Tecnologia e conforto colocam Peugeot 408 na briga dos sedãs

Mesmo sem um câmbio mais moderno e o mesmo motor 2.0 do 307, o sedã tem atributos que o colocam no páreo na briga acirrada da sua categoria, com muita beleza e requinte
Carolina Vilanova

Beleza, requinte e conforto. Características mais do que presentes no novo Peugeot o 408, que chega para substituir a versão três volumes do 307, com desenho digno dos tradicionais modelos da marca. Dono de um arsenal de recursos tecnológicos, o veículo já está nas concessionárias pronto para concorrer num mercado de gigantes, em que estão campeões de vendas como Toyota Corolla, Honda Civic, Chevrolet Vectra e o também novo Renault Fluence.

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O 408 está disponível em três versões de acabamento: Allure, com opção de câmbio manual ou automático; Feline e Griffe, ambas com transmissão automática. Para essa matéria, testamos a versão topo de linha Griffe automática, que demonstrou, acima de tudo, muita beleza, conforto e prazer ao dirigir. Com um estilo exclusivo, o sedã apresenta um ótimo acabamento interno, alto nível de tecnologia embarcada, um interior bastante espaçoso e requintado, com muito conforto e ergonomia para passageiros e motorista.

Sem dúvidas, o 408 chama atenção por onde passa, sempre carregando o DNA da marca, registrado, principalmente, pelos faróis felinos de quatro refletores e pelas linhas bem dinâmicas e harmoniosas. A parte dianteira é marcada pela grande grade frontal e os vincos do capô, que completam o visual com o logotipo do Leãozinho que ficou maior e mais destacado no carro.

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Seguindo as linhas da lateral do carro, pode-se perceber uma tendência clean, ou seja, limpa e sem frisos ou outros detalhes, apenas fluidez até a traseira com dinamismo que termina no spoiler integrado à tampa do porta-malas. As lanternas traseiras fecham com muito requinte o desenho do 408, com um formato que se alonga pela lateral do carro, com o charme da cor rubi. É um carro de dimensões grandiosas: são 4,69 metros de comprimento, uma largura de 1,815 metro e um entre-eixos de 2,71 metros.

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Por dentro, o espaço é amplo e o acabamento primoroso, o que na verdade é mais uma característica da Peugeot, desde a qualidade e a textura dos materiais utilizados até as cores escolhidas, de muito bom gosto e sofisticação. Ótimo espaço para as pernas do passageiro, vários porta-trecos espalhados pelo carro e detalhes cromados que dão um toque especial ao modelo.

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Outro destaque é o painel de instrumentos com fundo branco que acolhe o computador de bordo, proporcionando boa visibilidade e mostradores modernos que, mais uma vez, remetem ao estilo da marca. Quando equipado com o sistema de navegação, o 408 ganha mais um charme: a tela de 7 polegadas retrátil do GPS com três posições de inclinação.

Debaixo do capô

Mas se por fora, o 408 não traz nada do seu antecessor, debaixo do capô, o conjunto do 307 foi mantido com a adoção do motor 2.0 l 16V Flex, capaz de gerar potência máxima de 151 cv a 6.000 rpm com álcool e torque máximo de 22 kgfm a 4.000 giros. Quando abastecido com gasolina, o modelo alcança os 143 cv aos 6.250 giros.

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O powertrain é completado pelo câmbio manual de cinco marchas ou com o a nova transmissão automática AT8, de quatro velocidades, o que ainda não é o ideal, apesar de funcionar com muita precisão e suavidade nos engates. Para minimizar essa questão, a Peugeot vai lançar a partir do segundo semestre, o 408 que tem como opcional o conjunto motor 1.6 l Turbo High Pressure de 165 cv e a caixa automática sequencial de seis marchas, ambos presentes no 3008.

Em relação à dirigibilidade, o 408 está bem cotado, principalmente, pela facilidade de manobras que proporciona com a assistência eletro-hidráulica da direção. Em estabilidade, também ganha com um conjunto de suspensão robusto e macio, afinal é um sedã que privilegia conforto e baixo nível de ruído. Isso é possível por conta das articulações flexíveis entre a suspensão e a longarina.

A suspensão dianteira é construída sobre rodas independentes do tipo McPherson, com barra estabilizadora e molas helicoidais. A traseira também é independente com travessa deformável e barra integrada. Os amortecedores são do tipo hidráulicos pressurizados. De acordo com a engenharia da marca, as bitolas dianteiras e traseiras largas, assim como a largura importante dos pneus e das rodas, agem de maneira positiva com relação ao desempenho, a precisão e a estabilidade do veículo, tanto em linha reta quanto em situação de desaceleração ou de frenagem em curva. E o ângulo do trem dianteiro, com uma cambagem negativa de – 0,2º, favorece a precisão e a rapidez de reação do veículo.

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O quesito segurança também destacado no 408 com a adoção de um sistema de freios eficiente e rápido, composto por discos dianteiros ventilados e discos traseiros sólidos. Todas as versões oferecem o ABS como item de série. Já os sistemas de controle de estabilidade, frenagem de emergência e distribuição eletrônica de frenagem são opcionais. Pode contar com a até seis airbags por todo o veículo.

Além da tela de navegação, outras tecnologias foram incorporadas ao veículo, entre elas os faróis bi-xenon direcionais e o auxílio ao estacionamento dianteiro e traseiro. O 408 também é o primeiro veículo a circular no País ostentando uma nova forma do logotipo do Leão da marca.

Fabricado na Argentina, o novo sedã tem preço que começa em R$ 59.500 na versão e entrada com câmbio manual e pode chegar a R$ 79.900 com o modelo topo delinha com transmissão automática.

Ficha técnica 
Motor:  

EW10A
Número de cilindros 4
Número de válvulas  16
Cilindrada   2.0 L
Potência:   151 a 6.000 rpm (álcool) e 143 a 6.250 rpm (gasolina)
Torque   22 kgfm a 4.000 rpm (álcool) e 20 kgfm a 4.000 rpm (gasolina)
Alimentação:  Injeção eletrônica multiponto seqüencial

Transmissão:
Tração dianteira
Caixa de mudanças Manual (5 frente e 1 ré) ou Automática Sequencial Tiptronic System Porsche

Direção: 
Com assistência eletro-hidráulica

Suspensões:
Dianteira Rodas independentes, pseudo McPherson, com barra estabilizadora, molas helicoidais e amortecedores hidráulicos pressurizados
Traseira Rodas independentes, com travessa deformável e amortecedores hidráulicos pressurizados

Freios:
ABS
Dianteiros Discos ventilados
Traseiros Discos
Pneus  205 / 55 R16  225 / 45 R17

 

 

Desenvolvimento com união no setor da reparação

Fabricantes de peças fazem parceria focada em atualizar o reparador sobre os seus principais lançamentos por meio de palestras. Quem ganha com isso é o profissional e toda a área automotiva

Victor Marcondes

Quanto mais o setor de reparação cresce, aumenta também a necessidade de expandir as informações para os profissionais da área. As fabricantes de autopeças que precisam deste mercado mostram que têm responsabilidade ao garantir conhecimento técnico para os reparadores nacionais.  Sob a coordenação do Sindirepa-SP, cerca de 40 empresas se uniram e participam do Programa Empresa Amiga da Oficina, que pretende realizar ciclo de palestras aos núcleos de centros automotivos espalhados por todo o Brasil.

A iniciativa faz parte do Projeto Educação Continuada, atualmente em operação em 29 cidades do estado de São Paulo. A ação é realizada desde 2005, já atendeu 63 pólos de oficinas em 59 cidades, totalizando mais de 500 eventos e a participação de aproximadamente 15 mil técnicos. “A capacitação dos mecânicos gera resultados positivos, já que o domínio técnico e a qualidade dos serviços prestados ao consumidor reduzem problemas de má aplicação das peças, entre outras inconvenientes”, explica Antonio Fiola, presidente do Sindirepa.

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O grupo também criou um banco de dados chamado de CDI (Centro de Distribuição e Informações) que conta com atualização frequente para se tornar fonte de informação para os reparadores. “Enviamos ao Sindirepa uma gama de informativos técnicos por meio de uma ferramenta nossa, conhecida como Infotec, que disponibiliza catálogos físicos e eletrônicos de produtos, tanto para a linha leve quanto para a pesada”, diz Pedro Bighetti, coordenado técnico de reposição da ElringKlinger, uma das companhias participantes do programa.

Nas palestras a marca aborda a evolução tecnológica dos motores e conseqüentemente a evolução das juntas de cabeçote aplicadas nos novos motores fabricados pelas principais montadoras do País. “Fornecemos dados a respeito de conjuntos das linhas Volkswagen, Ford, Fiat, General Motors e PSA, das quais detemos 55% do mercado. Por fim, também falamos sobre Mercedes-Benz, empresa que fornecemos 100% das juntas de cabeçote. As dicas que temos dificilmente são encontradas em literaturas disponíveis na reposição”, conta.

