Unibombas completa 16 anos de mercado com nova gestão

A Unibombas, fabricante de bombas de água e de óleo, está completando 16 anos de atuação no mercado de reposição. Além disso, a empresa mudou de gestão em maio de 2015, quando seu sócio fundador, Adalberto Nadur, adquiriu a totalidade das cotas da empresa.

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General Motors abre 120 vagas para estágios

A General Motors do Brasil está com inscrições abertas para o seu Programa de Estágio 2016, até o dia 31/08. São aproximadamente 120 vagas para estudantes de cursos superiores de diversas áreas, entre elas engenharia, marketing e vendas, finanças, administração, design, relações internacionais, comércio exterior e secretariado.

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Para participar do processo, o candidato deve estar cursando o penúltimo ou último ano em 2016. Além disso, deve ter disponibilidade para estagiar entre 4 ou 6 horas, bons conhecimentos de inglês e de informática. O programa pode ter até dois anos de duração. As inscrições devem ser feitas através do sitewww.chevrolet.com/br na seção Trabalhe Conosco no link:https://bit.ly/estagiogm  (buscar a palavra-chave “programa de estágio 2016”)

As vagas estão distribuídas entre as unidades que a GM possui em São Caetano do Sul/SP, Gravataí/RS, São Jose dos Campos/SP, Joinville/SC, Indaiatuba/SP, Sorocaba/SP e Mogi das Cruzes/SP. A empresa oferece bolsa-auxílio, auxílio transporte, alimentação, seguro de vida e serviço médico ambulatorial. Entre os benefícios está ainda a possibilidade do estagiário utilizar as dependências do clube GM e comprar veículos zero quilômetro da Chevrolet com desconto especial.

Eaton apresenta futuras transmissões no 13º Simpósio Powertrain

A Eaton apresentará duas novas linhas de transmissões para veículos comerciais, a ESO-6106 e a UltraShift PLUS MHD, durante o 13º Simpósio Powertrain, promovido pela SAE Brasil, que ocorrerá em Sorocaba/SP nos dias 10 e 11/08.

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De acordo com a fabricante, a linha ESO-6106, destinada a aplicações comerciais leves, é uma transmissão manual de seis marchas desenvolvida para uso urbano, cuja característica principal é a alta frequência das trocas de marchas. A plataforma já possui uma versão manual de cinco velocidades e terá uma versão automatizada de seis velocidades.

Já a UltraShift PLUS MHD, com 10 velocidades, automatizada, é voltada para uso em aplicações estradeiras em veículos comerciais médios e semi-pesados. A plataforma contará ainda com versões para aplicações vocacionais severas, como coleta de resíduos, construção e outras aplicações fora de estrada.

A empresa afirma que ambas as linhas foram desenvolvidas com o objetivo de atender às necessidades específicas das aplicações comerciais do mercado brasileiro, contando com soluções técnicas projetadas pela engenharia local.

Além da exposição dos produtos, a Eaton participará da grade de apresentações do 13º Simpósio Powertrain com seis palestrantes. “Como integrante do comitê da SAE Brasil, consideramos a realização desse evento extremamente importante para fomentar a engenharia nacional. Exploramos esse ambiente tecnicamente rico para analisar tendências e adotar novas práticas capazes de aprimorar nosso centro de desenvolvimento”, comenta Sérgio Kramer, diretor de Engenharia para o Grupo Veículos – América do Sul.

Audi lança nova linha A6 no Brasil

A Audi traz para o Brasil o novo A6 nas versões Sedan, Allroad e RS 6 Avant. As opções para o mercado brasileiro incluem motores 2.0 TFSI de quatro cilindros com 252 cv ou V6 3.0 TFSI de 333 cv, ambas com transmissão S tronic de dupla embreagem com sete velocidades.

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O motor 2.0 TFSI tem 370 Nm de torque, disponíveis entre 1.600 e 4.500 rpm. A unidade de dois litros, de baixo peso, com 1.984 cm³, acelera o novo A6 Sedan com tração dianteira de zero a 100 km/h em 6,7 segundos e o leva a uma velocidade máxima (limitada eletronicamente) de 250 km/h.

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Entre os itens exclusivos desse motor, a Audi destaca o sistema de dupla injeção – direta no interior das câmaras de combustão e multiponto no coletor de admissão. Dependendo da solicitação, os dois sistemas podem trabalhar juntos ou separadamente, proporcionando o máximo desempenho com reduzidos índices de consumo e emissões. O coletor de escapamento é integrado ao cabeçote e o motor traz ainda o exclusivo sistema de acionamento das válvulas de exaustão Audi Valvelift System (AVS).

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O motor 3.0 TFSI recebeu algumas alterações e agora desenvolve 333 cv e tem torque de 440 Nm entre 2.900 e 5.300 rpm. O V6 de 2.995 cm³ utiliza um compressor mecânico posicionado no interior do V entre as duas bancadas de cilindros para comprimir o ar na admissão. Uma nova embreagem eletromagnética desativa o compressor em situações de baixa e média solicitação e rotação do motor. Dupla injeção, comandos de válvulas de admissão e escapamento reguláveis e várias providências para reduzir o atrito interno são uma demonstração da tecnologia de eficiência da Audi.

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O câmbio S tronic de sete marchas é equipamento de série com os dois motores. Suas duas embreagens multidiscos operam duas subtransmissões independentes, similares em sua concepção a transmissões manuais. Elas atuam todo o tempo, mas apenas uma é conectada ao motor de cada vez. As marchas são trocadas pela intercalação das embreagens. Essa operação leva apenas alguns centésimos de segundo e a troca acontece sem interrupção perceptível da força propulsora.  No modo “efficiency” (eficiência) do sistema Audi Drive Select, que permite ainda escolher entre outros modos de condução como comfort (conforto), auto (automático), dynamic (dinâmico) e individual (no qual o motorista ajusta características de motor, transmissão, direção, entre outros sistemas, conforme sua preferência), a caixa S tronic ativa a função “roda livre” assim que o motorista tira o pé do acelerador, deixando o carro rolar sem interferência do motor.

