Ferramentas Automotivas: Um conjunto que topa qualquer parada

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A correta utilização das ferramentas automotivas é fundamental para o reparo pleno do veículo. Confira algumas dicas de como manuseá-las adequadamente e o que fazer com relação à garantia e conservação

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Por mais que a evolução já seja parte integrante da maioria das oficinas mecânicas, com presença de laptops e scanners, por exemplo, as ferramentas ainda são consideradas a alma do reparo automotivo. O estado de conservação e a forma de manusear esse conjunto tão importante podem tanto otimizar o trabalho do profissional como prejudicar o serviço a ser realizado.

Segundo a Tramontina, “existem muitas ferramentas específicas para a manutenção automotiva, como torquímetros, soquetes e acessórios, alicates para abraçadeira e anéis de pistão, chaves de roda, chaves de fenda, martelos chapeadores, chaves saca-filtro de óleo, entre outros. Essas ferramentas estão presentes na chapeação (funilaria) de uma lataria amassada, no aperto de um parafuso com torque preestabelecido, em uma troca de filtro de óleo, de abraçadeiras elásticas e até na simples substituição de um pneu”.

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O torquímetro é utilizado para medir o torque aplicado ao parafuso

 

A aplicação também pode variar de peça para peça, de acordo com o criador do conteúdo de marketing e manuais técnicos da Raven Ferramentas Especiais, Fernando Ferreira. “Determinadas ferramentas atendem poucos veículos, ao passo que outras podem ser utilizadas em um grande número de veículos de diversas montadoras”, explica.

Os profissionais consultados indicam que os cuidados com as ferramentas começam na hora de lançá-las. Ferreira conta que a Raven leva em consideração tanto a opinião do reparador como as sugestões gerais recebidas pelo serviço de atendimento. “Na pesquisa de satisfação que enviamos anualmente a um grande número de reparadores cadastrados, há um campo no qual o reparador pode sugerir novos produtos. Também levamos em consideração as solicitações de novos produtos recebidas diariamente pelo nosso suporte técnico”.

 

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Os diversos tipos de chaves são o “carro chefe” de qualquer oficina

 

A Tramontina detalha que a demanda do mercado por novos itens chega à fábrica por meio de promotores técnicos, equipe de vendas e distribuidores em geral, ou seja, através daqueles que têm contato direto com os usuários finais e com o mercado. “Sempre que inserimos um novo produto na linha automotiva, pesquisamos sua utilização com oficinas de manutenção e concessionárias, que realizam testes práticos com cada equipamento”.

 

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Fabricantes recomendam a leitura do manual até de ferramentas mais comuns, como a chave de roda

 

A precaução continua na hora de adquirir as ferramentas. De maneira geral, há distribuidores autorizados das principais marcas e, em alguns casos, técnicos especializados para explicar o manuseio de cada peça. No caso da Tramontina, por meio de contato pelo site, “o usuário pode ter acesso à estrutura de promoção técnica, composta por promotores e showrooms móveis que circulam pelo território brasileiro. São vans identificadas da marca, com a linha completa de ferramentas profissionais. Isso permite que o usuário conheça de perto a variedade e a qualidade”, afirma.

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Alguns trabalhos específicos só podem ser realizados com a presença de ferramentas especiais

 

As “pratas” da casa

Entre milhares de ferramentas automotivas, algumas acabam sobressaindo pela utilização em diversos tipos de manutenção e se dividem entre convencionais e especiais.

Entre as convencionais, a Tramontina destaca o torquímetro, utilizado para medir o torque aplicado ao parafuso; soquetes, que servem para afrouxar e apertar parafusos e porcas sextavados em locais de difícil acesso; alicates de uso específico, como para abraçadeira e anéis de pistão; chaves de roda; chaves de fenda dos mais diversos comprimentos, para apertar ou afrouxar parafusos de fenda simples ou phillips e a chave filtro de óleo, utilizada para remover filtro de óleo de caminhões e carros.

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Cálibre de lâminas de está no grupo de ferramentas automotivas

A Raven define as ferramentas especiais, ou automotivas, como as destinadas a reparos específicos em motores, transmissões, ou exclusivas para determinados modelos. Entre os exemplos, as lâminas de cálibre de folga, extratores e instaladores de polias, gabaritos posicionadores de eixos de comando de válvulas e o extrator terminal de direção e pivô, fabricada pela Raven para ser utilizada exclusivamente pelas picapes da Ford, Ranger e F-1000.

