Raio X – Jeep Renegade Diesel exige atenção do mecânico

 

Jeep Renegade Longitude Diesel é complexo na hora da manutenção e demanda paciência

texto e fotos Leonardo Barboza

 

Fabricado em Goiana/PE, o Jeep Renegade é fruto da fusão em 2014 do Grupo Chrysler (bandeiras Chrysler, Jeep, Ram, SRT e Dodge) pela Fiat (Fiat, Alfa Romeo, Maserati, Lancia, Abarth e Ferrari). A fábrica da FCA instalada em Pernambuco tem flexibilidade para fabricar diversos modelos como Jeep Compass, Jeep Renegade e Fiat Toro simultaneamente. A capacidade instalada de produção é de 250 mil veículos por ano. Líder em mercado no segmento de SUVs, o Renegade fechou o primeiro semestre de 2019 com mais de trinta mil unidades emplacadas. A versão avaliada neste Raio X é a Longitude com motorização diesel Multijet II, transmissão automática de 9 marchas ZF e tração 4×4.

 

Sandro dos Santos – Oficina Dr. American Car

 

Levamos o Jeep para uma avaliação completa por cima, por baixo e por dentro na oficina Dr. American Car, localizada na Zona Norte de São Paulo/SP. A oficina é especializada em veículos Chrysler, Dodge, Jeep, RAM e agora também na FCA. O Renegade diesel passou sob o olhar técnico de Sandro dos Santos, mecânico e sócio-proprietário da oficina.

 

POSICIONAMENTO NO ELEVADOR

 

 

Mesmo com vão livre do solo de 224 mm, o posicionamento das sapatas do elevador de serviços fazem com que o veículo fique baixo mesmo com o elevador totalmente levantado. “Dependendo do elevador, para mecânicos de estatura mais alta é complicado fazer a manutenção embaixo do Renegade”, relata Sandro.

 

MANUTENÇÃO PERIÓDICA

 

 

Basicamente, os itens mais trocados em uma manutenção periodica são o óleo lubrificante e filtro de óleo do motor, filtro de ar do motor, filtro de combustível e o filtro de cabine.

 

O filtro de óleo fica localizado na parte lateral do motor, em cima do semieixo. “É trocado apenas o refil do filtro. Com um soquete de 36 mm retira-se a tampa, troca-se o refil e os anéis de vedação e recoloca-se a tampa, tomando o cuidado de aplicar o torque correto de aperto, a fim de evitar vazamentos ou a quebra da tampa de plástico”, alerta o mecânico.

 

O bujão de dreno do óleo do motor é sextavado de 13 mm, localizado bem na lateral do motor.

 

Já os filtros de ar do motor e o filtro de combustível ficam um ao lado do outro na parte superior do cofre do motor. “Na hora da substituição do filtro de combustível, é necessário fazer a correta sangria de todo o ar no novo elemento filtrante,” comenta.

 

Em relação ao filtro de ar do motor, o procedimento é comum. Já a troca do filtro de cabine de cabine é mais complexa. “Para ter acesso ao filtro, é necessário remover a lateral do painel e o porta-luvas do veículo, tomando muito cuidado para não quebrar as partes plásticas. Após a remoção, ainda tem um suporte de ferro. Tudo isso para a troca de um simples filtro”, lamenta Sandro.

 

SUSPENSÃO/UNDERCAR

 

 

 

A suspensão do Renegade é independente do tipo McPherson no eixo dianteiro e traseiro. O sistema de suspensão é bem convencional e simples, tanto na parte traseira quanto a dianteira para realizar a manutenção.”Porém, se a for necessário substituir as bandejas inferiores da suspensão dianteira, a complexidade aumenta”, alerta Sandro. Para remover uma simples bandeja, é necessário fazer a retirada do parachoque dianteiro, retirar uma barra que é fixada na bandeja até a parte frontal do veículo. “Uma manutenção que era para ser simples acabou se transformando em um serviço trabalhoso,” explica.

 

TRANSMISSÃO

 

 

Outro calcanhar de Aquiles quando se fala de manutenção no Renegade é a complexidade da transmissão do modelo, lembra o mecânico, que já passou por esta situação em sua oficina.

 

“Quando me deparei com o Renegade pela primeira vez aqui na oficina, dei uma rápida avaliada no carro e passei para o cliente um valor X em horas de mão de obra. Quando começei o serviço, as surpresas começaram a aparecer e, resumindo, só para remover o câmbio já tinha sido um dia inteiro. Depois, mais um dia para a montagem”, se queixa Sandro, que acabou cobrando menos do que as horas que ele trabalhou.

 

ELETRÔNICA

 

No Renegade, é necessário a utilização do aparelho de diagnóstico para quase tudo

 

Com uma imensa eletrônica embarcada no Renegade, praticamente em mais da metade da manutenção do veículo é necessário ter o apoio da utilização de um equipamento de diagnóstico.

