10-); FH 420 e F 460 – D13C-460 (04/09-) – para referencia original 21115483
Filtro: A1744
Aplicação: SCANIA: F 94 – DSC9-11,DC9-01,9-03 (01/98-); K 114 e K 124 – DSC11,DSC12- 02,DSC12-01,DC12-01 (01/98-); K 94 – DSC 9-15 (01/98-); L 94 – DSC9-01 / DC9-02 (03/97-12/04)
Filtro: A1746
Aplicação: MBB: Axor 2035 S; 2040 S; 2044 S; 2540 S; 2544 S; 2640 S; 2644 S; 3340; 3340 S; 3340 K; 3344; 3344 S; 3344 K; 4140 K; 4144 K – OM457 LA (01/05-) – Conforme original 004.094.35.04
Filtro: A1747
Aplicação: SCANIA:P, R, T 94, 114, 124 – Alguns modelos(1377099)
Filtro: A1748
Aplicação: FORD: F 1000, 2000, 4000 ( 85TU 9601 A ) (01/90-)
Para os filtros blindados de refrigeração, são dois lançamentos. Confira:
Filtro: W1002
Aplicação: CUMMINS / EMNGESA / FORD TRUCKS: 1722/1731 MAX TON (01-); 2626 (93-06); 2831 (05-06); 3222 MAX TON (02-06); 4030 MAX TON (02-); 4031 MAX TON (02-06); 4331 (03-06); 5031 (05-06) – Cummins 6CTAA / SCANIA TRUCKS: R 113 – DS 11 (01/91-); T 112 – DS 11 (01/87-); 112 R/T/K/S – DSC11 / DSC14 (01/81-); 142 R/T -DS11,DSC11,DS14,DSC14 (01/81-); G 93 – DN/DS/DSC 9 (88-91); P113 – DS/DSC/DTC 11 (88-97); P114 – DSC 11/12 (01/97-); P93 – DS/DSC 9 (88-91); P93 – DS9 (01/95-); P93 Frontal – DSC 9-07 (01/95-); P94 – DSC 9 (01/98-); R 113 – DS/DSC/DTC 11 (88-97); R 143 – DSC 14 (88-96); R 93 – DS/DSC 9 (88-91); T 112 – DS11/DSC11/14 (01/86-); T 113 – DN/DS/DSC 11 (88-97); T 144 – DSC 14 ; T 164 – DC 16-01 ; T 93 – DN/DS/DSC 9 (88-91); 113 R/T – DS11,DSC11,DSC14 (01/81-) / SCANIA BUS: T113 H 6×4 – DSC11 ; F 113 – DN11/DS11/DSC11 (10/92-); K 112 – DSC11 (01/86-); K 113 – DSC11-21 / DSC11-23 (01/97-); L 113 – (01/97-); S 112 – DSC11 / DS14
Filtro: W1003
Aplicação: VOLVO BUS: B12 – Série / VOLVO TRUCKS: FH 12-Série 340; 380; 420; 460; FM12- Série 340; 380; 420; 460; NH 12-Série 340; 380; 420; 460; NL 12-Série 360; 410
Veja os quatro novos filtros blindados na linha de óleo:
Filtro: L1964
Aplicação: KIA MOTORS: Bongo (K2700) 2.7 8V (97-); K2500 2.5D (07-) / Hyundai: HR 2.5 8V Tci HD SOHC (05-)
Filtro: L1965
Aplicação: BOB CAT / CASECONSTRUCTION / FORD: F2000; F4000 / IDEAL / INGERSOLLRAND / MASSEY-FERGUSON / MAXION / NEW HOLLAND / TOYOTA: Bandeirante 3.7 8V (92-01)
Filtro: L1970
Aplicação: CATERPILLAR / VOLVO TRUCKS: FH-Série: 340; 380; 400; 420; 440; 460; 480; 520; FM12-Série 340; 380; 400; 420; 440; 460; 480; 520; fm370 Tractor; NH 12-Série 380; 420 e 460.
