Lançamentos

Beleza, conforto e requinte são características de impacto no novo carro da Ford, um sedan de luxo que traz no design as tendências da marca para o futuro.


Carolina Vilanova

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Experiência e know how no segmento de sedans grandes de luxo a Ford tem há tempos, já construiu modelos glamourosos como o Galaxy, o Landau e o Mondeo. Depois de um salto no tempo e muito investimento em tecnologia e engenharia, a marca apresenta o Fusion, um carro de alto luxo, trazido do México com preço bem atrativo e ótima relação custo-benefício. sua missão é conquistar o mercado onde competem o Chevrolet Vectra Elite, VW Passat, Peugeot 407 e Toyota Camry.

O porte do Fusion é único, tanto em design quanto em desempenho e conforto. O conjunto óptico marcante, é elegante e agressivo ao mesmo tempo, o que garante ao modelo o status característicos do segmento. A tecnologia é refletida desde os dispositivos do painel de instrumentos até os sistemas de segurança ativa e passiva

Com visual arrojado, o Fusion chama atenção pelo tamanho, de acordo com a Ford, o maior do segmento. As linhas são harmoniosas entre a frente e a traseira, que é mais alta, favorecendo à aerodinânica. Entre os detalhes de acabamento, o destaque é a grade dianteira cromada com três barras horizontais grossas e a nova logomarca. Os faróis têm formas trapezoidais com células independentes. Em volta das lanternas foi desenhada uma moldura cromada. As rodas são de liga leve de 17 polegadas, com pneus P225x50 R17.

Internamente o veículo é confortável e prático, decorado com bancos de couro com pespontos prateados e um painel de instrumentos funcional e moderno, dotado de computador de bordo e quatro mostradores redondos com ponteiros vermelhos, iluminados por LEDs, que a noite proporcionam um belo efeito visual de movimento na cor vermelha. No volante estão os comandos mais importantes como ar-condicionado, rádio e piloto automático.

Sob o capô

O novo carro da Ford é equipado com o motor Duratec 2.3 L 16 válvulas, a gasolina, um conjunto com quatro cilindros, bloco de alumínio, duplo comando de válvulas variável i-VCT e coletor de admissão de dutos variáveis. O resultado dessa fórmula é a potência máxima de 162 cv a 6.500 rpm e torque de 20,7 kgfm a 4.500 rpm.

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De acordo com a montadora, em termos de desempenho, a velocidade final do Fusion chega aos 180km/h, limitados eletronicamente, enquanto a aceleração é de 0 a 100 km/h em 10,3 segundos, enquanto o consumo médio é de 9,8 km/l na cidade e 14,6 km/l na estrada.

A transmissão automática de cinco velocidades tem redução controlada eletronicamente, na alavanca destacada como “Low”, um dispositivo que ao ser acionado funciona como um freio-motor. O modelo conta ainda com direção assistida com sistema de pinhão e cremalheira, montada no subchassi frontal para reduzir ruídos e vibrações.

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Segurança é uma das prioridades no projeto do sedã, cuja plataforma foi baseada no Mazda 6, com um chassi com rigidez torsional elevada, de modo a otimizar estabilidade e o conforto dos passageiros. A suspensão é independente, dotada do conceito “braços duplos de comprimentos desiguais”, já a traseira é do tipo Multilink, construída em subchassi. O sistema de freios a disco nas quatro rodas é auxiliado pelo ABS de quatro canais e sistema eletrônico de distribuição de frenagem (EBD).

Para complementar o pacote da segurança, a carroceria possui uma célula de sobrevivência e áreas de deformação programada para absorver os impactos. O acionamento dos air bags frontais de duplo estágio tem quatro sensores de comando, que analisa informações como peso e posição do assento, além dos air bags de cortina laterais, que caem junto as janelas em caso de colisão lateral.

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Uma lista de equipamentos de última geração foi incorporada no Fusion, que chega ao Brasil apenas na versão SEL. As cores disponíveis são preto Chamonix e prata Bernesse e o único opcional para o modelo é o teto solar elétrico.

O novo automóvel de luxo da Ford passa a ser comercializado em junho, mas as encomendas já podem ser feitas nas concessionárias. “O segmento tem projeção de alcançar um volume de 42.000 unidades este ano e pode crescer mais com o Fusion. A Ford adotou uma estratégia que oferece o melhor preço do segmento, de R$ 79.990,00 ou R$ 84.890,00 com a opção do teto solar”, diz Antonio Baltar, gerente geral de Marketing da Ford.

 

Ficha Técnica

Motor Duratec 2.3L DOHC EFI I-4
Cilindros 4 em linha com 4 válvulas por cilindros
Diâmetro do cilindro 87,4 mm
Curso dos êmbolos 94 mm
Potência 162 cv @ 6.500 rpm
Torque 20,7 kgmf @ 4.500 rpm
Cilindrada 2.294 cm3
Taxa de compressão 9,7:1
Transmissão Automática, com 5 marchas à frente, ré e redução eletrônica
Suspensão
Dianteira Independente, com braços desiguais e barra estabilizadora
de 24 mm
Traseira Multilink, independente, com barra estabilizadora de 16 mm
Rodas Liga leve, 7,0J x 17″
Pneus P225/50 R17
Freios a disco ventilados de 299 x 25 mm na frente e sólidos
de 279 x 10mm na traseira, com ABS e EBD
Tanque de combustível 66,24 litros

VW SpaceFox: a perua Fox está no Brasil

Seguindo o mesmo conceito do projeto inicial do Fox – Designed Around the Passenger (desenhado ao redor do passageiro), a Volkswagen apresentou ao mercado nacional a perua SpaceFox. O modelo é um “sportvan”, que combina dirigibilidade, espaço interno e design esportivo num único station wagon.

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Equipado com o motor EA-111 1.6 litro 8V Total Flex, o SpaceFox é capaz de gerar a potência máxima de 101 cv quando abastecido com gasolina e 103 cv com uso exclusivo de álcool, enquanto o torque é de 14,3 kgfm (gasolina) e 14,5 kgmf (álcool) a 3.250 rpm. A taxa de compressão é de 10,8:1 e a transmissão utilizada é a do tipo MQ-200.

O resultado dessa equação revela a velocidade máxima de 173 km/h, com gasolina, e acelera de 0 a 100 km/h em 11,1 segundos, enquanto que, abastecido com álcool, chega a 175 Km/h e leva 10,8 segundos para ir de 0 a 100 km/h.