 

“Desde uma simples leitura de falhas, troca do jogo de pastilhas de freios traseira, calibração da direção elétrica, até o reagendamento da próxima revisão e troca de óleo do motor, o scanner está sempre presente no modelo. Teve casos que, por causa da versão do aparelho, precisei utilizar até mais de um equipamento de diagnóstico para conseguir fazer a manutenção completa no Renegade”, finaliza Sandro dos Santos.

 

FICHA TÉCNICA

JEEP RENEGADE LONGITUDE 2.0 TB

MOTOR

Posição: Dianteiro, transversal, turbo
Combustível: diesel
Número de cilindros: 4 em linha
Cilindrada: 1.956 cm3
Válvulas: 16V
Taxa de compressão: 15,5:1
Injeção de combustível: Eletrônica direta
Potência: 170 cv (G) a 3.760 rpm
Torque: 35,7 kgfm (G) a 1.750 rpm

CÂMBIO

Automático, 9 marchas, tração 4×4

FREIOS

Dianteiros: Disco ventilado
Traseiros: Disco

DIREÇÃO

Elétrica

SUSPENSÃO

Dianteira: Indep. McPherson
Traseira: Indep. McPherson

RODAS E PNEUS

Rodas: Liga leve, 18 polegadas
Pneus: 225/55 R18

DIMENSÕES

Comprimento: 4.232 mm
Largura: 1.805 mm
Altura: 1.722 mm
Entre eixos: 2.570 mm

CAPACIDADES

Tanque de combustível: 60 litros
Porta-malas: 320 litros

Motor: Troca do sistema de sincronismo do Chevrolet Spin 1.8 AT (parte 2)

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Confira o processo de instalação e tensionamento da correia dentada do modelo da General Motors

por André Schaun fotos Lucas Porto

 

Na edição anterior da Revista O Mecânico, edição 303, você acompanhou o passo a passo da retirada do sistema de sincronismo do Chevrolet Spin 1.8 AT, de 2014, com 66 mil quilômetros rodados. No caso, foi efetuada a retirada da correia de acessórios, da correia dentada e do tensionador. Acompanhe agora o passo a passo da montagem.

 

O procedimento foi realizado utilizando os kits da Gates e a instalação foi feita em parceria com a R. Marques Oficina, em São Paulo/SP.

 

PROCEDIMENTO DE MONTAGEM

 

1) Antes de começar a montagem, faça uma limpeza do local para que nenhuma peça tenha seu funcionamento prejudicado por sujeira.

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2) Verifique se a posição da polia está correta. Nela, há uma descrição “GM” indicando a direção correta do encaixe. Ela deve estar alinhada com a abertura triangular na parte superior da capa de proteção.

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3) Recomenda-se remover uma ou mais velas de ignição a fim de aliviar a pressão de compressão dos cilindros. Isso facilita a rotação manual do motor e evita um tensionamento excessivo da correia.

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4) Comece a montagem pelo tensionador, que deve ser encaixado direcionado para a furação do bloco.

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Obs: Note que no próprio tensionador tem uma marca, que deve ficar posicionada na diagonal esquerda.

 

5) Pegue a nova correia dentada. Comece fixando pela parte inferior da polia dentada do virabrequim, passando por trás do tensionador e da bomba d´água.

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6) Posicione a correia na polia dentada do eixo de comando de válvulas e finalize o processo de encaixe da mesma.

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7) É importante deixar claro o ponto da correia no tensionador. Girando no sentido horário, o ponteiro do tensionador deve ficar na segunda marcação, indicando que tem uma correia nova.

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8) Utilize uma chave allen para tensionar a correia (8a). Segurando o tensionador, em seguida faça o aperto com uma chave torx 45 para aplicar torque de 1,5 e 1,6 Nm, no máximo (8b). O aperto deve ser preciso, nem mais e nem menos.

8a
8b

9) Instale o parafuso na polia do virabrequim.

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10) Em seguida dê duas voltas no motor no seu sentido normal de trabalho, para distribuir a tensão na correia. E, na sequencia, conferir novamente o tensionamento.

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11) Faça a montagem no coxim utilizando uma chave torx 15 mm..

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12) Encaixe a capa inferior da tampa de proteção e aperte os parafusos com uma chave torx 8 mm.

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13) Fixe a polia de acessórios com uma chave torx 18 mm.

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14) Encaixe a correia de acessórios manualmente. Movimente o tensionador para facilitar a colocação da correia.

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Obs: Confirme se todas as polias estão devidamente encaixadas.

 

15) Encaixe a tampa superior com a mão e depois faça a fixação com a chave torx 8 mm.

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16) Em seguida encaixe o filtro de ar e todos os seus conectores.

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17) Ligue o veículo e observe por alguns minutos se há algum barulho ou ruído estranho na correia. Pela correia de acessório é possível perceber. Não havendo barulho, a troca está correta.

