Citroën Jumper 2.0 – análise da eletroválvula de controle da pressão da turbina

Análise é útil no caso de códigos de falhas relacionados a falta ou excesso de pressão no turbocompressor

Responsável por controlar a pressão máxima de trabalho do turbo de acordo com a demanda, prevenindo danos no componente e no motor, a eletroválvula de controle de pressão do turbocompressor pode apresentar problemas com o tempo. Dessa forma, a revista O Mecânico mostra como analisar os sinais gerados por esse componente no motor 2.0 do Citroën Jumper.

Esse motor tem quatro cilindros e é movido a diesel, com código DW10. Ele entrega 130 cv de potência e 34,7 kgfm de torque, sendo atrelado a um câmbio manual de seis marchas. Os valores apresentados são válidos para os veículos fabricados com esse motor de 2019 em diante.

Para realizar o diagnóstico, é preciso utilizar um osciloscópio. No sinal 1, será medida a tensão do sinal de ativação, enquanto no sinal 2 será medida a corrente de ativação do componente. Com isso, é possível comparar os valores encontrados no veículo em testes com os valores de referência em marcha lenta e em 3000 rpm, conforme as imagens abaixo.

 

Dessa forma, é possível analisar se a eletroválvula de controle de pressão do turbocompressor está com defeito, dado que podem ser gerados códigos de falha relacionados a excesso ou falta de pressão do turbo, derivados de problemas nessa eletroválvula.

 

Frota brasileira de veículos continua a envelhecer e sem melhora à vista

POR FERNANDO CALMON

Sindipeças tem feito um trabalho bastante pormenorizado sobre a frota efetiva de veículos no Brasil. Como costumo comentar, os dados de veículos registrados oficialmente no País divulgados pela Senatran só têm certidão de nascimento, mas não de fim de vida. Pode ser até compreensível porque exigências burocráticas dificultam a baixa oficial do número do chassi. Também no fim da vida útil de qualquer veículo é difícil que o último proprietário tenha conhecimento ou enfrente a burocracia.

Em 2024, por exemplo, a frota oficial brasileira era de 123,97 milhões de unidades, um volume muito distante da realidade, embora incluam-se motocicletas, motonetas, ciclomotores, reboques e semirreboques, entre outros. Neste cenário o Sindipeças prepara todos anos seu próprio relatório de frota circulante por meio de critérios técnicos. Estes incluem taxa de sucateamento e estimativa de perda total de veículos em acidentes de trânsito, além de abandono em desmanches. O estudo norteia o volume de peças de reposição a serem fabricadas pelos mais de 500 associados de capital nacional e estrangeiro.

A soma de autoveículos e motocicletas em 2024 alcançou 62,1 milhões de unidades (48,1 milhões e 14 milhões, respectivamente), metade do que aponta a Senatran. Depois de um período de crescimento de apenas 0,8% ao ano entre 2016 e 2023, o aumento de 2023 para 2024 foi de 2,8%, sendo 2% para autoveículos e 5,7% para motos. Automóveis e motocicletas representaram 85,4% da frota total.

Chama mais atenção o envelhecimento da frota de autoveículos novos de 0 a 5 anos que encolheu de 38,5% para 22,3% entre 2015 e 2024. Em termos absolutos de 16,5 milhões para 10,7 milhões, recuo de 35,2%. Entre os veículos acima de 16 anos de uso, a representatividade subiu de 17,6% da frota em 2015 para 23,8% em 2024. Na média, a idade dos automóveis passou de 8 anos e 10 meses em 2015 para 11 anos e 2 meses no ano passado. Na mesma situação, as motos: em 2015, 85% tinham até 10 anos, caindo para 65% no ano passado.

Uma solução infalível seria um programa de reciclagem atrelado à renovação de frota e à Inspeção Técnica Veicular, esta hoje — pelo jeito, para sempre — no limbo. Trata-se de uma pauta impopular que nenhum político parece ter visão ou coragem de implantar com consequências graves para segurança de trânsito, poluição atmosférica e economia de combustível.

Brasil tem hoje 4,4 habitantes por veículo, ainda muito atrás da Argentina (2,6) e do México (2,4). Nada mudou.

Jeep terá série especial e confirma lançamento do Avenger

Depois de 10 anos e mais de 1,3 milhão de unidades produzidas na fábrica de Goiana (PE), a Jeep decidiu comemorar com uma edição especial de 1.010 unidades do SUV compacto que chegou a liderar este segmento. O Renegade teve participação decisiva nos 9,5% que a marca chegou a conquistar antes da avalanche de produtos de todos os portes, marcas e origens (nacionais e do exterior). SUVs representam, hoje, 54% de todas as vendas de veículos leves no Brasil.