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Viagem Segura: Invista na revisão orientando seu cliente

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Alertar o motorista sobre a importância de uma revisão nos componentes do veículo antes de pegar a estrada tem múltiplas vantagens: aumenta o fluxo de serviços na sua oficina, o faturamento com a venda de peças e, o principal, garante a segurança do seu cliente e de sua família

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As férias estão chegando e só passa uma coisa pela nossa cabeça: viajar! Aproveitar o verão, o delicioso clima tropical que o Brasil nos oferece, e curtir com a família e os amigos nosso merecido descanso depois de um ano de trabalho e estudos. Cada um escolhe o seu destino, o importante é pegar a estrada e acelerar rumo a um tempo diferente, longe da rotina e mais perto das coisas que nos fazem feliz. Não tem coisa melhor…

Importante, porém, é não transformar esse lindo filme de verão em mais um episódio de terror, do tipo “A Hora do Pesadelo”, com a cena trágica do carro do seu cliente quebrado na beira da estrada. Mas você, que é um bom profissional da reparação, tem consciência disso, quem muitas vezes não tem é o motorista, que sempre acha que “não vai acontecer comigo”. Então, previna o seu cliente e prepare ações para que ele vá até sua oficina.

 

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Em primeiro lugar, deixe o seu cliente saber que realizar manutenções preventivas é mais barato e garante a maior segurança para todos os ocupantes do carro. Além disso, ficar parado na estrada não é diversão para ninguém, principalmente, quando você e sua família estão ansiosos por chegar e aproveitar as férias. Um componente quebrado por falta de revisão pode prejudicar outros que trabalhem em conjunto. Aí, serão mais peças a serem trocadas e mais dinheiro saindo do bolso do motorista, sem necessidade.
Na época que precede as férias de final de ano, o empresário da reparação deve manter o seu cliente por perto, justamente para divulgar essas informações. Para isso, faça mala direta, contatos telefônicos, e-mail marketing e a divulgação boca a boca. Mas se você realmente quer atrair os clientes, use de ferramentas como promoções, pacotes fechados de peças serviços, facilidade de pagamento, descontos etc. Pense que se o fluxo aumenta, você pode não ganhar tanto de um só cliente mas terá vários para compensar.

Transparência com o cliente

É importante que você explique ao seu cliente a importância da revisão de férias com argumentos técnicos e bem fundados. Esses esclarecimentos além de mostrar para o seu cliente que na verdade ele poupa com a manutenção preventiva, também mostra transparência no negócio. Listamos os itens mais importantes a se checar antes de pegar a estrada e sugerimos alguns argumentos que podem lhe ajudar a convencer o seu cliente. Para isso, tivemos a ajuda do instrutor do SENAI-Vila Leopoldina, Fernando Landulfo.

” Óleo Lubrificante: É bom que o motorista saiba que o óleo vencido está contaminado com impurezas sólidas (metais e não metais) que desgastam as partes interna do motor e prejudicam o combustível. Impurezas diminuem ainda a viscosidade do lubrificante e, consequentemente, sua capacidade de vedação, proporcionando vazamentos externos e internos, fazendo com que o óleo passe pelos anéis do pistão, sendo queimado na câmara de combustão, aumentando a emissão de poluentes, e prejudicando o catalisador e a sonda lambda.

Impurezas também reduzem a capacidade do óleo de formar e manter o filme de lubrificação, podendo gerar atrito seco. Além disso, o combustível ataca os aditivos do óleo que protegem o motor. Óleo lubrificante que já passou da hora da troca está com seus aditivos exauridos. Logo, sua capacidade de proteção está muito reduzida. Isso sem falar na grande possibilidade de formação de borra, que entope as galerias de lubrificação causando graves danos ao motor, devido à exaustão dos aditivos antioxidantes.
Explique que óleo vencido não mantém a sua viscosidade constante, podendo interferir no funcionamento de tuchos hidráulicos e variadores de fase. Isso pode causar ruídos nas válvulas e perda de rendimento do motor. Veículos que trafegam só em cidade devem adotar o período de troca de óleo prevista para uso severo, devido as condições de trânsito pesado que exigem muito mais do lubrificante (misturas ricas e altas temperaturas). Ou seja, um prejuízo muito maior para o motor se a troca não for feita no prazo.

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” Filtros: É mais fácil esclarecer para o seu cliente como os filtros são fundamentais explicando um por um:

” Filtro de lubrificante do motor: Seu cliente deve saber que quando o filtro de óleo está sujo deixa de reter as impurezas sólidas geradas pelo funcionamento do motor (metálicas e não metálicas). Apesar da válvula de segurança impedir que o fluxo de lubrificante que vai para o motor seja prejudicado, mesmo quando o elemento filtrante se encontra totalmente saturado (entupido), o óleo que circulará não sofrerá filtragem, ficando cada vez mais contaminado. O motorista deve estar atento às condições de uso do seu veículo. Condições severas podem acelerar o desgaste do filtro do óleo, como tempo excessivo do veículo em marcha lenta. Recomenda-se atenção especial em cidades em que os congestionamentos são frequentes.

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” Filtro de combustível: Problemas neste filtro estão relacionados à má qualidade da gasolina, etanol ou óleo diesel. A recomendação é que o seu cliente fique atento à procedência do combustível, abastecendo o carro somente em estabelecimentos de confiança. Quando estão sujos, os filtros impedem o fluxo de combustível que vai para o motor, interferindo bastante no rendimento, além de prejudicar seriamente a bomba de combustível, podendo diminuir drasticamente sua vida útil. Em situações críticas um filtro saturado pode provocar a imobilização do veículo durante o seu uso.

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” Filtro de ar: A finalidade do filtro de ar é separar e eliminar as impurezas contidas no ar aspirado pelo motor e enviado para a câmara de combustão. Além disso, protege componentes internos do motor como camisa, anéis e pistão contra desgastes causados pela contaminação do ar. Esses desgastes fazem o motor consumir mais e queimar óleo lubrificante, emitindo mais fumaça pelo escapamento, e, consequentemente, diminuindo a vida útil do motor. As impurezas sólidas que entram no motor podem ainda contaminar o óleo lubrificante, transformando-o em abrasivo. Com isso, tem-se um aumento do desgaste interno e uma drástica diminuição da vida útil do motor.

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” Filtro de cabine: A qualidade do ar dentro do habitáculo depende muito do filtro de cabine, que separa as partículas por filtragem mecânica e eletrostática e impede também a passagem de odores de gases, melhorando o conforto interno do veículo. A substituição do filtro de cabine também mantém a integridade do sistema do ar condicionado. No caso de problemas com o filtro, pode haver a proliferação de fungos e bactérias que contaminam todo o sistema, gerando a necessidade de uma manutenção de alto custo em todo o sistema, incluindo a desmontagem do painel do veículo em alguns casos. Pode gerar mau cheiro, doenças respiratórias e alergias.