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Mais informações – Gates:
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Mecânica Diesel: Troca de Amortecedores Dianteiros no Caminhão VW

Saiba quais cuidados tomar para remover e instalar corretamente os amortecedores dianteiros do caminhão semipesado Volkswagen 24.250 6×2

por Fernando Lalli fotos Lucas Porto

Fabricantes de autopeças aproveitam todas as oportunidades possíveis para desenvolver seus produtos. A Meritor, por exemplo, põe à prova seus amortecedores nos caminhões que fazem o transporte de carcaças de eixos entre as unidades da Meritor em Osasco/SP e Resende/RJ. Assim, os componentes são testados na vida real e sofrem desgaste intenso, como em qualquer outro caminhão de carga nas estradas da América do Sul.

 

O caminhão semipesado Volkswagen 24.250 6×2 utilizado neste procedimento pertence à transportadora RB, que faz o traslado entre as duas unidades da fabricante de peças para veículos comerciais. Os caminhões da empresa rodam cerca de 10 mil km por mês, sempre com o mesmo motorista, e seus amortecedores são analisados pela engenharia da Meritor.

 

 

O especialista de Produto da Meritor, Fernando Martinez afirma que o ideal é fazer a inspeção visual a cada 10 mil km para identificar problemas de vazamentos, choques, batidas e amassamentos no corpo dos amortecedores e perda de torque das porcas de fixação. A unidade desta reportagem havia rodado 400 mil km com os amortecedores originais de fábrica.

 

 

Após a remoção dos amortecedores dianteiros, eles apresentaram duas situações distintas: um com grande vazamento de óleo, o que denotava claramente seu fim de vida útil, enquanto o outro estava “seco”, mas sem nenhuma resistência aos movimentos verticais de tração e compressão. “Geralmente, a força de tração, dependendo da velocidade de abertura, de um amortecedor de veículo pesado pode chegar a 10 vezes mais do que na compressão”, explica o engenheiro especialista de Produto da Meritor, Fernando Martinez. Portanto, não é só o vazamento de óleo que condena o amortecedor. Quando o componente perde a ação prejudica não só o conforto de rodagem como também a estabilidade e segurança, compromete a frenagem e os pneus do veículo, além de sobrecarregar as molas e demais componentes da suspensão.

 

 

A garantia de fábrica é de 60 mil km ou 6 meses, portanto, os componentes que estavam instalados no caminhão há muito tempo tinham ultrapassado a expectativa mínima de vida útil. Porém ele adverte, se o amortecedor for mal instalado, a garantia é cancelada. Todas essas informações constam do informe de garantia que acompanha o amortecedor novo.

 

 

Apresentamos a seguir o procedimento correto de remoção e instalação dos amortecedores dianteiros (código 085941-40K) no caminhão Volkswagen 24.250, executado na concessionária Dibracam, em São Paulo, pelo mecânico Cristiano Correia de Araújo e supervisão de Fernando Martinez. A operação nos dois lados, esquerdo e direito, é idêntica.

 

 

 

Enquanto um amortecedor do caminhão estava seco, o outro vazava bastante. Ambos, porém, já estavam condenados.

 

PROCEDIMENTO DE SUBSTITUIÇÃO

1) Bascule a cabine para ter acesso ao componente. Utilize uma chave de força e um soquete de 1 1/8″ para soltar a porca da fixação superior do amortecedor e sua respectiva arruela.

2) Faça o mesmo procedimento na porca inferior, mas observe sua ergonomia. Como o movimento natural neste momento é se debruçar sobre o pneu, tome cuidado para não machucar as costas ao fazer força.

3) Remova o amortecedor com cuidado. A borracha dos coxins pode apresentar resistência maior à remoção pela alta quilometragem a que foram submetidos. Não faça alavancas com outras ferramentas, principalmente no corpo do amortecedor.

4) Limpe as porcas e arruelas antes de instalar o amortecedor novo. Tanto a porca inferior quanto superior são autotravantes e podem ser reaproveitadas. A vida útil de cada uma é equivalente a três usos. Para identificar quantas vezes a porca foi usada, utilize marcador industrial e coloque um ponto para cada uso. Neste caso são dois pontos, já que a porca veio de fábrica e será usada pela segunda vez.

Obs: Na reinstalação dos amortecedores, não deve ser utilizado qualquer tipo de trava química nas roscas das porcas ou dos prisioneiros.
5) O coxim no amortecedor removido é bipartido (5a), enquanto neste tipo de amortecedor novo é uma peça só (5b). Ambos são para a mesma aplicação e não têm diferença prática. Observe como o coxim velho já está com o orifício bem mais largo, denunciando o desgaste (5c).

6) Passe vaselina nos orifícios dos coxins do amortecedor novo para facilitar o encaixe.

7) O amortecedor deve se encaixar de forma justa. Não bata no amortecedor nem force sua acomodação com qualquer outra ferramenta.

8) Encoste as porcas manualmente. Não use ferramenta pneumática, porque o torque de aperto desse tipo de dispositivo pode exceder o preconizado e danificar a borracha do coxim de apoio.

9) Com torquímetro e soquete de 1 1/8″, aplique torque de aperto de 200 Nm nas porcas de fixação para este tipo de amortecedor, ou consulte o manual de manutenção para garantir o torque exato de montagem pois pode variar para cada tipo de veiculo.