Filtro: L2340
Aplicação: IVECO: EuroCargo 450E32T-CURSOR 8 7.8L (11/06-); Stralis HD380, HD 450 E38, HD 450 S38T, HD 570 S38T – CURSOR 13 F3BE0681G (08/05-); HD 450 S42T, HD
570 S42T, HD 740 S42T – CURSOR 13 F3BE0681V (08/05-); HD 490 S 38T, HD 490 S 42T – CURSOR 13 (01/08-)
Há também lançamentos na linha de elementos filtrantes do óleo:
Filtro: L1957
Aplicação: Constellation 17.280; 24.280; 31,280; Constellation / Worker 26.280 – MAN D08 36 280 (11-)
Filtro: L1959
Aplicação: SCANIA: G 400; G 440; G 480; P250; P360; R 440 – DC13 FASE7 (Euro 5) (04/10-)
MWM reforça parceria com SENAI e doa motores Euro V
A MWM Motores, fabricante independente de motores diesel, reforça parceria com o SENAI. A empresa disponibiliza para a entidade, nesta primeira etapa, motores que utilizam a tecnologia Euro V para unidades estratégicas do SENAI distribuídas pelo território nacional.
Os novos propulsores serão utilizados nos cursos técnicos oferecidos pela instituição. Além dos motores, a empresa disponibilizará literatura técnica, suporte técnico e capacitação dos instrutores das escolas SENAI, tornando-os aptos para ministrar os cursos MWM com certificação oficial, garantindo a propagação de conhecimento confiável.
A parceria possibilita o acesso a estrutura do SENAI, onde há um forte compromisso de prover benefícios tanto para alunos da instituição quanto para os representantes da rede.
Outra inovação didática da MWM é o sistema de treinamento autônomo chamado PROFORTE – Programa de Formação Técnica, que foi desenvolvido pela área de Serviços da companhia com o objetivo de difundir o conhecimento dos motores MWM de maneira confiável e realista. O PROFORTE é um pré-requisito para a realização do curso presencial com o intuito de reduzir o tempo do técnico fora do seu posto de trabalho, otimizando os resultados.
De acordo com Cristian Prates Malevic, diretor da Engenharia de Motores da MWM, a parceria com o SENAI é estratégica na proliferação de conhecimento, desta forma colaboramos de forma efetiva com a capacitação e formação de profissionais e estudantes brasileiros. “Ao longo destes 21 anos de relacionamento, contribuímos para o aprimoramento das novas tecnologias além de reafirmarmos nosso compromisso com esta instituição que utiliza os propulsores MWM nas aulas práticas, fornece, através de pessoal gabaritado e equipamentos de ponta, a formação necessária para os futuros profissionais da indústria.”, afirma Cristian.
Hyundai elege melhores consultores e técnicos de reparação de sua rede
Foi realizado no dia 11/08 a terceira edição do “Hyundai Brazil National Championship”, torneio anual da Hyundai de habilidades técnicas e funcionais, que tem como objetivo reconhecer os colaboradores da rede de concessionários que proporcionam a melhor experiência de compra e serviço e, assim, garantem o mais alto nível de satisfação entre os clientes da marca.

Giovanni Pereira (técnico) e Rafael Ferreira (consultor de Vendas)
A competição reuniu profissionais de todas as concessionárias da Hyundai no Brasil, totalizando 42 finalistas, divididos em três categorias: Melhor Técnico, Melhor Consultor de Serviços e Melhor Consultor de Vendas de 2015.
Ao todo, 1.405 participantes se inscreveram para a seletiva online, o que representa um crescimento de 30% de adesão da rede em relação a 2014. Entre eles, os 14 melhores colocados de cada uma das três categorias foram selecionados para a final e avaliados por meio de prova teórica sobre os padrões de qualidade da Hyundai e etapas práticas, que testaram os conhecimentos específicos da atuação dos competidores. Os vencedores foram aqueles que somaram as mais altas pontuações entre todos os finalistas de suas categorias.
Segundo o gerente geral de Serviços da Hyundai Motor Brasil, Fernando do Espírito Santo, o torneio é uma importante etapa no desenvolvimento profissional de cada colaborador e reforça o compromisso da Hyundai com a qualidade do atendimento e dos serviços prestados em sua rede de concessionários. “Esta competição é uma das maneiras de incentivar o aprimoramento contínuo e de reconhecê-los pelo cuidado e respeito ao cliente, buscando sempre prover a melhor experiência de compra e serviço”.
Os três primeiros lugares de cada categoria receberam prêmios de reconhecimento e os grandes vencedores das categorias Melhor Técnico e Melhor Consultor de Vendas irão à Coreia do Sul para participar da edição mundial do torneio, como representantes da Hyundai no Brasil. A competição global, chamada Hyundai World Skill Olympics, acontecerá entre os dias 19 e 23 de outubro. Para os Melhores Consultores de Serviço, a final latino-americana ocorrerá na Costa Rica, no mês de setembro.