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” Velas e cabos de ignição: Alerte seu cliente que esses itens, se desgastados,provocam falhas de ignição e aumentam o consumo de combustível, a emissão de poluentes, diminuem a vida útil do catalisador e da sonda lambda, além de aumentar a carbonização interna do motor. Em casos extremos, interferem seriamente na dirigibilidade do veículo. Não realizar a manutenção preventiva pode resultar no aumento do custo de manutenção do veículo, pois pode danificar os cabos, bobina e até componentes como catalisador e sensor de oxigênio.

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” Aditivos: Explique ao motorista que são vários os aditivos automotivos que podem beneficiar o seu veículo, podendo ser adicionados no óleo do motor, na água do radiador e no combustível. A função desses aditivos é proporcionar ou realçar propriedades desejadas a fluidos, além de inibir propriedades indesejadas. Por isso, ele deve saber que manter determinados sistemas, como o de arrefecimento, devidamente aditivados, impede a corrosão das partes metálicas (bomba d’água, galerias internas, selos, sensores e válvula termostática), além de aumentar o ponto de ebulição do líquido e prevenir depósitos sobre sensores de temperatura que podem ter seu funcionamento mascarado. Tem-se então uma maior durabilidade dos componentes e proteção do motor. O mesmo ocorre com determinados diferenciais que necessitam de aditivação especial ao seu lubrificante, podendo ser destruídos caso não se faça uso deles.

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” Baterias: A bateria é o depósito de energia elétrica do veículo. Uma bateria ineficiente não permite o correto funcionamento dos sistemas elétricos e eletrônicos do veículo. Com isso podem ocorrer falhas de ignição de injeção (má dirigibilidade, aumento de consumo e emissão de poluentes) e funcionamento dos demais sistemas eletronicamente gerenciados que dependem de uma tensão de alimentação estável. Baterias que não mais acumulam carga forçam o alternador diminuindo a sua vida útil. Em casos extremos, o alternador pode ser seriamente danificado. Baterias que não acumulam carga, prejudicam o funcionamento do motor de partida. Além disso, podem induzir o condutor a fazer o motor pegar no tranco, o que pode tirar uma correia dentada de ponto ou danificar o sistema de transmissão. Da mesma forma, partidas com bateria auxiliar (chupeta), podem danificar o alternador ou o sistema de gerenciamento eletrônico do veículo se não for feita do modo adequando.

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” Sistema de arrefecimento: Se o seu cliente não quer ficar parado na estrada com o motor fervendo, explique que o principal fator que eleva o ponto de ebulição do líquido de arrefecimento, não deixando ferver em condições normais de funcionamento do motor, é a pressão de trabalho. Um sistema de arrefecimento que apresenta vazamentos não consegue manter essas pressões. Logo, o líquido pode ferver a qualquer momento, mesmo estando aditivado. Isso pode imobilizar o veículo e provocar a queima da junta do cabeçote ou maiores danos ao motor, como engripamento de saia do pistão junto ao cilindro. Por isso, mostre ao motorista que a verificação da pressão de trabalho, assim como a estanqueidade do sistema, é extremamente importante. O mesmo pode ser dito com relação à tampa do radiador (reservatório de expansão). Mangueiras ressecadas com o tempo de uso e que não são trocadas preventivamente, podem se romper a qualquer momento, imobilizando o veículo ou causando sérios danos ao motor (queima da junta do cabeçote). Abraçadeiras de mangueiras, cujo aperto não é verificado periodicamente podem se soltar, fazendo com que todo o líquido vaze. Resultado: superaquecimento do motor. Líquido de arrefecimento sujo, contaminado por ferrugem e sem aditiviação, tende a travar a válvula termostática, assim como, prejudicar o funcionamento da bomba d água. Além disso, prejudica a troca de calor do motor com o meio externo. A troca periódica do líquido previne esses contra-tempos.

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” Palhetas: Devemos ressaltar aos proprietários que as palhetas do para-brisas são itens de segurança e se não limpam corretamente, prejudicam imensamente a visibilidade em dias de chuva. Quando extremamente desgastadas, podem arranhar e inutilizar um para-brisa. A troca periódica das palhetas, que se ressecam naturalmente com o tempo, garante o bom funcionamento do sistema e seu cliente precisa saber disso, pois são componentes de baixo custo e alta segurança. Os aditivos de água de limpador de para-brisa ajudam na limpeza e proteção das borrachas das palhetas.

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” Lâmpadas: Também são itens de segurança e garantem a sinalização e a iluminação do veículo. As lâmpadas tendem a enfraquecer com o tempo, diminuindo a sua luminosidade (possuem vida útil). A troca preventiva evita queimas inesperadas. Lâmpadas mais fortes do que as originais podem prejudicar seriamente o sistema elétrico do veículo (fiação, chaves, interruptores e unidades de comando). Existem muitas marcas de lâmpadas no mercado, muitas delas de qualidade duvidosa, principalmente quanto à durabilidade. Por isso, explique para seu cliente que não adianta comprar produtos muito baratos pois não vão ter a durabilidade e a confiabilidade desejada.

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Desmontagem do câmbio do Chevrolet Celta

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Confira com exclusividade o diagnóstico e a desmontagem dos itens que compõem o câmbio manual F17, que equipa os carros populares da Chevrolet, Celta e Prisma com motores 1.0 a partir de 2004

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Um câmbio suave com engates precisos e sem solavancos, é isso que todo motorista procura quando o assunto é mudança de marchas manual. A manutenção da caixa, porém tem muito a ver com o modo de dirigir, de acionar a embreagem, de engatar as marchas com cuidado, etc. Qualquer barulho ou dificuldade devem ser levados em consideração e o mecânico muitas vezes tem que saber decifrar por sua própria habilidade o que tem de errado nesse conjunto que ainda continua o mais mecânico do carro.

Uma caixa de câmbio manual não tem manutenção preventiva, o que vale é orientar o seu cliente em relação à troca de marchas, para que ele faça de maneira suave, evitando arranhões e mudanças bruscas. “A GM não recomenda nem a troca de óleo, apenas em casos de vazamento ou retentor danificado”, comenta o instrutor do SENAI-Ipiranga Fabio Simões, que nos ajudou no procedimento. Ele afirma que com a embreagem em ordem, o câmbio tem a durabilidade da vida útil do carro, dependendo do condutor.

