Peças da Sustentabilidade

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A indústria da reposição encontrou nos remanufaturados uma boa opção de redução de custo e de preservação do meio ambiente. Com preços até 40% menores, a tendência é que ganhem cada vez mais espaço.

Victor Marcondes

Arquivo

 

Com o aumento da preocupação em relação às questões ecológicas, as autopeças remanufaturadas se tornaram uma ótima alternativa de produção sustentável para as fabricantes. Além de fazer bem ao meio ambiente, são economicamente mais vantajosas porque funcionam com base na troca do item velho pelo remanufaturado, garantindo bons descontos inclusive para o consumidor. No final, toda a cadeia automotiva sai ganhando.

 

No entanto, o mercado ainda está repleto de componentes de má procedência e o reparador deve estar alerta para não se equivocar ao realizar a compra, trocando o certo pelo duvidoso e caindo na armadilha dos produtos recondicionados.

 

Mas para acertar na escolha é preciso conhecer bem os produtos que podem ser reaproveitados por meio do processo legal, além de saber a diferença com relação às peças sem especificação necessária. De acordo com Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, “peça remanufaturada é aquela de produção original usada que foi submetida ao processo industrial pelo próprio fabricante do produto para o restabelecimento das funções e requisitos técnicos originais”. A norma ABNT 15296/2006 define as nomenclaturas de peças para o mercado de reposição.

 

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Fiola reforça que os itens só podem ser usados na manutenção do veículo desde que o proprietário saiba que são remanufaturados e conheça a sua procedência. O mecânico e representante do Grupo Numa (Núcleo de Manutenção Automotiva), Fernando de Almeida, afirma que quando há transparência, o cliente aprova a aplicação. “Nós indicamos e explicamos o seu conceito. 80% dos clientes aceitam colocar a remanufaturada, apenas os outros 20% preferem as novas. Fazer o procedimento sem o consentimento dele pode deixá-lo nervoso”, diz.

 

Quando é feita a comparação, o maior benefício de se utilizar remanufaturados fica por conta do custo-benefício. “Os produtos são em média 40% mais baratos do que uma peça nova, têm garantia de fábrica e as mesmas especificações da peça original”, explica Jefferson Germano, presidente da ANRAP (Associação Nacional de Reparadores de Autopeças).

 

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Ainda segundo Fiola, os remanufaturados são mais comuns em veículos pesados. “Esse mercado ainda é muito incipiente no Brasil. Já existe alguma coisa na linha leve, mas ainda é insignificante.” Entre as peças que podem passar por este processo estão motores e peças internas, embreagens, compressores, barras de direção, turbinas, componentes de direção e suspensão, alternadores, motores de partida, entre outros.

 

Como se faz?

 

Para Antônio Carlos Bento, vice-presidente do Sindipeças e coordenador do GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), “o processo de remanufatura parte do aproveitamento do que chamamos core (carcaça) do mecanismo. Após o teste e confirmação da sua integridade, são adicionados os demais componentes que compõe o sistema”. Ele continua dizendo que as peças são as mesmas utilizadas no equipamento original. “Assim podem ser usadas na manutenção do veículo com a mesma performance de um produto novo.”

 

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De acordo com Jefferson, a inspeção do que será reaproveitado geralmente é dividida em dois grupos. “O primeiro são itens padrão, que em todas peças são substituídos. O segundo são itens que passam por uma análise, podendo ou não ser substituídos.” As peças adicionadas posteriormente seguem o mesmo rigor das originais, ou seja, foram testadas e aprovadas conforme o processo de manufatura e logística.

 

Segundo Bento, existe um importante processo de avaliação para verificar os itens que podem ser reaproveitados. “Resumidamente, o core passa pelo mesmo processo de avaliação e inspeção que são adotados para a peça nova. Isto significa, em alguns casos, utilizar equipamentos que detectem possíveis fissuras, trincas e porosidades, absolutamente proibidos na manufatura de uma autopeça. Nas peças que atuam diretamente na segurança do veículo e do ocupante este cuidado deve ser ainda mais criterioso”.

 

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Outro fator relevante do mercado de peças remanufaturadas se deve ao suporte técnico. “Geralmente, as fábricas oferecem todo o suporte necessário ao usuário, assim como de uma peça nova. O produto remanufaturado tem as mesmas especificações e o suporte técnico que uma peça nova, com a vantagem de ser mais barato”, afirma Jefferson.

 

A garantia também não recebe diferenciação, ao invés disto, a marca pode até prolongar o prazo em relação a original. “Não é de se estranhar que o fabricante ofereça até uma garantia adicional no momento de introdução do remanufaturado no mercado. O grande objetivo é gerar a confiança do reparador e do proprietário do veículo. Nos Estados Unidos, por exemplo, é permitido o uso de uma peça de remanufatura na manutenção de um veículo ainda no período de garantia de fábrica”, compara Bento.

 

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Fique de olho!

 

Em geral, uma peça recondicionada não passa pelos mesmos processos de inspeção e qualidade adotados pelo fabricante ou autorizado. A norma ABNT 15296/2006 define a peça recondicionada como aquela oriunda de produção original usada ou de reposição original usada ou também de reposição usada, após ser submetida a um processo técnico ou industrial para o restabelecimento das funções e requisitos técnicos originais. Todavia, “não são recomendadas porque podem apresentar problemas em sua eficiência e colocar a segurança do veículo e dos passageiros em risco”, avisa Fiola.

 

Para Bento, em alguns casos, o recondicionamento é mais um processo de pequenos reparos feitos de maneira bastante artesanal. “Não estou aqui generalizando, até porque existem alguns recondicionadores no mercado que fazem um bom trabalho, motores são um exemplo disso. Mas recomendo ter muito cuidado ao utilizar uma peça recondicionada.”

 

O reparador Fernando afirma que dá preferência para peças originais ou remanufaturadas, porque sabe que é a segurança do motorista que está em jogo e que, se não for assim, também vai gerar outro trabalho desnecessário. “O único componente que abro exceção são para as homocinéticas, que tem preço até 70% mais barato. Utilizamos estas peças recondicionadas em algumas situações, mas toda a garantia fica por conta e risco do cliente. Reforçamos isto na hora da instalação.”

 

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E os riscos são muito grandes, justamente porque o item em questão pode ser o grande vilão que leva o condutor a sofrer graves acidentes ou quebras inesperadas do veículo. “Por isso, é melhor não arriscar, além de ser perigoso, o barato pode sair muito caro, pois será necessário repor a peça e fazer o serviço novamente. Lembramos sempre aos reparadores que o bem mais valioso que eles possuem é a mão de obra aplicada no veículo, portanto, refazer significa prejuízo dobrado”.

 

Cada vez mais o setor está em busca da regularização, coibindo a comercialização de produtos sem as especificações técnicas exigidas pelo fabricante. “O Inmetro já começou a certificar peças como catalisadores e, em breve, entram para a lista mais oitos itens incluindo suspensão, lâmpadas, anéis, bronzinas e pistões que devem ser vendidos na reposição com o selo a partir de julho de 2014”, lembra Fiola.

 

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Sendo assim, nunca é demais recomendar a utilização de peças de boa procedência e de marcas reconhecidas no mercado. O bom profissional deve se proteger de todos os lados contra os componentes irregulares. Como? Comprando em fornecedores éticos, exigindo a nota fiscal do produto, analisando o estado das embalagens e escapando dos preços excessivamente baixos. O mecânico sempre será o responsável pela peça que aplica. Portanto, deve zelar pela integridade do seu profissionalismo e de toda a sociedade.