Confira os vencedores:
Melhor Técnico: Giovanni Pereira – Hyundai Atual Car – Campinas (SP)
Melhor Consultor de Serviços: Natanael Torres – Hyundai CAOA São José do Rio Preto (SP)
Melhor Consultor de Vendas: Rafael Ferreira – Hyundai Atual – Criciúma (SC)
Troca dos amortecedores do VW Gol
Veja como é o procedimento de substituição dos amortecedores dianteiro e traseiro do VW Gol 1.0 2011, que requer atenção especial para a presença da barra estabilizadora antes de começar o serviço
O Volkswagen Gol é um dos automóveis mais vendidos na história da indústria automobilística brasileira e, por isso mesmo, um dos mais conhecidos pelas oficinas mecânicas. Há quem saiba de cor as qualidades e os defeitos do modelo desde a geração “quadrada”, passando pela “bolinha”, até a chamada sexta geração de 2012, mas mesmo um carro tão conhecido tem pequenos truques que, se forem ignorados, podem causar transtornos durante o serviço.
O procedimento desta reportagem foi feito em um VW Gol 1.0 2011 (modelo “G5”) pelo coordenador de treinamento da Monroe, Juliano Caretta. O veículo estava com 40.586 km rodados, portanto, considerando que a vida útil dos amortecedores é de 40 mil km, a substituição foi feita no prazo correto (veja box). No entanto, no caso do Gol “G5” 2011, há um detalhe muito importante que deve ser observado antes mesmo da compra das peças de reposição: se o veículo possui barra estabilizadora no eixo dianteiro ou não.
Juliano apontou que os modelos Gol 1.0 e 1.6 de ano/modelo 2011 equipados com direção hidráulica de fábrica possuem a barra estabilizadora na suspensão. Já os veículos sem direção hidráulica não possuem a barra estabilizadora. De acordo com o especialista, existem duas versões de acabamento com essa motorização (1.0 básico e 1.0 Trend). O modelo reparado nesta reportagem é o 1.0 básico, com direção hidráulica, e, automaticamente, com barra estabilizadora.
Mesmo com essa condição, o mecânico, antes de tudo, deve observar se o veículo está equipado com a barra estabilizadora antes de comprar o amortecedor. Para isso, basta observar pelas caixas das rodas dianteiras se o parafuso da bieleta está instalado, o que é um indício claro da presença da barra estabilizadora. Caso o mecânico vá encomendar a peça de reposição sem ver o carro primeiramente, ou em caso de dúvidas na aplicação, a recomendação é comprar o amortecedor dianteiro para o modelo com barra estabilizadora (código Monroe 27320), o que evita qualquer erro. Juliano afirma que, nesse caso, se o veículo não possuir a barra, o suporte da bieleta fica inutilizado, mas não atrapalha o trabalho da peça dentro da caixa de roda.
O especialista ainda ressalta que, por conta dessa orientação, os distribuidores têm comprado bem mais amortecedores dianteiros para o Gol com barra do que para o Gol sem barra. Os amortecedores para modelos com barra são os mesmos nas motorizações 1.0 e 1.6 tanto do Gol como do Voyage “G5”, assim como os amortecedores traseiros, estes absolutamente iguais nas duas motorizações e em todas as versões de acabamento do sedã e do hatch.
Troca do amortecedor traseiro
1) Comece afrouxando a roda, mas não suspenda o carro. Depois, retire o tampão do porta-malas e solte o encosto rebatível do banco traseiro, deixando as laterais travadas.
2) Ainda com o carro no chão, remova a tampa de borracha da fixação da torre de suspensão. Para afrouxar a fixação superior, é necessário uma ferramenta especial. Caso não possua, utilize uma chave 17 mm para o parafuso e uma chave 6 mm para segurar a haste do amortecedor, evitando que ela gire.
Obs: Lembre-se que, caso o amortecedor atual venha a ser reinstalado, a haste não pode girar em hipótese alguma. Isso danifica o mecanismo interno do amortecedor, inutilizando a peça.
3) Levante o veículo para remover as rodas. Para preservar o alinhamento e o balanceamento original na recolocação, deixe como referência no tambor o parafuso de roda que estiver mais próximo da válvula de ar do pneu. Isso garante que a roda será instalada na mesma posição.
4) Após levantar o carro no elevador, solte o parafuso e a porca da fixação inferior do amortecedor, utilizando chaves 16 mm (cabeça do parafuso) e 17 mm (porca). Não remova o parafuso.
5) Para não forçar o eixo, que ficará solto no ar com a remoção do amortecedor, utilize um cavalete como apoio. Isso também previne danos nas tubulações do sistema de freio.