Nessa matéria, vamos mostrar como fazer o diagnóstico e a desmontagem da caixa de transmissão F17 Minus da linha Chevrolet Celta e Prisma equipada com o motor 1.0 litro a partir do ano de fabricação 2004. A relação de marchas depende de cada modelo.
Essa é uma caixa com menor peso e mais compacta, com motor, tração e câmbio no mesmo eixo. Os componentes são: árvore primária e secundária, engrenagens, rolamentos, luvas, anéis sincronizadores, garfos, hastes deslizantes e reténs (que travam a haste para não engatar duas marchas juntas).

A inspeção é feita quando o conjunto já apresenta problemas, seja a dificuldade no engate de uma ou mais marchas. “Quando escutar ruídos de rolamento e batidas de engrenagem ou tiver dificuldade de engatar, é preciso a intervenção do mecânico, mesmo que seja para uma revisão”, explica.

O mau uso da embreagem e andar com a mão apoiada na alavanca de transmissão também devem ser evitados, pois danificam os garfos de engate. Por isso, sugerimos que ao receber o carro o profissional dê uma volta para sentir como está o sistema e seus componentes. Se for detectado que o problema é no câmbio, comece tirando o conjunto do carro. Para isso, solte os parafusos e tome cuidado para não fazer movimentos na transversal em relação ao eixo piloto para não prejudicar o disco de embreagem. Coloque o conjunto num cavalete para apoio e tenha por perto uma bancada com morsa, uma prensa e as ferramentas necessárias, inclusive as específicas.

 

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Desmontagem

“Antes de começar os procedimentos, é importante que o mecânico coloque os equipamentos de proteção individual: óculos de proteção, luvas e sapato de biqueira de aço”, orienta Fabio. Atenção para a sequência de montagem, que é a inversa da desmontagem, respeitando os respectivos torques. Todas as juntas e retentores devem ser substituídos por componentes novos na instalação.

1) O primeiro passo é retirar os nove parafusos da tampa traseira e a própria tampa. A junta tem que ser trocada sempre que houver intervenção. O torque dos parafusos de fixação na montagem da tampa da placa retentora é de: (M7) = 15 Nm, (M8) = 20 Nm

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2) Agora, retire o conjunto da quinta marcha, começando pelo garfo. Com a ajuda de uma chave torx em L, tire os parafusos.

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3) Em seguida, remova o conjunto composto por luva e cubo, começando pelos anéis de travamento. (3a) Use o sacador T-0307002 encaixado na luva e, com uma chave 24 mm, solte o cubo da quinta marcha. A peça sai com o anel sincronizador e a engrenagem. (3b)

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4) Com a ferramenta T-0307002, continue tirando o conjunto da quinta marcha, que está no eixo secundário, retirando a engrenagem. Assegure-se do correto assentamento da ferramenta.

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Obs: Faça uma inspeção no anel sincronizador e verifique se as estrias de lubrificação estão em ordem, cheque também se os dentes não estão travando na engrenagem.

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5) Agora, remova o retém das hastes deslizantes, começando pelos parafusos, com o auxílio de uma chave allen 5.

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6) Os quatro reténs laterais devem ser desencaixados com a ajuda de um martelo corrediço (deslizante) universal (M-680770). A instalação é feita com um martelo de borracha.

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7) Para ter acesso ao trambulador, retire os quatro parafusos torx de fixação. Tire todo o conjunto e não se esqueça de trocar a junta na montagem, além de aplicar torque de (M8) = 20 Nm.

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8) Retire a placa retentora do conjunto de engrenagens por meio dos cinco parafusos, use uma espátula e tire o conjunto todo, juntamente com o garfo e a engrenagem da ré.

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9) Antes de começar a desmontagem, coloque o conjunto num suporte adequado para apoiá-lo na morsa.

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10) Com a peça na morsa, utilize uma chave allen para sacar o retém da haste deslizante de terceira e quarta, e retire a garra conectora.

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11) Agora vamos tirar os três pinos elásticos dos garfos. Use um apoio de madeira para evitar empenamento na a haste deslizante e bata levemente com um martelo e uma chave pontuda no pino elástico para sair.

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12) Vire a posição do conjunto para a retirada de mais um retém, que tem a função de não engatar duas marchas juntas.

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13) Em seguida, retire a haste deslizante de primeira e segunda marchas, que já teve o pino elástico removido. Retire depois a haste deslizante de terceira e quarta.

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14) Faça agora a remoção dos garfos, desencaixando-os do conjunto. Inspecione o apoio onde o garfo corre na luva. A função do garfo é deslocar a luva contra a engrenagem para fazer engate, então essa parte tem que estar em ordem ou a peça deve ser substituída.

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15) Solte a trava do rolamento do eixo primário, com o auxílio de um alicate de remoção de trava.

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16) Com a ferramenta especial T-0307000, um sacador e colocador de transmissão, faça a remoção do conjunto do trem de engrenagens e pista do rolamento da 5ª marcha.

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17) Coloque o conjunto na prensa e comece a colocar pressão, até os dois eixos soltarem da placa retentora de rolamentos.

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18) Na sequência, coloque o conjunto de volta na bancada e cuidadosamente remova a placa retentora de rolamento.

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19) Desencaixe os dois eixos de transmissão. No eixo primário, inspecione as engrenagens integradas e se houver deformidades, troque o eixo completo.

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20) Retire o rolamento do eixo primário, começando pela trava, e depois, com a ajuda da prensa, use um extrator para sacar o rolamento. O eixo sai por baixo e o rolamento fica livre.

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Obs: Inspecione também o estado de funcionamento do rolamento, se apresentar ruído ou folga e se não estiver girando livremente, deve ser substituído.

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21) Comece a desmontagem da árvore secundária, tirando primeiro a engrenagem de primeira marcha, posicione a ferramenta 6-9604356 e faça a pressão com a prensa. Cuidado para o conjunto não cair no chão.

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Obs: Tome cuidado, pois tem que estar tudo em ordem para montar o conjunto: engrenagem, rolamento de rolete e a arruela de calço. Tire os anéis sincronizadores do tipo tricone também para inspeção.

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22) Coloque o eixo na bancada e tire a trava da luva entre primeira e segunda com um alicate apropriado.

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23) Instale a ferramenta sacadora na engrenagem da segunda marcha para remover a luva e o cubo do conjunto da primeira e segunda marchas. Coloque na prensa e aplique a pressão para a retirada do conjunto.