Pré-inspeção do Peugeot 408

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Conheça o procedimento de pré-inspeção veicular que pode ser feito na oficina e quais os cuidados o reparador deve tomar para que o veículo não seja reprovado na inspeção oficial

Fernando Lalli

 

Instituída por lei, a Inspeção Veicular Ambiental é hoje uma realidade na cidade de São Paulo/SP. Em 2008, passou a ser obrigatória para todos os veículos diesel e, no ano seguinte, foi estendida para modelos leves fabricados a partir de 2003. Desde 2010, no entanto, cobre 100% da frota de veículos circulantes, ou seja, caminhões, ônibus, carros e motos. O procedimento ainda não é aplicado em todo o Brasil, mas isso é apenas uma questão de tempo. Há projetos de lei, tanto na esfera Federal quanto em diversos estados, para que a inspeção tenha abrangência nacional, e isso pode acontecer mais rápido do que se imagina.

 

Por isso, o profissional da reparação que ainda não está familiarizado com o tema deve ficar atento e começar a investir tanto em conhecimento quanto em equipamentos para não ser surpreendido pela futura demanda e perder negócios. “A obrigatoriedade da inspeção ambiental para o licenciamento dos veículos é, sem dúvida, uma alavanca para a realização de muitos serviços na oficina mecânica, pois os veículos passaram a depender de uma manutenção mais frequente”, afirma Raffaele Ventieri Neto, supervisor de Pós-Vendas da Alfatest

 

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Entre os procedimentos de manutenção mais comuns que visam a inspeção ambiental, Raffaele lista a troca de óleo; troca de filtros de ar, óleo e combustível; diagnóstico da injeção eletrônica com scanner; limpeza dos injetores e do corpo de borboleta; revisão do sistema de ignição (velas, cabos e distribuidor quando houver); diagnóstico apurado da sonda lambda e verificação completa do sistema de escapamento, principalmente se o veículo possuir sonda lambda pós catalisador.

 

Como complemento das operações de manutenção preventiva, podem ser oferecidos outros serviços: limpeza e calibração do carburador de acordo com os parâmetros do fabricante; regulagem das válvulas do motor; verificação de entradas falsas de ar não medido no sistema de admissão; medição da pressão de alimentação de combustível; verificação da estanqueidade dos injetores e verificação da temperatura de funcionamento do motor. E, por fim, caso o mecânico possua o equipamento adequado em sua oficina, também pode ser oferecida a própria pré-inspeção veicular.

 

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Dois tipos de equipamentos são utilizados na inspeção ambiental: o analisador de gases para motores de ciclo Otto (gasolina, álcool, GNV e flex) e o opacímetro em propulsores diesel. Nesta reportagem, fizemos a demonstração de uma pré-inspeção num veículo Peugeot 408 ano 2011, para isso adotamos um analisador de gases do tipo infravermelho, semelhante ao utilizado pela empresa Controlar na inspeção obrigatória feita em São Paulo. Vale lembrar que todo equipamento de análise de gases deve ser homologado e aferido de forma periódica pelo Inmetro, “Caso contrário, a sua oficina pode ser multada, e os valores podem ser altíssimos”, alerta Raffaele.

 

Pré-inspeção visual

 

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De acordo com Raffaele, o segredo para um veículo ser aprovado é realizar a manutenção correta, conforme o manual do carro, considerando não só as emissões, mas também o reparo de possíveis vazamentos de óleo, água e fluidos, assim como furos no escapamento e possível desligamento ou anulação do cânister. Ou seja: todos os dispositivos de controle de emissão originais do veículo. Isso porque, antes da análise dos gases, a legislação brasileira pede uma pré-inspeção visual dos componentes, que é dividida em duas partes.

 

A primeira parte da inspeção visual procura constatar se o veículo está apto a passar pelo analisador de gases. A etapa verifica se há a ausência de partes originais como bocal do filtro de ar e catalisador, emendas em tubulações de ar na admissão, emissão de fumaça visível, marcha lenta muito irregular, entre outros passíveis defeitos listados pelo próprio equipamento de análise. “Só nesta fase, há uma série de serviços que devem ser ofertados ao dono do veículo ainda na oficina, não basta só regular o carburador ou só o teste de injeção eletrônica”, atenta Raffaele. Caso algum problema seja identificado, o veículo é rejeitado e sequer passa pelo teste de emissões.

 

Em seguida, a inspeção visual continua pelo exame superficial dos itens de controle de emissão de gases e ruído, e dos dispositivos de informação sobre o funcionamento do motor. A diferença deste passo é que, mesmo se houver um resultado negativo, o veículo será encaminhado para o exame de gases.

 

Análise de emissões

 

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Os itens considerados pelo analisador de gases são os valores corrigidos de HC (hidrocarbonetos) e CO (monóxido de carbono) que são poluentes, e o fator diluição, que verifica se há alguma entrada de ar falsa pelo sistema de escapamento. Os limites na inspeção são determinados de acordo com o ano de fabricação e do tipo de combustível do veículo. Raffaele explica que os limites instituídos pela lei respeitam a tecnologia empregada em cada veículo, ou seja, um carro originalmente carburado e sem catalisador possui limites bem mais tolerantes do que um mais moderno, com injeção e sistema de exaustão mais aprimorado (veja boxes).

 

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Para fazer a análise correta de emissão de poluentes, o veículo deve ser mantido ligado até atingir a temperatura ideal, indicada no aparelho. A instalação do sensor é guiada de forma bem simples pelo próprio programa do analisador de gases, para que o reparador não tenha dúvidas.

 

Após a instalação da sonda, o programa parte para o processo de descontaminação do óleo do cárter, no qual o motor deve ser acelerado a 2500 rpm durante 30s. Nesta fase, fique atento ao óleo, pois se estiver vencido pode estar contaminado com HC e prejudicar o resultado final do teste. Na sequência, é efetuada a medição dos gases, com o veículo acelerado a 2500 rpm por até 150s. A etapa final consiste em deixar o motor em marcha lenta por 30s e, caso não seja aprovado, passa por mais um período de 30s com medições constantes.

 

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Raffaele esclarece que veículos equipados com injeção eletrônica, como o Peugeot 408, não permitem ajustes nos valores de emissão. Por isso, o reparador deve ficar atento ao pleno funcionamento da sonda lambda, que é vital para uma aprovação na inspeção ambiental. “A atenção deve ser redobrada nos modelos que possuem duas sondas: a segunda, localizada após o catalisador, monitora justamente a eficiência do conversor catalítico”, alerta.

 

Com o nível de emissões dentro dos valores permitidos e sem problemas visuais de avarias, o veículo pode ser liberado para a inspeção oficial.

 

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E se o veículo for reprovado no teste oficial?

 

Mesmo com todos os cuidados tomados durante a pré-inspeção na oficina, pode acontecer de o carro ser reprovado no Centro de Inspeção. Por isso, o técnico recomenda não liberar o carro com valores de medição próximos dos limites permitidos. “Procure trabalhar sempre com uma margem de segurança”, aconselha.

 

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O reparador deve sempre orientar o dono do veículo a não cometer erros que possam influenciar no resultado da inspeção, como utilizar combustível de má qualidade ou manter o carro frio antes da inspeção. “Às vezes, o proprietário mora perto do local de inspeção e não aquece o motor suficientemente”, alerta.

 

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Entretanto, o especialista também avisa que a falta de manutenção do analisador de gases da oficina tem grande peso no resultado final do cliente. Segundo ele, o Inmetro recomenda que o aparelho seja calibrado e aferido a cada 6 meses, mas nem sempre o tempo de uso é o que determina a necessidade de manutenção, já que os filtros podem ficar saturados antes desse período, dependendo do volume de serviço e do tipo de veículos que forem analisados.