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Ferramentas demandam cuidados de limpeza e atenção a detalhes

 

A grande maioria dessas ferramentas, similares às utilizadas nas concessionárias, facilitam muito a vida do mecânico, que ganha tempo e qualidade no serviço. No entanto, alguns trabalhos específicos só podem ser realizados com a presença de ferramentas especiais, sob risco de danificar seriamente o conjunto que está sendo reparado. Logo, é de bom tom investir desse tipo de recurso, ainda mais se um determinado tipo de serviço é frequente na oficina. A compra em parceria também é uma opção para aquelas ferramentas mais caras e cuja utilização é menos frequente: a ferramenta é compartilhada entre várias oficinas.

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Fique atento às condições de uso e armazenagem

 

Durabilidade e manutenção

Por mais “nervos de aço” que as ferramentas possuam, elas, assim como os veículos, demandam cuidados de limpeza e atenção a alguns detalhes que podem influenciar em sua vida útil.

“A forma como é utilizada, ou seja, se o reparador tem conhecimento para usá-la e se segue o manual de instruções, a maneira como ela é armazenada e se na utilização ela é forçada ou utilizada em condições diferentes das quais foi projetada influenciam diretamente em seu estado de conservação”, aponta Ferreira, da Raven.

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Torquímetros devem ser calibrados conforme as instruções presentes no manual

 

Outra recomendação dos profissionais é dedicar uma atenção especial a cada uma das ferramentas da oficina, pois cada uma demanda um tipo de cuidado especial e, no meio de todo o estoque, pode haver aquela peça que precisa ser trocada. “O ideal é sempre substituir a ferramenta, assim que ela começar a apresentar sinais de desgaste ou rachaduras. No caso dos torquímetros, recomenda-se a calibração conforme as instruções presentes no manual”, ressalta a Tramontina.

A higienização das peças também é de extrema importância e deve ser feita de maneira adequada. “O mais importante na hora da limpeza é retirar sujeira, resíduos e óleos com um pano ou uma estopa seca. Em ferramentas como alicates, é indicada a lubrificação periódica das articulações”, aconselha a Tramontina.

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É preciso moderação na utilização de ferramentas com muito tempo de uso

 

Utilizar ferramentas enferrujadas ou defeituosas mais prejudicam do que ajudam. E esse dano não atinge somente o veículo.
“Uma ferramenta danificada, por estar fora de suas especificações originais, pode causar danos materiais e ao reparador, dependendo da peça e da situação. Determinadas ferramentas até podem ser reparadas, inclusive a Raven vende componentes avulsos de alguns de seus produtos. Outras, como chaves e soquetes, por exemplo, quando apresentam problemas não podem ser consertadas”, detalha Ferreira.

A utilização de ferramentas com um tempo muito grande de uso ou compradas usadas também deve ser feita com moderação. “As ferramentas usadas podem apresentar defeitos por mau uso, principalmente trincas que não são perceptíveis a olho nu, mas que podem comprometer o bom funcionamento do equipamento. Em alguns casos, podem até mesmo ocasionar quebras. Outro risco que podemos citar é a perda da dureza. Se a ferramenta tiver sofrido algum aquecimento excessivo, por exemplo, a resistência mecânica já terá sido comprometida”, lembra a Tramontina.

 

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Caso exista a demanda por orientações mais específicas, os usuários das ferramentas podem solicitar a visita de um promotor técnico

 

As marcas consultadas finalizam que, também como o automóvel, é sempre bom consultar o manual de instruções em caso de dúvidas. “Alguns distribuidores possuem conhecimento sobre as ferramentas especiais. Quando a ferramenta precisa de informações para ser utilizada, a Raven fornece um manual de instruções com a mesma”, fala Ferreira.

A Tramontina pontua que “a equipe comercial passa por treinamento técnico completo e participa de reciclagens periódicas para aumentar o conhecimento da linha e sanar possíveis dúvidas dos usuários. A partir do momento em que existe a demanda por orientações mais específicas, os usuários das ferramentas podem solicitar a visita de um promotor técnico”.

Suporte Técnico – Raven: (11) 2915 – 5000 | Tramontina: (54) 3461 – 7750

Análise do novo motor 1.4 da GM

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Adotado nos modelos Chevrolet Onix e Prisma, o novo propulsor 1.4 SPE/4 da General Motors é baseado no VHC e no Econo.flex, com soluções mecânicas diferenciadas para diminuir o atrito interno das peças móveis

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Engenheiros mecânicos são misteriosos e muitas vezes utilizam expressões que não estamos acostumados a usar na oficina. Por exemplo, você sabe o que é um motor eficiente? Vamos lá, segundo os gênios da engenharia, eficiência é a relação do que se gasta de energia e do quanto é usado para movimentar um carro. Quanto menos energia desperdiçar, mais sobra para movimentar o carro, ou seja, mais eficiente é o motor. Podemos simplesmente chamar isso de consumo? Sim e não.