10) Por fim, utilize o marcador industrial para lacrar as porcas com o prisioneiro para conseguir observar caso o torque se quebre com a rodagem do caminhão. Não faça essa marcação com a arruela, porque esta pode girar mesmo com a manutenção do torque correto.

Colaboração técnica:
Concessionária Dibracam e Transportadora RB
Mais informações – Meritor: 0800 55 55 30

Câmbio: Troca do kit de embreagem do Citroën C3

 

Confira o processo de substituição do platô e disco em uma unidade ano 2012 da primeira geração do hatch

por Gustavo de Sá fotos Lucas Porto

A embreagem é o componente responsável por fazer a ligação entre o motor e o câmbio do veículo. Para o bom funcionamento do sistema, é necessário fazer o uso correto dele. Evitar apoiar o pé sobre o pedal esquerdo nos momentos em que não é necessário engatar nenhuma marcha é um dos cuidados essenciais para a longevidade da vida útil do conjunto.

Não segurar o carro com a embreagem em aclives (subidas) também pode provocar o desgaste prematuro do sistema. E foi este o diagnóstico do modelo desta reportagem, um Citroën C3 de primeira geração, ano 2012, com apenas 46.500 quilômetros rodados.

O proprietário havia relatado barulho no sistema de embreagem, mesmo quando o pedal não está acionado. Para realizar o diagnóstico, antes da desmontagem é preciso verificar se o problema está na embreagem ou no câmbio. “É importante remover o cilindro escravo da embreagem e checar se o barulho persiste. Caso continue, o problema não está relacionado à embreagem, mas, sim, ao câmbio. Se o ruído cessar, o defeito deve ser na embreagem”, explica o técnico da Valeo, Neilson Amorim. Outros sintomas relacionados a falhas do conjunto são trepidação do pedal durante o debreamento, patinação do sistema (mesmo com a marcha engatada e o pé fora do pedal, o giro do motor sobe, mas o veículo não traciona) ou cheiro de queimado (superaquecimento). O procedimento de substituição foi realizado pelo mecânico Moacir Medina, proprietário da oficina 3M VIP em São Bernardo do Campo/SP São Bernardo do Campo/SP, e validado pelos técnicos da Valeo Neilson Amorim e Hideraldo Batista.

DESMONTAGEM

1) Desconecte o polo positivo da bateria.

2) Com uma chave canhão de 7 mm, remova a fixação do filtro de ar.

3) Utilize uma chave de 8 mm para soltar a conexão do polo negativo da bateria.

4) Solte os conectores ligados ao módulo, com cuidado para não quebrar. Remova o módulo.

5) Solte as presilhas e remova a bateria.

6) Solte as fixações do suporte da bateria com uma parafusadeira e um soquete 10 mm. Desconecte os plugues e remova a caixa para ter acesso aos coxins.

7) Remova o conector da ré.

8) Com um soquete 13 mm, solte o parafuso de fixação do cabo terra.

9) Solte o cabo terra.

10) Solte os cabos do trambulador com um alicate de bico.

11) Remova os 2 parafusos superiores da caixa seca com uma catraca com soquete 13 mm e uma extensão curta.

12) Para remover os coxins, é necessário sustentar o motor. Para isso, instale uma ferramenta especial, conhecida como travessa ou suporte de sustentação do motor. Cada motor possui a indicação do ponto de apoio onde deve ser colocada a travessa.

13) Utilize uma parafusadeira com soquete 15 mm e um extensor curto para remover os 2 parafusos da parte superior do coxim.

14) Erga o carro no elevador para dar sequência ao procedimento de desmontagem, agora na parte inferior do veículo. Remova o suporte do cano do cilindro de embreagem com um soquete 13 mm. É importante a retirada do suporte para que ele não rasgue tubulações ao redor do câmbio na hora da retirada.

15) Com uma chave 13 mm, retire o atuador de acionamento da embreagem (conhecido como cilindro escravo).

16) Use uma chave torx 30 e uma chave de fenda para remover as presilhas do acabamento plástico da caixa de roda do lado do motorista.

17) Remova a peça plástica da caixa de roda. É importante retirar esta peça para ter espaço livre para a remoção do câmbio.

18) Solte os 2 parafusos do coxim estabilizador do câmbio com um soquete 16 mm e uma catraca.

19) Com um soquete 18 mm, solte os 2 parafusos da barra central.

20) Remova o conector branco do velocímetro com a mão.

21) Solte os 3 parafusos da caixa completa dos cabos de marcha com um soquete 13 mm. É importante a remoção completa para não danificar os cabos, que podem estar ressecados.

22) Para remover o motor de arranque, retire os 3 parafusos com soquete 13 mm e uma catraca. Afaste o motor de arranque para remover o câmbio. Não é necessário retirar os conectores do motor de arranque.

23) Com uma chave torx 45, remova o parafuso do suporte do escapamento, que é preso na caixa seca do câmbio.

24) Utilize uma chave e-torx 16 e uma extensão longa para remover os 4 parafusos do quadro da suspensão.

25) Com uma chave 17 mm, prenda o parafuso do pivô de um dos lados. Do outro, use um soquete de mesma medida para soltá-lo. Faça isso nas duas rodas do eixo dianteiro.