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Apesar de ser totalmente projetado pela mesma equipe de engenheiros brasileiros que desenhou o Fox, o SpaceFox é fabricado na fábrica argentina de General Pacheco, sob a mesma plataforma. O veículo está disponível em duas versões de acabamento: Plus e Comfortline, e o preço sugerido está a partir de R$ 45.650,00.

Golf Flex marca três anos de bicombustíveis da VW

A Volkswagen do Brasil apresentou mais uma opção bicombustível entre sua gama de veículos: o Golf Total Flex 1.6 L. O lançamento marca exatamente os três anos de tecnologia bicombustível da montadora, já que o seu primeiro modelo Flex Fuel, o Gol Total Flex 1.6, foi introduzido no mercado em 24 de março de 2003, ocasião do cinqüentenário da Volkswagen no País.

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O novo Golf Total Flex será oferecido em duas versões: 1.6 Total Flex e Flash. O motor que utilizado é de 1.6 litros bicombustível, com capacidade para alcançar potência máxima de 101 cv com gasolina e 103 cv com uso exclusivo do álcool, enquanto o torque é de 14,3 kfgm com gasolina e 14,5 kfgm quando abastecido com álcool. A velocidade máxima atingida é de 187 km/h (gasolina) e 188 km/h (álcool). O preço sugerido para o consumidor é a partir de R$ 51.490,00.

Entre outros modelos oferecidos estão as linhas Gol (1.0, 1.6, 1.8), Parati e Saveiro (1.6, 1.8), Fox (1.0, 1.6), CrossFox (1.6), Polo e Polo Sedan (1.6), Kombi (1.4). “A participação dos veículos bicombustíveis na produção de motores nacionais alcança os 99% e até o final do ano será de 100%”, diz Paulo Kaknoff, diretor de vendas e marketing da Volkswagen do Brasil. De acordo com ele, a montadora conta com 35,5% de participação no segmento de bicombustíveis, ou seja, das 1.429.640 unidades comercializadas até fevereiro de 2006, 508.027 são Volkswagen.

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Para a Volkswagen, os veículos flex fuel têm muitas vantagens como baixo índice de emissão de poluentes, economia de combustível, liberdade de escolha por parte do motorista e tecnologia totalmente desenvolvida no Brasil. “Muitos imprevistos aconteceram, mas ao longo do tempo fomos desenvolvendo melhorias e aperfeiçoando o sistema”, explica João Alvarez Filho, gerente de desenvolvimento de motores da Volkswagen do Brasil, destacando o combustível adulterado como um grande problema para o mercado.

Novo Celta chega com visual remodelado

A General Motors acaba de lançar o Celta Nova Geração 2007, com visual totalmente remodelado, que o deixou ainda mais moderno e arrojado. A parte dianteira foi a mudança mais aparente do carro, com destaque para a nova grade, pára-choque, faróis e a logomarca Chevrolet na cor dourada. O design da traseira também foi remodelado com novas lanternas e pára-choque. O interior do habitáculo ganhou novidades, como novo acabamento e textura dos materiais e tecidos.

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Em termos de motorização, o Novo Celta conta com o 1.0 VHC Flexpower e o 1.4 litro a gasolina. O modelo 1.0 é capaz de gerar a potência máxima de 70 cavalos com o uso do álcool e/ou gasolina a 6.400 rpm, enquanto o torque é de 9,0 kgfm com o álcool e de 8,8 kgfm com gasolina, e a taxa de compressão é de 12,6:1. É equipado com o sistema de injeção eletrônica bicombustível MultiFuelÒ, desenvolvido em parceria com a Delphi. O motor 1.4 litro, movido exclusivamente com gasolina, atinge a potência de 85 cavalos a 5.800 rpm e torque de 11,8 kgfm a 3.000 rpm. A taxa de compressão é de 9,8:1.

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A gama 2007 do Novo Celta oferece três versões de acabamento: Life, Spirit e Super, nas cores azul Quiron, preto Liszt, branco Mahler e vermelho Lyra (lisas), além da metálica prata Polaris.

Autop: a maior feira do Nordeste

Considerada pelo mercado como a segunda Automec, a exposição de autopeças de Fortaleza mostrou a força do Nordeste no cenário da reposição.

Carolina Vilanova

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Nem a chuva e nem o calor do Nordeste inibiram a visita de mais de 50 mil pessoas na principal exposição de autopeças do Nordeste, a XII AUTOP 2006 – Feira de Autopeças e Veículos do Ceará, realizada entre os dias 5 e 9 de abril no Centro de Convenções Edson Queiroz, em Fortaleza/CE.

O evento, promovido pela Assopeças (Associação dos Revendedores de Autopeças e Serviços do Ceará) e do Sincopeças (Sindicato do Comércio de Peças e Serviços de Veículos do Estado do Ceará), reuniu mais de 200 empresas do setor, entre fabricantes, distribuidores, varejistas, representantes, profissionais do segmento de reparação e consumidores.

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As marcas mais importantes do mercado de autopeças estiveram presentes na Autop, levando novidades em produtos, serviços e muitas informações para o público, composto em sua maioria por mecânicos e profissionais do setor automotivo. Os expositores aproveitaram que o pavilhão estava sempre lotado para estreitar o relacionamento com seus clientes.

Toda ação foi válida: palestras técnicas, promoções, entretenimento e atrações, tendo sempre o foco em novos negócios e parcerias. Os veículos tunados e os automóveis antigos estiveram em destaque em vários estandes, como a réplica do Cobra MK III, produzida pela Newtrack Veículos; o projeto CTM (Categoria Turismo Multimarcas), que é um carro de competição cearense, além do primeiro veículo tunado feito no Ceará.

“É uma excelente oportunidade das empresas nacionais e multinacionais apresentarem seus equipamentos, máquinas, tecnologias, serviços e acessórios automotivos. É através de eventos como esse que podemos dar ênfase a força do estado cearense frente às outras capitais brasileiras. A feira também proporcionará uma grande movimentação turística na capital cearense.Estamos prevendo um acréscimo de 30%, correspondendo a uma movimentação estimada em R$ 8 milhões, montante que se caracterizará como grande incremento nos negócios automotivos do Norte e Nordeste”, afirma Ranieri Leitão presidente da Assopeças e do Sincopeças.

