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Regra de Ouro 1: Usar sempre o cinto de segurança

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Uma regra básica e fundamental que parece tão óbvia que não deveria ter que ser lembrada, mas os números não mentem, com mais de 50 mil mortes no trânsito por ano no Brasil, sempre é necessário lembrar do simples e direto: o uso correto do cinto de segurança pode evitar mortes em metade desses acidentes. Ou seja, “Cinto de Segurança Salva Vidas”.

A Colisão Humana: imagine-se correndo o mais rápido que você consegue em direção a uma parede. Você acha que consegue parar imediatamente se a parede simplesmente sumir e você estiver a 50 cm de bater? É exatamente o que acontece quando a frente do seu carro colide com alguma coisa a apenas 25 Km/h. O carro para em 1/10 segundo, mas você continua se movendo dentro do carro até algo te parar – o volante, o painel ou o para-brisas – se você não estiver utilizando o cinto de segurança. Ruim a 25 Km/h, mas a 50 Km/h você atinge a “parede” quatro vezes mais forte do que a 25. Posto de outra forma, atinge a “parede” com o mesmo impacto de uma queda do terceiro andar.

O uso correto do cinto de segurança significa que ambas as faixas (a abdominal e a transversal peitoral) estão muito bem ajustadas de forma a transferir o impacto da colisão para as partes do corpo que podem suportar esses esforços – os ossos do quadril e do ombro. Somente com a faixa no ombro, você poderá escorregar e ser enforcado pela própria faixa e com somente a abdominal seu rosto poderá atingir o volante ou o painel.

“Mas agora eu tenho o airbag, não preciso do cinto”. Sorte sua! O airbag aumenta a eficácia do cinto de segurança em 40%. Aliás, eles foram projetados para serem usados como um sistema de segurança que atua em conjunto, e é por isto que a partir de 2014 todos os veículos produzidos no Brasil virão com o airbag de fábrica obrigatoriamente.

Por que então você não utilizaria o cinto de segurança?

“Eu só vou até o shopping rapidinho”. Na realidade, é a melhor hora para se utilizar o cinto de segurança – 80% dos acidentes fatais ocorrem num raio de menos de 40 Km de casa e abaixo de 80 Km/h.

“Eu não vou me acidentar, sou um bom motorista”. Isso certamente te ajudará a evitar acidentes, mas, mesmo sendo um bom motorista, não impedirá que um mau motorista bata em você.

Na Fórmula 1, por incrível que pareça, o uso do cinto de segurança só se tornou obrigatório a partir de 1972, sendo que os capacetes, luvas e macacões de proteção já eram utilizados nos anos 50 e, principalmente, a partir dos anos 60 do século passado.

Os atuais cintos de segurança da F1 são chamados de seis pontos, pois fixam os pilotos ao cockpit através de seis pontos de ancoragem, dois nos ombros, dois no quadril e dois nas pernas na altura das coxas do piloto. O padrão adotado pela FIA, sob número 8853/98, prediz que cada uma das faixas do cinto deve suportar o equivalente a 1470 Kg de tração.

Colaboração: Octavio Guazzelli, ex-engenheiro de telemetria da F1 e consultor de tecnologia

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