A série especial do Renegade sairá por R$ 185.990 (mesmo valor do atual topo de linha). Será facilmente reconhecida pelos apliques no capô, para-lamas (inclusive alusão ao pioneiro modelo Willys, de 1953), na coluna traseira, novas rodas de 17 pol., bordados nos encostos dos bancos dianteiros e adesivos nas soleiras das portas. Faz parte do pacote kit de mochila e camiseta em alusão ao universo off-road e numeração da série em cada modelo.

Emanuele Cappellano, presidente da Stellantis América do Sul, confirmou R$ 13 bilhões para modernização de instalações e novos produtos na fábrica pernambucana de 2025 a 2030, cerca de 45% do total que o grupo investirá no Brasil. Três modelos Jeep são produzidos lá e outros três importados, além de Fiat Toro e Ram Rampage. A notícia mais aguardada: confirmação que o Jeep Avenger será o quarto produto nacionalizado, flagrado com camuflagem em testes, já a partir de 2026.

Cappellano ainda não informou em que fábrica o novo modelo (deverá ocupar espaço abaixo do Renegade) será produzido. Provavelmente em Porto Real (RJ), a unidade com maior capacidade ociosa, onde já estão C3, Aircross e Basalt. Avenger utiliza a mesma plataforma CMP destes três.

Produção, primeiro quadrimestre: a maior em seis anos

Nível de empregos na indústria é sustentado em especial pela produção. Vendas dependem do maior ou o menor avanço dos importados e as exportações ficam sujeitas aos mercados fora do País. O presidente executivo da Anfavea, Igor Calvet, apesar de destacar que as 811,2 mil unidades produzidas no primeiro quadrimestre foram o melhor resultado desde 2019, mantém a previsão de crescimento de 7,8% ao final de 2025 sobre 2024. A entidade também não alterou a estimativa de aumento das vendas internas, de 6,3% em relação ao ano passado, percentual marginalmente superior aos 5% previstos pela Fenabrave.

Hoje, há 109,5 mil funcionários nas fábricas de veículos leves e pesados: 7.500 postos de trabalho novos em um ano. Boa parte deste resultado animador (crescimento de 7,3%) deve-se ao aumento das exportações em 45%, puxadas pela reviravolta do mercado argentino que importou 151% a mais de produtos brasileiros.

Em contrapartida, Calvet demonstrou preocupação com o crescimento de 18,7% das importações de janeiro a abril, enquanto modelos nacionais só avançaram 0,2% no mesmo período. Chegaram 44.137 unidades da China, aumento de 28% em relação ao mesmo período do ano passado e que representaram 6% dos emplacamentos totais no primeiro quadrimestre.

Embora ele continue a cobrar do Governo Federal a volta das alíquotas históricas do imposto de importação (I.I.) para híbridos e elétricos, parece improvável que isso aconteça. Fato é que novas marcas chinesas continuam a chegar, embaladas por carga tributária (I.I.) bastante atraente, até julho de 2026, naqueles veículos específicos. Estreante GAC, no entanto, já anunciou produção no Brasil, em Catalão (GO), em provável parceria com a HPE (Mitsubishi), ainda sem confirmação. Pormenores, no próximo dia 23.

Apesar do falatório sobre a “realidade” de aceitação de carros 100% elétricos, as estatísticas confirmam outro fato no primeiro quadrimestre. Representam apenas 2,5% do mercado, exatamente o mesmo percentual de 2024. Para os demais: gasolina, 4,8%; híbridos, 3,7%; híbridos plugáveis, 3,7%; diesel, 11% e flex, 74,4%.

Apesar de juros altos, crescimento se mantém

Estas previsões foram confirmadas por Roger Corassa, vice-presidente de vendas e marketing da Volkswagen, e Arnaud Mourebrun, diretor de vendas e rede da Renault, durante o Fórum AutoData Perspectivas Automóveis 2025. As vendas financiadas pelo CDC (Crédito Direto ao Consumidor) são diretamente impactadas pela taxa de juros, em torno de 30% ao ano, um dos patamares mais altos até hoje. Ainda assim, 55% dos modelos novos comercializados utilizam o CDC, percentual ainda inferior à participação histórica nas vendas, em torno de 2/3.

Estratégia das duas marcas tem sido usar seus próprios bancos para subsidiar parte dos juros e manter o crescimento dos segmentos de automóveis e comerciais leves. Corassa espera vender em ritmo acima do mercado graças ao lançamento do SUV compacto Tera, no próximo dia 25, em São Paulo (SP). Mourebrun prevê comercialização alinhada ao aumento de vendas previsto pela Fenabrave, mantido até agora em 5% sobre 2024. Este percentual foi confirmado pelo presidente da federação, Arcélio Junior, também participante do Fórum, porém poderá revisar para cima sua previsão em meados do ano.