Quem estava lá

Entre os principis nomes presentes estavam a Eaton, com sua linha tradicional de transmissões e embreagens, peças de réposição, e o lançamento da linha de correias automotivas para picapes, caminhões e ônibus. A empresa ofereceu uma palestra de montagem e desmontagem de caixas de câmbio e embreagens.

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A Delphi, que está investindo no mercado de som automotivo para o mercado de reposição, levou uma réplica de campo de futebol, que atraiu uma fila de pessoas para chutar um penalty e ganhar brindes. O destaque do espaço foram os sons automotivos para o aftermarket, como o rádio CD/MP3, e novos equipamentos de diagnóstico.

A linha de produtos do grupo Affinia incluiu as marcas Nakata, Spicer, Urba, Wix, Brosol, Perfect Circle e Victor Reinz. Na ocasião, os visitantes puderam conhecer o novo catálogo eletrônico da fabricante com atualizações na hora. A Affinia apostou num local agradável e convidativo, que atraiu a atenção do público e o relacionamento dos profissionais da empresa com os clientes da região.

O Grupo Schaffler promoveu ações com brindes para os visitantes e destacou os novos produtos: kits de polias INA, os rolamentos cônicos FAG e o RepSet Pro LuK. Os técnicos estavam presentes para dar informações e esclarecer dúvidas. A Tecfil levou um veículo Fiat Fiorino transformado em laboratório móvel, onde realizavam ao vivo testes de óleo, papel filtrante e filtro de ar, especial para linha diesel.

Algumas empresas se uniram no mesmo espaço, como o quarteto Goodyear, Sabó, Sachs e SKF, e a Knorr-Bremse e a Dayco, que mostrou a linha de correias para motor, tensionadores, kit de correia sincronizadora com tensionador automático e catálogos. A Bosch também participou mostrando, principalmente, seus equipamentos de diagnoses e testes.

A Petrobras participou com exposição do carro de Stock Car e um simulador de motovelocidade. A Fras-Le apresentou sua gama de freiso automotivos, ao lado das marcas do grupo: Master, Suspensys e Jost. Alfatest. Syl, Marflex, Kita e muitos distribuidores de autopeças também marcaram presença.

O público

“O evento foi muito proveitoso, tivemos a oportunidade de estar em contacto com técnicos e representantes das empresas, o que nos traz mais conhecimento e informação, principalmente nas palestras”, comenta Francisco Wellington, da CFN (Companhia Ferroviária do Nordeste).

“Tudo o que tem em termos de novidades me interessa”, diz Narcísio Batista de Oliveira, da mecânica Pit Stop Car Fortaleza). “ Participei de uma palestra de injeção eletrônica que foi muito boa”, completa.

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Antonio Camelo, mecânico da oficina Nova Russas, localizada no interior do Ceará, disse que a feira é muito boa para quem é do interior. “A gente vê as novidaes, assiste às palestras e conhece o que há de novo em ferramentas e equipamentos”. Ele buscava mais informações sobre injeção, freios e suspensão de veículos leves.

Mann-Filter amplia linha de filtros para veículos pesados

A Mann-Filter, fabricante de filtros automotivos, lança elementos filtrantes para a linha pesada no mercado de reposição.

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Confira a lista de aplicações:

Scania
Elemento filtrante do óleo H 962 (indicado para ônibus Série K-G7)
Elemento filtrante de uréia (para modelos G / P / R – motores Euro 5

Sinotruk
Elemento filtrante do ar C 27 1050 indicado para o modelo Howo 380 com motor WD 615.96 (fabricado entre 2008-2011) e modelo A7 (6×2 / 6×4) com motor WD 615.96 (2012 em diante)

Volkswagen
Elemento filtrante de óleo HU 951 x para modelo WORKER (13.190, 15.190, 17.190), modelo MAN D08 34 190 (11/11-), modelo Constellation (13.190, 15.190, 17.190)

Mercedes-Benz
Elemento filtrante HU 7010 z para modelo Sprinter 311 CDI, 312 CDI, 313 CDI, 415 CDI – OM651 (2013 em diante)

“A Mann+Hummel indica a todos os motoristas que sempre fiquem atentos ao manual do veículo, onde estão contidas muitas informações que auxiliam o motorista a prolongar a vida útil do automóvel”, explica o consultor técnico André Gonçalves.

Junho é o mês da manutenção preventiva em diversas cidades do Brasil

Para conscientizar motoristas sobre a importância da manutenção preventiva e garantir um trânsito mais seguro, junho foi escolhido como Mês da Manutenção Preventiva para Automóveis dentro do calendário oficial das cidades de São Paulo/SP, Bragança Paulista/SP, Sorocaba/SP, Vitória/ES, Ponta Grossa/PR, Boa Vista/RR e o Estado do Paraná. Nessas localidades, na ocasião, são realizados eventos que mobilizam os reparadores da região para promoverem uma grande ação de conscientização junto ao motorista, com apoio de empresas do setor.

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De acordo com informações divulgadas pelo programa Carro 100%, Nos EUA, onde há anos existe o movimento chamado National Car CareMonth (NCCM) comemorado em abril, coincidindo com o fim do inverno e chegada da primavera, momento em que os norte-americanos pegam estrada para curtir o clima mais quente. No Brasil, o Mês da Conscientização pela Manutenção Preventiva de Automóveis surgiu pela primeira vez na cidade de São Paulo/SP por meio de projeto de lei municipal 14.274, em março de 2007, para instituir junho como a data no calendário oficial, mês que antecede as férias escolares. Há também um projeto de lei em tramitação, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para instituir a data em todos os municípios paulistas.

Iveco inaugura campo de provas em Sete Lagoas/MG

A Iveco acaba de inaugurar seu campo de provas, situado no complexo industrial em Sete Lagoas/MG. Segundo a fabricante de veículos pesados, esse será um valioso instrumento para assegurar a qualidade final de todas as linhas de produtos fabricadas no local. “Nosso objetivo é tornar ainda melhor o processo final de validação dos produtos, desde a linha de veículos leves até o blindado Guarani, com a realização de aproximadamente três mil testes anuais, que comprovam qualidades como a durabilidade e a robustez dos veículos que oferecemos aos nossos clientes”, diz Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a América Latina.