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Obs: Faça uma checagem na luva e nos três reténs que fazem o travamento da peça. Olhe também o ângulo de entrada dos dentes (conhecido como telhado) para perfeito encaixe com a engrenagem.

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24) Tire o rolamento estilete da segunda marcha, que faz o apoio da engrenagem para não rodar ferro com ferro.

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25) Em seguida, remova o anel de retenção da trava de terceira marcha, em seguida, remova a trava.

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26) O próximo passo é desinstalar a terceira marcha, que sai com facilidade. Tire também o anel sincronizador da terceira marcha e o rolamento estilete.

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27) Retire a trava da luva da terceira e quarta marchas, comece utilizando o alicate tira travas. Depois, coloque o conjunto novamente na prensa com a ferramenta sacadora. Aplique a pressão até a peça soltar.

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28) Agora remova a engrenagem da quarta marcha e os dois rolamentos do tipo estilete.

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Obs: No eixo, inspecione se as pistas de rolamento não estão marcadas ou azuladas e se os dentes do pinhão não estão quebrados ou desgastados.

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Montagem do eixo

A montagem das peças é feita exatamente no processo inverso com as ferramentas específicas para cada passo. Coloque a engrenagem, o rolamento estilete, o anel sincronizador, o cubo e a luva. Encaixe o tubo de instalação 3-0207944, leve para a prensa e aplique a pressão. Repita o processo para cada conjunto de marchas.

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Retirada do diferencial

1) Considerando que o pinhão já foi desmontado juntamente com o eixo secundário, tire agora a coroa do diferencial. Comece tirando a tampa do mini carter do diferencial, que não tem sequência. Aplique torque de 30 Nm (Versão em chapa de metal) e de 18 Nm (Versão em liga leve) nos parafusos de fixação na montagem.

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2) Retire agora a trava da luva do diferencial, que costuma quebrar, então tem que tomar cuidado.

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3) Em seguida, tire a luva de pré-carga. Antes, faça uma marca tanto na carcaça quanto na luva para saber o posicionamento correto na instalação.

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4) Encaixe a ferramenta S-9407198 no anel do rolamento do diferencial para soltar a luva do diferencial. Use uma chave com cabo de força e retire a luva.

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Obs: Na luva, faça uma verificação no o’ring, na pista do rolamento e no retentor.

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5) Por último, retire a coroa. Não se esqueça de inspecionar os dentes e os rolamentos, para certificar-se do seu bom funcionamento.

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Obs: Ao trocar os rolamentos, deve-se fazer a regulagem da pré-carga por meio da porca de ajuste. Esse trabalho tem que ser feito sem o conjunto de trens de engrenagens, então é importante dar a pré-carga correta e travar a porca. Faça a leitura da pré-carga enquanto gira o diferencial, utilizando um torquímetro com escala de “0 a 600 N.cm” e a ferramenta especial S-9407197.

” Os rolamentos usados com
60 a 100 N.cm

” Os rolamentos novos com
150 – 210 N.cm
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Colaboração técnica: SENAI – Ipiranga

Instalação do diferencial blocante na Ford Ranger

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Confira nesta reportagem a instalação de um bloqueio de diferencial da linha ELocker numa picape Ford Ranger turbo diesel 2006 com tração 4×4

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Criada na 2ª Guerra Mundial com o objetivo de levar tropas e soldados a locais de difícil acesso, a prática Off-Road é encarada hoje como um esporte radical entre os adeptos. Por sua natureza desafiadora, a modalidade necessita de equipamentos de proteção, além de um veículo preparado para enfrentar as deformações nos diversos terrenos. E um dos responsáveis pela existência deste exercício está localizado no undercar: o eixo diferencial.

Este sistema foi uma necessidade dos veículos de variar a velocidade entre as duas rodas, interna e externa, durante as curvas. Formado por carcaça, coroa, pinhão, dois semieixos e caixa satélite, o mecanismo tem a função de dividir o torque emitido pelo motor em duas direções, e garantir que cada saída rode de forma diferente. O eixo é encontrado em todos os carros e picapes modernos.

Porém, com o desenvolvimento do conjunto, também foi preciso a fabricação de um bloqueio diferencial, exclusivamente, nos modelos que enfrentam trechos fora de estrada e trajetos com lama e areia. O problema geralmente surge quando uma roda atola e começa a patinar ou fica suspensa no ar, e o diferencial continua a repassar a mesma força para as duas, impossibilitando o automóvel sair da enrascada.

Foi por essa razão que apareceu o bloqueio de diferencial, que pode ser instalado tanto no eixo traseiro, como no dianteiro, ou em ambos. Apesar de existirem várias tecnologias no segmento de blocantes, nesta matéria o destaque será o Eaton ELocker, que equipou originalmente a linha Fiat Palio Adventure Locker, lançada em 2008 pela montadora italiana.

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A Eaton possui três tipos de bloqueio diferencial: Detroit Locker, totalmente automático; ELocker, 100% selecionável; e Detroit Truetrac, 75% deslizante limitado automático. “O Truetrac é parecido com os bloqueios originais nas picapes. Funciona com deslizante automático trabalhando com engrenagem sobre um eixo, influindo no deslizamento automático de cada roda”, explica Fernando Cesar Piton, gerente de vendas da Eaton

“O Detroit Locker é totalmente automático. Depois de instalado no veículo, ele traciona a todo o momento as duas rodas, com exceção das curvas, quando faz o desengate para não haver o arraste de rodas. O ELocker foi fabricado para carros que trafegam em trechos mistos, urbano e off-road. Há um eixo diferencial comum, aberto, e só funciona quando o motorista aciona o botão”, detalha Fernando.

De maneira técnica, o ELocker é um diferencial autoblocante de tração controlada, ligado eletronicamente por meio de um botão alocado no painel, e que pode substituir um diferencial tradicional para ganhar muito mais tração. Durante o uso diário ou dirigindo em estrada, o conjunto opera como um diferencial aberto.

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Segundo a Eaton, quando o sistema é acionado, uma bobina eletromagnética é energizada e um torque é gerado em uma placa de arrasto que aciona um mecanismo de rampa. O mecanismo de rampa, por sua vez, transforma força rotacional no movimento axial de um mecanismo de bloqueio.
O sistema engata em fendas ou linguetas na engrenagem planetária do diferencial e bloqueia a rotação da engrenagem planetária em relação à carcaça do diferencial. O resultado é tração quando necessária e um diferencial totalmente bloqueado.