BorgWarner fornecerá eMotor para montadora norte-americana

Motor elétrico SW130 (S-wind) é destinado a caminhões híbridos de gande porte e SUVs

A BorgWarner firmou um contrato com uma fabricante de equipamentos originais (OEM) norte-americana para fornecer seu motor elétrico SW130 (S-wind) de 400 V (volts) para uso em uma série de caminhões híbridos de grande porte e SUVs.

O eMotor SW130 utiliza a tecnologia S-wind como substituto do alternador em uma arquitetura de alta tensão, apresentando um design de enrolamento retangular contínuo. Ao contrário dos motores hairpin, o design comprimido da tecnologia S-wind utiliza inserção radial de fios que, de acordo com a BorgWarner, otimiza o uso de materiais e reduz os pontos de soldagem em mais de 90%.

A tecnologia de motor de enrolamento em S de alta densidade de potência foi projetada para aplicações híbridas. Possui um diâmetro de estator de 130 mm e um comprimento de pilha de 65 mm, otimizando o torque e reduzindo ruído, vibração e aspereza.

Modefer lança programa de capacitação com foco no mercado de reposição

Denominado Modefer Academy, iniciativa visa capacitar os mecânicos

A Modefer, fabricante nacional de hélices e embreagens viscosas, lançou a Modefer Academy, programa voltado a profissionais que atuam com sistemas de arrefecimento veicular. A iniciativa, sediada em Barueri (SP), busca aprimorar a formação técnica de mecânicos, vendedores, consultores e outros agentes do setor automotivo, com foco em componentes do conjunto de arrefecimento.

Os cursos oferecidos pela Modefer Academy têm duração média de 16 horas, distribuídas em dois dias de treinamento. Os conteúdos abrangem uma variedade de peças do sistema de arrefecimento, como hélices, embreagens viscosas, bombas d’água, radiadores e válvulas termostáticas, com ênfase em problemas reais enfrentados nas oficinas. Ao final, os participantes recebem certificado de conclusão.

Segundo a empresa, mais de 60 profissionais já foram capacitados pela Academy. Ela também destaca que a proposta do programa de capacitação é contribuir para a profissionalização do setor.

 

Dicas de manutenção e cuidados dos caminhões

Checagem preventiva do sistema de freio e calibragem dos pneus são pontos de cuidados

Foto: Fras-le/divulgação
Foto: Fras-le/divulgação

Para manter o bom desempenho dos caminhões e evitar imprevistos, o coordenador de Assistência Técnica da Fras-le, Leandro Leite, recomenda atenção especial à manutenção preventiva. “É importante checar regularmente sistemas e componentes como freios, iluminação, arrefecimento, suspensão, direção e pneus”.

O sistema de frenagem, por sua importância direta na segurança, deve estar sempre em boas condições. Leite reforça ainda a necessidade de utilizar os freios corretamente para evitar riscos e custos adicionais. “Evite manter os pés apoiados nos pedais e utilize o freio de forma moderada. Sempre que possível, dê preferência ao freio motor. Também é essencial verificar a pressão do ar no sistema, pois ela influencia diretamente na eficiência da frenagem”, explica. E completa: “Mantenha a velocidade compatível com a via e com o tipo de carga transportada”.

Outro item essencial é o cuidado com os pneus. “A calibragem deve ser verificada e ajustada com frequência. Pneus com a pressão correta contribuem para a durabilidade do conjunto e ajudam a evitar o consumo excessivo de combustível”, alerta Leite.

O coordenador também reforça a importância de seguir o plano de manutenção preventiva indicado pelo fabricante do veículo. Para isso, é fundamental manter o controle das datas, quilometragens de reparos e trocas de componentes. Além disso, é necessário acompanhar os prazos para verificação de óleo lubrificante, fluidos e filtros, garantindo o bom funcionamento do motor e de todo o conjunto veicular.

Nakata lança linha de discos de freio para motos

São 35 códigos que atendem modelos das marcas Dafra, Honda, Suzuki e Yamaha

A Nakata anuncia o lançamento de 35 novas aplicações de discos de freio dianteiros e traseiros. Os itens atendem modelos das marcas Dafra, Honda, Suzuki e Yamaha.

Fabricados em aço inoxidável e com acabamento usinado, os novos discos contam com tecnologia resistente à corrosão. De acordo com a fabricante, os discos foram projetados para oferecer melhor dissipação do calor gerado durante a frenagem, evitando superaquecimento e desgaste prematuro da peça.

Continental comemora 120 anos da introdução de desenhos na banda de rodagem

Padrões no pneu ajudam a escoar água e melhorar a tração em pisos escorregadios

A Continental celebra 120 anos do lançamento do primeiro pneu com padrão de banda de rodagem. A introdução dessa tecnologia trouxe ganhos na tração e na frenagem em pisos molhados, e vem sendo atualizada desde a sua introdução, em 1905.