6) Com o eixo apoiado, remova o parafuso inferior e termine a soltura da fixação superior. Remova o amortecedor com cuidado.
7) Leve o amortecedor para a bancada. Utilize um encolhedor de molas para comprimir a peça para a desmontagem do conjunto. Retire a mola do encolhedor para examinar suas condições de uso. Procure por descascamentos (a mola jamais pode estar descascada), trincas e outras deformações. Sinais de toque entre os elos é outro indicativo que a mola deve ser substituída.
Obs: A Monroe recomenda que, independentemente de seu estado aparente, a mola seja trocada juntamente com o amortecedor para manter a eficiência do conjunto.
8) Retire o restante dos componentes: coxim, arruela, coifa (ou guarda-pó), batente e suporte do batente. Observe o estado dos componentes e procure por marcas de desgaste anormal, como rupturas, que podem ser indícios de pancadas ou defeitos em outros itens da suspensão.
Obs: O kit de reparo do amortecedor traseiro do Gol inclui batente, suporte do batente e coifa. Mas a Monroe recomenda que, sempre que possível, o coxim seja substituído também, assim, mantendo a eficiência máxima do conjunto.
9) Pegue o amortecedor novo, retire a fita e faça o procedimento de sangria (ou escorvamento). A ação baseia-se em estender e contrair a haste do amortecedor até os limites do curso, por três ou quatro vezes. O procedimento elimina o ar ou o gás que esteja no tubo de pressão para que o óleo seja distribuído de forma homogênea no circuito e o amortecedor trabalhe com a calibração correta desde os primeiros momentos em que é instalado no carro.
Obs: Após o escorvamento de qualquer amortecedor, não volte a deitar a peça. Caso seja colocada novamente na horizontal, a equalização do óleo se perde.
10) Prenda o amortecedor novo na morsa pela fixação inferior, nunca pelo tubo. O amortecedor possui válvulas e câmaras internas que podem ser deformadas caso o tubo seja danificado por excesso de pressão na morsa. Portanto, é necessário cuidado nesse momento. A ferramenta utilizada no procedimento desta reportagem é a ideal para segurar um amortecedor, por exercer menos pressão que uma convencional.
11) Faça a montagem dos componentes novos, encaixando o guarda-pó e o suporte no batente. Observe os lados de montagem: a extremidade estriada do guarda-pó fica para baixo e a parte de cima é encaixada na ponta mais fina do batente. Na ponta mais larga do batente, instala-se seu suporte.
12) Para posicionar corretamente a coifa, é necessário “vesti-la” com a ponta dos dedos no tubo do amortecedor.(12a) É importante ressaltar que a má colocação da coifa acarreta acúmulo de sujeira na haste e pode causar danos à peça, reduzindo sua vida útil. Em seguida, coloque a arruela sobre o suporte do batente. (12b)
12a
12b
13) Faça o encaixe da mola no prato do amortecedor, observando o ressalto onde a ponta da mola deve ficar apoiada. Certifique-se de sua posição correta, que é com a espira de maior vão para baixo. (13a) Em seguida, posicione o coxim. (13b)
Obs: O calço superior da mola, que não sai juntamente com a torre de suspensão, também tem um ressalto de apoio da mola para sua ponta superior. Na hora da instalação, observe se a posição de encaixe está correta. O calço também deve estar em boas condições, sem rupturas, ou também deve ser substituído.
14) Ao instalar novamente a torre de suspensão no veículo, verifique o ressalto de apoio da mola no amortecedor. Ele sempre deve apontar para o lado direito de quem está montando. Isso deve acontecer nas duas rodas traseiras.
15) Na montagem, para subir a haste do amortecedor até a altura necessária para a fixação superior, desça o veículo até a altura do cavalete de apoio. A porca da fixação superior sempre deve ser trocada por uma nova, que vem com o amortecedor novo.
16) Com a roda recolocada, desça o veículo ao chão e balance a traseira do carro para acomodar as peças novas. O último aperto das fixações, tanto inferior quanto superior, sempre deve ser feito com o carro no chão.
Troca do amortecedor dianteiro
1) Para ter acesso à fixação superior do amortecedor dianteiro direito, é necessário remover o reservatório de gasolina da partida a frio. Remova o parafusos com chave Torx 30.