26) Hora de esgotar o óleo do câmbio. Utilize uma chave de sacar bujão. É essencial fazer o descarte correto do óleo usado, de acordo com a legislação vigente.

27) Afaste as tulipas da junta homo cinética com as mãos, já que elas são presas somente por pressão.

28) Com um soquete 30 mm, solte a ponteira da homocinética para colocar o eixo no chão (lado do motorista). No lado oposto, basta apenas afastar a tulipa.

29) Com as mãos, desconecte o sensor de rotação do volante. Com um canhão de 10 mm, solte-o. A retirada do sensor é indicada por precaução, já que ele pode ser danificado por algum descuido na hora de remover o câmbio – o que pode encarecer desnecessariamente a manutenção.

30) Com um soquete 13 mm, remova 2 dos 3 parafusos inferiores da caixa seca do câmbio. O terceiro deve ser removido após o passo seguinte.

31) Posicione o cavalete sob o câmbio e, aí sim, retire o último parafuso inferior da caixa seca do câmbio.

32) O rolamento do câmbio está desgastado em excesso no carro desta reportagem devido à má utilização da embreagem, de acordo com o mecânico. Isso acontece, por exemplo, quando o motorista dirige com o pé no pedal de acionamento da embreagem nos momentos em que não é necessário engatar nenhuma marcha.

33) Na mola-membrana do platô, também é possível ver o desgaste por mau uso.

34) Remova os parafusos do platô com uma chave e-torx 40 – não é necessário removê-los em ordem de cruz.

MONTAGEM

35) Faça a retífica do volante de acordo com a recomendação do fabricante.

36) Realize a limpeza da caixa seca utilizando um pincel, água e sabão. É preciso examinar ainda o estado do garfo da embreagem. Se estiver gasto, substitua.

37) Na maioria dos modelos da PSA (Peu geot e Citroën) e Renault só é possível saber qual o kit de embreagem correto para instalação depois da desmontagem. Há dois tipos de rolamento para o Citroën C3: com abas (à direita na imagem) e sem abas (à esquerda). Neste carro, o kit original é do tipo sem abas. O novo kit instalado, portanto, possui a mesma configuração daquele que foi retirado.

38) Utilize graxa resistente a altas temperaturas para lubrificar o garfo e o rolamento nos pontos de apoio da caixa de câmbio. Tome cuidado para não usar graxa em excesso para não haver contaminação do disco.

39) O disco de embreagem possui a indicação do lado correto de montagem. A inscrição “lado do câmbio” na peça significa que ela deve ser instalada no “lado do platô”. Quando o disco é montado do lado errado, as molas encostam no parafuso do volante, não possibilitando o encaixe correto.

40) Encaixe o conjunto com a ajuda dos guias do platô. Coloque também os parafusos, mas sem fazer o aperto. Faça a instalação do eixo-piloto com a peça de alinhamento do disco.

41) Faça o aperto do conjunto em forma de cruz, aplicando 2 kg de torque nos parafusos.

42) O processo de reinstalação da caixa de câmbio e demais componentes segue o inverso da desmontagem, observada a orientação do passo seguinte.

43) Com o processo de montagem quase terminado (antes da reinstalação do filtro de ar) e o carro posicionado no solo, abasteça o cárter do câmbio com 2 litros de óleo recomendado pelo fabricante (Petronas Tutela ZC 75W-80 sintético). É recomendada ainda a troca do fluido hidráulico do acionamento da embreagem para prolongar a vida útil do cilindro de acionamento e do atuador escravo.

Especial: Avanços tecnológicos

ZF evolui transmissão para carros elétricos, apresenta modelo híbrido e chassi projetado para as necessidades de um veículo autônomo

por Edison Ragassi, de Dresden, Alemanha

 

Dresden, na Alemanha, foi o local escolhido pela ZF Friedrichshafen AG para mostrar as tecnologias que desenvolve com objetivo de facilitar as condições da mobilidade de maneira sustentável e ampliar a segurança dos veículos.

 

Segundo Wolf-Henning Scheider, CEO da empresa, “o objetivo é claro: mobilidade segura, automatizada, confortável e acessível para todos, em qualquer lugar e a qualquer momento. Isso somente será alcançado se continuarmos a convencer o mercado, ativamente, com inovações”.

 

Entre as novidades, a empresa desenvolveu um câmbio para veículos elétricos com duas marchas, o que aumenta a eficiência e a autonomia nos carros de passeio. Ele une a geração máxima de 140 kilowatts (190 cv) a um elemento de trocade dois estágios e uma unidade eletrônica.

 

Segundo divulgado, isso aumenta isso aumenta a autonomia de cada carga de bateria em até 5 %, quando comparado com um sistema de acionamento de um estágio.

 

A empresa desenvolve várias soluções para a condução autônoma, inclusive com protótipos em funcionamento movidos a eletricidade e com motor a combustão.