O kit do ELocker vem completo de fábrica, com chicote, botão, tomadas e conexões do chicote e o corrugado, além do manual. “Antes da instalação, indicamos que o mecânico utilize os EPIs, como luvas, óculos e sapatos adequados”, recomenda Anderson José Alberti, analista de serviço de campo e assistência técnica da Eaton

De acordo com ele, o procedimento é relativamente simples, com remoção dos itens que serão reaproveitados do original. “As ferramentas são basicamente as disponíveis em qualquer oficina mecânica, como chave de boca, chave estrela, chave L e torquímetro, para que seja feito o torque indicado pelo fabricante do diferencial. Na remoção do conjunto original é preciso um dispositivo para sacar os rolamentos e uma prensa para colocá-los no novo diferencial”, diz.

O técnico afirma que não é necessária nenhuma adaptação, a não ser a passagem do chicote, que deve ser instalado de forma confortável para o motorista. “Cuidado para não deixar em algum lugar que force o rompimento do chicote nos obstáculos enfrentados pelo conduto.” A manutenção do diferencial é simples, segundo Anderson, basta fazer a troca do óleo, que é indicada a cada 50 mil km ou depois de passar por trechos onde o sistema tenha que submergir.

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Instalação do diferencial blocante

1) Desmonte o conjunto antigo completamente, iniciando pela tampa e escoando o óleo. Remova as oito porcas que fazem o travamento das duas pontas. Na sequência, faça o deslocamento das pontas para fora do sistema planetário, de ambos os lados. Por fim, com um relógio comparador, realize a conferência da folga axial do conjunto antigo para manter a folga entre coroa e pinhão na instalação do ELocker.

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2) Fixe a coroa no novo componente. Atente-se à sequência de aperto dos parafusos que deve ser feito em cruz, conforme a imagem ao lado. O torque deve ser no mínimo de 115 Nm e no máximo de 122 Nm.

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3) Com ajuda de uma prensa, faça a montagem dos calços do conjunto antigo, para manter a folga entre coroa e pinhão, e do rolamento cônico no ELocker. Inicie o procedimento colocando, primeiramente os calços, em seguida o rolamento e por fim o dispositivo de prensa. Faça isso nos dois lados.

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Obs: Não se esqueça de fazer as marcas nos lados que o rolamento foi removido.

4) Agora faça a raspagem e limpeza dos resíduos que impregnam na tampa, antes de recolocar o diferencial.

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Obs: O técnico recomenda que a retirada de sujeira seja feita com produtos não oleosos, como álcool, para que a cola mantenha sua característica de vedação.
5) Com o auxílio de uma furadeira, faça um furo na parte superior da tampa para que haja a passagem do fio do ELocker.

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6) Inicie a instalação do bloqueio já montado com rolamento e coroa no diferencial. Coloque as capas dos rolamentos antes da instalação do bloqueio no diferencial.

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Obs: Atente-se com relação a direção de instalação. O lado que tiver o ângulo maior deixe para dentro e o menor para o lado de fora. Para orientar a colocação, lembre-se que o chicote deve ficar para o lado de fora.

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Obs2: Preste atenção na lingueta que não pode ficar presa na carcaça, a fim de impedir o movimento eletromagnético do blocante.

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7) Na sequência, observe a posição das letras “M” nos mancais de fixação do sistema. Lembrando que no lado esquerdo a letra está na posição deitada.

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8) Encoste os mancais e com o auxílio de um torquímetro faça o aperto com torque ente 110 Nm e 120 Nm.

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9) Com um relógio comparador, faça a aferição da folga axial entre coroa e pinhão, que deve ficar entre 0,20 mm e 0,30 mm. Neste caso, a medida estava dentro do especificado pelo fornecedor do diferencial.

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10) Agora faça a montagem das duas pontas do eixo. Faça a guia da estria dentro da planetária e em seguida coloque as porcas e aperte-as com uma chave específica.

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11) Em seguida, passe o selante de silicone de cura neutra nas laterais da tampa para que seja feita a vedação.

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12) Coloque a tampa começando pela passagem do fio do ELocker e posicione-a no devido lugar. Parafuse a proteção com o torque específico da montadora do veículo.

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13) Faça a conexão do conector no chicote do sistema encaixando os plugs na peça preta que vem com o kit.

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14) Na passagem da fiação, tome cuidado para deixar o cabo numa região onde não haja contato com o solo, de preferência, acima da longarina. Encaixe o conector.

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15) A instalação do componente deve seguir a seguinte ordem: o fio azul deve ser conectado à ignição; o vermelho será ligado na bateria; e o preto será o de aterramento do chassi.

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16) Posteriormente, faça a ligação do chicote a dois conectores de fios machos que devem ser apertados logo após a colocação dos fios fêmeas.

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17) O botão pode ser instalado em qualquer local do automóvel. Nesta Ford Ranger, a preferência do proprietário foi no console.

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18) Por fim, faça o abastecimento do óleo de diferencial especificado. Aguarde a secagem da cola, antes de abastecer o conjunto com o óleo. Limpe o excedente.

 

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19) O veículo está pronto para enfrentar situações adversas e sair de qualquer obstáculo com rapidez e segurança.

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Mais Informações: Eaton (19) 3881-9331

Pilares do conhecimento

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Multinacional realiza programa de capacitação para jovens de baixa renda a fim de suprir a falta de profissionais no mercado de reparação de pesados. Dedicação e organização são algumas das bases do curso que tem atributos o bastante para chamar a atenção até do público feminino

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A profissão de mecânico automotivo, em geral, se inicia por uma curiosidade bastante comum àqueles que ingressam nesta área: desvendar a genialidade por detrás do funcionamento dos diversos motores e veículos lançados pela indústria. Uma paixão, frequentemente, passada de geração em geração e apoiada pela iniciativa de empresas, como a Auto Sueco, um grupo de origem portuguesa que atua no Brasil como concessionário de caminhões e ônibus da Volvo.

Desde 2009, a companhia tem investido cerca de R$ 300 mil por ano na formação de jovens profissionais da reparação por meio do Projeto Jovem Mecânico (ProJovem). Criado com o intuito de reter técnicos capacitados em razão da atual escassez do mercado, o programa qualifica adolescentes com idade entre 16 e 18 anos oriundos de comunidades carentes no estado de São Paulo.