Com uma equipe formada por dez técnicos especializados em mecânica automotiva, e com mais de vinte anos de experiência cada um, a Affinia já treinou aproximadamente 5 mil mecânicos. “Ao lado do programa queremos aumentar o nível de qualificação dos profissionais”, garante Jair Silva, supervisor de assistência técnica e serviços da Affinia. Ele diz que o treinamento discute suspensão para leves e pesados, freios, juntas homocinéticas, cardan, eixo diferencial, consumo de óleo, sistema de arrefecimento e sistema de lubrificação.

Certificação de amigo

As empresas que participam do projeto são beneficiadas com ações que reconhecem a sua contribuição para ampliação do conhecimento. “As marcas podem utilizar o selo do programa em todas as divulgações junto ao mercado, receberão um certificado de adesão ao programa, serão divulgadas no portal da entidade, e terão o apoio oficial em ações que realizar junto as empresas de reparação, entre outras”, conta Fiola.

A iniciativa é uma ótima alternativa para empresas do setor que desejam ganhar a confiança do mecânico. “Sempre buscamos novos meios para transmitir informações e conhecimentos técnicos aos nossos clientes reparadores. Assim, além das redes sociais e da mídia do setor, agora contamos com mais uma funcional ferramenta para alcançarmos nossos objetivos”, avalia Talita Peres, coordenadora de Marketing da Dayco Power Transmission, que também integra o seleto grupo de empresas amiga da oficina.

Para fazer parte deste clube, a companhia deve entrar em contato com o Sindirepa-SP, por meio do telefone (11) 5594-1010 ou no e-mailandré[email protected]. Já o reparador interessado em angariar mais conhecimento técnico nas palestras tem que se inscrever no site da entidade (www.sindirepa-sp.org.br) ou ligar para o mesmo número acima. A entrada nos eventos é gratuita.

Estar atualizado sobre as novidades lançadas no mercado, faz com que o serviço na oficina tenha mais qualidade. “Afinal, as informações precisas colaboram com a capacitação técnica dos profissionais, melhorando o atendimento aos clientes e reduzindo riscos de erro na aplicação de peças”, conclui Bighetti.

Confira o local e a data das próximas palestras:

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 11/07/2011
Local: Pompéia

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 12/07/2011
Local: Regente Feijó

Tema: Lei de Aprendiz e de Estágio – Central de Serviços daFiesp
Data: 12/07/2011
Local: São Paulo

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 13/07/2011
Local: Presidente Prudente

Tema: Enquadramento Sindical e Contribuição sindical – Central de Serviços daFiesp
Data: 21/07/2011
Local: São Paulo

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 21/07/2011
Local: São João da Boa Vista

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 25/07/2011
Local: Praia Grande

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 26/07/2011
Local: Santos

Tema: Como implantar a Lei de Participação nos Lucros e Resultados – PLR e Remuneração Variável – Central de Serviços daFiesp
Data: 28/07/2011
Local: São Paulo

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 02/08/2011
Local: Itaquaquecetuba

Tema: Desengraxante Ecológico – Eco Solution
Data: 02/08/2011
Local: Campo Limpo Paulista

Tema: Evolução Tecnológica de Juntas de Cabeçote- Elring Klinger
Data: 04/08/2011
Local: São José dos Campos

Tema: Sped Contábil e Fiscal e Nota Fiscal Eletrônica – Central de Serviços daFiesp
Data: 04/10/2011
Local: São Paulo

Tema: Aplicação da Substituição Tributária nas empresas enquadradas no Simples Federal – Central de Serviços da Fiesp
Data: 18/10/2011
Local: São Paulo

Tema: Responsabilidade dos administradores e sócios – Central de Serviços daFiesp
Data: 08/11/2011
Local: São Paulo

Tema: Compensação de créditos tributários – Central de Serviços daFiesp
Data: 22/11/2011
Local: São Paulo

Tema: Principais aspectos do direito do consumidor – Central de Serviços daFiesp
Data: 29/11/2011
Local: São Paulo

Quarenta carros e uma equipe de mecânicos

Saiba como trabalham os mecânicos e como é feita a manutenção dos carros da Porsche GT3 Brasil, categoria que embeleza pistas do Brasil e do exterior com os lendários modelos 911 da fábrica alemã
Fernando Lalli

O trabalho no Box número 11 de Interlagos, às vezes, chega a ser mais movimentado que a disputa pelo melhor tempo na pista. Nos treinos livres da Porsche GT3 Brasil, os pilotos exploram seus limites em busca do melhor traçado, mas quando algo dá errado, recorrem sempre ao mesmo Box de apoio para os reparos necessários – desde pequenos remendos na carroceria até reparos no motor e câmbio. Ao contrário de quase todas as categorias do automobilismo que estamos acostumados a assistir, nas quais diferentes equipes disputam o primeiro lugar, o time da Porsche GT3 Brasil é um só; apenas uma grande equipe de mecânicos trabalhando unida pela manutenção dos mais de quarenta Porsches 911 que rasgam as pistas a mais de 260 km/h.
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O evento é dividido em duas categorias: Cup (motores 3.8l de 450 cv e pilotos mais experientes como Ricardo Rosset, ex-Formula 1) e Challenge (motores 3.6l de 420 cv). Para ambas, em cada etapa trabalham mais de mais de 30 engenheiros e 50 mecânicos remanejados de acordo com a demanda das duas categorias, sem distinção. Tanto que o próprio chefe dos mecânicos, Silvestre de Paulo Junior, não apenas faz o trabalho de coordenação como também coloca a mão na massa.

Durante os treinos e corridas, Junior fica encarregado do pit-stop de apoio, pronto para atender reparos emergenciais decorrente das corridas. Em certo momento, atrás dos boxes, ele aparece carregando nas mãos uma roda quebrada, depois de ser danificada por um piloto que pegou uma zebra mais alta. “Os pilotos forçam mais durante os dias de treino, por isso, o ritmo de trabalho nos boxes fica mais puxado”, explica.

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Próximo dali, dentro do Box de apoio, três mecânicos estão correndo contra o tempo no conserto da suspensão traseira do piloto Carlos Ambrósio, que corre na categoria Challenge, para que ele consiga participar do último treino do dia. Outros três estão enfiados debaixo do 911 de Marcelo Stallone, também da Challenge, para trocar o câmbio do carro. O ritmo de trabalho é intenso, mas mesmo assim não se vê um rosto fechado. É visível o prazer de todos os envolvidos em trabalhar com superesportivos de sonho, como os Porsches, e dentro de um esporte tão apaixonante, como é o automobilismo.

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Tradição em durabilidade

Recolhidos à oficina da categoria, que fica em São Paulo, todos os carros possuem um documento com o histórico de revisões e, entre as corridas, passam por um checklist minucioso de quase 100 itens, abordando todos os aspectos do carro, desde a troca de pastilhas e fluido de freio até a inspeção de sua adesivação externa. O trabalho é tão específico que algumas peças recebem tratamento especial na revisão, como os semi-eixos da transmissão, que são desmontados e enviados para uma empresa terceirizada, que submete cada peça ao aparelho de raio-X, procurando possíveis pontos de fissura e fadiga internos.

O chefe dos mecânicos exalta a durabilidade da mecânica Porsche, algo que é tradicional da montadora alemã em competições de longa duração ao redor do mundo. “Em toda revisão de motor, verificamos a taxa de compressão, possíveis defeitos visuais, passamos o scanner atrás de avarias, mas existem carros que correm a temporada inteira sem ter a necessidade de abrir o motor”, surpreende.

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Já a caixa de câmbio tem quase o mesmo período de manutenção, mas é mais sensível ao estilo de pilotagem. “Se o piloto é mais agressivo e freia mais dentro da curva, ele força mais o câmbio, e isso cria um desgaste, por isso temos que revisá-lo com mais frequência”, explica. Outro dado interessante é a medição da vida útil das peças, que nos carros de rua é medida pela quilometragem, enquanto que, no caso de modelos de competição, é medida em horas rodadas.

Nas etapas, a estrutura de manutenção dispõe do Box de apoio que centraliza a manutenção mais pesada dos carros, e de dois caminhões, um com a oficina de motor e câmbio, outro para o depósito de peças.

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Equipe jovem e treinada

Durante a semana, quando a categoria não está nos autódromos, Junior conta com uma equipe operacional de 15 pessoas, entre estas 7 mecânicos, 3 engenheiros, dedicados a garantir a manutenção e de preparação entre os carros. Nos finais de semana, a equipe se reforça com um exército de mais de 80 free-lancers entre mecânicos e engenheiros, de diversos graus de formação e experiência.