Como a área de contato entre o pneu e o solo é responsável por transmitir todas as forças de frenagem, aceleração e direção, o desenho da banda de rodagem ajuda a escoar líquidos e manter a aderência, prevenindo aquaplanagem. Além disso, a tração, ruído, desgaste e eficiência também são diretamente influenciados pelo padrão da banda.

Felix Hübner, responsável pela área de design de padrões e contornos na divisão de pneus da Continental, disse: “Com o primeiro pneu entalhado à mão há 120 anos, revolucionamos a mobilidade global. A estrutura de blocos, sulcos e lamelas tornou possível oferecer mais aderência e segurança, mesmo em superfícies escorregadias”.

Os padrões de banda atuais são classificados em três categorias principais, sendo o simétrico, que pode ser montado em qualquer posição do veículo e é ideal para aplicações urbanas, o direcional, que possui sentido de rotação definido e permite maior drenagem e tração em altas velocidades, e o assimétrico, que melhora a dirigibilidade e a aderência em curvas, sendo comum em pneus esportivos. Cada padrão possui quatro elementos técnicos, como blocos (Block) para tração, sulcos (Groove) para escoamento de água, ranhuras (Rib) para estabilidade direcional e lamelas (Sipe) para aderência em pisos escorregadios.

Atualmente, a Continental tem ambientes virtuais e inteligência artificial para projetar e testar novos padrões de banda, prevendo o comportamento do pneu em diferentes situações antes da fabricação física dos primeiros modelos, economizando recursos e acelerando o processo de desenvolvimento.

 

e-Volksbus está em testes finais pelas ruas de São Paulo

O ônibus elétrico passará por avaliações em parceria com os clientes durante os próximos meses

Os primeiros modelos do e-Volksbus 22L, ônibus elétrico da Volkswagen Caminhões e Ônibus, começa a circular pelas ruas da cidade de São Paulo em fase final de avaliações junto aos clientes. Quatro unidades circularão em operações reais na capital paulista durante os próximos meses.

A primeira unidade do e-Volksbus está em operação na Transpass e em breve as demais chegarão a outras empresas. Nesta fase, profissionais da montadora acompanharão permanentemente os clientes para orientar sobre desempenho e tarefas de manutenção que possam ser efetuadas na garagem dos clientes, com todo o treinamento necessário. A rede de concessionárias está passando por preparações para atuar nesses veículos.

Cofap amplia linha de kit e top kit de suspensão

São 15 códigos destinados aos veículos das marcas BMW, Caoa Chery, Chevrolet, Fiat, Kia, Toyota e Volkswagen

A Cofap anuncia o lançamento de 15 códigos de kit e top kit de suspensão que atendem modelos das marcas BMW, Caoa Chery, Chevrolet, Fiat, Kia, Toyota e Volkswagen.

Os dois kits são destinados para o momento da substituição dos amortecedores. O primeiro é composto por coifa protetora da haste do amortecedor e batente. Já o top kit, além desses componentes, traz também coxim e rolamento.

A marca recomenda que seja realizada a substituição do kit de suspensão sempre que houver a troca dos amortecedores, com intuito de evitar risco de avarias nas coifas e batentes já fadigados.

Veja qual o óleo e filtro correto do Jeep Renegade (todas as versões)

Modelo teve opções de motores aspirados e turbocomprimidos, além de versões diesel

Um dos SUVs compactos mais vendidos do Brasil, o Jeep Renegade agrada pelo bom acabamento, design clássico e oferta de tração integral em algumas versões. O modelo da Jeep também teve algumas motorizações diferentes, e para auxiliar na hora da revisão básica, a revista O Mecânico mostra o código e especificações corretas do óleo e filtro de óleo.

O Renegade já teve o motor 1.8 aspirado E.torQ, que entregava 132 cv e 19,1 kgfm até 2017 e 139 cv e 19,3 kgfm após atualizações. Também, ele possuía versões diesel, sempre com o motor Multijet II de quatro cilindros e 2.0 litros de 170 cv e 35,7 kgfm. Atualmente, todas as versões do SUV têm motor 1.3 T270, que após atualização para o PL8 passa a ter 176 cv e 27,5 kgfm.

 

Motor 1.8 E-Torq

 

Óleo: K68218920LA – Óleo MOPAR MAXPRO SAE 5W-30 SYNTHETIC

Filtro de óleo: 7087808

 

Motor 2.0 diesel Multijet II

 

Óleo: 68231014LA – Óleo MOPAR MAXPRO 5W-30 SYNTHETIC DIESEL

Filtro de óleo: 71754237

 

Motor 1.3 T270

 

Óleo: K68444159LA – Óleo MOPAR MAXPRO SAE 0W-30 SYNTHETIC

Filtro de óleo: 46347605

 

css.php