 

No evento, mostrou o chassis preditivo denominado Flying Carpet 2.0 (tapete voador). Ele utiliza sensores abrangentes e algoritmos inteligentes para controlar os sistemas de suspensão, freios e direção. Ele separa a superestrutura veicular das irregularidades do piso e dos efeitos dinâmicos da condução, para oferecer mais conforto, melhor dirigibilidade e segurança.

 

Nos últimos anos, a ZF adquiriu a TRW, fez parcerias e incorporou empresas especialistas em câmeras, sensores e radares para oferecer sistemas completos, além do computador central ZF ProAI. Este ano adquiriu a WABCO, o que irá proporcionar fornecer soluções completas de condução autônoma para veículos comerciais.

 

Também foi confirmado que a FCA Fiat Chrysler Automóveis nomeou a ZF Friedrichshafen AG como sua fornecedora global de transmissões para veículos com tração traseira e tração integral. A configuração de acionamento é longitudinal frontal, o sistema permite instalação em veículos híbridos plug-in. Com isso, a sistemista fornecerá a nova transmissão automática de 8 velocidades para a fabricante ítalo americana. Sem divulgar valores, só que o contrato é de dezenas de bilhões, confirma que este é o segundo maior pedido individual na história. A mais recente versão da transmissão automática de 8 velocidades, a qual será fornecida também para a BMW, foi adicionalmente otimizada e apresenta um acionamento elétrico integrado para modelos híbridos.

 

No quesito segurança, ela desenvolveu um sistema de airbag lateral, o qual tem por objetivo minimizar as consequências das colisões laterais para os ocupantes de um veículo.

 

Com estas novidades a ZF mostra que tem as soluções para o avanço tecnológico da indústria da mobilidade.

 

 

Transmissão de 8 marchas com motor elétrico no interior, o que elimina a necessidade do conversor de torque

 

Transmissão com duas marchas para veículos elétricos. Permite maior autonomia das baterias

 

Chassis Flying Carpet 2.0, ajusta-se de acordo com a necessidade do terreno

Entrevista: De olho no futuro

por Raycia Lima
A Mobensani, fabricante especializada em metal-borracha, atua no mercado de reposição automotiva desde 1966. Aqui no Brasil, a empresa está presente em todos os estados, além de 20 países na América do Sul, América do Norte, África, Oriente Médio e Europa, que importam toda a linha de Kits, buchas, suportes, calços, batentes e coifas. A empresa comercializa produtos para a linha leve, comercial leve, vans e pesada. A fábrica, localizada em Guarulhos, está instalada em uma área de 30.000 m2.

Para entender a atuação e as pretensões da empresa no mercado automotivo, entrevistamos a diretora Comercial Simone de Azevedo. Ela fala sobre os desafios e investimentos da fabricante no setor.

 

REVISTA O MECÂNICO: A Mobensani está presente em quase todos os continentes, mas qual a história da empresa aqui na América Latina, especialmente no Brasil?

 

SIMONE DE AZEVEDO: A Mobensani é uma empresa genuinamente brasileira e que tem sempre um olhar no futuro, o que chamamos de “pensar grande”. Esse pensar e olhar integram a cultura da empresa, e portanto não se limita apenas a uma visão de exportar peças para várias partes do mundo, mas sim de estar presente nas principais feiras internacionais e rodadas de negócios para que assim esteja conectada com as inovações do mercado global. Aqui no Brasil nossa história no segmento automotivo se inicia em 1.985 (a empresa foi fundada em 1.966), estando sempre focada com a geração de negócios para nossos clientes. Esse foi e é um processo de estabelecimento e reconhecimento da empresa na reposição feito passo a passo e com muito planejamento.

 

O MECÂNICO: Quantos funcionários e colaboradores a Mobensani tem hoje?

 

SIMONE: A empresa conta com 302 colaboradores entre a parte administrativa e operacional. Estamos colocando a tecnologia da informação para ser nossa grande aliada, mas nada substitui o aperto de mão e o comprometimento “físico” da fábrica.

 

O MECÂNICO: Quantas e quais fabricantes de veículos a Mobensani atende no mercado nacional?

 

SIMONE: Atendemos exclusivamente o mercado de reposição para todas as marcas (exceto as chinesas, por enquanto).

 

O MECÂNICO: Hoje, qual é a estrutura da empresa para o mercado de reposição nacional?

 

SIMONE: Trabalhamos com representantes, gestoras de negócios, promotores técnicos e de vendas. Esse time é o que faz o contato direto com a operação das distri buidoras, dos atacados e a comunicação com o mecânico. Participamos de todas as feiras e even tos regionais, buscando construir uma imagem de empresa aberta ao mercado, sendo essa a nossa principal linha estrutural. Costumamos dizer aqui que não ficamos isolados no nosso “mundo”, encastelados, isso nos incomodaria muito.

 

O MECÂNICO: Qual desafio a empresa enfrenta para ter o contato direto com o mecânico?

 

SIMONE: O principal desafio é o tamanho do Brasil versus mão de obra. Estamos colocando a tecnologia da informação para ser nossa grande aliada, mas nada substitui o aperto de mão e o comprometimento “físico” da fábrica.