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“Quase todos os mecânicos que trabalham nas corridas passaram por cursos do SENAI e vêm de concessionárias de outras empresas, mas nem sempre eles chegam conhecendo a mecânica Porsche”, esclarece. Além disso, o chefe dos mecânicos da categoria aposta na contratação de profissionais mais jovens pela exigência física da função, sempre com prazo de entrega “para ontem”. “Além do sangue novo, a moçada tem aquela paixão pelo automobilismo”, enfatiza.

No entanto, Junior visita uma vez por ano a fábrica da montadora na Alemanha e passa por cursos de atualização, ficando assim responsável em repassar as informações à equipe operacional no Brasil. “Através dos meus treinamentos e das informações do dia a dia a que têm acesso, pouco a pouco eles vão se transformando em técnicos da Porsche”, afirma.

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Ou seja, para quem gosta de automobilismo e acha que trabalhar consertando carros de corrida desse nível é algo distante e que exige alguma formação fora do comum, não é bem assim. Basta ter força de vontade para aprender, cuidar bem da saúde física e mental, e um dia, quem sabe, conseguir realizar aquele velho sonho que muita gente tem ao trocar a roda de um carro, se imaginando no pit-stop de uma corrida com o uniforme de sua equipe preferida.

Renault Fluence: acirrando a briga entre os sedãs médios

Fernando Lalli

Um dos segmentos mais concorridos do mercado automobilístico brasileiro é o de sedãs médios, com sua liderança disputada a tapas por Toyota Corolla e Honda Civic, seguidos por Nissan Sentra, VW Jetta, Peugeot 408, Chevrolet Vectra (este em fim de carreira, já que será substituído pelo modelo Cruze em breve), além de outros lançamentos prometidos para o segundo semestre. No entanto, isso não quer dizer que o mercado está saturado – pelo menos, não para a entrada de mais um modelo que apresenta uma proposta interessantíssima se comparada aos já estabelecidos.

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Trata-se do Renault Fluence, modelo pensado especialmente para o mercado da América Latina e da Ásia, e que traz tecnologia, design, conforto e esportividade na medida certa para chamar a atenção de uma fatia de público, às vezes, conservadora demais. O novo sedã da montadora francesa foi apresentado pela primeira vez no Brasil durante o Salão do Automóvel de 2010 e conquistou fãs logo de cara por seu design fluído (o nome Fluence não é à toa) e, ao mesmo tempo, imponente: graças às suas linhas, à primeira vista, ele parece ter mais do que os seus 4,62 metros de comprimento, sendo até confundido com um sedã de segmento superior.

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E falando em tamanho, é exatamente este o principal trunfo do Fluence em comparação aos seus concorrentes diretos. Por ser mais comprido do que Corolla e Civic, o novo sedã da Renault também leva vantagem no entre-eixos: 2,70 m, 10 cm a mais que o Corolla, o que se reflete diretamente no ótimo espaço interno, suficiente para três pessoas se acomodarem sem apertos no banco de trás. O porta-malas é outro ponto de destaque: 530 litros, contra 470 do Corolla e apenas 340 do Civic. E espaço é algo muito valorizado neste segmento, que atrai principalmente chefes de família que não querem dor de cabeça na hora de viajar com mulher e filhos.

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Completo e competitivo

A Renault sabe do desafio que é colocar um sedã médio no mercado brasileiro neste momento de aquecimento econômico e por isso não só esbanjou no espaço interno como recheou o Fluence de equipamentos de série. São duas versões de acabamento à disposição, Dynamique e Privilège, ambas saindo de fábrica com chave-cartão, ar-condicionado digital dual zone, direção elétrica assistida, seis air bags, sistema de freios ABS com auxílio de frenagem de urgência (AFU) e distribuição eletrônica de frenagem (EBD), volante com regulagem de altura e profundidade, alarme e retrovisores externos com regulagem elétrica, computador de bordo, faróis de neblina, rodas de liga-leve e conexões Bluetooth, USB e iPod.

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Não bastasse, a versão Privilège conta ainda com GPS integrado ao painel, sensor de estacionamento, bancos em couro, controle de estabilidade (ESP), controle de tração (ASR), rodas de liga-leve de 17 polegadas e sistema de som desenvolvido pela empresa Arkamys especialmente para o modelo. Como opcionais, a versão tem teto solar elétrico com sistema anti-esmagamento e conjunto óptico com faróis de xénon, regulagem de altura e lavadores.

Junto com o alto nível de equipamentos vem a preocupação com a ergonomia, demonstrada na possibilidade de regulagens de altura e profundidade da coluna da direção, além de regulagem de altura do banco do motorista em 7 cm, a maior do seu segmento.

Pacote técnico

O Fluence vem equipado com o motor 2.0 16V Hi-Flex, que possui duplo comando de válvulas (DOHC) e comando de válvulas variável na admissão (CVVT), e é capaz de desenvolver 143 cv de potência no álcool e 140 cv com gasolina, ambas a 6.000 rpm, rotação na qual também se atinge o torque máximo de 20,3 mkgf (álcool) ou 19,9 mkgf (gasolina).

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O motor é um avanço considerável em relação ao 2.0 a gasolina utilizado no modelo Megane. Entre as várias evoluções, o Hi-Flex conta com um novo sistema de partida a frio com “5º injetor”, implantado no corpo de borboleta no lugar da eletroválvula. De acordo com a Renault, o “5º injetor” permite controlar, no momento da partida, a quantidade de gasolina injetada pelo sistema auxiliar no coletor de admissão, além de favorecer a pulverização da gasolina e diminuir a emissão de ruídos. O Hi-Flex também é 38 kg mais leve que seu antecessor, graças a uma “dieta” baseda na utilização de alumínio no bloco do motor, cabeçote, cárter de óleo, suporte de acessórios e bomba d’água.

Quanto ao câmbio, são duas opções: manual de seis marchas e o automático CVT X-Tronic, também de seis marchas, com inédita opção de troca sequencial. Qualquer uma das duas caixas de velocidades proporciona ao Fluence grande agilidade na cidade e na estrada, justamente pela oferta maior de velocidades. As retomadas são fortes e seguras em qualquer condição, auxiliadas pelo fato de o motor fornecer 90% do torque máximo já aos 2.000 rpm. A única diferença está na velocidade máxima, que é de 200 km/h na versão com câmbio manual e de 195 km/h no automático CVT X-Tronic.

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Outro destaque do Fluence é a estabilidade: a direção elétrica assistida é leve nas manobras e firme na hora de controlar o carro em alta velocidade. A suspensão dianteira é independente, do tipo McPherson, enquanto na traseira o conjunto é semi-independente, com eixo de torção. Completando o conjunto, os amortecedores hidráulicos telescópicos e as molas helicoidais, foram calculados para garantir segurança nas curvas sem abrir mão da maciez ao rodar.

Somado a todo esse pacote, a Renault oferece para o modelo garantia total de três anos ou 100 mil km. A montadora também vai oferecer as revisões programadas (a cada 10 mil km) com preço fechado, cujo valor já engloba os custos de peças e mão de obra. Tudo isso pensando na comodidade do cliente e, claro, em diferenciar o Fluence de seus concorrentes, que vão ter que se desdobrar para alcançar o novo sedã da Renault, que está sendo oferecido a partir de R$ 59.990,00 (Dynamique 2.0 16V manual), valor abaixo das versões básicas de quase todos os seus concorrentes diretos. O Fluence é um carro familiar, mas não está no mercado para brincadeira.

Audi A7 Sportback: o carro do século XXII

Carol Vilanova

Vamos começar pelo design moderno e elegante, passando pelo motor potente, pelos componentes mecânicos tecnologicamente avançados, até os diversos equipamentos de segurança e conforto de última geração. Estamos falando do Audi A7 Sportback, um carro novo e atraente, que mais parece feito para o consumidor do século XXII.  Se não, para um público de elite, bem diferenciado, considerando o seu preço de entrada: R$ 323.900,00, fora alguns acessórios.

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De acordo com a Audi, o A7 é um modelo único, um coupé de luxo com cinco portas que combina os benefícios de um sedã do porte do A8, com a funcionalidade de um sport wagon e toda a esportividade já reconhecida da marca. Tudo encaixa bem no A7, inclusive o motorista, que dirige confortavelmente rodeado de comandos para facilitar a sua vida. Quem pensa que andar no banco de trás é um martírio, por ser um coupé, está enganado: os caronas vão bem confortáveis numa viagem de A7.

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O design é de deixar muita gente suspirando…. arrojado e com linhas fortes, expressa dinamismo mesmo quando está parado. Os destaque são o longo capô, a linha de cintura elevada, o arco que se forma no teto e a pequena área envidraçada, propositalmente. Os faróis com 18 LEDs ganham vida, principalmente a noite, quando mostra com muita luz toda a sua elegância e modernidade.

Mais um charme de carro esportivo: o spoiler traseiro, integrado à tampa do porta-malas, levanta automaticamente quando o veículo atinge 130 km/h e recolhe quando a velocidade cai para os 80 km/h. Tudo uma questão de aerodinânica. A capacidade do porta-malas é de 535 litros, podendo chegar a 1.390 litros com o banco traseiro rebatido, e fecha com um simples toque de botão.