2) Assim como na suspensão traseira, a fixação superior dianteira também precisa de uma ferramenta especial para ser desrosqueada sem que a haste do amortecedor gire junto. Caso não possua a ferramenta, utilize uma chave Allen 7 para segurar a haste e chave 17 mm para soltar a porca de fixação. Não solte a fixação completamente, apenas dê uma afrouxada.
3) Em seguida, remova a roda e faça o procedimento de marcação da posição da roda pelo parafuso mais próximo à válvula de ar, assim como foi sugerido na roda traseira.
4) Solte o flexível de freio de sua fixação, puxando com as mãos para cima.(4a) Em seguida, solte a bieleta da barra estabilizadora, utilizando chave Torx 27 para segurar o pino esférico e chave 16 mm na porca. (4b)
5) Para facilitar a separação do amortecedor e da manga de eixo, remova o excesso de sujeira na região e aplique um desengripante.
6) Solte o parafuso e porca da manga de eixo, com uma chave 18 mm e outra Torx 60.
7) Após a remoção do parafuso da manga de eixo, utilize uma ferramenta especial para abrir a fenda da manga em alguns milímetros. De acordo com Juliano Caretta, o procedimento, se feito com cuidado, é mais indicado do que forçar a manga de eixo e toda a suspensão do carro até que ocorra a soltura do amortecedor.
8) Para abrir espaço para a retirada do amortecedor, encolha a mola diretamente no veículo. Para isso, escolha um encolhedor de molas adequado, que permita sua colocação por dentro da caixa de roda.
9) Afaste a manga de eixo aos poucos do amortecedor e termine de soltar a fixação superior, segurando o amortecedor por baixo, pelo tubo. Retire o amortecedor com cuidado e leve-o para a bancada.
10) Com o amortecedor na morsa, solte a porca superior com chave estrela 21 mm, segurando a haste com chave allen 7.
11) Remova o coxim, o rolamento e o prato de apoio. A recomendação é que o coxim e o rolamento devam ser substituídos juntamente com o amortecedor.
12) Retire a mola e o calço inferior. Assim como na suspensão traseira, a Monroe recomenda a substituição conjunta da mola com o amortecedor.
Obs: O calço deve ser substituído também, já que sua função é evitar o contato de metal com metal, que provoca desgaste das peças e, acima de tudo, ruído. Batente e coifa também devem ser novos. Também como na suspensão traseira, examine as peças descartadas atrás de sinais de desgaste anormal, que podem indicar batidas e problemas em outras peças da suspensão.
13) Faça o escorvamento do amortecedor novo a exemplo do que foi feito no procedimento da suspensão traseira. Repita os movimentos entre cinco e seis vezes desta vez. Em seguida, comece a montagem das peças novas pelo batente. Sua referência de posição é o tamanho dos furos: o furo maior sempre deve estar pra baixo.
14) Vista a coifa pela parte inferior, como no amortecedor traseiro. (14a) Depois, coloque o calço de mola e a mola em si (comprimida para a instalação no carro), observando o posicionamento do ressalto de apoio no calço. (14b)
14a
14b
15) Posicione o prato de apoio e faça a colocação do rolamento e do coxim. Ambos têm posição de montagem. O rolamento deve fica com sua face mais escura para baixo. Faça a substituição da porca de fixação do coxim.
16) Retorne a torre de suspensão ao carro, fazendo o encaixe das fixações superior e inferior e do parafuso da manga de eixo. Apenas depois disso, remova a ferramenta que expande a fenda da manga.
17) Antes de soltar o encolhedor, observe se a mola está em seu ponto correto de apoio. Ela pode sair do lugar na movimentação da bancada ao carro. O restante da montagem segue procedimento similar ao inverso da desmontagem.
Mais informações: Monroe – (11) 4615-5572
Regra de Ouro 1: Usar sempre o cinto de segurança
Uma regra básica e fundamental que parece tão óbvia que não deveria ter que ser lembrada, mas os números não mentem, com mais de 50 mil mortes no trânsito por ano no Brasil, sempre é necessário lembrar do simples e direto: o uso correto do cinto de segurança pode evitar mortes em metade desses acidentes. Ou seja, “Cinto de Segurança Salva Vidas”.
A Colisão Humana: imagine-se correndo o mais rápido que você consegue em direção a uma parede. Você acha que consegue parar imediatamente se a parede simplesmente sumir e você estiver a 50 cm de bater? É exatamente o que acontece quando a frente do seu carro colide com alguma coisa a apenas 25 Km/h. O carro para em 1/10 segundo, mas você continua se movendo dentro do carro até algo te parar – o volante, o painel ou o para-brisas – se você não estiver utilizando o cinto de segurança. Ruim a 25 Km/h, mas a 50 Km/h você atinge a “parede” quatro vezes mais forte do que a 25. Posto de outra forma, atinge a “parede” com o mesmo impacto de uma queda do terceiro andar.