 

“Imagine, por exemplo, fazer a inspeção em 10 veículos antigos e em 10 modelos recém-fabricados. É o mesmo número de análises, mas o nível de contaminação é bem diferente”, atenta. Ele ainda explica que o HC é o resíduo de escape que mais prejudica os filtros e, pela tabela de aprovação da própria Controlar, um carro fabricado até 1979 pode emitir até sete vezes mais HC do que um modelo 2011.

 

Para manter o analisador de gases funcionando bem no dia a dia, Raffaele orienta que o reparador fique atento ao prazo de troca dos filtros e faça a purga da mangueira da sonda com ar comprimido. “A purga é especialmente importante porque não só limpa a mangueira, mas evita que o líquido e o gás residual contidos nela passem pelo circuito do equipamento, automaticamente aumentando a vida útil dos filtros e do próprio aparelho. Isso também diminui o tempo de espera entre um teste e o outro, já que, com a purga, o residual cai rapidamente. Se não houver a purga, o aparelho ficará ligado tentando eliminar o residual sozinho e demorará bem mais até o próximo teste”, detalha.

 

A Inspeção Ambiental Obrigatória cobra atenção do reparador aos detalhes que muitas vezes são ignorados e exige investimentos em equipamentos que até então não eram necessários. Entretanto, é uma oportunidade fazer a sua oficina ganhar em relação a qualidade, produtividade e faturamento, com o aumento da demanda pela manutenção, tanto preventiva quanto corretiva, visando a aprovação. Lembre-se que a conscientização pela redução de emissões de poluentes é prioridade dos governos e do setor, ou seja, a Inspeção está longe de ser um modismo, mas, sim, veio pra ficar.

 

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Mais informações: Alfatest – PABX (11) 2065-4700

Entrevista: Faculdade de mecânica

Diretor da Escola SENAI-Ipiranga, Fabio Rocha da Silveira, conta como vai ser o novo curso superior de tecnlogia lecionado na unidade e voltado para mecânicos. Eles serão formados em Tecnólogos em Sistemas Automotivos, vão ganhar em aprendizado para desempenhar suas funções no trabalho e serão mais valorizados e melhor qualificados

 

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Revista O Mecânico: A escola SENAI-Ipiranga está iniciando no próximo ano o curso superior com especialização em mecânica automotiva. De onde partiu esta ideia?
Fabio Rocha da Silveira: A idéia inicial surgiu da parceria SENAI-SP com o Ministério da Educação da França, Ministério da Educação do Brasil e Empresas Peugeot e Citroën. A parceria previa a cooperação para estruturação do Curso Superior de Tecnologia para formação de profissionais para o segmento de serviços automotivos. Esse tipo de formação existe em diversos países da Europa, mas no Brasil é inédita. Para definição do Perfil Profissional do Tecnólogo em Sistemas Automotivos que é a base para elaboração do Projeto Pedagógico, o SENAI-SP constituiu um Comitê Técnico Setorial composto por representantes das diversas empresas da cadeia automotiva, representantes de sindicatos e associações e especialistas da área tecnológica.

 

O Mecânico: Como se chama e como vai ser administrado o curso?
Fabio: O título é: Curso Superior de Tecnologia em Sistemas Automotivos. O SENAI-SP é a entidade mantenedora da Faculdade de Tecnologia SENAI Conde José Vicente de Azevedo. As aulas serão presenciais e no primeiro momento, no período noturno, organizado em seis (06) semestres letivos. A oferta dos cursos está diretamente vinculada ao novo perfil das empresas, que adotam cada vez mais estratégias visando a competitividade. O grande diferencial do SENAI-SP para se manter sintonizado com essa realidade é a criação de comitês técnicos setoriais, com representantes da indústria, dos sindicatos, dos educadores e dos tecnólogos, para a elaboração do currículo

 

O Mecânico: Quais são as disciplinas e a carga horária?
Fabio: O curso possui uma carga horária de 2800 horas, sendo 2400 horas da fase escolar mais 400 horas de estágio supervisionado. É composto pelos seguintes Componentes Curriculares: Comunicação Oral e Escrita, Matemática, Física, Sistemas Mecânicos Automotivos, Materiais Automotivos, Sistemas Estruturais Automotivos, Sistemas Eletroeletrônicos Automotivos, Eletroeletrônica, Infraestrutura de Serviços Automotivos, Fundamentos da Administração, Gestão de Recursos Financeiros, Gestão de Recursos Humanos, Gestão de Processos de Pós-Venda, Manutenção de Sistemas Mecânicos Automotivos, Manutenção de Sistemas Estruturais Automotivos, Manutenção de Sistemas Eletroeletrônicos Automotivos, Inspeção de Sistemas Automotivos, Instalação de Sistemas Automotivos, Implantação de Negócios Automotivos e Desenvolvimento de Produtos Automotivos

 

O Mecânico: As inscrições para 2012 já terminaram, mas os candidatos podem esperar para cursar em outros anos?
Fabio: As inscrições para esse primeiro processo seletivo foram abertas no período de 07 à 30/11. Aqueles que não tiveram a oportunidade de se inscrever nesse processo podem acompanhar as informações do próximo processo seletivo nos sites: www.sp.senai.br/faculdades ou www.sp.senai.br/processoseletivo. O SENAI-SP está oferecendo ainda novas opções de curso superior em diversas áreas de atuação em cidades do estado.

 

O Mecânico: Os alunos terão aulas práticas e teóricas. Para isso, toda estrutura da escola será utilizada?
Fabio: O projeto pedagógico do curso foi estruturado conforme a metodologia de formação com base em competências. Haverá aulas conceituais e aulas práticas, muitas delas baseadas em situações com problemas típicos do setor de serviços automotivos. As aulas ocorrerão nos diversos laboratórios e oficinas que constituem a escola.

 

O Mecânico: O corpo docente está preparado para ministrar aulas de curso superior?
Fabio: O corpo docente das Faculdades de Tecnologia do SENAI-SP é formado por especialistas, mestres e doutores, que além do conhecimento científico, possuem profundo conhecimento prático, pois atuam efetivamente em atividade profissional relacionada à área tecnológica

 

O Mecânico: Para quem o curso é indicado e quem pode se inscrever?
Fabio: A legislação educacional brasileira prevê a universalidade do acesso aos cursos de graduação. Assim, o pré-requisito de escolaridade é a conclusão do Ensino Fundamental e a aprovação em processo seletivo. Ou seja, não é necessário ter conhecimentos ou experiências específicas. O curso é indicado para jovens e adultos, com ou sem experiência na área de serviços automotivos que buscam uma formação em nível superior para atuar nessa área.

 

O Mecânico: Em sua opinião, este curso é um marco positivo em relação à capacitação profissional do setor da reparação?
Fabio: Sem dúvida. A implantação desse Curso Superior para profissionais do segmento de serviços automotivos constitui um marco em relação à capacitação profissional desse setor. Há alguns anos, a única formação profissional nesse segmento era de nível básico. Há cerca de 15 anos houve a implantação do Curso Técnico em Manutenção Automotiva, formando profissionais em nível médio, e agora o mercado contará com profissionais formados em nível superior para o setor de manutenção automotivo, com competências para conduzir os processos de manutenção e gerir os recursos e desenvolver soluções tecnológicas aplicáveis ao setor de serviços automotivos.