O consumo está intimamente ligado ao veículo (peso, aerodinâmica, forma de utilização, etc). Um mesmo motor pode apresentar consumos diferentes quando instalados em veículos diferentes. Um motor mais eficiente é aquele que perde menos energia internamente (por exemplo, o atrito), gerando o mesmo trabalho mecânico com um consumo menor de combustível.

Por outro lado, temos que dar a mão à palmatória: os engenheiros também trabalham em prol de facilitar a vida do mecânico lá no pós-vendas, desenvolvendo novos produtos e pensando sempre em evoluir um componente ou sistema, para que numa eventual reparação o procedimento seja simples e rápido. Na concepção do novo motor da General Motors aconteceu isso: além de pensar em economia e eficiência, pensou-se também em simplificar o conjunto.

Projetado para equipar em primeiro momento os Chevrolet Onix e o Prisma, o SPE/4 (Smart Performance and Economy/4 cilindros) existe nas versões 1.0 e 1.4l. Tem como base o velho conhecido motor VHC (Very High Compression) e o Econoflex, mas com ainda menor atrito entre as peças internas, com menor massa, melhor controle de combustível e emissão.

Na nova construção, o SPE/4 ganhou em potência também, mas foi na eficiência que a engenharia da marca resolveu se concentrar. O que falamos no começo do texto: a relação do que se gasta de energia e do quanto é usado para movimentar um carro. Consequentemente, assim, se emite menos CO2 por consumir menos combustível.

“O aumento da eficiência aconteceu por conta do redução de atritos internos no motor e no rendimento volumétrico através da admissão e escape, ou seja, novos coletores, que melhoram o enchimento dos cilindros, reduzindo atritos internos, deixando o motor girar mais livre. Não mexemos no rendimento térmico, assim como na taxa de compressão, que ficou a mesma, 12:4”, explica o diretor de Engenharia de Powertrain da GM América do Sul, Paulo Riedel.

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Motores SPE/4 são baseados no VHC e no Econoflex

Segundo a marca, o novo motor trabalha com sistema de injeção sequencial com ignição independente por cilindro. Tecnologia vinda do Camaro, são quatro cilindros alimentados por uma bobinas individuais. Na visão da GM, isso resulta em menos trabalho ao motor e redução no desperdício da energia. Olha a eficiência aí de novo.

A equipe de Powertrain da GM redesenhou os comandos de válvulas, os blocos de sustentação, entre outros componentes do motor. Nesta matéria, passamos um pente fino no motor 1.4, que gera 106 cv de potência quando abastecido com etanol e 98 cv com uso exclusivo da gasolina. O torque máximo, com etanol, é de 13,9 kgfm a partir de 4800 rpm e 12,9 kgfm quando alimentado a gasolina, com mesma rotação.

Evolução dos componentes

A equipe de Powertrain da GM focou os trabalhos na redução de massa dos componentes, por meio do emprego de tecnologia de ponta e a utilização de materiais mais nobres, para reduzir ruídos. O uso da tecnologia de ponta para produção de peças comuns, em busca das melhores soluções eficientes de maneira simples. “O que é sofisticado nem sempre tem mais tecnologia, assim, conseguimos fazer um conjunto mais silencioso, com menor consumo de combustível, redução de poluentes e 2 kg mais leve que o Econoflex”, afirma o diretor.

1) Cilindros: receberam brunimento com uma malha mais fina, parte de um exclusivo pacote de redução de atrito desenvolvido com a mais moderna tecnologia mundial da GM.

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2) Pistões: foi reduzida a espessura dos anéis e a altura do anel superior em relação a cabeça do pistão. O formato foi redimensionado e foi usado um desenho que sobrevive sem a refrigeração com jato de óleo.

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3) Biela: do tipo forjada, é mais leve e mais longa. No Econoflex eram fundidas, ou seja, mais pesadas.

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4) Mancais do virabrequim: também tiveram o tamanho reduzido, além disso, foi adotado o ferro fundido nodular, um material mais resistente.

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5) Carcaça do comando: ficou maior e mais estruturada, permitindo melhor alinhamento dos mancais e reduzindo atrito.