O uso correto do cinto de segurança significa que ambas as faixas (a abdominal e a transversal peitoral) estão muito bem ajustadas de forma a transferir o impacto da colisão para as partes do corpo que podem suportar esses esforços – os ossos do quadril e do ombro. Somente com a faixa no ombro, você poderá escorregar e ser enforcado pela própria faixa e com somente a abdominal seu rosto poderá atingir o volante ou o painel.
“Mas agora eu tenho o airbag, não preciso do cinto”. Sorte sua! O airbag aumenta a eficácia do cinto de segurança em 40%. Aliás, eles foram projetados para serem usados como um sistema de segurança que atua em conjunto, e é por isto que a partir de 2014 todos os veículos produzidos no Brasil virão com o airbag de fábrica obrigatoriamente.
Por que então você não utilizaria o cinto de segurança?
“Eu só vou até o shopping rapidinho”. Na realidade, é a melhor hora para se utilizar o cinto de segurança – 80% dos acidentes fatais ocorrem num raio de menos de 40 Km de casa e abaixo de 80 Km/h.
“Eu não vou me acidentar, sou um bom motorista”. Isso certamente te ajudará a evitar acidentes, mas, mesmo sendo um bom motorista, não impedirá que um mau motorista bata em você.
Na Fórmula 1, por incrível que pareça, o uso do cinto de segurança só se tornou obrigatório a partir de 1972, sendo que os capacetes, luvas e macacões de proteção já eram utilizados nos anos 50 e, principalmente, a partir dos anos 60 do século passado.
Os atuais cintos de segurança da F1 são chamados de seis pontos, pois fixam os pilotos ao cockpit através de seis pontos de ancoragem, dois nos ombros, dois no quadril e dois nas pernas na altura das coxas do piloto. O padrão adotado pela FIA, sob número 8853/98, prediz que cada uma das faixas do cinto deve suportar o equivalente a 1470 Kg de tração.
Colaboração: Octavio Guazzelli, ex-engenheiro de telemetria da F1 e consultor de tecnologia
Eletricidade: Gerenciamento do motor dos pesados da MB
Veja nessa edição o esquema elétrico do gerenciamento eletrônico do motor, sistema de partida e de geração de energia dos caminhões pesados Mercedes Benz 1938, 1938S e 1944S
Sabemos que para executar diagnóstico e reparos com qualidade, um técnico precisa ter capacitação, habilidade e informações técnicas, ainda mais quando se trata de manutenção da parte elétrica de um veículo. E mais importante ainda, ter em mãos o circuito elétrico, onde o profissional encontra todas as ligações elétricas, assegurando onde começa e onde termina cada fio, além de mostrar se existe algum relé ou fusível no percurso da fiação.
Nesta edição, mostramos o circuito elétrico do gerenciamento eletrônico do motor, sistema de partida e de geração de energia dos caminhões extrapesados Mercedes Benz 1938, 1938S e 1844S, desde o início de produção. São os módulos A, B e C da marca.
Os problemas de fiação podem ser determinados com a ajuda do esquema, afinal, saber onde está a avaria é o mais importante para encontrar uma solução eficaz. Para facilitar o seu trabalho, lembre-se de utilizar as ferramentas adequadas e peças originais. A tensão da instalação elétrica nesse caso é de 24 Volts.
Identificação dos cabos elétricos
Interpretação do esquema elétrico
O esquema elétrico da Mercedes-Benz está subdividido em vários módulos e dispostos em ordem alfabética. Na ilustração, a continuação dos circuitos elétricos é indicada por uma seta e orientada para um box, que informa em qual componente o respectivo cabo está conectado e o módulo onde o mesmo se localiza. O módulo apresentado nessa edição é o módulo A – sistema de partida e parada de motor, sistema de geração de energia e faróis.
Exemplo 1:
Este exemplo indica que o cabo 0,75 gr/ge está conectado no seguinte componente: Reostato R19, terminal 58a, disposto no módulo J.
Exemplo 2:
Este exemplo indica que o cabo 2,5 rt esta conectado no seguinte componente:
Gerenciamento eletrônico veículo-motor (FR) – Sistema de partida do motor – Sistema de geração de energia
Gerenciamento eletrônico veículo-motor (FR)
Gerenciamento eletrônico veículo-motor (FR)