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O campo de provas conta com uma pista de alta velocidade, do tipo oval, com 1.650 metros de extensão, onde são feitos testes para simular situações reais, como por exemplo, mudança de faixa em alta velocidade. Essas avaliações servem para avaliar componentes da suspensão, dos freios e da direção. Uma pista para teste de ruído e um circuito projetado para atender a demanda dos veículos comerciais e para o Guarani completam o empreendimento. “Os testes dinâmicos, ou seja, que envolvem a movimentação dos nossos veículos, já podem ser feitos totalmente nas nossas dependências”, afirma Darwin Viegas, diretor de Engenharia de Desenvolvimento do Produto.

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No caso do blindado da Iveco, a estrutura conta com testes específicos solicitados pelas forças armadas, como obstáculos verticais de 0,4m e 0,5m, fosso com água para prova de navegabilidade, área plana para ensaios dinâmicos, pista de inclinação lateral de 20%, rampas com inclinações de 12%, 20%, 24% e 60% e fosso seco de 1,2m de profundidade. Os obstáculos servem para comprovar a capacidade de partida em rampa, potência em trechos íngremes, durabilidade do freio de estacionamento e da embreagem.

Ao todo, foram investidos R$ 24 milhões para o projeto se tornar realidade. O valor integra o montante de R$ 650 milhões anunciado recentemente pela Iveco em um grande projeto de incremento de competitividade. Os recursos serão aplicados até 2016, em frentes como a nacionalização dos componentes, aprimoramentos de processos industriais e sistemas de qualidade, pesquisa, desenvolvimento e inovação.

Com alvo na reposição

O mercado de reposição é o grande foco da Delphi para o ano de 2006, principalmente, na área de entretenimento, com o lançamento de rádios automotivos e outros aparelhos eletrônicos. O diretor da Delphi de Soluções em Produtos e Serviços para a América do Sul (DPSS), Edson Brasil, conta que a empresa pretende credenciar novas oficinas na rede e acredita que o mecânico independente é o principal elo da cadeia entre a reposição e o consumidor final.

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Revista O Mecânico: Qual é sua análise do desempenho da Delphi em 2005 e as expectativas para 2006?
Edson Brasil: A Delphi fornece para 100% das montadoras instaladas na região e também tem uma forte presença na reposição. Nossos resultados foram acima do esperado em 2005 e projetamos um crescimento em participação para 2006. No ano anterior, por exemplo, tivemos pedidos de novos negócios – que serão entregues no mercado original dentro dos próximos dois, cinco e até mesmo dez anos – acima de US$ 1 bilhão. Este ano, manteremos os investimentos de US$ 30 milhões na América do Sul, valor gerado e investido na região.

O Mecânico: E quanto ao mercado de reposição em geral?
Brasil: Temos uma grande participação no mercado de reposição. A Delphi está presente no Brasil desde 1942, mas no aftermarket estamos atuando há apenas seis anos e, mesmo assim, somos constantemente lembrados entre as cinco maiores empresas do setor.

O Mecânico: Em relação às exportações qual a situação da empresa?
Brasil: Estamos em todos os continentes para atender nossos clientes globais e também os consumidores finais. A Delphi América do Sul, nos últimos anos, exportou cerca de 20% de sua produção.

O Mecânico: A Delphi tem novidades para o aftermarket esse ano, quais são?
Brasil: O mercado de reposição independente brasileiro está crescendo muito rápido e nós acompanhamos esta evolução com produtos e serviços que solucionem eventuais problemas do instalador e também do consumidor final. Este ano ingressamos na linha de entretenimento. Já lançamos o S2000 MP3 Player, rádio automotivo com CD e MP3, e teremos muitas novidades eletrônicas.

O Mecânico: Qual a linha de produtos tem maior participação no mercado de reposição atualmente? E qual a expectativa com a entrada de novos produtos?
Brasil: A Delphi atua em diversos segmentos, como linha de injeção eletrônica, elétrica, freios, componentes e kits para sistema de ar-condicionado, equipamentos de diagnóstico e, agora, linha de entretenimento. São mais de 5 mil produtos oferecidos para o mercado com uma solução completa. Nossa expectativa com a entrada de novos produtos é levar toda nossa experiência de fornecedor global de montadoras ao mercado de reposição.

O Mecânico: Como é formada a rede de oficinas autorizadas? Existe projeto de ampliação?
Brasil: A Delphi possui hoje cerca de 400 CADs – Centro Autorizado Delphi – no Brasil. Nossa visão é gerar soluções para nossos parceiros e fornecer todo o apoio. Seja na capacitação técnica, treinamentos, gestão, em que o nosso cliente precisar, estamos disponíveis para providenciar o devido suporte. Pretendemos crescer este número credenciando novas oficinas em todo o Brasil ainda em 2006.

O Mecânico: Quais as vantagens de ser um autorizado da Delphi?
Brasil: A Delphi trabalha em parceria com seus CADs no desenvolvimento de soluções para que nosso parceiro possa crescer. Podemos fornecer todo o suporte necessário, desde ações de marketing, treinamento, capacitação técnica e até a gestão do negócio.

O Mecânico: Como funciona o programa de treinamento de profissionais?
Brasil: A Delphi treina no Brasil, em média, 12 mil profissionais por ano. Somos uma empresa que trabalha para deixar a vida das pessoas mais segura, com mais tecnologia e mais confortável. Levamos isso em todo o nosso trabalho e também no relacionamento com o treinamento dos profissionais.

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O Mecânico: Como a Delphi vê o mecânico independente? Do que ele precisa e como a Delphi pode contribuir?
Brasil: O mecânico independente é o principal elo entre toda a cadeia de reposição e o consumidor final. A peça sai da fábrica, passa pelo distribuidor, pelo varejo e chega nas mãos do instalador. O serviço deste instalador acaba regendo a imagem de todos perante o público final. Nosso objetivo é levar uma gama completa de soluções em produtos e serviços para que o trabalho possa ser otimizado, além de equipamentos de diagnóstico e treinamentos.

O Mecânico: Você acha que o reparador influi na hora da escolha da marca?
Brasil: Em produtos como bomba de combustível, discos de freio ou outros componentes mecânicos que são trocados e não comprados, o reparador influencia na escolha da marca em mais de 90% das vezes. Já produtos que mexem com o emocional das pessoas, como rádios, DVDs, navegadores são comprados pelo consumidor final.