Os candidatos são selecionados pelo Centro de Assistência e Motivação de Pessoas (CAMP Oeste), uma organização não governamental (ONG) parceira da Auto Sueco. A terceira turma, com 11 alunos, iniciou as aulas em agosto de 2011 e deve terminar em dezembro deste ano. “Parte do curso é ministrada em sala de aula, parte ministrada em laboratório e, nos últimos meses, após alcançarem a maioridade civil, estarão aptos a concluírem o restante do treinamento com práticas de oficina”, explica Jaime Ferreira, instrutor responsável pelo ProJovem.

O foco do programa é formar profissionais em Mecânica Diesel Básica. A carga horária completa é de 1.776 horas, divididas entre disciplinas como Metrologia, Motor, Transmissão, Freios, 5S, Ferramentas da Qualidade, Processos e Padrões Volvo, Garantia e Segurança no Trabalho. A empresa também fornece aulas de português e matemática. A ONG, por sua vez, tem a função de trabalhar o aspecto moral com palestras sobre noções de cidadania.

Durante o curso, os alunos são incentivados com o pagamento de um salário mínimo, além de benefícios como seguro de vida, vale transporte, cesta básica, refeição e convênio médico. No entanto, para abraçar a oportunidade, os estudantes devem estar matriculados no ensino médio.

Na seleção do atual grupo, o CAMP Oeste recebeu a inscrição de aproximadamente 145 jovens. “Após a verificação de pré-requisitos, como idade, situação orçamentária e social da família, restaram 45 jovens. Destes, 11 se destacaram e foram escolhidos através de dinâmicas aplicadas por profissionais da concessionária”, diz Alessandra Lima, Business Partner RH da Auto Sueco.

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De acordo com e empresa, já é possível observar os resultados do ProJovem pelo crescimento de profissionais dentro da companhia que passaram pelo programa. Dos 21 alunos das duas primeiras turmas, 15 ocupam vagas em várias áreas como oficina, almoxarifado e consultoria técnica.

Apesar do foco do curso ser mecânica diesel, Alessandra explica que os alunos podem ter oportunidades em outras áreas de aprendizado como a administrativa, comercial, marketing, recepção de clientes, garantia, apontadoria e ferramentaria. “A identificação do jovem com todos os processos presentes no negócio é essencial para sua formação”, diz.

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Para meninos (e meninas)

A Auto Sueco oferece estrutura necessária para o desenvolvimento completo dos estudantes, afirma Jaime. “Porém, a grande tarefa é fazer com que eles abracem a profissão de mecânico diesel com amor e dedicação, uma vez que, no início, esse universo da mecânica é desconhecido por eles”. Tanto empenho em ajudar os futuros profissionais, desencadeou também o interesse do público feminino. Do total de alunos, três são meninas.

Raquel Batista Soarez, 18 anos, decidiu se aventurar na área a fim de aprender algo novo. A poucos meses de se formar, demonstra que fez a escolha certa. “Gosto muito de receber informações sobre peças, ferramentas, especialmente, sobre o funcionamento do pistão”, diz. Para ela, a mulher está ganhando espaço nas oficinas por provar que não é sexo frágil e também pode pegar no pesado.

Depois de ouvir uma palestra a respeito de reparação no CAMP Oeste, a curiosidade de Joyce Ramos, 17 anos, sobre o segmento aumentou. Resolveu se candidatar ao ProJovem e, para sua surpresa, passou e recebeu total apoio da família. “Meus tios ficaram todos muito felizes, sem contar a minha mãe. A maioria dos meus tios mexe com reparação e outros são taxistas. Eles acharam interessante eu ser uma menina e entrar para o curso”.

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A pouca incidência de mulheres em oficinas foi uma das razões que motivaram Ana Carolina de Souza Bernardes, 17 anos, a buscar conhecer melhor o ramo. “Acho que essa profissão não pode ser somente de um sexo, tem que abrir oportunidades para todos que querem aprender”, analisa.

Do lado masculino, Diego Silva Bezerra, 19 anos, é um formado que participou da 2ª turma do ProJovem e hoje é Instrutor Trainee de Treinamentos Técnicos para os novos grupos do programa. Desde quando ingressou no curso, iniciou também de engenharia mecânica. “Alguma das coisas que eu aprendo na faculdade eu tento repassar para o pessoal aqui, para melhorar o conhecimento de todos”, diz.

Sobre o crescimento de mulheres no setor, ele acredita que o caminho seja a união dos sexos na oficina. “Acho bem empolgante ter mais mulheres na área. Com o gerenciamento eletrônico, hoje em dia, já não é tão necessária a força braçal como antes. Temos que trabalhar com diagnóstico, verificar o que o veículo precisa e depois reparar”, explica.

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Os alunos do programa da Auto Sueco podem se considerar privilegiados: além de mudar o próprio destino, ganharam a chance de encarar o mundo com mais maturidade, como demonstra Diego. “Se eu pudesse resumir o que eu mais gosto na mecânica seria o trabalho em equipe. Não há como um profissional saber tudo sobre reparação. Então o grande desafio é transformar todas as informações do grupo na solução do problema daquele veículo”, finaliza.

Para se candidatar ao processo seletivo, que normalmente se inicia na segunda quinzena de Novembro, segundo a empresa, o jovem interessado deve buscar as informações junto ao CAMP Oeste no site: www.campoeste.org.br.

Eletricidade: Sistema de controle da transmissão automática do Vectra

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Confira nesta edição o esquema elétrico completo do sistema de controle da transmissão automática do Chevrolet Vectra 2009, equipado com a caixa AF20
 
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Juntamente com as maiores exigências do mercado para que os carros fiquem cada vez mais equipados e confiáveis, a reparação independente tem que evoluir no mesmo nível. O mecânico tem que conhecer o carro como um todo e saber interpretar as diversas informações que lhe chegam às mãos; não apenas saber os procedimentos básicos.
 
Atualmente, a literatura técnica é tão importante quanto a ferramenta adequada para determinados procedimentos. Hoje, não há como instalar um aparelho de som com segurança em um automóvel se o esquema elétrico daquele modelo não for consultado. Como saber se determinado fio pode ou não executar a função de alimentação se o desenho do circuito não for consultado?
 
Nesta edição, disponibilizamos os esquemas elétricos do sistema de controle da transmissão automática do Chevrolet Vectra 2009, equipado com a caixa AF20 de quatro velocidades, fabricada pela AISIN. Além do diagrama, confira também a nomenclatura utilizada nos circuitos, conectores e interconexões nos esquemas da Chevrolet.
 