 

O Mecânico: Como instituição de ensino, o que o SENAI acredita que falta para os profissionais?
Fabio: Em todos os ramos, o profissional deve ter a consciência de que o processo de formação é permanente. Ou seja, independentemente do nível de formação e atuação do profissional, ele deve permanentemente buscar formas de aperfeiçoamento e especialização profissional.

 

O Mecânico: O curso vai oferecer algum tipo de bolsa de estudos para ex-alunos ou população carente?
Fabio: O SENAI-SP possibilita, através de um programa próprio e inovador de financiamento, o acesso e permanência de alunos de baixa renda em seus Cursos Superiores de Tecnologia. Esse programa possui características especiais, das quais destacamos:

– Aluno beneficiado inicia o pagamento das mensalidades financiadas 6 meses após a conclusão da fase escolar do curso;

– Na época do pagamento, o valor da mensalidade será igual ao que estiver sendo praticado pelo SENAI-SP para o aluno ingressante no mesmo curso;

– Ao efetuar o pagamento, o aluno beneficiado anteriormente passa, indiretamente, a financiar o aluno atual;
O SENAI-SP concede ainda, benefícios para ajudar a custear a semestralidade do curso:

– Bolsa de Responsabilidade Social – destinada ao aluno com necessidade comprovada de auxilio financeiro;

– Bolsa de Monitoria e de Iniciação Científica – destinada ao aluno que se destacar pelo seu rendimento escolar e manifestar interesse em executar atividade de apoio à ação docente ou para desenvolver projeto de iniciação científica;

– Desconto financeiro de pontualidade.

 

O Mecânico: Quem se forma recebe qual título? Este profissional vai ganhar em quais sentidos?
Fabio: O profissional formado recebe o título de Tecnólogo em Sistemas Automotivos. Além do ganho no aprendizado para desempenhar suas funções no trabalho, o mercado tende a reconhecer e valorizar mais os profissionais melhores qualificados.

 

O Mecânico: No final, quem sai ganhado é a comunidade e o consumidor?
Fabio: Com a implantação desse projeto, acreditamos que todos ganham. A comunidade como um todo, que passa a ter disponível mais uma opção para formação profissional, o consumidor, que utiliza os serviços dos profissionais e de empresas dos mais diversos tipos de serviços automotivos, e as empresas, que poderão elevar o nível de qualificação dos seus profissionais aumentando a satisfação do cliente e garantindo a rentabilidade do negócio.

Especial: Boa reparação no ano que vem

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Um panorama de como foi o ano que passou no segmento da reparação brasileira, a opinião dos experts do setor e dos que viveram na pele um ano cheio de trabalho, os mecânicos. Que venha 2012!

Carolina Vilanova

Victor Marcondes

Arquivo

 

Tá cansado? Trabalhou bastante nesse ano, conheceu novas tecnologias, participou de eventos e colocou em dia a sua capacitação profissional? Então, pra você, o ano que passou já está com gostinho de missão cumprida. Afinal, foi um período bem movimentado no setor da reparação, não é mesmo? Se você aproveitou, parabéns! Podemos garantir que tanto você quanto o seu negócio cresceu. E se ligue que vem mais por aí. Se 2011 foi um ano bom para o nosso setor, as previsões prometem que os novos tempos serão melhores ainda.

 

Esse fenômeno de crescimento econômico que o Brasil vem vivendo nos últimos anos – lembre-se que nem a crise de 2009 abalou as estruturas tupiniquins – de alguma maneira refletiu num fortalecimento do segmento automotivo como um todo. Mesmo porque a indústria de veículos já era uma locomotiva da economia brasileira. Temos hoje, de acordo com dados do Sindipeças, uma frota circulante de 40 milhões de veículos (incluindo as motos) em todo o País e a estimativa é continuar crescendo 7 % ao ano.

 

Neste ano, por exemplo, foram produzidos 3,5 milhões de carros, e o Sindipeças fez as contas: a perspectiva é de que em 2015 a nossa frota circulante seja de 50 milhões de veículos. E esse crescimento está inserido em toda a cadeia automotiva, ou seja, não podemos esquecer que as oficinas mecânicas fazem parte da cadeia automotiva e deve acompanhar esse desenvolvimento do setor.

 

Vamos bater na tecla mais uma vez, que nunca é demais: por isso é que a atualização é tão importante para o mecânico. Aproveitar esse aquecimento e aumentar o fluxo de veículos na sua oficina, traduzindo: ganhar dinheiro. Além do aumento da frota circulante, existem alguns fatores que ajudam a incrementar o movimento nas oficinas: a inspeção veicular e programas de incentivo à manutenção, como o Carro e Caminhão 100%, são os principais.

 

“Percebemos que a preocupação com a manutenção preventiva tem aumentado consideravelmente no Brasil. De 2005 para 2010, houve incremento de 10 pontos percentuais. Isso significa que o motorista está levando o veículo à oficina para fazer revisão. Dados da Gipa revelam, por exemplo, que, em 2010, 54% dos veículos com cinco anos de uso foram à oficina fazer revisão preventiva, enquanto que, em 2005, esse índice era de 44%”, avalia Antônio Carlos Bento, coordenador do GMA – Grupo de Manutenção Automotiva, e vice-presidente do Sindipeças.

 

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Bento, do GMA, acredita no crescimento do setor

 

E se estamos produzindo cada vez mais carros, e tem mais fábricas chegando no nosso pedaço, isso significa que a reparação vai acompanhar esse tempo e seguir crescendo. Então, se preparar tecnicamente é essencial para atender a essa demanda que está chegando e fazer o seu negócio crescer. Então, mecânicos de plantão, aproveitem! O mercado está para a reparação.

 

“De acordo com nossas pesquisas, fazemos uma conjuntural a cada 3 meses, o mercado cresceu perto de 11% entre Setembro de 2010 e Setembro de 2011. Nossa aposta de crescimento, feita no ano passado, está se confirmando, de acordo com essa pesquisa”, esclarece Bento.
Ainda de acordo com dados do Sindipeças, o mercado de peças de reposição está crescendo em média 10% ao ano, e isso se deve principalmente ao aumento da frota circulante nos últimos anos. A previsão para o fechamento de 2011 é de continuidade desse índice.

 

Antonio Fiola, presidente do Sindirepa-SP, concorda com essa previsão. “O setor de reparação de veículos continua aquecido por conta da inspeção ambiental veicular e também pelo aumento da frota circulante. Devemos chegar ao patamar de 2010, quando as 92.100 oficinas espalhadas pelo País registraram faturamento de R$ 29,3 bilhões em 2010, o que representa incremento de 24,7% em relação ao resultado de 2009 e o melhor desempenho do setor nos últimos seis anos”, afirma.

 

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“Precisamos estar preparados e capacidados”, diz Fiola

 

Fiola afirma que o maior volume de veículos se concentra na região sudeste do País com 55% do total da frota, sendo o Estado de São Paulo com 35%, Minas Gerais 11% e Rio de Janeiro 8%. Os estados do sul também têm grande volume de veículos: Paraná acumula 8,4% e Rio Grande do Sul 7,9%.

 

Ele também atenta o mecânico sobre assuntos relacionados com gestão do negócio, capacitação dos profissionais e investimento em equipamentos. “É preciso estar atualizado para atender as novas tecnologias que são aplicadas nos veículos. Se por um lado o setor está em um bom momento, o empresário tem esses desafios para enfrentar”, complementa.