O Mecânico: Quais as ações da marca para promover as peças para veículos pesados?
Brasil: A Delphi possui grande presença na área de veículos comerciais leves e pesados, com destaque para nossa linha de turbo diesel, bicos injetores e filtros. Hoje, para evitar a parada de um caminhão e a conseqüente perda da carga, nossos aplicadores possuem competência para avaliar a peça e resolver os problemas na hora em que chegam na oficina.

O Mecânico: A empresa é patrocinadora de uma equipe de Fórmula Truck, qual o objetivo de investir em automobilismo?
Brasil: A Delphi possui uma tradição de anos com o automobilismo. Nos EUA, temos equipes na IRL, Nascar e aqui optamos pela Fórmula Truck. Nossos produtos são testados em condições extremas em nossos laboratórios e também nas pistas. Por exemplo, o mesmo turbo usado nos caminhões da Londrina Truck Racing, na Fórmula Truck, é encontrado para vender no mercado de reposição.

O Mecânico: A Delphi pode se tornar uma “grife” em acessórios e peças de reposição?
Brasil: Esta é uma ação que está em nossos planos. Mas ainda é cedo para fornecer mais detalhes sobre este processo.

O Mecânico: Qual a tendência da Delphi para os próximos anos em termos de tecnologia?
Brasil: Produtos que tornem a vida das pessoas e o negócio de nossos clientes mais fáceis, confortáveis e prazerosos. Trabalhamos com carro, que é uma paixão. Por isso, queremos que esta paixão também chegue para todos, seja no prazer de dirigir, na segurança ou na busca por soluções tecnológicas em produtos e serviços. Queremos levar este conceito até mesmo para a gestão de nossos clientes. Delphi é sinônimo de tradição, tecnologia e performance.

Pressão sob controle

O Rodoar®, um equipamento automático que monitora a pressão de ar dos pneus, precisa de manutenção preventiva para cumprir sua função com eficiência: trazer mais economia para os usuários.

Carolina Vilanova

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Por meio de um sinal sonoro e uma luz indicativa, o motorista é avisado em casos de queda de pressão de ar nos pneus de um caminhão ou de um ônibus. Esse é o trabalho do Rodoar®, um equipamento que monitora a calibragem de todos os pneus do veículo, mantendo-a dentro da medida especificada pelo fabricante, contribuindo, assim, para a economia de combustível e a durabilidade dos compostos. Como qualquer sistema e acessório automotivo, seu bom funcionamento depende totalmente da manutenção preventiva nos componentes envolvidos.

O Rodoar® é constituído por um aparelho do tipo de um rádio, instalado no painel de instrumentos do carro e capaz de controlar a pressão e distribuir o ar comprimido na medida correta para os pneus, através de dois manômetros independentes para cada eixo. De acordo com a Siemens-VDO, fabricante do sistema, um pneu com baixa calibragem perde até 50% de sua vida útil, e com excesso de ar, a perda é de 15%, sendo que o consumo de combustível aumenta em quaisquer um dos casos.

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Além do painel DIN, itens como junta rotativa, calota, canos, molas, engate rápido e bico prolongador fazem parte do pacote que constitui um Rodoar®. Todas essas peças precisam passar pelo processo de manutenção preventiva para garantir a operação perfeita do conjunto, por isso a empresa recomenda que a cada três meses seja feita uma revisão, com a limpeza do sistema e a checagem do compressor de ar e das peças. “Óleo e água, provenientes do calor que forma dentro do compressor, comprometem a vida útil do produto”, explica Maurício Mullin, da Siemens VDO.

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A lista do check-up inclui a drenagem do reservatório de ar, que em veículos mais modernos é feita automaticamente, a verificação dos prolongadores, por serem sujeitos a altas temperaturas e a agressões externas, precisam ser substituídos se apresentarem avarias. O filtro d e ar do compressor também merece uma análise. A junta rotativa, as mangueiras e até a parte elétrica do painel devem estar em ordem, a falta de manutenção preventiva pode acarretar vazamento e entupimento.

 

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Bico prolongador: é colocado no lugar do miolo da válvula de pressão do pneu.
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Engate rápido: serve de conexão entre a mangueira que sai do aparelho e o tubo que leva o ar para as rodas.
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Quadrado: utilizado para fazer a ligação entre a rede principal de ar e as conexões da roda.
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Junta rotativa: recebe o ar da mangueira da roda e distribui para os pneus. Esse item deve ser desmontado a cada 50.000 km para fazer a troca do selo retentor de ar.

Operação Rodoar®

Uma luz no aparelho de monitoramento de pressão é acionada no momento da ignição e deve ser acionado pela chave de ar On e OFF (liga e desliga) que abre e fecha o ar do sistema, sem mandar constantemente pressão para os pneus. Nessa hora é feita a calibragem e depois o equipamento deve ser desligado. “A calibração deve ser feita com o pneu frio, pois quando está trabalhando atinge a pressão de operação recomendada pelos fabricantes”, comenta Mullin.

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O alarme sonoro é ativado quando há queda de pressão acima de 5 libras e uma luz (espia) fica acesa enquanto a queda existir, até que o sistema efetue a calibragem correta do pneu. Em eventuais problemas, desligue a chave de ar e verifique o tempo da queda da pressão, que acima de 5 minutos é considerado lento e indica um pequeno vazamento, e quando o esvaziamento é feito mais rápido, significa que o dano é grande e precisa ser consertado imediatamente.

Ligações

Na instalação de um Rodoar®, o principal cuidado é utilizar as saída auxiliares de ar para não comprometer outros componentes que utilizam o ar, como freios. Outro detalhe é a retirada do miolo da válvula para a colocação de um bico prolongador. A mangueira que sai do painel é conectada no engate rápido, que leva o ar por meio de um duto para o bico prolongador. O acessório deve ser trocado quando apresentar trincas na peça, rachaduras nas mangueiras, vazamento da válvula rotativa e problemas eletrônicos no painel. A montagem é feita na ordem inversa.

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1) O primeiro passo é a desconexão do engate rápido.

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2) Solte o parafuso para tirar a calota.

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3) Retire o tubo de nylon.

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4) Remova a calota e as mangueiras.