 

O MECÂNICO: A empresa irá comercializar com exclusividade os produtos da Getoflex. Como está sendo esse processo?

 

SIMONE: Essa é uma das grandes novidades de 2019 aqui na Mobensani. A Getoflex faz parte de um grupo de empresas alemãs que são os maiores fabricantes mundiais de peças em metal borracha. Por isso, fomos escolhidos depois de muitas avaliações. As peças são fabricadas na indústria da Getoflex em Taubaté, no interior de São Paulo e são enviadas para a Mobensani embalar, controlar e comercializar. Sendo assim, a Mobensani é uma unidade de negócio dentro da Getoflex com foco no mercado de reposição, ou seja, unimos a melhor de duas gigantes do mercado de metal borracha, que é toda a logística, expertise e acesso que a Mobensani tem com as peças originais fabricadas pela Getoflex. Há mercado para os dois segmentos, e então no nosso “pensar grande” juntamos estas duas forças. Estamos fazendo história no segmento automotivo brasileiro, pois este modelo de negócio já existe na Europa e Estados Unidos, mas aqui na América do Sul somos a primeira indústria na disrupção do segmento de reposição. Temos muito orgulho de fazer parte deste momento, pois seguimos focados no empoderamento dos clientes com o melhor dos dois mundos. A comunicação com o mecânico é que será diferenciada, cada marca com seu nicho de mercado correspondente.

 

O MECÂNICO: Os códigos dos produtos da Getoflex permanecerão os originais de fábrica ou serão incorporados aos códigos da Mobensani?

 

SIMONE: A linha Getoflex terá uma numeração comercial, que se iniciarão com as letras GTX, assim como da Mobensani se iniciam por MB, porém irão constar com o número original da peça para identificação.

 

O MECÂNICO: Quais meios que o mecânico ou cliente podem adquirir os produtos Mobensani e Getoflex?

 

SIMONE: Através de nossa rede de distribuição atual da Mobensani. O formato de comercialização, vendas e campanhas seguem o mesmo que o da Mobensani junto aos nossos clientes. A comunicação com o mecânico é que será diferenciada, cada marca com seu nicho de mercado correspondente.

 

O MECÂNICO: Quais as expectativas da empresa com o mercado de reposição atual?

 

SIMONE: Costumo dizer que somos uma empresa “fazedora” e nada resiste ao trabalho sério e com propósito. Se eu disser que não criamos expectativas, seria uma “historinha”, pois temos uma super expectativa. Porém, sempre digo ao meu time: pés no chão. Trabalhar pensando no passo a passo, pois não existe nada mais rápido do que o processo e ao mesmo tempo mais demorado.

 

O MECÂNICO: Quais são os planos de expansão da empresa para os próximos anos?

 

SIMONE: Em primeiríssima mão informo que adquirimos mais 10 mil metros quadrados. Até abril, na Automec, havíamos informado da expansão para 20 mil metros quadrados, mas acabamos adquirindo outra parte do quarteirão e agora temos um total de 30 mil metros quadrados. O melhor ainda está por vir. Somos uma empresa criativa e ser criativo é fazer o que todo mundo faz, mas surpreendendo. Muita coisa chegará em breve.

 

O MECÂNICO: Como a empresa vê a presença do mecânico em suas ações?

 

SIMONE: O mecânico é o nosso principal vendedor, pesquisador, termômetro e referência. O mecânico na Mobensani é formador de opinião, pois somos ouvintes desta classe, inclusive temos muitas histórias registradas aqui. O proprietário da empresa, com 78 anos, ainda sai com o time da qualidade para ouvir e conversar com os mecânicos. Por isso, quando falo de propósito, de gerar negócios para os clientes, de “pensar grande”, é disto que estou falando. Aqui nunca esquecemos de onde viemos e o porquê de estarmos aqui.

 

O MECÂNICO: Qual mensagem a Mobensani deixa para o mecânico independente?

 

SIMONE: Tenham a certeza que ainda temos muito a conquistar e, portanto, a melhorar. Os erros virão, mas só erra quem se propõe a fazer. Somos uma empresa criativa e ser criativo é fazer o que todo mundo faz, mas surpreendendo. Muita coisa chegará em breve.

Honda traz novidades em seu portal de pós-venda

Honda Pós-venda

A Honda anuncia novidades em site de pós-venda, incluindo novas ferramentas e funcionalidades. A empresa ressalta que o objetivo é facilitar a navegação do usuário e a busca pelas informações de interesse.

Entre os novos conteúdos está a possibilidade de consultar os detalhes das revisões até os 80.000 km, como a tabela de preços, dividida em peças e mão de obra, os serviços executados e os itens substituídos.

O usuário também pode buscar informações sobre o prazo de troca recomendado dos pneus, algumas dicas para elevar sua vida útil e acessar dados sobre todos os pneus homologados pela Honda para cada modelo de veículo.

Por fim, a Honda oferece uma página dedicada aos diferenciais do óleo Pro Honda, desenvolvido especialmente para os veículos da marca visando entregar máxima eficiência e otimizar o consumo. Para acessar, o endereço do site é www.honda.com.br/pos-venda/automoveis.