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Por dentro é uma verdadeira máquina do futuro. O painel, além de ser envolvente, é construído com o melhor dos materiais, de muito bom gosto e requinte. Tem até uma versão com massageador nos bancos, um luxo só! O sistema multimídia MMI oferece funções importantes para quem dirige, além de entretenimento, uma boa música e GPS. Entre os opcionais estão o novo display head-up que projeta as informações diretamente no para-brisa e uma , além de tela retrátil de oito polegadas e do sistema operacional touch, que combina a navegação por disco rígido com a conveniência da entrada touchpad, no qual o motorista pode escrever as letras com o delo. E tem muito mais.

Pacote mecânico

Debaixo do capô do A7, um engenho de primeira linha: o 3.0 L TFSI, com seis cilindros em V, capaz de gerar uma potência de 300 cavalos numa faixa de rotação de 5250 a 6500 giros. O câmbio é automático do tipo seqüencial S- Tronic de 7 velocidades, embreagem dupla e tração nas quatro rodas. Essa combinação deixa o modelo bem esportivo para dirigir, com boas retomadas e muita agilidade na estrada. De acordo com a marca, a velocidade máxima é limitada em 250 km/h.

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Como outros carros da Audi, o A7 oferece o sistema Audi Drive Select como equipamento de série, que permite ao motorista escolher quatro modos de condução: Comfort, Auto, Dynamic e Individual, dependendo da situação em que quer guiar. Como opcional, oferece o complemento da suspensão pneumática adaptativa com amortecimento controlado.

A lista de itens tecnológicos é bem extensa, muitos oferecidos como equipamentos de série e outros, opcionais: ABS com controle de estabilidade e distribuição eletrônica de frenagem, piloto automático com controle de cruzeiro adaptativo e função stop&go, audi night vision, side assist etc. Todos esses recursos fazem do novo Audi mais uma boa opção para uma elite bem seleta que gosta de um bom carro, com conforto, requinte e sofisticação e muita velocidade!

Manutenção Delivery

Seguradoras e até fabricantes de autopeças estão apostando em motocicletas como uma forma mais rápida de atender carros que necessitem de socorro mecânico emergencial

Victor Marcondes

Seja para agilizar o atendimento, driblar o trânsito caótico das grandes capitais ou mesmo fornecer um diferencial para os motoristas, empresas do setor automotivo têm oferecido cada vez mais serviços de socorro mecânico por meio de motocicletas. Basta apenas uma ligação informando a ocorrência que em minutos um profissional capacitado chega ao local para identificar e, muitas vezes, solucionar o problema do veículo imediatamente.

Ainda é muito difícil encontrar reparadoras independentes que atendam os seus clientes indo até o local sobre duas rodas. No entanto, este tipo de conveniência já é muito comum entre seguradoras. “A Porto Seguro sempre contou com motocicletas em sua rede de socorro. Porém, com o aumento da frota de veículos e do trânsito, esse serviço foi estimulado para proporcionar a agilidade necessária ao segurado”, diz Milton Oliveira, superintendente de serviços da companhia.

Com 60 motos modelo scooter disponíveis somente em São Paulo, além de bicicletas, a empresa define o atendimento de acordo com a complexidade do reparo apresentada pelo veículo. “Diante das informações coletadas é possível precisar quando o atendimento por moto é o mais indicado. Em 95% dos casos o técnico consegue encontrar solução sem ter de chamar o guincho”, explica.

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A SulAmérica é outra seguradora atenta para esse nicho da manutenção e que tem feito grandes investimentos. Atualmente, atende uma média de 600 chamadas por mês e oferece, apenas no Rio de Janeiro, 35 motos e 53 mecânicos. Segundo Edison Kinoshita, diretor de Contact Center da SulAmérica Seguros e Previdência, a margem de veículos que tem o problema resolvido no local é de 90%.

O atendimento emergencial com moto é priorizado em situações que geralmente há panes mecânicas ou elétricas, que impossibilitem a locomoção do veículo até uma oficina de confiança. “Ocorrências dentro de garagens hoje respondem por 50% das chamadas. E é comum nesses casos que o defeito seja uma bateria descarregada ou algum outro problema elétrico, causado por uma lanterna acesa ou automóvel parado sem funcionar durante muito tempo”, afirma Milton.

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Além desses, Edison explica que outro problema comum e de fácil solução é motor superaquecido. Para ele os resultados com a prestação deste tipo de serviço são enormes. “Alcançamos uma economia de até 28% em relação aos atendimentos de reboques dentro dos grandes centros e também aperfeiçoamos a frota de motocicletas. Considerando a produtividade diária dos equipamentos, as motos produzem até 65% a mais que os reboques”, avalia.

De acordo com as informações das duas seguradoras, hoje o tempo médio para a chegada do técnico é de cerca de 20 a 30 minutos. “Procuramos encarar todas as solicitações da assistência 24 horas como prioritárias. Em alguns casos, aumentamos o nível de importância quando há crianças de colo no veículo ou quando o motorista está próximo à áreas de risco”, argumenta Edison.

Após receber a chamada, a central comunica o mecânico que se dirige até o local e, a partir dos dados coletados, dá início ao diagnóstico correto do problema. “O primeiro procedimento do mecânico é conversar com o segurado para identificar o problema. Medição de óleo, verificação da caixa de fusíveis, checagem do sistema de alarme e recarga da bateria são alguns dos itens avaliados pelo reparador”, detalha Milton.

“O atendimento é focado na cordialidade e agilidade. O primeiro passo do mecânico é se identificar e entender o problema ocorrido”, reforça Edison. Entre os principais equipamentos que vão junto com o técnico na hora da chamada estão carregador de baterias, jogo de chave de fenda, jogo de chaves mistas e multímetro. De acordo com ele, o custo médio do serviço é de R$ 30,00, valor pago pela SulAmérica à empresa contratada para o trabalho

Solução em duas rodas

Em parceria com a Mondial Assistance, a fabricante de autopeças Valeo também passou a oferecer assistência técnica com moto, através do programa Valeo Jet Service. O conceito é o mesmo utilizado pelas seguradoras, porém com foco nos produtos da marca. “Atendemos qualquer reclamação de funcionamento com algum item da companhia, uma vez que o cliente esteja localizado na área de cobertura”, diz Jeser Madureira, Responsavel de Serviços para Reposição na América do Sul da Valeo.

O serviço é acionado em conjunto com o reparador, que busca em parceria com o técnico identificar a necessidade de troca ou envio da peça para análise. “Em caso de envio para avaliação, o técnico fornece imediatamente ao reparador o check list e autoriza a troca, evitando assim transtorno e burocracia com a loja de autopeça ou distribuidor”, explica Jeser.

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Desde que foi implantado, hoje o programa faz uma média de 80 atendimentos por mês. A rede está presente em 14 estados do Brasil, em 83 cidades, e conta com cerca de 20 empresas parceiras com mais de 40 técnicos treinados. “Com a ação conseguimos resolver mais de 50% dos casos apenas.”

Investir em um atendimento rápido e de qualidade sempre foi uma das questões chaves para o setor de reparação. Apesar do socorro mecânico ainda ser algo unânime entre as seguradoras, esta é uma ótima maneira de garantir um diferencial em oficinas independentes. Não custa tentar, os benefícios podem ser grandiosos conforme os relatados acima. Com o aumento da produtividade e a oferta de serviços de qualidade, junto vem a satisfação da clientela.

Coreanos em evidência: Kia Soul Flex e Sportage apostam na jovialidade da marca

Os números projetados para o mercado brasileiro em 2011 são ousados, mais de 100 mil veículos comercializados, e tem como protagonistas os dois modelos mais vendidos da marca

Carolina Vilanova

O universo dos coreanos cresceu entre os brasileiros. Primeiro com a Hyundai, que emplacou o Tucson como um dos utilitários mais vendidos do país, e depois com a Kia, que mexeu com o mercado, principalmente, com o lançamento do diferente Kia Soul e do sedã Cerato. É fato que as vendas cresceram no último ano, até dobraram, mas a expectativa é de ainda mais adeptos depois da chegada de dois novos produtos: o Kia Soul Flex e a Sportage, em sua terceira geração.

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Em 2010 a marca vendeu 54.445 veículos no Brasil e as ambições para esse ano não são fracas: comercializar 104 mil unidades, quase o dobro do ano passado. Suas fichas estão concentradas nos dois novos modelos, que têm condições de cumprir a meta, afinal, chegam com novidades, beleza e muito conforto, mostrando a nova cara da Kia, cheia de modernidade e esportividade, com preços acessíveis e uma boa retaguarda de pós venda, com 150 pontos de distribuição para os brasileiros.