 

Para Bento, é fundamental que o trade da reposição fique atento às movimentações do mercado, principalmente às investidas de novos entrantes que estão modificando o desenho e a abordagem ao consumidor final. “Atravessamos um momento um tanto turbulento provocado pela crise européia. Os seus efeitos nesta parte do globo ainda são um tanto nebulosos. Deixando isso, momentaneamente, de lado, acreditamos que o ritmo de crescimento será mantido e impulsionado, principalmente, pelo aumento da frota circulante e pelos cuidados crescentes do motorista com relação à manutenção do seu veículo”, complementa.

 

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Na opinião dos reparadores

 

No ano de 2011, os mecânicos sentiram a pressão por atualização, mas nem todos viram crescimento de fluxo. Jerônimo Bastos, gerente técnico do Centro Automotivo AMB, de São Paulo, teve o ano agitado e acredita que os profissionais da reparação estão se atualizando cada vez mais. “Para facilitar essa busca do reparador, houve muitas palestras, feiras e eventos, e isso foi muito bom”.

 

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Jerônimo teve o ano agitado na oficina

 

Para ele a obrigatoriedade da inspeção ambiental foi algo positivo para as oficinas. “No meu centro automotivo houve aumento de 60% nas revisões preventivas. Antes os motoristas de carros mais novos não vinham fazer verificação. Agora há veículos até com dois anos de uso que passam por aqui antes de ir até a Controlar. Além disso, as oficinas tiveram que se adequar a essa realidade, comprando equipamentos modernos e atualizados para atender os veículos mais tecnológicos”, afirma.

 

“Para o ano que vem espero que a consciência do reparador continue a evoluir. Do ano passado para este ano já houve uma grande diferença, mas desejo que isso continue a aumentar. Mas fora do eixo Rio, São Paulo, Minas Gerais e Paraná, há muita carência de conhecimento técnico. Torço para que ações como a inspeção ambiental se alastrem por todo o Brasil, contribuindo para que a informação seja mais bem difundida em outras regiões”, complementa.

 

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Josmar sentiu que inspeção aumentou o fluxo

 

Já Josmar Boschetti, sócio proprietário e mecânico da Especializada Josmar, também da cidade de São Paulo, sentiu uma leve queda na sua oficina. “Comparando com o ano passado o volume de veículos que passou pela oficina foi menor. Infelizmente, ainda o motorista não se prepara para fazer manutenção preventiva. Neste final de ano, por exemplo, a situação está atípica com pouco carro fazendo revisão. Isso ocorre porque os carros estão quebrando menos em razão da alta tecnologia empregada, além da garantia das montadoras que está ficando maior e troca contínua da frota por conta da boa economia”, explicou. Mas concorda que a inspeção fez com que a oficina tivesse mais movimento.

 

Em relação à capacitação profissional, ele acredita que a constante mudança de tecnologia sempre foi a maior dificuldade dos profissionais da reparação. “Todo ano vamos em busca de informação, acessando bancos de dados como o CDI do Sindirepa. E isto não ocorre apenas no Brasil. Oficinas na Europa, como a Alemanha, sofrem com o mesmo drama. A única diferença é que recentemente eles conquistaram a Lei Montti, que obriga as montadoras a conceder informações aos reparadores independentes”, avalia Jormar, esperando que essa situação mude em breve.

 

Parabéns aos reparadores

 

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“O Dia do Mecânico é uma maravilha”, diz Jerônimo. “Todo aniversariante gosta de receber os parabéns pela sua data. Embora eu ache que esse dia tão importante deveria ser lembrado com mais carinho e atenção, principalmente por parte da mídia. Temos sempre que dar os parabéns para este importante profissional para a sociedade. Sempre vale soprar as velhinhas, desde que não sejam as de ignição!”, comemora.

 

Josmar também celebra: “o Dia do Mecânico é uma data para festejar a nossa profissão e honrá-la. É comum ter festas exclusivas para o reparador neste período, com certeza vou curtir junto da minha equipe”, finaliza.

 

Bom, o ano que vem está aí e muita coisa vai mudar e vai refletir em melhorias para o nosso setor. A certificação obrigatória de peças pelo Inmetro deve mexer um pouco com o mercado e o reparador deve tomar consciência disso se quer atender bem o seu cliente. Do mais, basta se dedicar e divulgar a sua oficina, que certamente os clientes vão chegar e voltar. Dê um bom atendimento que ele volta satisfeito e ainda indica você para os amigos. Vamos arregaçar as mangas e colocar em prática o que você aprendeu no último ano. Boa reparação para todos no ano que vem.

Substituição da sincronizadora no Fire 1.0

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Acompanhe as dicas de manuseio, troca e sincronismo do componente do motor 1.0 8V Fire Flex, que equipa os modelos populares da Fiat

Carolina Vilanova

Uma correia sincronizadora quebrada é certeza de dor de cabeça e prejuízo para o motorista. E o reparador antenado não deixa essa situação acontecer com o seu cliente, faz a manutenção preventiva no sistema de sincronismo, que custa muito menos do que reparar todo conjunto depois e ainda garante a segurança dos ocupantes do veículo.

 

A correia sincronizadora tem uma importante função dentro do motor do veículo, fazendo a ligação entre o virabrequim e o comando de válvulas de admissão e escapamento, de uma maneira sincronizada para que abram e fechem no momento exato. Assim, uma correia quebrada prejudica todo esse sincronismo entre virabrequim e comando de válvulas, que começam a se movimentar fora de alinhamento, e consequentemente, trabalhando os pistões fora de ordem.

 

É aí que um pequeno problema pode se tornar um problemão: válvulas e pistões podem colidir, causando o empenamento das válvulas e sérios danos ao cabeçote. E a dor de cabeça aumenta se a correia quebrar repentinamente, com o motor funcionando: o carro simplesmente para e vai precisar de um guincho para o transporte.

 

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Bom, mas isso pode ser resolvido, ou melhor, evitado se a troca da correia for realizada preventivamente no período estipulado no manual de serviços do carro. Além de ser um trabalho mais barato, ainda previne que outros componentes sejam danificados e a conta acabe saindo muito mais alta. É essencial que você oriente o seu cliente nesse sentido.

 

Para ajudar nessa tarefa, trazemos nessa reportagem o procedimento da troca da correia dentada e tensionador do Fiat Palio 2010/modelo 2011 com motor 1.0 Fire e equipado com ar condicionado e direção hidráulica. O manual do veículo indica esse trabalho preventivo aos 60 mil km.

 

“É importante, no entanto, fazer uma verificação com aproximadamente 15 mil km rodados, para avaliar o desgaste dos componentes do sistema. Devem ser checados o sincronismo, as polias, os tensionadores e a correia de acessórios”, alerta Julio César Zanin, assessor de Vendas e Serviços da Goodyear Enginereed Productos no Brasil

 

Ele chama atenção para outro fato: a má aplicação. “Se o mecânico não aplica corretamente uma correia, pode deixar o sistema fora de sincronismo, além de causar excesso de tensão nas correias, o que pode provocar a quebra prematura da correia”, afirma.

 

Troca correta

 

Fizemos a substituição da correia dentada com a ajuda do mecânico Edmar Aparecido Berenguer, da Dracena Auto Center, de Campinas/SP. Antes de iniciar é bom lembrar que o motor deve estar frio para facilitar o manuseio.

 

1) Comece retirando a capa de proteção do motor e todo o conjunto do filtro de ar, para não danificar a abraçadeira original do filtro.

 

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2) Remova, em seguida, o conector do respiro anti-chama e a mangueira de aspiração do canister.

 

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3) Retire agora a capa protetora da correia e o conjunto do elemento filtrante. Desconecte o sensor de fase para não danificar o componente

 

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4) Depois, com o carro calçado por um cavalete de segurança, retire a roda e a capa protetora do para-lama do veículo.

