A Iveco acaba de inaugurar seu campo de provas, situado no complexo industrial em Sete Lagoas/MG. Segundo a fabricante de veículos pesados, esse será um valioso instrumento para assegurar a qualidade final de todas as linhas de produtos fabricadas no local. “Nosso objetivo é tornar ainda melhor o processo final de validação dos produtos, desde a linha de veículos leves até o blindado Guarani, com a realização de aproximadamente três mil testes anuais, que comprovam qualidades como a durabilidade e a robustez dos veículos que oferecemos aos nossos clientes”, diz Marco Borba, vice-presidente da Iveco para a América Latina.
O campo de provas conta com uma pista de alta velocidade, do tipo oval, com 1.650 metros de extensão, onde são feitos testes para simular situações reais, como por exemplo, mudança de faixa em alta velocidade. Essas avaliações servem para avaliar componentes da suspensão, dos freios e da direção. Uma pista para teste de ruído e um circuito projetado para atender a demanda dos veículos comerciais e para o Guarani completam o empreendimento. “Os testes dinâmicos, ou seja, que envolvem a movimentação dos nossos veículos, já podem ser feitos totalmente nas nossas dependências”, afirma Darwin Viegas, diretor de Engenharia de Desenvolvimento do Produto.
No caso do blindado da Iveco, a estrutura conta com testes específicos solicitados pelas forças armadas, como obstáculos verticais de 0,4m e 0,5m, fosso com água para prova de navegabilidade, área plana para ensaios dinâmicos, pista de inclinação lateral de 20%, rampas com inclinações de 12%, 20%, 24% e 60% e fosso seco de 1,2m de profundidade. Os obstáculos servem para comprovar a capacidade de partida em rampa, potência em trechos íngremes, durabilidade do freio de estacionamento e da embreagem.
Ao todo, foram investidos R$ 24 milhões para o projeto se tornar realidade. O valor integra o montante de R$ 650 milhões anunciado recentemente pela Iveco em um grande projeto de incremento de competitividade. Os recursos serão aplicados até 2016, em frentes como a nacionalização dos componentes, aprimoramentos de processos industriais e sistemas de qualidade, pesquisa, desenvolvimento e inovação.