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6) Comando de válvulas: é mais leve que o anterior e agora possui o sensor de fase integrado. Com disposição vazada e formato tubular montado, esse comando possui peças sinterizadas, e tem materiais diferentes em cada pequeno componente. Nesse processo, o comando novo ficou 700 gramas mais leve que o antigo.

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7) Tampa do cabeçote: combinado com a carcaça, incorpora a função de separar o óleo dos gases que vão para o blow by (provenientes do cárter).

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8) Bobinas: são integradas à tampa do cabeçote e individuais por cilindro, ajudando a ter uma disponibilidade maior de energia, ou seja, maior eficiência elétrica.

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9) Ressonador: tem as funções de atenuar a vibração e de melhorar o ruído de aspiração do motor. Associa a função de blow by, ajudando na expansão e tratamento dos gases que vem do cárter.

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10) Cabos de vela: mais curtos, todos são do mesmo tamanho. Logo, na manutenção não é necessário comprar um específico, o que melhora na hora do estoque da reposição. Transmite uma faísca por cilindro, ou seja, não tem perda de faísca.

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11) Cárter: estrutural em alumínio, a parte traseira tem a flange que casa com a carcaça da transmissão. O cárter incorporou o efeito “powertain bending”, que significa que o conjunto está em constante movimento, abaixando e subindo.

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12) Coletor de escape: passou de tubular para estampado. O design foi otimizado visando a eficiência de emissões. Sua função é aproveitar a maior área possível de uso do conversor catalítico para otimizar a reação. Esse modelo já é utilizado no Econoflex do Chevrolet Cobalt.

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13) Coletor de admissão: um dos objetivos para aumentar a eficiência volumétrica do motor foi deixar o design do coletor de admissão como um todo mais compacto. O acesso ficou mais fácil: basta remover o ressonador para ter acesso aos bicos injetores. É do tipo invertido, ou seja, foi colocado para baixo, diminuindo a quantidade de suportes, que além da redução de massa, fica mais simples.

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14) Corpo de borboleta: nesse item o sinal elétrico não tem mais contato mecânico, conferindo durabilidade infinita ao dispositivo.

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15) Virabrequim: para ganhar precisão na leitura do sinal do sensor de rotação e melhorar o conforto reduzindo a vibração do virabrequim, foi colocada a polia com damper, um amortecedor de vibrações torcionais.

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16) Componentes do sistema de injeção, ignição e monitoramento: sensores e o módulo System Zero, desenvolvido pela GM, que gerencia o motor através do torque.

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17) Trem de válvulas: do tipo Low Friction Valve Train, inglês para “Trem de Válvulas de Baixo Atrito”.

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18) Alternador: mudou de lado no motor, ficando mais longe do motorista, “depois do motor”. O objetivo é pegar o ar fresco para ter mais eficiência. O alternador tira 2 cv do motor, mas, com o novo posicionamento, ganha meio cavalo.

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O sistema de acessórios do motor como um todo (alternador, correias, compressor do ar-condicionado e direção hidráulica) foi invertido. Além disso, os suportes adotados são menores e mais simples, melhorando a ventilação de componentes que dependem da manutenção a uma determinada temperatura, segundo a engenharia da GM.

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Manutenção

De acordo com Paulo, todas essas modificações como um todo vão melhorar em termos de manutenção. “O primeiro ganho é consumo de óleo e nível de contaminação reduzido, mesmo sem mudar o período de troca, a vida do óleo vai ser maior, protegendo mais por mais tempo”, afirma.

O sistema da carcaça do comando, com blow by otimizado, age da mesma forma, removendo os contaminantes do óleo. O lubrificante usado nos motores é o global GM, desenvolvido pela própria fabricante de automóveis. O primeiro enchimento é feito com 5W30, semissintético, mas é um óleo fuel conserving (que economiza o combustível), ou seja, ajuda a baixar o atrito interno, consequentemente, reduz o consumo de combustível.

“O mesmo óleo é usado desde o Camaro até a S10. O objetivo é ter desempenho e eficiencia sem deixar mais cara a manutenção. O custo é o mesmo de um com menor eficiência. Tem o mesmo tempo de revisão”, finaliza.

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Renault inaugura oficina de serviços rápidos no Rio de Janeiro/RJ

A Renault do Brasil inaugurou uma unidade do Renault Minuto na Ilha do Governador, no Rio de Janeiro/RJ. Trata-se de uma rede de serviços de reparos rápidos que, de acordo com a empresa, promete comodidade, transparência e segurança.