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Se a culpa é do pneu

Sempre que o equipamento alertar vazamentos, verifique se algum pneu apresenta problemas, para eventual substituição. Para trocar o pneu, desmonte as ligações da roda, ou seja, porcas, fixação das calotas, bico prolongador e mangueiras. Atenção: a mangueira dilata durante o uso, por isso troque-a ou corte a ponta. A peça deve ser encapada com a mangueira de acrílico par evitar ressecamento, trincas e danos externos.

 

Colaboração técnica: MIP Medidores e Instrumentos de Precisão Ltda.

Estabilidade e segurança

Confira as dicas de manutenção e o procedimento de desmontagem do conjunto que equipa a Meriva e o Corsa, da GM, um sistema desenvolvido com tecnologia para proporcionar melhor estabilidade e robustez ao rodar.

Carolina Vilanova

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O sistema de suspensão dos modelos Meriva e Corsa, da General Motors, montados sobre a mesma plataforma, foi desenvolvido para oferecer estabilidade, dirigibilidade e conforto aos usuários. Para diminuir a vibração do motor na carroceria, o sistema propulsor foi instalado sobre o quadro da suspensão dianteira (subframe), onde são fixados os braços de controle por meio da bucha hidráulica (na dianteira) e da bucha vertical (na traseira).

De acordo com a GM, essa tecnologia, já disponível no Vectra e no Astra, melhora a sensibilidade de todo o sistema de direção. No eixo traseiro, os controles dos braços são fundidos, o que proporciona melhor torção e dispensa o uso da barra estabilizadora.

“O conjunto utilizado é do tipo McPherson independente e conta com os seguintes ítens: amortecedores, barra estabilizadora, braço de controle (bandeja), junta homocinética, manga de eixo, molas helicoidais e travessa da suspensão. Os amortecedores pressurizados e o limitador hidráulico evitam a batida no fim do curso da suspensão”, explica Leonardo Lazarini, engenheiro de Serviços da GMB.

Ficha técnica

Dianteira: Independente, McPherson, com braço de controle ligado ao sub-chassis, molas helicoidais com compensação de carga lateral, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás e barra de torção ligada à haste tensora.

Traseira: Semi-independente, viga de torção soldada com dois braços fundidos de controle, molas tipo barril com diâmetro variável e progressiva, amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados a gás.

Plano de manutenção

A manutenção do sistema está descrita no manual do proprietário e indica o momento certo para revisão e substituição de cada item da suspensão, ou seja, a quilometragem para inspeção é de 15 mil. Os itens que devem ser checados são amoretecedores, molas, buchas, batentes, bandejas e pivô. Os amortecedores devem ser trocados se nas inspeções periódicas apresentarem vazamento ou perda da eficiência.

A substituição dos amortecedores é o procedimento mais comum e freqüente a ser realizado, sem precisar mexer no sistema de freio. “Os sintomas mais comuns que indicam a necessidade de inspeção do sistema são barulho, perda de estabilidade, oscilações em pisos regulares, roda trepidando, desgaste irregular dos pneus – provocados por batidas e impactos -, e tendência direcional (puxar para um dos lados)”, comenta.

Em um eventual reparo, o técnico precisa ser treinado para concretizar o trabalho de maneira correta, aplicando as dicas da montadora. Entre as ferramentas e equipamentos apropriados estão o elevador, torquímetro, bancada com morsa e compressor de molas. É recomendável checar visualmente o estado de todas as borrachas, porcas e parafusos, além de vazamentos do amortecedor.

Vale lembrar que essa é a mesma suspensão dos modelos a gasolina, que só não contam com o reservatório de gasolina e válvula de partida a frio, que devem ser retirados para efetuar o serviço.

Depois que montar todo o conjunto leve o veículo para fazer o alinhamento de direção e balanceamento de rodas. Não esqueça também da regulagem do braço de direção.

Desmontagem

1) Para ter acesso ao amortecedor, o técnico deve começar o serviço retirando o limpador de pára-brisa, com o sacador do braço do limpador para não danificar a peça. Em seguida, deve remover a grade frontal (churrasqueira), desencaixando com cuidado para não quebrar o plástico.

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2) Retire o defletor de água, remova os parafusos e solte a válvula de partida a frio, no caso dos carros flexíveis. Com o alicate especial para linha de combustível, desencaixe as abraçadeiras da tubulação de alimentação do reservatório de gasolina. Solte o suporte do reservatório e a conexão do canister. Use a ferramenta de grampo para tirar a mangueira de engate rápido.

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3) Agora comece a desmontagem do sistema, com o carro no elevador, pois a retirada é feita por baixo. Em primeiro lugar remova as rodas e as pinças do freio. Não é necessário soltar o tubo de óleo de freio para não precisar fazer sangria. Obs.: Não use a tubulação como suporte da pinça, amarre cuidadosamente com um arame num lugar seguro e que não atrapalhe o trabalho. Verifique buchas e mangueiras, além das porcas que fixam o semi-eixo e do cubo.

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4) Nos casos de freios ABS, depois que retirar a roda, desconecte o sensor que está localizado no suporte, próxima à fixação do flexível do freio.

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5) Com o sacador de terminal retire o terminal de direção. O uso do martelo não é recomendado, pois pode rasgar a coifa, que merece ser inspecionada. Posicione a porca nos primeiros filetes da rosca. (Foto 5A). No aperto o torque é de 34 nm.

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6) O parafuso de fixação do pino inferior é do tipo “torkbits” e deve ser removido com a chave n.º 14 para soltar a bandeja da torre. Na montagem o torque é de 60 Nm.

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7) Não é necessário remover a bieleta para tirar a torre do amortecedor, apenas desconectá-la da peça, desapertando o parafuso. O parafuso superior do amortecedor tem torque de 60 Nm. Obs.: Todas as porcas travantes são obrigatoriamente substituídas. (Foto 7A).

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8) Com um martelo de borracha desencaixe o semi-eixo. Não puxe a peça, pois pode provocar vazamento na transmissão.
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9) Inicie a desmontagem da torre com o extrator apropriado. O torque desse parafuso é de 60 Nm. Utilizar chaves sextavadas pode danificar o parafuso. Quando o trabalho requer apenas a troca do amortecedor não é necessário retirar a fixação da manga de eixo.
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10) Solte o parafuso primeiro e depois a torre, para ficar mais fácil de removê-la. Retire o conjunto: torre, cubo e manga de eixo.