Soul Flex: jovem e bicombustível
A grande sacada do Kia Soul Flex é o sistema de injeção eletrônica bicombustível, o primeiro veículo coreano com essa avançada tecnologia, que nesse caso é exclusiva para o mercado brasileiro e foi desenvolvida em parceria com a Bosch. O modelo já era considerado um divisor de águas dentro da Kia, agora vai mexer com o consumidor brasileiro, num contra-ataque de peso, incluindo tudo o que o nosso público quer, inclusive preços acessíveis, já que começa numa versão bem completa com o valor sugerido de R$ 52.900,00.

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Seu forte apelo entre os jovens certamente é o ousado design, definido como descolado pelos executivos da marca. Disponível em sete versões, o desenho marcante do carro não apresenta alteração na nova gama, continua desfilando linhas modernas r harmoniosas, com aquele estilo quadradão que conquistou a moçada.

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Por dentro, muita tecnologia e conforto, amplo espaço e uma diversidade de porta-trecos, que agradam, principalmente, as mulheres. Aliás, a única mudança no desenho foi a maçaneta das portas, que antes era embutida e agora é destacada para fora, justamente para atender aos anseios femininos.

Todas as versões são equipadas com motor flex 1.6 litros com comando duplo para as 16 válvulas. A taxa de compressão e alguns componentes foram modificados para receber o etanol. Sendo assim, o propulsor teve aumento de potência, entregando 126 cavalos com uso de gasolina e 130 cavalos com uso exclusivo do álcool, ambos a 6.300 rpm. O torque máximo é de 157 N.m a 4.500 rpm e 161,9 N.m a 5.000 rpm, respectivamente.

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Para completar o trem de força, a Kia oferece duas opções de transmissão, a caixa mecânica de 5 velocidades e três de câmbio automático com 4 velocidades. A direção elétrica é outro diferencial que confere muito conforto ao conjunto, facilitando nas manobras. A suspensão é do tipo McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira. Os freios podem ter o auxílio do ABS (sistema anti-bloqueio das rodas) e do EBD (distribuição eletrônica de frenagem).

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O crossover Kia Soul, com seu desenho jovem e motor bicombustível promete ser um dos destaques da marca no ano de 2011, até o ano passado representava 24% da vendas da Kia no Brasil. Um produto que é cara da Kia e que juntamente com os outros modelos da gama, colocam a marca em evidência no Brasil.

Kia Sportage: requinte e jovialidade
Depois de um jejum de quase um ano, o utilitário Kia Sportage finalmente volta a ser comercializado, agora na sua 3ª geração. Cheio de tecnologia e requinte, o modelo vem para reforçar a gama da Kia, depois de uma plástica geral. “É um carro totalmente diferente”, afirma a engenharia da marca. E eles têm razão, pois o desenho ficou bem distinto do modelo antigo, acrescido de muita tecnologia e equipamentos de segurança de última geração.

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O visual externo chama atenção em primeiro lugar e, depois, quando você entra no carro percebe que a evolução continua, tanto na qualidade dos materiais de acabamento quanto nos itens de conforto e amplo espaço para todos os passageiros. O DNA da Kia é marcante no Sportage, principalmente olhando de frente, a grade frontal e o formato dos faróis. Ousadia e espírito jovem também são características do modelo, que tem preços a partir de R$ R$ 83.990,00 para as versões de entrada e chegam a R$ 105.900,00 para as versões top de linha.

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O novo Kia Sportage vem equipado com propulsor 2.0 litros, gasolina, DOHC, 16 válvulas com dual CVVT, capaz de entregar 166 cavalos a 6.200 rpm. O torque máximo de 20,1 kgm é alcançado em 4.600 rpm. Para esse modelo a Kia oferece duas transmissões: manual de 5 velocidades ou automática de 6 velocidades com opção de troca sequencial.

Para completar o pacote mecânico, o novo Sportage tem disponível versões com tração 4×2 e uma com 4×4 full-time. A suspensão é independente do tipo McPherson na dianteira e independente Multi-Link na traseira. Os freios são a disco nas quatro rodas com opção de ABS com EBD.

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Uma gama de equipamentos estão disponíveis para as diferentes versões, como acendimento automático dos faróis sensível à luminosidade, sistema de som com quatro alto-falantes e dois tweeters, espelhos retrovisores externos com regulagem elétrica e setas e rádio CD/MP3 com controle no volante, entrada auxiliar, USB e extensão para iPod.

Estão disponíveis também para as versões top ar-condicionado digital com controle independente frontal dual zone, dez airbasgs, controle eletrônico de estabilidade, banco do motorista com ajuste elétrico e oito opções de variação, chave smart key com botão start, piloto automático com controles no volante e câmera de marcha a ré com visor LCD de 3,5″ no espelho retrovisor interno, teto solar elétrico duplo panorâmico one touch com sistema anti-esmagamento e espelho retrovisor interno com anti-ofuscamento automático eletrocrômico.

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O Kia Sportage chega como um utilitário esportivo de responsabilidade, já que as previsões são de 16 mil unidades nesse ano. O modelo representou em 2010, 14% do mix de venda da marca aqui no Brasil. Tendo na concessionária para vender, aposto que tem muito brasileiro interessado em comprar. Ainda mais com todos esses atributos e uma ótima dirigibilidade.

Reparação depois da enchente

Proprietários danificam veículos por falta de informação sobre o que fazer em caso de alagamento; mecânicos dão dicas de manutenção e falam de prejuízos para o dono
Victor Marcondes

O início do verão não traz somente sol e calor; anuncia também a entrada no período das fortes chuvas. O alerta sobre os riscos de enchentes nas grandes capitais, como São Paulo, é redobrado e os motoristas se afligem ao menor indício de que o tempo vai fechar.

Relâmpagos e trovões no céu e um monte de carros no chão com passageiros temendo o pior. Sorte de quem nessas horas não circula por pontos de alagamento, porque a água não tem piedade. Pouco a pouco, ou melhor, gota a gota vias vão se enchendo e os automóveis deixam de ser meio de transporte e se transformam em instrumentos de medição do nível do alagamento.

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Carros tentam atravessar enchente na cidade de São Paulo
No começo de janeiro, a gerente de agência de intercâmbio, Fernanda Giuranno, proprietária de um Honda Civic, passou por essa desastrosa situação. Moradora recente do bairro da Barra Funda, não fazia a menor idéia de que a região alagava. Num dia de chuva em que retornava para a nova residência, estava com o filho de nove meses no banco de trás e se deparou com a inesperada.

“Inicialmente, a água não passava do meio do pneu e eu insisti em dirigir até a minha casa. No percurso avistei um grupo de pessoas dentro de um bar fazendo sinal para eu não continuar. No desespero, coloquei a marcha ré e foi nesse momento que o carro morreu”, conta.
Dentro do automóvel, a água alcançou o estofado do banco. Troca da espuma, do carpete e até dos filtros já eram esperados. O problema é que a motorista alavancou o valor do seu prejuízo ao tentar fugir da enchente. Ao engatar a ré e acelerar fez com que a água entrasse no motor pelo escapamento, ocasionado o fatalíssimo calço hidráulico.

“Quando a água entra no conjunto impede o pistão de fazer a compressão da mistura ar/combustível. Assim o pistão encontra essa grande resistência e ocorre o empeno das bielas, o que resulta na trinca do bloco e/ou travamento do motor”, explica Marcos Cabral, reparador técnico da Evolution Automotive Center. Segundo ele, existem situações em que a água nem chega a molhar o carro direito, mas acaba sendo aspirada pelo escapamento e, inevitavelmente, vai parar no propulsor.

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Rombo no bloco do motor ocasionado por um calço hidráulico

Silvio Rivarolla, dono da Evolution, afirma que pode haver três tipos de reparação após enchente. “A primeira é quando o veículo não sofre muitas perdas. Neste quadro, pode haver a troca dos filtros e a higienização, que não passa de R$ 400. O proprietário nem chega a acionar o seguro. Se água atingir o banco e envolver intens mecânicos, aí a média de gastos salta para R$ 1.500. Mas grave mesmo é quando o problema é de calço hidráulico. Um serviço deste escalão pode ultrapassar os R$ 12 mil”.

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Carpete do Toyota Corolla de Fernanda

O orçamento do Honda Civic de Fernanda não chegou nesta faixa, mas não deixa de ser bastante salgado por conta disto. O preço total, incluindo peças mecânicas e de funilaria, além da mão de obra, ficou R$ 9.451, 21. Para menor azar, ela possui seguro e vai pagar a franquia de R$ 2 mil.

Porém, os maiores danos agora são a burocrácia e a perda de tempo. “Perdi o desconto de renovação do seguro porque o carro entrou no sinistro. Mas a culpa não é minha, este é um problema do governo e de toda a população. Vou em busca dos meus direitos”, diz indgnada. Para piorar, ela já está há cerca de um mês sem o carro e sem previsão de quando vai receber ele de volta. “A seguradora diz que está faltando peças de reposição e que provavelmente demore mais 30 dias para ficar pronto.”