ALE adota bomba de combustível com recuperação de vapor

Bomba de combustível ALE

A ALE Combustíveis instalou a primeira bomba de combustíveis com sistema de recuperação de vapores do Brasil, que impede a emissão de benzeno no ambiente, em sua unidade ALE Alphaville, localizada na cidade de Santana do Parnaíba/SP.

A empresa se antecipou às portarias 1.109/206 (Secretaria do Trabalho) e 509 (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia – Inmetro), que determinam que todas as bombas de gasolina deverão evitar a emissão de benzeno no ambiente a partir de setembro de 2022.

A nova bomba de gasolina, certificada pelo Inmetro, levou dois anos para ser desenvolvida, em um projeto feito em parceria com a empresa Gilbarco Veeder-Root. Ela é interligada a um tanque que possibilita o retorno do vapor de benzeno, evitando a exposição do frentista à substância, além de reduzir as emissões na atmosfera.

Umicore explica características dos catalisadores para veículos diesel

Catalisador Umicore

A Umicore explica as principais diferenças entre os sistemas de controle de emissões de poluentes para os veículos a diesel. As tecnologias disponíveis são: Catalisador de Redução Seletiva (SCR), Catalisador de Oxidação Diesel (DOC) e Filtro Catalítico de Partículas para Motores Diesel (cDPF). Para atender ao PROCONVE P8, que passará a vigorar em janeiro de 2023, os motores precisarão utilizar todas, em conjunto.

O Catalisador de Redução Seletiva (SCR) tem a função de reduzir os óxidos de nitrogênio (NOx) emitidos pelo motor em nitrogênio (N2) e água. Empregando uma solução aquosa de ureia (ARLA 32), a amônia (NH3) presente leva à reação química que diminui até 95% das emissões de NOx. Esses catalisadores podem ser produzidos com substratos cerâmico e corrugado, este último muito eficiente nos veículos pesados. De acordo com a empresa, o corrugado possui um sistema morfológico trimodal, com micro, meso e macroporos, que fazem com que os gases tóxicos atinjam com mais facilidade as camadas catalíticas.

Já o Catalisador de Oxidação Diesel (DOC) visa absorver e converter os hidrocarbonetos (HC) não queimados na combustão e o monóxido de carbono (CO) emitidos pelo motor em gás carbônico e água. Esse sistema também transforma o monóxido de nitrogênio (NO) em dióxido de nitrogênio (NO2).

Por fim, o Filtro Catalítico de Partículas para Motores Diesel (cDPF) é, atualmente, utilizado apenas em veículos movidos a diesel no Brasil. Essa tecnologia reduz mais de 90% a emissão de material particulado, uma vez que a peça também possui função catalítica. A empresa ressalta que os filtros retêm as partículas e as convertem em CO2 e água, purificando os gases de exaustão e permitindo que o componente seja regenerado para novas filtrações.

IQA alerta sobre uso água da torneira no sistema de arrefecimento

Motor Chevrolet Cobalt

Em artigo divulgado pelo Instituto da Qualidade Automotiva (IQA), o gerente-geral de Qualidade da PSA Peugeot Citroën, Cláudio Moysés, explica por que não se pode usar água da torneira em sistemas de arrefecimento. Ele explica que há diversos produtos no mercado vendidos como líquido de arrefecimento, mas que, na verdade, são apenas água com corante e podem conter elementos prejudiciais ao motor. Por isso, é fundamental adotar alguns cuidados na hora de comprar esse item.

A primeira dica é seguir a recomendação do manual do fabricante e utilizar somente produtos de origem confiável, assegurando a vida útil do motor. O líquido é composto por água desmineralizada e aditivo à base de etileno glicol. A água desmineralizada protege os componentes metálicos de corrosão e evita a formação de incrustações, que podem causar entupimentos e, consequentemente, superaquecimento do motor. Já o etileno glicol garante que a água não evapore.

Vale destacar que algumas fabricantes de veículos já trabalham com líquidos long life, que duram a vida inteira do veículo, não exigindo troca, exceto se houver vazamento ou contaminação do sistema. Outras montadoras, por outro lado, recomendam fazer a troca do líquido de arrefecimento de acordo com quilometragem, usando produtos homologados.

A recomendação é jamais completar o reservatório com água da torneira, o que é prejudicial, colocando o motor em risco. Isso ocorre porque a água pode conter sais minerais como cloro, flúor e cálcio, que se acumulam em certas regiões do motor, acelerando o processo de oxidação e desgaste de partes metálicas e mangueiras. O cloro, aliás, pode reagir com o alumínio das peças. Outro problema em adicionar apenas água é a perda de eficiência da mistura, que poderá evaporar causando rápida queda de nível, além de perder as características de proteção do motor e das borrachas.

Se o motorista seguir rodando com nível do líquido de arrefecimento baixo, poderá encarar problemas como superaquecimento do motor, como dano à junta do cabeçote, que pode demandar uma retífica ou a troca do item avariado.

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