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11) Inspecione o estado de uso dos seguintes componentes: pivô, junta esférica do braço de direção, da bieleta e da homocinética, e como está visível, da sanfona do braço de direção e manga de eixo. Porcas de fixação do amortecedor devem ser substituídos. Retire o amortecedor. (Foto 11A).

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    11A

Na morsa
1) Leve o conjunto do amortecedor para uma bancada onde tenha uma morsa própria para o serviço, um compressor de molas e ferramentas em geral. Primeiro, retire o batente superior para depois remover a mola.Na morsa

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2) Tire o cubo de rolamento. Inspecione o batente superior da mola, o anel de borracha para ver se não há rachaduras e o batente de borracha interno. Essas peças podem rachar com excesso de pressão. (Foto 2A).

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3) Reclamação de ruído quando esterça em piso irregular, cheque o rolamento do batente superior.

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4) Remova a mola com a ajuda do compressor. Na montagem verifique a posição das marcas na parte inferior para o posicionamento correto da peça. A mola deve encaixar no guia rebaixado no prato da suspensão.

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5) Ao colocar o batente, fique atento ao detalhe do cubo de rolamento do amortecedor que deve ser posicionado da seguinte maneira: a orelha de borracha em “U” deve alinhar com o menor furo do prato.

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6) Para encaixar a mola, use a ferramenta de compressão novamente e aperte o parafuso do amortecedor com torque de 60 Nm.

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7) No carro, examine os rebites de fixação do pivô e da bucha hidráulica que prendem a bandeja. Na retirada eles são rompidos e deves ser trocados pelo conjunto específico.

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8) No momento da montagem, verifique se há problemas na bucha hidráulica, o que provoca ruído e vazamento e na bucha traseira da bandeja. (foto 8A)

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9) Para retirar a bandeja, remova os parafusos, que devem ser substituídos por novos, assim como as porcas, em caso de reparo. O torque é de 90Nm. A broca para romper os rebites é de 10mm.

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Suspensão traseira

Acompanhe agora a desmontagem da suspensão traseira, que conta com batentes de molas mais rústicos, devido à sua estrutura. Coloque sempre um suporte, por segurança, para evitar que o conjunto caia. Para tirar somente a mola é necessário soltar o amortecedor, enquanto que, para substituir semente o amortecedor não é preciso remover a mola.

1) Retire os dois parafusos de fixação do amortecedor que são do tipo “torkbit”. O torque é de 110Nm na parte inferior e 90 Nm na superior. Em seguida, retire o amortecedor. Aplique travante químico médio nas porcas.

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2) Ao remover a mola traseira, o amortecedor deve estar apenas solto na parte inferior. Retire a mola fazendo pressão e soltando o batente do suporte. Aproveite para inspecionar os batentes. (Foto 2A e 2B).

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3) Verifique todas as buchas, como a bucha de fixação no eixo. Caso seja necessário remover o tambor de freio, troque as porcas da manga de eixo. (Foto 3A).

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Troca de bomba

Veja o procedimento e as dicas para a substituição de uma bomba de combustível elétrica, componente essencial do sistema de alimentação do veículo, que depende da manutenção correta para bom funcionamento e durabilidade.

Carolina Vilanova

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A função de uma bomba de combustível é deslocar o combustível que está no tanque para o sistema de alimentação do motor, suprindo, assim, todas as suas condições de trabalho, como carga, rotação e temperatura. Existem dois tipos de bombas: a mecânica, presente nos carros carburados e movida por um eixo; e a elétrica, que equipa os veículos com injeção eletrônica e é acionada por um motor elétrico.

Entre os modelos de bombas elétricas estão as do tipo interna e externa ao tanque. A primeira fica submersa e aspira o combustível do fundo do tanque, impulsionando-o através de um tubo de abastecimento aos bicos injetores. A segunda, do tipo externa, está fixada no chassi do veículo, próxima ao tanque ou ao motor, e suga o combustível por um tubo coletor dentro do tanque.

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A Delphi, fabricante do produto, explica que a bomba é classificada ainda em modular, que conta com um reservatório de plástico para alojar a bomba, o filtro e o medidor de combustível, que geralmente são substituídos em conjunto; e não modular, em que os itens do conjunto são trocados separadamente. Dentro da bomba são encontrados os seguintes componentes: motor elétrico, conjuntos de alta pressão e em alguns casos um pré-filtro.

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De acordo com a Bosch, o funcionamento ideal da peça depende das condições dos itens que compõe o sistema de alimentação, ou seja, filtros, pré-filtros, mangueiras e combustíveis de qualidade. “Na bomba propriamente não há manutenção, assim é necessário cuidar da substituição do filtro de combustível e pré-filtro nos intervalos indicados pela montadora. Desta forma a bomba de combustível trabalhará em condições adequadas tendo maior durabilidade”, analisa Paulo Souza, gerente de Assistência Técnica da Bosch.

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Sem reparo

Os sintomas de avarias na bomba de combustível podem ser verificados nas seguintes situações: baixo desempenho e falhas do motor devido à pressão e/ou vazão insuficiente”, aponta Jair silva, coordenador de assistência técnica da Brosol. “Rodar com o carro constantemente na reserva também pode comprometer o bom funcionamento da bomba de combustível, pois é refrigerada pelo combustível”, completa.

“A falta de manutenção preventiva pode prejudicar a bomba de combustível e ocasionar alguns problemas como a diminuição da vazão em situações de maior carga aplicada ao motor e rotação um pouco mais elevada que irá exigir mais combustível, uma queda de pressão, o que acarretará falhas no motor e, no caso da bomba parar de funcionar, o motor do veículo também não irá funcionar por falta de combustível”, alerta o gerente da Bosch.

De acordo com a Delphi, alguns parâmetros do scanner de diagnose também podem indicar falhas de funcionamento da bomba, desde que as informações sejam interpretadas corretamente pelo mecânico, como por exemplo, tempo de injeção alto, grandes correções de BLM, baixo retorno de tensão do sensor de oxigênio. Além disso, deve ser realizado o teste de bateria e alternador para checar seu desempenho e a parte elétrica do veículo, principalmente aterrametos. Com o manômetro é possível verificar se a pressão está dentro dos limites especificados pelo fabricante. No teste de vazão com o rotâmetro ou na coleta, pode-se verificar o volume de combustível.