 

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5) Remova na sequência a correia da direção hidráulica, que é fixa por dois pontos, e o tensor. Esses parafusos não requerem um torque especifico na montagem.

 

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Obs: Todas as vezes que a correia for trocada, é recomendada a troca do tensor. De acordo com o fabricante, se a correia roda 60 mil km, conforme o manual, o rolamento tem um desgaste natural e pode comprometer o conjunto se não for trocado também.

 

6) Afrouxe o tensionador para remover as correias auxiliares, do alternador, do ar condicionado e da direção hidráulica.

 

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7) Remova agora a capa de proteção da correia por meio de quatro parafusos de fixação. Depois, retire o conector do sensor de rotação.

 

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8) Em seguida, tire a capa inferior da correia que está presa por dois parafusos.

 

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9) Retire a polia do virabrequim, presa por três parafusos. Na hora do aperto o torque é de 22Nm

 

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Obs: depois de retirar os componentes, é necessário fazer uma boa inspeção, tanto
nas correias quanto nas polias.

 

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Sincronismo

 

1) Antes de retirar a correia dentada, é necessário fazer a verificação do sincronismo. Para isso, comece retirando a bobina de ignição com o suporte, para que o eixo do comando de válvulas fique exposto. Sempre troque o anel de vedação do suporte da bobina, acoplado no cabeçote.

 

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2) Tire a vela do primeiro cilindro e coloque o relógio comparador dentro desse alojamento. Depois gire a polia do virabrequim no sentido horário até encontrar o PMS (Ponto Morto Superior)

 

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3) Depois, coloque a trava no cabeçote, gire o virabrequim manualmente até encaixar a o rasgo na ferramenta.

 

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Esquema de distribuição

 

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Substituição

 

1) Feito isso, podemos retirar a correia dentada, a começar pelo tensionador. Solte a porca no sentido anti-horário e retire a peça.

 

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2) O próximo passo é fazer a remoção da correia sincronizadora para a substituição.

 

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3) Certifique-se de que o retentor do comando não esteja com vazamento. Verifique ainda o estado da polia e a bomba d’água se não há vazamento ou folga.

 

Obs: Retire a correia nova da caixa apenas na hora da montagem e não esqueça de utilizar o produto correto para essa aplicação. Tome cuidado ao manusear, não dobre a correia.

 

4) Instale a correia no sentido da volta, passando primeiramente pelo virabrequim, polia de comando e tensionador.

 

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5) Coloque a ferramenta de tensionamento e gire o motor manualmente no sentido horário por duas vezes. Aperte a porca de fixação do tensionador com torque de 28 Nm.

 

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6) Gire o motor novamente e verifique o sincronismo. Reinstale as outras peças e aperte os parafusos da polia do virabrequim com torque de 22 Nm.

 

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Colaboração técnica: Dracena Auto Center
Mais informações: Goodyear (11) 4772-7550

Lubrificação de peso

Conheça as especificações dos óleos lubrificantes voltados para motores diesel, a importância de utilizar sempre a aplicação correta para determinado veículo e acompanhe a troca do produto num Kia Bongo K2500 TCI

Victor Marcondes

Divulgação

 

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Os mínimos cuidados com a lubrificação do motor de um caminhão jamais devem ser encarados como excessos. Afinal, o lubrificante é um dos principais responsáveis por manter o conjunto em perfeito funcionamento, pois reduz o atrito entre as peças internas, ameniza as altas temperaturas e protege contra ferrugens, corrosão, entre outras impurezas. Tudo isso para evitar que o caminhão em algum momento possa ficar parado, gerando prejuízos para o motorista ou frotista.

 

Segundo o instrutor do SENAI Vila Leopoldina, Fernando Landulfo, o óleo também tem a função de limpar o motor internamente e manter as impurezas em suspensão. “Outras funções do lubrificante são neutralizar os ácidos formados durante a combustão e auxiliar na vedação da câmara de combustão, servir como fluido hidráulico para acionamento de componentes como o tucho hidráulico e o variador de fase do comando de válvulas”.

 

Quando se trata de prevenção, são muitas as vantagens com a utilização adequada de lubrificantes. De acordo com Fabio Aubin, gerente da linha diesel Castrol Brasil, o óleo também auxilia na vedação da câmara de combustão, livra o conjunto de vilões como oxidação, lacas, vernizes, fuligem e neutraliza os ácidos formados. “Contudo, é importante ficar atento a outros detalhes do veículo, para evitar problemas de desempenho e gastos excessivos com manutenção e troca de peças”, reforça.

 

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Todos os lubrificantes levam em sua fórmula materiais químicos que juntos tem a função de conferir ou potencializar certas propriedades desejadas, assim como atenuar as que não são. Benício Silva, coordenador de Suporte Técnico a Distribuidores da Cosan, destaca alguns deles como detergentes, dispersantes e condicionadores de elastômeros. “Os lubrificantes de uma forma geral são compostos de 80 a 95% de óleos básicos, que podem ser minerais ou sintéticos, e 20 a 5% de aditivos”, detalha.

 

Para orientação dos aplicadores, existe uma classificação diferente para cada tipo de produto. As mais comuns que avaliam o desempenho do óleo são a API (American Petroleum Institute) dos Estados Unidos, e a ACEA (Association dês Constructeurs Eurepéens de l’Automobile) da Europa. “Os resultados são baseados em estudos realizados em motores, que passam por desmontagem e medições para a comprovação do desempenho necessário”, explica Sergio Luiz Camacho Viscardi, gerente técnico da Ipiranga Combustíveis e Lubrificantes.

 

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Ainda segundo ele, a classificação API é representada pela letra “C” seguida de uma segunda letra que, à medida que avança no alfabeto, amplia a performance exigida. “Já o ACEA é determinado de acordo com a tecnologia do motor avaliado. Para os motores de caminhões o desempenho ACEA é representado pela letra “E” seguido de uma numeração. Cada classificação ACEA determina uma aplicação e um tipo de óleo diferente.”

 

Normalmente se utiliza as classificações de desempenho API ou ACEA complementadas pela classificação de viscosidade SAE (Society Of Automotive Enginners). Segundo Landulfo, o órgão “define a faixa de viscosidade do lubrificante. Isso é tão importante quanto a classificação do desempenho. Um lubrificante com viscosidade menor ou maior do que a recomendada pode provocar queda ou aumento da pressão no sistema.”

 

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Além da aprovação destes órgãos internacionais, as montadoras também vêm adotando cada vez mais suas próprias especificações, conforme afirma Izabel Lacerda, coordenadora de qualidade de Produtos Automotivos da Petrobras. Para ela, é essencial levar a recomendação da fabricante na hora de escolher o produto certo para o caminhão. “Como existem vários tipos no mercado, o lubrificante a ser utilizado deve ser definido por meio das descrições contidas no manual do proprietário.”

 

Outro fator de avaliação para a escolha do lubrificante é o Peso Bruto Total (PBT) do caminhão. “O peso bruto está ligado à potência desenvolvida pelo caminhão e à severidade da operação. Normalmente, quanto maior é a potência, maior o consumo de diesel e maior demanda do lubrificante”, relata Mosart Campello, consultor de tecnologia de lubrificante da Shell.

 

Benício complementa dizendo que se o caminhão operar frequentemente no limite do PBT, e em condições ambientais adversas, provavelmente vai demandar uma maior potência de trabalho, exigindo mais do motor. “Nestes casos, podemos optar por lubrificantes sintéticos ou minerais de alto desempenho, que têm melhor resistência neste tipo de operação, evitando desgastes prematuros e prolongando a vida útil dos equipamentos”, recomenda.