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Corolla após calço hidráulico aguarda na oficina peças e novo bloco do motor

Recuperação completa?

Para Silvio, 95% dos carros que passam por enchentes não podem ser reparados. Os outros 5% que podem ser salvos ele atribui aos populares, que em geral têm pouca eletrônica embarcada, o que facilita a manutenção e diminui o prejuízo. “Quando a água invade os sistemas elétricos e eletrônicos do veículo dificilmente haverá recuperação por conta da umidade que invadiu o conjunto e lentamente ocasionará a oxidação, formando o zinabre, dificultando ou anulando a passagem das informações pelo circuito”, analisa.

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Quando a água atinge circuitos eletrônicos dificilmente há reparação, diz Silvio

Quando um carro chega à sua oficina após uma enchente, o primeiro passo realizado por ele é a avaliação dos locais afetados pelo alagamento. “Se tiver subido até o nível das rodas a água, provavelmente, molhou os carpetes, e o veículo ainda pode ser reparado. No painel, certamente encobriu o motor. E é neste ponto que o mecânico deve observar as diretrizes que irá tomar: reparar ou declarar perda total do veículo?”

O profissional alerta que neste momento o reparador deve ter muita atenção. “O mecânico não pode aprovar um carro que ele não tenha certeza que possa realmente passar por uma manutenção”.

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Antes de reparar, o mecânico deve ter certeza de que o carro não térá problemas no futuro

De acordo com ele, quando a água começa a subir, os primeiros componentes que são afetados são os rolamentos de rodas, sistema de embreagem, alternador e motor de arranque, filtros internos, carpete, espuma dos bancos, centralina e módulo eletrônico. “Quando o automóvel chega aqui checamos os principais itens sujeitos ao descarte. Em seguida trocamos todos os filtros e óleo do motor. Depois disso é feita a avaliação dos rolamentos de rodas e demais componentes do motor. Caso este não tenha sido afetado, o prejuízo é mínimo.”

Em caso de enchente, Silvio recomenda aos seus clientes que deixe o automóvel estacionado e se dirija a um local seguro até que a água retorne ao normal. “Depois, não tente funcionar o veículo. Solicite a remoção para a oficina de confiança.” Fernada atesta o conselho: “Como a água sobe rápido ela também abaixa num instante. A enchente durou cerca de 30 minutos. Vale a pena esperar ao invés de encarar a água.”

Conselho de amigo

O Cesvi Brasil (Centro de Experimentação e Segurança Viária) disponibiliza em seu site (www.cesvibrasil.com.br) um comparativo com informações sobre vários modelos de automóveis, que relacionam a facilidade e o custo do reparo, também, em casos de enchente. Abaixo, a organização lista dez dicas para preservar o veículo ao dirigir por áreas alagadas.

1) Caso o motor morra durante a travessia, jamais tente dar a partida, mantenha-o desligado e remova o veículo até uma oficina. Diante da possibilidade de admissão de água, essa prática reduz o risco de danos causados ao motor por um calço hidráulico.

2) Observe a altura do nível de água do trecho alagado, a maioria das montadoras estabelece uma altura máxima para essas travessias, não podendo exceder o centro da roda.

3) É prudente que o veículo, durante o alagamento, seja dirigido em baixa velocidade, mantendo uma rotação maior e constante ao motor, em torno de 2.500 RPM, o que diminui a variação do nível da água e seu respingar junto ao motor, dificultando sua admissão indevida e a contaminação de componentes eletroeletrônicos, melhorando a aderência e a dirigibilidade do veículo.

4) No caso de veículos equipados com transmissão automática, a troca de marchas deve ser feita manualmente, selecionando a posição “1”. Dessa forma, o veículo não desenvolve tanta velocidade, sendo possível imprimir uma rotação maior ao motor. Outra possibilidade é manualmente alternar a troca de marchas entre “N” e “1”, de modo a manter a velocidade do veículo baixa durante o trecho alagado, sem descuidar da rotação do motor, sempre em torno de 2.500 RPM.

5) Alguns veículos automáticos oferecem como opcional o ajuste da tração, conhecido como “WINTER” ou “SNOW”. Embora sua função seja a de conferir maior segurança durante trechos de baixa aderência, como neve ou lama, evitando que o veículo patine graças ao bloqueio do diferencial, também deve ser utilizado durante alagamentos, pois beneficia o controle da velocidade do veículo e da rotação do motor.

6) Mantenha a calma nos casos em que, durante a travessia, sejam constatados sintomas como o aumento de esforço ao esterçar (direção hidráulica), variação na luminosidade das luzes do painel de instrumentos, alertas sonoros, flutuação dos ponteiros, luzes de anomalia da injeção eletrônica, bateria e ABS (se disponível) acesas, aumento do esforço ao acionar os freios e interrupção do funcionamento da tração 4 X 4 (veículos diesel), pois provavelmente todo esse quadro é causado pela perda de aderência entre a correia auxiliar e as respectivas polias da bomba da direção hidráulica, alternador e bomba de vácuo (veículo diesel), sendo, na maioria das vezes, um fato passageiro que não impede a dirigibilidade. Apenas reforce a cautela e mantenha o menor número possível de equipamentos ligados.

7) É recomendado desligar o ar condicionado, reduzindo assim o risco de calço hidráulico. Essa prática impede que alguns componentes joguem água na tomada de ar do motor. Veículos rebaixados e turbinados, na maioria das vezes, apresentam maiores riscos de sofrer calço hidráulico; por isso, é aconselhável manter a originalidade da montadora. Se o veículo estiver nessas condições, redobre a atenção aos procedimentos sugeridos.

8) Para os casos mais sérios de alagamentos, é recomendado preventivamente fazer um check-up, corrigindo, por exemplo, possíveis alterações do sistema de injeção eletrônica, muitas vezes simples e imperceptíveis nessa fase, como maus contatos, mas que posteriormente podem gerar grandes transtornos.

9) Pode haver, entre outros, a contaminação do cânister, do óleo da transmissão, do(s) eixo(s) diferencial(is), no caso de veículos com tração traseira ou mesmo quatro por quatro, o que determina a redução da vida útil dos componentes integrantes desses conjuntos, além de riscos acentuados de falhas na embreagem, suspensão e freios. Para combater os efeitos dessa possibilidade, é recomendável encaminhar-se rapidamente até uma oficina e solicitar a avaliação desses itens.

10) Havendo travessias consecutivas de alagamentos, recomenda-se uma limpeza do sistema de ventilação, pois estará sujeito à contaminação por fungos, microorganismos e bactérias, demandando limpeza de todo o sistema para a utilização segura.

Fonte: CESVI Brasil

Chevrolet Malibu: um luxo de sedã

Um dos carros mais admirados nos EUA, dono de muita sofisticação, conforto e tecnologia, chega para encantar um seleto público brasileiro

Carolina Vilanova

Ter um Chevrolet Malibu não é para qualquer um, mas admirar essa bela máquina cheia de elegância e tecnologia, todo mundo pode e deve! Disponível agora para comercialização no mercado brasileiro, um dos sedãs mais luxuosos dos EUA chega com pompa de quem nasceu no berço da indústria automotiva mundial, mostrando toda a sua beleza e requinte, em meio a um motor cheio de fôlego, muito conforto e uma mecânica tecnologicamente avançada.

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Seus concorrentes são de primeiro escalão: os japoneses Honda Accord e Toyota Camry, o Ford Fusion, o Hyundai Azera…. Aqui no Brasil, o Malibu está disponível somente na versão topo de linha LTZ e vem equipado com o renomado motor a gasolina Ecotec 2.4 litros DOHC de quatro cilindros e um câmbio automático de seis marchas. Esse carrão de gente grande traz também muita tecnologia embarcada, voltada, principalmente, para itens de segurança e conforto.

A General Motors tem orgulho em afirmar que o Malibu inaugurou a atual identidade dos veículos Chevrolet, ou seja, “a grade do radiador como um elemento trapezoidal secionada por uma barra horizontal onde é aplicada a gravata dourada, símbolo da marca”. A partir desse importante detalhe, o desenho mostra sua cara: frente robusta, lateral harmônica, maçanetas cromadas e faróis e lanternas estilizados. As rodas de alumínio aro 18 completam o visual. A engenharia afirma ainda que o Chevrolet Malibu recebeu inspiração de outro ícone: o Corvette, especialmente na traseira.

Pacote mecânico

Impulsionando o belo Malibu está o já conhecido motor 2.4 litros Ecotec, com quatro cilindros em linha, bloco e cabeçote construídos em alumínio, duplo comando de válvulas variável. Essa fórmula garante ao sedã 171 cavalos de potência máxima a 6.200 rpm e torque de 22,2 kgfm a 5.100 rpm, com uso de gasolina somente. Um detalhe importante na manutenção é a durabilidade: injetores em aço inox, vedadores, mangueiras, válvulas e assentos de válvulas em materiais especiais e velas com durabilidade de 80 mil km.