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Como interpretar os diagramas elétricos

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Controle da transmissão automática

 

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Como aproveitar as campanhas de manutenção preventiva

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Ações promovidas pelas entidades do setor de conscientização em relação à manutenção preventiva podem aumentar o fluxo de serviços na sua oficina, mas é bom estar preparado para quando o consumidor chegar

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Nosso setor é um dos mais fortes da economia brasileira. Juntas a indústria automotiva, a de autopeças e a de reparação, movimentam bilhões de reais todos os anos e a tendência é seguir assim. Chamamos esse três pilares da sociedade de cadeia automotiva, porque as empresas funcionam de maneira interligada, quando a coisa não está boa para um elo, todos se prejudicam e vice-versa. Um setor forte, que quando faz uma campanha se empenha para que realmente dê certo, e por sua vez acaba refletindo em todos os elos da cadeia.

Mas como em todas as áreas, é preciso aproveitar as oportunidades, os momentos e as ações que a indústria e as associações fazem em seu favor. No setor de reparação, em principal, as oficinas mecânicas podem muito bem se beneficiar de campanhas realizadas pelas entidades para ganhar em fluxo de trabalho e faturamento.

Uma das campanhas que mais se destacam e que pode gerar muito mais serviço para o estabelecimento de reparação é o Programa Carro 100%/ e Caminhão 100%,/Moto 100%, iniciativa do GMA (Grupo de Manutenção Preventiva) que conta com a assinatura do IQA (Instituto de Qualidade Automotiva) e apoio de todas as entidades do setor (Sindipeças, Andap/Sicap, Sincopeças e Sindirepa). Para que o empresário da reparação possa usar a Campanha a seu favor, veja as dicas do coordenador do GMA e diretor do IQA, Antonio Carlos Bento; e do auditor de Serviços do IQA, José Palacio.

“O projeto nasceu como proposta de conscientizar os motoristas sobre a prática da manutenção preventiva e, assim, reduzir o número de acidentes e salvar vidas, além do mais, a ação acaba gerando demanda para o mercado de reposição”, diz Bento. Ele explica que o programa trouxe diversas ações sustentáveis em várias áreas do nosso setor, como comunicação, capacitação profissional do mecânico, certificação de autopeças e atuação efetiva junto ao dono do veículo.

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Diretamente para os consumidores, o GMA mantém uma comunicação que faz a divulgação da campanha através de anúncios na TV, no rádio e em revistas, sempre enfatizando a segurança para os motoristas e os ocupantes do carro, que muitas vezes formam uma família. Além disso, o programa conta com um site (www.carro100.com.br) que reúne variadas informações e as vantagens da manutenção preventiva.

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Segundo Bento, estas e outras ações do programa fizeram crescer a preocupação dos motoristas com a manutenção dos veículos. Ele aponta dados da Controlar revelando que dos 1 milhão de veículos inspecionados nos primeiros cinco meses de 2012, 19,2% foram reprovados na primeira inspeção. Mas que desse número, 94,7% já corrigiram os problemas. O número de reprovações também caiu. Isso significa que os motoristas estão levando seus bens ao mecânico para que fiquem em dia em relação às revisões.

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Com o laudo em mãos, o destino é a oficina

Outra ação realizada por meio do Programa Caminhão 100% acontece nas estradas em parceria com a CCR Nova Dutra. Trata-se de um trabalho de pit stop que faz a checagem de vários itens de segurança de caminhões. “O objetivo do programa é conscientizar os motoristas sobre a importância da manutenção preventiva”, explica Palacio.

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Foram registrados nos últimos três anos mais de mil avaliações gratuitas em diversos pontos da rodovia, com a verificação de itens de segurança e da parte mecânica dos caminhões, entre eles, emissão de poluentes, cubos de roda, fluído de freio, barra de direção e vazamento de motor, etc.

“Depois de efetuado o check-up, os motoristas recebem um relatório com o diagnóstico dos itens checados em seu veículo e é orientado a procurar um mecânico. É onde entra o trabalho do profissional, estando preparado para realizar os serviços apontados na sua oficina”, aconselha Palacio.

Em outubro será lançado oficialmente o pit stop para automóveis, com a mesma finalidade: conscientizar os motoristas sobre a importância das revisões periódicas. No Check-up Gratuito Carro 100%, como é chamado, o automóvel passa por uma linha de estação automotizada para checar itens de segurança como suspensão, rodas, freios, fluido de freio e alinhamento de faróis. “A previsão é que em 6 horas de operação sejam inspecionados 70 veículos”, complementa Bento.

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Convencendo o cliente

Para que a campanha obtenha sucesso e, consequentemente, traga os benefícios para as oficinas, os mecânicos podem e devem ajudar na propagação da prática da manutenção preventiva. “Um bom argumento é que, além de ser 30%, em média, mais econômica do que a manutenção corretiva, prevenir a quebra é a maior garantia de segurança aos ocupantes do veículo”, diz Bento.

Se aos poucos o conceito de manutenção preventiva está mais consensual para o motorista, em função de segurança, menor custo e menos tempo perdido, o mecânico tem que estar preparado para atender esse volume maior. Por isso, a indicação de Bento é que estejam preparados em relação a equipamentos, ferramental e capacitação profissional para executar um bom serviço ao cliente. “Quem não se atentar para esse fato, vai acordar sem trabalho”, afirma Bento.

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Bento conta que parte do trabalho é feito em parceria com o SENAI, incentivando os fabricantes de autopeças a ajudar na capacitação dos mecânicos por meio de cursos de atualização nas escolas do SENAI.

Ele continua: “cada brasileiro tem o seu mecânico, aquele profissional que ele confia e leva o carro sempre que precisa. Então, o mecânico que entende o valor da prevenção vai orientar o seu cliente a fazer outros serviços se necessário. Por exemplo, o motorista leva o carro para trocar as pastilhas de freio, mas o mecânico faz uma inspeção em outros itens do carro que podem precisar de manutenção. Argumentando tecnicamente e com seriedade acaba fazendo mais uma venda e garantindo a segurança do cliente”.

Como diferencial de mercado, é recomendável ter uma certificação como a do IQA. “Nossa missão como instituto é difundir informações técnicas para o mercado, fomentar a qualidade no serviço de reparação e direcionar os empresários para as boas práticas no mercado, tanto no ramo de veículos leves ou pesados”, finaliza José Palacio.

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Mais informações: www.carro100.com.br

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