 

Propriedades do lubrificante

 

Atualmente existem três tipos de óleos lubrificantes no mercado: minerais, semissintéticos e sintéticos. Muitas das propriedades são provenientes das características naturais existentes nos óleos básicos utilizados nas formulações. De acordo com Sérgio, ter óleos básicos de qualidade faz toda a diferença no desempenho do produto final.

 

Ele explica que os óleos sintéticos são obtidos a partir de reações químicas, e apresentam uma composição de moléculas mais uniformes, fazendo com que sejam muito mais estáveis. “Sendo assim, tem uma maior resistência à oxidação, podendo ser utilizado por um tempo maior que os óleos minerais convencionais”.

 

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Por outro lado, os óleos minerais convencionais dependem muito da qualidade do petróleo do qual são produzidos. “O petróleo possui uma composição com muitos resíduos indesejados, como enxofre, nitrogênio e os insaturados. Mesmo após vários processos de purificação não são totalmente retirados, assim os óleos básicos minerais acabam tendo uma composição química menos estável”, continua.

 

Também existem os óleos semissintéticos, que são uma mistura desses dois tipos de óleos. “Com a adição de óleo sintético ao óleo mineral é possível melhorar algumas características como, por exemplo, a resistência à oxidação, gerando um produto com desempenho intermediário, com um custo abaixo dos sintéticos”, conclui.

 

Apesar das especificações serem diferentes, o período de troca do óleo pode alterar por algumas variáveis, como utilização árdua do veículo. “Na substituição, o aplicador deve seguir a orientação do manual e quando não tiver procurar o fabricante para saber qual o intervalo de troca para veículo”, diz Fábio.

 

Outra recomendação das produtoras é que sempre que for feita a troca do óleo, um novo filtro também deve ser colocado. “Caso o filtro não seja substituído no prazo definido pelo fabricante, poderá ocorrer entupimento, uma vez que os particulados maiores em suspensão no óleo serão retidos no filtro. Assim, o componente acumula uma quantidade excessiva de compostos indesejáveis”, Izabel.

 

“Durante o ciclo de operação do óleo, são gerados resíduos que ficam retidos nos filtros. Podem ser da combustão como cinzas, fuligem, resíduos de oxidação do óleo, como também contaminantes externos (Sílica) ou partículas metálicas de desgaste das peças do conjunto”, complementa Benício.

 

Todas as fabricantes de lubrificantes reforçam que ao trocar o óleo haja muito cuidado para evitar contaminação do produto. Também é importante que o profissional que fará a substituição seja capacitado. Deve-se atentar sempre para as especificações de serviço e viscosidade recomendados pela montadora. Não se esqueça de utilizar luvas e óculos de proteção. A seguir, confira o passo a passo feito num Kia Bongo K2500 TCI diesel.

 

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Procedimento de troca:

 

1) Verifique a especificação e a quilometragem do óleo e do filtro que serão trocados.

 

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2) Levante o banco do motorista para chegar até o motor e retire a tampa de proteção.

 

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3) Retire a vareta de medição para avaliar se o óleo velho está no nível ou abaixo do ideal.

 

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4) Embaixo do veículo, solte o bujão do cárter com uma chave estrelada 17 e deixe o óleo escorrer sobre a valeta ou um recipiente adequado.

 

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5) Com o auxílio de uma chave saca-filtro, retire o filtro velho e faça o correto descarte. (5a)

 

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Obs: Enquanto o óleo é despejado, faça outras trocas que também são essenciais para a manutenção preventiva de um veículo.

 

6) Inicie com a substituição do filtro de ar. Destrave as abraçadeiras e jogue fora o filtro velho.

 

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Obs: Troque o filtro de ar a cada 10 mil km. Isto contribui para a redução do consumo de combustível e ajuda a manter o óleo limpo, além de prolongar a vida útil do motor.

 

7) Em seguida limpe a caixa com um pano, a fim de retirar as impurezas restantes. Coloque o filtro novo e fixe as abraçadeiras.

 

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8) Com a ajuda de uma chave philips, retire os parafusos que fixam o filtro de combustível. Recomenda-se também a troca deste filtro a cada 10 mil km.

 

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9) Solte o sensor indicador de água no combustível com cuidado para não danificá-lo.

 

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10) Com o auxílio de uma chave saca-filtro, retire o filtro de combustível e despeje o diesel restante num recipiente. (10a)

 

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11) Retire o sensor do filtro velho para adaptar no novo. Peça a ajuda de uma outra pessoa para que segure o filtro enquanto solta o componente com um alicate.

 

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12) Limpe o sensor com um pano e depois instale-o no novo filtro

 

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13) Encha o novo filtro com diesel antes de instalá-lo.

 

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14) Em seguida, aperte o filtro com o auxílio da chave saca-filtro.

 

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15) Coloque a abraçadeira com a ajuda da chave philips e prenda o sensor no respectivo suporte. (15a)

 

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16) Após o óleo lubrificante do motor ter escorrido completamente, faça o correto descarte, e instale o novo filtro com a chave saca-filtro.

 

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17) Com o auxílio da ferramenta específica, feche o bujão do cárter.

 

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Obs: Neste estabelecimento utiliza-se a troca de óleo inteligente Mobil. Trata-se de um sistema em que o produto é armazenado dentro de um barril e colocado no motor por meio de uma bomba eletrônica. De forma controlada, evita o desperdício, já que deposita apenas o necessário, além de ser mais barato.

 

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18) Faça o reset no sistema e programe com a quantidade ideal a ser colocada. Para o Kia Bongo serão necessários 5,5 litros de lubrificante.

 

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19) Feche o reservatório e, em seguida, ligue o motor. Isso fará com que o óleo circule pelo filtro.

 

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20) Depois verifique novamente com a vareta se o lubrificante ainda permanece no nível. Por fim, cole a etiqueta com os dados de orientação sobre a troca.

 

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Colaboração técnica: Castelo do óleo – Serviços Especializados

ZF amplia programa de relacionamento com oficinas mecânicas

A ZF anuncia que sue programa de relacionamento com oficinas mecânicas de todo o País, Parceria Premium Sachs, agora se chama Parceira Premium ZF e está mais abrangente ao incluir mais itens do portfólio ZF. Segundo a fabricante de autopeças, os proprietários de oficinas mecânicas que instalarem produtos ZF (embreagens das linhas leve e pesada Sachs, amortecedores da linha pesada Sachs, embreagens remanufaturadas da linha pesada Sachs R, e componentes de direção e suspensão Lemförder das linhas leve e pesada) poderão acumular pontos e resgatar prêmios variados entre eletroeletrônicos, ferramentas e vários outros produtos úteis para oficinas mecânicas.

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A iniciativa é da unidade de negócios da empresa para o mercado de reposição, ZF Services, que atende aos segmentos de automóveis, caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção. “O sucesso do Programa, nos levou a ampliar a ação para outros produtos do extenso portfólio da ZF Services”, diz Patricia Micolaiciunas, gerente de Comunicação ao Mercado da ZF Services.

Para participar do programa Parceria Premium ZF é necessário se cadastrar no site www.parceriazf.com.br ou pelo telefone 0800 777 0201

Volkswagen e Fluke apoiam a WorldSkills São Paulo 2015

A Volkswagen do Brasil e a Fluke estão entre as empresas fornecedoras de equipamentos para a 43ª WorldSkills Competition, a maior competição de educação profissional do mundo, que acontece pela primeira vez no Brasil de 11 a 16 de agosto. O evento irá reunir mais de 1,2 mil competidores, de cerca de 60 países, que vão participar de provas de conhecimento e habilidade relacionadas a 50 profissões técnicas da indústria e setor de serviços, incluindo Tecnologia Automotiva.