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O câmbio é um item a parte: do tipo automático de seis marchas com a opção Active Select, que permite a troca de marchas de maneira seqüencial, inclusive com comandos no volante, como os carros de Fórmula 1. A engenharia afirma que a calibração permite que a transmissão se adapte ao estilo de dirigir do condutor. Por dentro, o sedã é um requinte só, com materiais de primeira, cores e texturas de muito bom gosto e elegância.

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Ele possui um design ergonômico e utiliza materiais Premium que transmitem qualidade e requinte. Motorista e passageiros desfrutam do conceito Dual Cockpit (dupla cabine, em português), também inspirado no Corvette – o C1, de 1953 para ser mais específico. Este conceito é baseado no formato do painel, integrado com o console central que cria ambientes “independentes” para motorista e passageiro.

É como se fossem dois ambientes num mesmo interior: o lado do motorista, mais técnico, focado na visibilidade e com os instrumentos à mão, incluindo os comandos do rádio e do piloto automático no volante; e o lado do passageiro, onde se destaca o conforto, com amplo espaço para as pernas, e com os porta-objetos e recursos de entretenimento mais próximos. Além das belas linhas, o interior do Chevrolet Malibu conta com acabamento em madeira, revestimento dos bancos em couro – que possuem regulagens elétricas e aquecimento –, regulagem de altura a profundidade do volante e iluminação em Ice Blue, a mesma encontrada em modelos como o Chevrolet Camaro.

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O bom espaço interno sempre foi uma característica marcante dos sedãs da Chevrolet. Com o Malibu, não poderia ser diferente. O modelo, que atualmente está em sua sétima geração nos Estados Unidos, oferece o maior entre eixos da categoria, com 2,85 metros, privilegiando tanto quem anda na frente quanto os passageiros do banco de trás.

Para completar, o Chevrolet Malibu agrada pelo rodar silencioso, fruto de um forte trabalho da engenharia. O material de isolamento acústico também recebeu atenção especial, assim como as caixas de rodas, fabricadas com um composto mais denso, para diminuir o barulho proveniente dos pneus em contato com o solo. O pára-brisa é duplo, reduzindo substancialmente os níveis de ruídos nas estradas. No aspecto segurança, o Malibu oferece ABS, EDB (Distribuição Eletrônica de Frenagem), Panic Assist (assistência de frenagem de emergência), controles de estabilidade e de tração, além de seis airbags.

Na lista dos itens de série estão inclusos ar condicionado digital, computador de bordo, direção com assistência elétrica, bancos dianteiros com regulagens elétricas, sensor crepuscular, espelhos retrovisores eletrocrômicos, chave com remote start, que permite o motorista ligar o carro à distância, entre outros. Ao preço sugerido de R$ 89.900 mil, a Chevrolet estima vender no País, inicialmente, cerca de 200 modelos por mês.

Completo em todos os aspectos

Comercializado em versão única, o Malibu já vem completo de fábrica. Dentre os itens de série, o sedã oferece ar-condicionado digital, computador de bordo, que traz dados como o monitoramento individual da pressão dos pneus, direção com assistência elétrica, bancos dianteiros com regulagens elétricas (8 para o motorista e 6 para o passageiro) e aquecimento, sensor crepuscular, espelhos retrovisores eletrocrômicos ( interno e do motorista, que escurecem com a incidência da luz), chave com remote start (sistema idêntico ao do Captiva Sport, que possibilita ao motorista ligar o carro a distância, permitindo que o sistema de climatização torne o ambiente mais agradável), sistema de som premium com rádio MP3, CD Player, entrada USB e oito alto-falantes da marca Bose, fabricante mundialmente reconhecido pela excelência em equipamentos de som automotivo.

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A segurança também foi outra prioridade no desenvolvimento do Chevrolet Malibu. Além de conseguir notas máximas em seu segmento nos crash-tests realizados pelos mais rigorosos institutos nos Estados Unidos, como o NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration) e o IIHS (Insurance Institute of Highway Safety), o sedã oferece de série uma completa gama de equipamentos neste aspecto: ABS, EDB (Electronic Brake Distribuiction), Panic Assist (assistência de frenagem de emergência), controles de estabilidade e de tração, além de seis airbags – dois dianteiros, dois laterais e dois de cortinas, que protegem a cabeça tanto dos ocupantes que vão no banco da frente quanto dos passageiros do banco de trás.

Fairfax, uma breve história da fábrica do Chevrolet Malibu

As operações da General Motors na fábrica de Fairfax – onde hoje é produzido o Chevrolet Malibu – começaram em 1945. Na época, a companhia alugou parte da fábrica do governo norte-americano para produzir automóveis – até então só saiam aviões de lá. Ela foi a primeira fábrica no mundo a produzir automóveis e jatos de aviação. Quinze anos mais tarde, a GM compraria a fábrica por US$ 4 milhões.

Em 1985, a General Motors iniciou a construção de uma segunda linha em Fairfax, para produzir, entre outros modelos o Pontiac Grand Prix. No início dos anos 2000, a fábrica recebeu um investimento superior a US$ 720 milhões, visando sua reformulação para a produção no Malibu. Em agosto de 2005, a fábrica (unidades 1 e 2) comemorou a produção de 10 milhões de veículos e, mais tarde, ainda receberia o investimento de mais US$ 208 milhões para a adequação e para o lançamento do novíssimo Chevrolet Malibu, que chega na segunda quinzena de junho ao mercado brasileiro.

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O sucesso do Malibu é tamanho nos Estados Unidos – onde sua participação de mercado no segmento cresceu de 2% para 13% nos últimos dois anos – que a GM já está ampliando a sua produção. Além de Fairfax, a partir de 2011, o Malibu também será produzido na fábrica de Detroit-Hamtramck, a mesma que irá montar o novo Chevrolet Volt. A General Motors, um dos maiores fabricantes de veículos do mundo, tem origem em 1908. Com sede global em Detroit, a GM emprega 217.000 pessoas nas principais regiões do mundo e tem operações em 140 países.

A GM, com seus parceiros estratégicos, produz veículos em 34 países, vendendo e proporcionando serviços para estes veículos através das seguintes marcas: Buick, Cadillac, Chevrolet, FAW, GMC, GM Daewoo, Holden, Opel, Vauxhall e Wuling. O maior mercado da GM é o dos Estados Unidos, seguido de China, Brasil, Alemanha, Reino Unido, Canadá e Itália. No Brasil a GM fabrica e comercializa veículos com a marca Chevrolet há 85 anos. Em 2009 a Chevrolet registrou recorde histórico de vendas no país com o volume de 595.536 veículos.

A companhia tem três Complexos Industriais que produzem veículos em São Caetano do Sul, São José dos Campos (SP) e Gravataí (RS). Conta ainda com unidades em Mogi das Cruzes (produção de componentes estampados), Sorocaba (Centro Distribuidor de Peças) e Indaiatuba (Campo de Provas), todas em SP, além de um moderno Centro Tecnológico de Engenharia e Design, em São Caetano do Sul, com capacidade para desenvolvimento completo de novos veículos. A subsidiária brasileira é um dos cinco centros mundiais na criação e desenvolvimento de veículos, nos campos da engenharia, design e manufatura. Mais informações podem ser encontradas nos sites media.gm.com e gmnoticias.com.br.

Especificações técnicas
Motor: LE9 2.4L DOHC
Disposição: transversal dianteira
Número de cilindros: 4 em linha
Cilindrada: 2.384 cm3
Diâmetro e Curso: 88,0 x 98,0 mm
Válvulas: DOHC, quatro válvulas por cilindro
Injeção: Sequencial sem retorno de combustível
Taxa de compressão: 10,4:1
Potência máxima: 171,3 cv a 6 400 rpm
Torque máximo: 22,1 kgfm a 4 500 rpm
Combustível recomendado: Gasolina
Rotação máxima do motor: 6.400 rpm
Bateria: 12V, 60 Ah
Alternador: 130 Amp

TRANSMISSÃO
Automática de 6 velocidades com tração dianteira

Relação de marchas:
Primeira: 4,584:1
Segunda: 2,984:1
Terceira: 1,912:1
Quarta: 1,446:1
Quinta: 1,000:1
Sexta: 0,746:1
Ré: 2,940:1
Diferencial: 2,89:1

CHASSIS/SUSPENSÃO
Dianteira: McPherson, independente e barra estabilizadora, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás

Traseira: Independente, quatro braços articulados e barra estabilizadora, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás

Direção: Elétrica, pinhão e cremalheira
Direção número de voltas: 3 (batente a batente)
Diâmetro de giro: 12,3 m

FREIOS
Tipo: Discos ventilados dianteiros e traseiros, sistema de freios antibloqueante (ABS)
Diâmetro x espessura: Dianteiro: 296 x 26 mm; traseiro 270 x 14 mm

Novas regras da Formula 1 apontam para a sustentabilidade

Longe da atual realidade da indústria, a F-1 quer se encontrar com o futuro do automóvel urbano para atrair novos investimentos e justificar sua existência aliando interesses esportivos aos econômicos.