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A Bosch alerta que não existe reparo de bomba de combustível, uma vez diagnosticado problemas, a bomba deve ser substituída, pois trata-se de um produto “selado”, que se for aberto perde a garantia de funcionamento perfeito.

Super aquecimento, andar sempre na reserva, entupimento do filtro e pré-filtro forçam o motor elétrico que pode queimar. “È possível realizar a troca dos filtros, e em alguns casos, mangueiras e conexões preventinamente”, diz o técnico da Brosol.

Na hora de comprar uma bomba de combustível para reposição, o reparador deve ficar atento à utilização de peças remanufaturadas e recondicionadas, bastante oferecidas nas oficinas mecânicas para baratear o custo do serviço e condenadas pelos fabricantes do produto. “É importante lembrar que o preço, apesar de ser mais em conta na visão do consumidor, pode sair caro em um espaço curto de tempo, com as conseqüências de deixar o motorista pelo caminho”, analisa Souza.

A Brosol argumenta que algumas oficinas dizem que “recuperam” o motor elétrico da bomba, mas a qualidade, a durabilidade, o desempenho, a garantia e, principalmente, a segurança (lembre-se que a peça trabalha dentro do tanque) nunca será a mesma de um componente novo. Tomado todos os cuidados com relação a manutenção e qualidade do combustível, a vida útil estimada da bomba de combustível elétrica é de 100 mil km.

Procedimentos de troca

Os fabricantes de bomba de combustível indicam a limpeza do tanque e substituição dos filtros, mangueiras e abraçadeiras toda vez que trocar a peça. O novo componente deve ser retirado da embalagem somente na hora da instalação.

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“Vale ressaltar alguns detalhes do procedimento, como a aplicação correta do produto; seu posicionamento dentro do tanque, ou no suporte em que ela é fixada; as condições do pré-filtro e filtro de combustível e as mangueiras. Cuidados com as conexões de combustíveis, mangueiras, presilhas e conexões elétricas de forma que tanto na hora da retirada quanto na hora da colocação não haja danos, além disso o sistema deve estar despressurizado”, diz Souza.

Passo-a-passo

Na maioria dos casos, a peça pode ser removida por meio de um painel de acesso no compartimento de passageiros, apesar de que, em alguns veículos, é necessário retirar o tanque de combustível. Acompanhe o procedimento de desmontagem e montagem da bomba injetora BCD00123 da Delphi, que equipa o Fiat Palio Weekend.

1) A primeira providência que o técnico deve tomar é atender às normas de segurança, com o uso de extintores de incêndio e óculos de proteção, além de seguir as orientações da norma ABNT NBR14752 Veículos Rodoviários Automotores – Bomba Elétrica de Combustível – Ensaios de Manutenção – e trabalhar com o veículo no regime de marcha lenta para realização dos testes.

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2) Verifique a performance do sistema elétrico por meio dos testes de bateria, que deve suportar uma descarga controlada de acordo com a recomendação do fabricante, por 15 segundos, e no final do teste a tensão entre os pólos não pode ser menor que 9,6 V (de acordo com a temperatura). Tensão de alimentação da bateria, verificando se a tensão do alternador que chega até os terminais está entre 13,5 V a 14,7 V (para sistemas 12 V). Corrente do alternador, checando a produção de corrente do alternador, comparando com a especificação do veículo. Tensão de alimentação na bomba de combustível em funcionamento, que deve ser igual a tensão de alternador.

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3) Com o sistema despressurizado, conecte o manômetro na linha de combustível, funcione o veículo e verifique se a pressão está dentro dos limites especificados, que varia de acordo com cada veículo. Em seguida, verifique também o volume de combustível que a bomba pode fornecer. O teste pode ser realizado com rotâmetro acoplado na linha ou coletando o combustível com um “becker” graduado na linha de retorno. A vazão mínima é dada em l/h e pode ser consultada com o fabricante do produto.

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4) Ainda com o manômetro, avalie a estanqueidade do sistema, desligando a ignição e verificando se existe queda de pressão. Quedas acentuadas no sistema indicam vazamentos na linha de combustível.

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5) Caso necessite de substituição, despressurize o sistema e solte a tampa metálica e os conectores de entrada e saída de combustível, o conector elétrico e o conector de sensor de nível (bóia).

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6) Retire o módulo de combustível, que contém todo o conjunto da bomba. Remova o sensor de nível e o pré-filtro. Este último sempre deve ser trocado por um novo.

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7) Solte a trava de fixação e retire a tampa do módulo para desmonta-lo. Desconecte os terminais elétricos e a mangueira.

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8) Ao iniciar a montagem, limpe o módulo, com atenção para o anel de vedação de borracha do fundo do caneco, que deve estar em ordem ou ser trocado. Verifique se há trincas na flange do módulo e nas travas. Em caso de vazamento o cheiro de combustível no interior do veículo ficará muito forte.

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9) Encaixe o pré-filtro. A mangueira de combustível já vem acoplada à nova bomba. Agora, monte o anel de vedação.

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10) A colocação da bomba no módulo deve ser feita com atenção para que o pré-filtro encaixe na posição correta.

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11) Coloque a tampa e feche todas as travas. Coloque a abraçadeira na mangueira da flange e encaixe-a no módulo.

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12) Em seguida, instale o anel de trava da flange com ajuda de uma chave de canhão.

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13) Acople os conectores elétricos e encaixe o pré-filtro externo. Não esqueça do anel “o’ ring” e do conector de sensor de bóia. (foto 13 A). Neste momento é obrigatório que se faça a verificação do tanque de combustível para remover qualquer sujeira. Encaixe o conjunto no veículo.

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14) Antes de entregar o veículo, faça o teste de performance final, realizando novamente todos os testes iniciais.

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Própria para bicombustíveis

O funcionamento das bombas para veículos bicombustíveis é basicamente o mesmo das convencionais, com exceção de alguns componentes internos construídos com materiais adequados para trabalhar com os dois combustíveis, principalmente para evitar a corrosão do álcool, que gera inclusive faíscas. “A vida útil da bomba que é específica para a gasolina fica comprometida quando aplicada nos carros flex, em função do uso do álcool”, alerta Souza.

Evitar o uso de combustível adulterado é o ideal, afinal causa desgastes excessivos dos itens internos e pode prejudicar não somente a bomba, mas todos os componentes que tem contato como as mangueiras da linha de combustível, além disso, o rendimento do motor e consumo também serem prejudicados

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