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Os competidores deverão realizar simulações de situações reais do mercado de trabalho e cumprir todas as tarefas dentro do prazo estabelecido e de acordo com os padrões internacionais de qualidade. A Volkswagen do Brasil irá disponibilizar 10 modelos (9 Tiguan e 1 Golf) e 22 carrocerias do up! que serão usados em quatro estações: “Prova de Transmissão”, “Prova de Eletroeletrônica Automotiva”, “Prova de Carrocerias” e “Prova de Teste de Airbag”. A Volkswagen também emprestará equipamentos e ferramentas para as realizações das provas, como 8 transmissões MQ 250, 6 marchas, 8 jogos de ferramentas para reparo e manutenção, 7 suportes de transmissão VAS, entre outros itens.

A Fluke disponibilizará suas ferramentas de teste que serão utilizadas em 12 categorias: Manutenção de Aeronaves, Tecnologia Automotiva, Refrigeração e Ar Condicionado (HVAC), Polimecânica/Automação, Manufatura, Usinagem em Torno CNC, Eletrônica, Instalações Elétricas, Sistemas de Controle Industriais, Robótica Móvel e duas habilidades de demonstração – Mecânica e Manutenção de Equipamentos Pesados.

Os melhores competidores em cada uma das modalidades serão premiados com medalhas de ouro, prata e bronze na cerimônia de encerramento, em 16 de agosto, no Ginásio Ibirapuera. Há ainda o prêmio Albert Vidal, dado ao melhor aluno da competição. Podem participar da WorldSkills São Paulo 2015, jovens de até 22 anos de idade, que passaram por cursos de formação profissional. Para disputar o título de melhor do mundo nas profissões que escolheram, os competidores passam por seletivas escolares e nacionais. Os que alcançam os índices técnicos internacionais garantem a vaga para a competição mundial, que aceita apenas um representante de cada país em cada ocupação. O Brasil participará desta edição da WorldSkills Competition com 56 Competidores. Desses, 50 são estudantes do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e seis do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac).

Conheça algumas das provas da WorldSkills no módulo de Tecnologia Automotiva:

Prova de Transmissão
Haverá a simulação de falha mecânica na transmissão de um modelo Golf. Para o conserto, os participantes precisarão desmontar a transmissão do veículo. O objetivo da prova é testar o conhecimento e o nível técnico dos jovens para desmontagem da transmissão e listagem dos componentes com defeitos.

Prova de Eletroeletrônica Automotiva
Com o auxílio de 8 Tiguan, a prova irá simular defeitos no sistema eletroeletrônico dos carros e desafiará os participantes para que, por meio de um equipamento de diagnostico VAS, verifiquem, interpretem e reconheçam os defeitos apresentados pelos veículos.

Prova de Carrocerias
Ao todo, 22 carrocerias up! participarão do teste de funilaria e troca parcial de componentes e peças de carroceria. Por ser um trabalho muito manual, o objetivo é testar a habilidade de utilização de ferramentas, medições, conhecimentos de procedimentos e processos de trabalho em funilaria.

Prova de Teste de Airbag
Um modelo Tiguan estará disponível para que os competidores efetuem a troca de uma unidade de controle do airbag, com o objetivo de realizar uma pré-codificação da unidade de airbag. O técnico precisará informar todas as características do equipamento para que a mesma possa alcançar pleno funcionamento.

As provas ocorrerão no Anhembi Parque (213 mil metros quadrados, abrangendo Pavilhão de Exposições, Sambódromo e Palácio de Convenções), em São Paulo, das 9h às 17h, entre 12 e 15 de agosto e será aberto para visitação gratuita do público. A expectativa é receber mais de 200 mil visitantes, além de competidores, técnicos, avaliadores e organizadores.

Piloto patrocinado pela Nakata vence duas provas no Brasileiro de Marcas

O piloto Guilherme Salas, da equipe Onze Motorsports, patrocinada pela Nakata, venceu as duas provas da quarta etapa do Campeonato Brasileiro de Marcas, disputada no Autódromo Internacional de Curitiba. Nonô Figueiredo, companheiro e chefe de equipe de Salas na Onze Motorsports, explica que o resultado é fruto de todo o trabalho da equipe e que a meta é ficar entre os 10 primeiros no campeonato. “Parabenizo o Salas que em uma largada fantástica chegou a segundo lugar após o contorno da curva”, declarou Nonô.

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Guilherme Salas é um jovem piloto de 20 anos que em 2014 conquistou o título do Campeonato Brasileiro de Turismo, se destacou no kartismo e nas categorias de acesso. “Trata-se de um feito inédito no campeonato e a Nakata pôde proporcionar essa emoção aos seus convidados, além de associar a marca à equipe e ficar em evidência na mídia especializada que cobre o automobilismo. Estamos muito satisfeitos com esta ação voltada ao esporte”, explica Sabrina Carbone, gerente de marketing da Nakata.

Com a quarta etapa, Nonô está na 9ª posição e Salas na 10ª na classificação geral do campeonato. O VT das corridas em Curitiba será exibido pela TV Bandeirantes, no dia 9 de agosto, das 12h30 às 13h30. Já a próxima etapa do Campeonato Brasileiro de Marcas está marcada para os dias 15 e 16 de agosto, no Autódromo Ayrton Senna, em Goiânia/GO.

Mercedes-Benz renova parceria para formação profissionalizante de jovens

A Mercedes-Benz do Brasil anuncia a renovação da parceria com o Lar Social Girassol, organização sem fins lucrativos e de utilidade pública, que visa fortalecer por meio de práticas educativas o desenvolvimento social e profissional de jovens com baixa renda, entre 15 e 24 anos. O projeto, segundo a fabricante de veículos, forma jovens nos cursos profissionalizantes de Assistente Administrativo e Tecnologia da Informática. Durante seis meses, de segunda a sexta-feira, os alunos frequentam gratuitamente as aulas, totalizando 400 horas no final de cada curso.

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Durante os dois anos de parceria com a Mercedes-Benz, a organização Lar Social Girassol atende jovens de diferentes locais de São Paulo/SP, como os bairros do Grajaú, Bororé, Parelheiros e Jardim Varginha. Todos esses participantes, no final dos cursos, recebem certificados validados pelo SENAI.

Para ingressar no Programa, os jovens passam por um processo seletivo que acontece nos meses de maio e outubro. Realizado em duas etapas, a primeira consiste em uma prova teórica com disciplinas diversificadas (língua portuguesa, redação, interpretação de texto, matemática básica e raciocínio lógico). Enquanto a segunda etapa é realizada individualmente, com uma entrevista junto ao professor do curso escolhido.

“Entre 2014 e o primeiro semestre de 2015, cerca de 300 jovens foram beneficiados pelo Programa. Nos próximos seis meses, outros 50 participantes deverão frequentar os cursos profissionalizantes”, afirma Carlos Ferreira Manaia, gerente de Recursos Humanos da Mercedes-Benz do Brasil. “Com essa iniciativa, nós queremos continuar ajudando os jovens brasileiros a se prepararem para ingressar no mercado de trabalho”.

Além do projeto junto ao Lar Social Girassol, a Mercedes-Benz apoia outros programas educacionais, como por exemplo o “Estrelas do Amanhã”, ação que também incentiva o desenvolvimento profissional de jovens aprendizes que ingressam na Empresa pelo CAMP – Centro de Formação e Integração Social ou pelo CIEE – Centro de Integração Empresa Escola.

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