Fernando Lalli

A fama da Fórmula 1 como desenvolvedora de tecnologia para os carros de rua não se justifica há muito tempo. Desde a proibição da eletrônica embarcada nos anos 90, não houve nenhuma grande solução utilizada em corrida que tenha sido levada para o dia-a-dia de quem depende de veículos comuns. Até mesmo a principal novidade técnica da F-1 nestes últimos anos, o Kers (dispositivo de reaproveitamento de energia), era uma ideia já utilizada pela indústria antes de ir para a categoria máxima do automobilismo.

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As continuadas limitações impostas pelas regras e a crise econômica de 2009 acabaram com o interesse da maioria das montadoras envolvidas até então na F-1. Em menos de dois anos, BMW, Honda, Toyota e Renault fecharam seus times oficiais e venderam seu espólio – hoje, a atual equipe Renault não tem nenhuma participação da empresa que a batiza. Esse movimento é reflexo da atual distância entre as necessidades de desenvolvimento técnico da indústria automotiva e a busca pela vitória nas pistas. Aliar os interesses econômicos aos esportivos é o desafio que a Fórmula 1 enfrenta não só para se manter relevante, mas também para continuar existindo.

Novidades para 2011, como a volta dos pneus Pirelli e os ainda misteriosos aerofólios traseiros móveis, podem ser decisivas durante as corridas, assim como a volta do Kers. Mas, desta vez, a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) parece estar começando a direcionar seu foco para o futuro da categoria ao invés de perder tempo ignorando que a categoria corre risco, sim, ainda, de ficar totalmente inviável por conta de seus custos absurdos e a debandada dos grandes investidores. Agora, é a vez da Fórmula 1 se colocar à serviço da sustentabilidade – e, quem sabe, se tornar o laboratório de soluções das montadoras para os carros de rua desta nova década.

Trampolim para 2013
Em dezembro último, a FIA divulgou uma nota com as novas medidas esportivas e técnicas a serem adotadas a partir de 2011. Para este ano, as principais mudanças técnicas que vão se refletir no futuro da categoria são uma espécie de viabilização da volta do Kers – que nunca foi proibido pela FIA, mas descontinuado em comum acordo entre as equipes.

De uso opcional, o Kers (de “Kinetic Energy Recovery System” ou “Sistema de Recuperação de Energia Cinética”) converte a energia gerada pelo calor dos freios em eletricidade e armazena-a em baterias elétricas, reaproveitando depois essa energia em forma de potência para o motor. O Kers que será utilizado em 2011 e 2012 terá as mesmas características de sua primeira (e controversa) aparição em 2009: o piloto terá à disposição 60 kW (ou 80 cv) durante 6,6s a cada volta, uma espécie de “boost” que pode ser usado de uma vez ou em diversas partes durante a volta.6828

O principal problema do Kers é o peso acumulado das baterias, que em 2009 deu um nó na cabeça dos engenheiros sobre como manter o equilíbrio de um carro tão leve e potente com tanta massa concentrada em um mesmo ponto. Por isso, algumas equipes deixaram de adotar o dispositivo em favor de um carro mais equilibrado – enquanto outras, como a Ferrari, insistiam e sofriam para conseguir um acerto ideal. Mas para este ano, a FIA determinou mais uma vez o aumento do peso mínimo do carro, de 605 kg em 2009 para 640 kg, além de fixar a distribuição de peso: 45% na frente e 55% na traseira. Com o carro mais pesado e menos possibilidades de acerto, praticamente acabam as vantagens de quem não usa o dispositivo.

A volta do Kers é o primeiro passo para a revolução que virá em 2013. A FIA anunciou que os motores mudarão radicalmente: dos atuais 2,4 litros e 8 cilindros, ele diminuirá para 1,6 litros e 6 cilindros em V, com limite de giros em 15 mil rpm e injeção de combustível a alta pressão – e, possivelmente, turbinado. De acordo com a FIA, esses motores consumirão 35% menos combustível, além de contar com sistemas aperfeiçoados de recuperação de energia, como o Kers, mas com um papel muito mais importante, já que a FIA garantiu que a atual performance dos carros não diminuirá.

A proposta radical gerou reações negativas de muita gente. O presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo, declarou que um motor de quatro cilindros “não faz sentido” para a scuderia de Maranello, e que fará de tudo para barrar essa mudança no regulamento. O chefe da FOM (Fórmula One Mangenement), Bernie Ecclestone, que detém os direitos comerciais sobre a categoria, teme pela perda do “som característico dos motores V8” usados atualmente. Porém, o que parecem argumentos razoáveis caem por terra quando se considera que a Fórmula 1 usou motores de 4 cilindros e 1,5 litros na “era turbo” dos anos 80. E ninguém reclamava do barulho ou de falta de potência: muito pelo contrário, foi nos anos 80 que surgiram os motores mais potentes da categoria, quando as unidades de treino, que duravam poucas voltas, atingiam mais de 1.000 cavalos, enquanto os motores atuais desenvolvem por volta de 720 cv.

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Não é coincidência que a configuração do futuro motor da F-1 esteja bem próxima das mais comuns que todos nós vemos no dia-a-dia. Entre as montadoras envolvidas no estudo das novas tecnologias pela FIA está a Volkswagen, que nem está na categoria, mas há tempos é sondada pelos dirigentes. Além dos alemães, a adoção desse 1.6 de 4 cilindros com Kers (e outros sistemas de reaproveitamento de energia) já atraiu a atenção da Honda. De acordo com a revista inglesa Autosport, a recuperação econômica da montadora japonesa e a filosofia “verde” das novas regras podem levar  a marca de volta às pistas. Nunca é demais lembrar as campanhas ecológicas que os japoneses fizeram em seus carros de 2007 e 2008 – ainda que a perspectiva aponte que os carros de 2013 não sejam tão lentos quanto os que fizeram Rubens Barrichello e Jenson Button sofrer no fundo do grid…

Durabilidade com o mesmo desempenho
O desenvolvimento de uma especificação completamente nova de motor vai na contramão do corte de gastos que a FIA vem impondo às equipes – projetar um motor do zero custa mais do que uma temporada completa de uma equipe média. Mas exatamente aí parece estar o pulo-do-gato: a grande maioria das equipes compra motores ao invés de fabricá-los. Ou seja, quem vai arcar (ou, pelo menos, quem a FIA espera que arque) com a pesquisa e desenvolvimento das novas tecnologias são as montadoras – por isso o empenho da FIA em envolver empresas do tamanho da Volkswagen – ou produtoras independentes.

Às equipes, resta o desenvolvimento do chassi, que cada vez mais segue por uma linha mais rígida de durabilidade. Para 2011, a FIA determinou que as caixas de câmbio terão que fazer cinco corridas consecutivas, sem troca. E, no carro de Fórmula 1, o câmbio é peça importantíssima por estar intimamente ligado à rigidez e equilíbrio, já que sua carcaça faz parte da estrutura do chassi e, ainda, sustenta toda a suspensão traseira em si.

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Os motores continuam limitados a oito por piloto durante a temporada, podendo ser usados da forma que ele quiser, desde que não exceda o número de unidades. Mas a partir de 2013, serão permitidos cinco motores por temporada e, em 2014, apenas quatro. Além de econômicos e render o mesmo desempenho que os atuais V8, os novos motores terão que ser, no mínimo, duas vezes mais resistentes.

Antes disso, já a partir de 2012, o combustível utilizado vai conter mais compostos feitos a partir de biomassa – em português, a gasolina terá mais mistura de combustíveis de fontes renováveis de energia. Hoje, já é utilizada uma mistura de cerca de 5% de combustível renovável, entretanto a FIA não especificou de quanto será o aumento. Sem contar esse número, uma coisa já ficou clara: para alívio dos puristas, os motores à combustão vão continuar por um bom tempo, mas veremos a gasolina em decadência. E a importância dos dispositivos elétricos só vai crescer.

Há quem reclame que o regulamento desportivo da categoria muda demais de ano para ano, não dando tempo para que o espectador se acostume às características das corridas. Mas, desta vez, o movimento vem de fora para dentro: o mundo pede novas tecnologias. E a Fórmula 1, mesmo sob os narizes torcidos de alguns, está se propondo mais uma vez a ser o berço das futuras soluções que vamos usar nos carros de rua. E, finalmente, voltar a fazer jus à fama de vanguarda do automobilismo. Uma categoria “verde”, que a própria sociedade, dentro e fora da indústria automobilística, demanda.

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