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Segundo a Renault, a unidade inaugurada na Ilha do Governador é a primeira instalada na cidade do Rio de Janeiro, a segunda do estado e a 17ª instalada no Brasil. No Renault Minuto são realizados atendimentos que não ultrapassam a 2 horas.

Operações como revisões periódicas, troca de óleo, filtros, baterias, correias, reparos em freios, suspensão, pneus, conjunto de iluminação, sistemas de ignição, balanceamento e alinhamento, são apesentadas com preço fechado, além do cliente ter a possibilidade de acompanhar os serviços.

Magneti Marelli lança dois novos códigos de bandejas de suspensão

A Magneti Marelli Cofap Autopeças, unidade de negócios do grupo Magneti Marelli, anuncia o lançamento de novos códigos para bandejas de suspensão, ou braços oscilantes, para os modelos Renault Duster e Chevrolet Cobalt, Onix e Spin.

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Além da linha de bandejas de suspensão Cofap, item responsável pela conexão da roda ao chassi, a empresa conta também com uma série de outros produtos destinados ao sistema de suspensão automotivo: amortecedores, bieletas, pivôs, molas, buchas e coxins.

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Confira os códigos dos lançamentos:
BJC18144M / BJC18143M = Renault Duster 1.6 / 2.0 (11/…) com buchas, sem pivô.

BJC04142M / BJC04141M = Chevrolet Onix, Cobalt e Spin (12/…) com buchas, sem pivô.

Gates lança novo catálogo de produtos na Autonor 2015

A Gates estará presente na Autonor 2015, feira que acontece entre os dias 16 e 19/08, em Olinda/PE, e irá aproveitar o evento para apresentar seus novos produtos.

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A empresa afirma que mostrará mais de 100 novos conjuntos PowerGrip Kit que, em uma única embalagem, trazem a correia e o tensionador para motores das linhas leve e pesada.

Além dos kits, os visitantes da Autonor poderão conhecer mais de 400 itens avulsos que foram lançados recentemente pela Gates. Os produtos atendem aos principais automóveis, utilitários, caminhões e ônibus que passaram a fazer parte da frota nacional nos últimos anos.
A fabricante também distribuirá na Autonor seus novos catálogos automotivos unificados, para veículos leves e pesados, que reúnem todos os componentes disponíveis para cada aplicação.

Serviço
Autonor – Feira de Tecnologia Automotiva do Nordeste
Quando: de 16 a 18 de setembro, das 16 às 22h e 19/08, das 15 às 21h
Onde: Centro de Convenções de Pernambuco – Av. Prof. Andrade Bezerra, S/N – Salgadinho – Olinda/PE

Fabricante das baterias Heliar nomeia novo diretor de Operações Industriais

A Johnson Controls, fabricante das baterias Heliar anuncia Ronaldo Aparecido Alves como o novo diretor de operações industriais da empresa. Formado em processo de produção, com especialização em engenharia mecânica, o executivo tem passagens por empresas como Hengst Automotive, e ZF Sistemas de Direção, onde foi responsável pela implantação da planta da empresa na Índia.

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Atualização é a alma do negócio

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À frente de um Bosch Car Service há dois anos, o administrador de empresas Julio Cesar Elias conta com o auxílio da esposa, Maria de Lourdes, e do filho, Gabryel, para tocar o negócio e opina que a busca de inovação no meio de manutenção automotiva é fundamental.

 

Revista O Mecânico: O senhor é diretor comercial da AutoClínica Bosch, em São Bernardo do Campo/SP, oficina que segue padrões estabelecidos pela marca de autopeças. Conte-nos um pouco dessa história…
Julio: Tudo começou em 2012. Uma das exigências dessa parceria é a busca por inovação, o que, dentro do nosso mercado, é de extrema importância. Os veículos estão cada vez mais evoluídos e dotados de tecnologias, portanto, é fundamental se ter acesso a elas. O que a gente observa é que em um futuro, de curto prazo, os carros vão andar sozinhos. Nossa opção pela união com a Bosch é pelo fato de as grandes montadoras terem uma estreita ligação com a marca.

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Julio Elias (esq.) com o filho Gabryel, fazem o dia a dia da Autoclínica Bosch

O Mecânico: O senhor trabalha há mais de 30 anos no ramo de autopeças e oficinas mecânicas. Acha que o nome Bosch confere um outro tipo de peso ao seu estabelecimento?
Julio: Em alguns momentos sim. Sem dúvidas o logotipo da Bosch na fachada traz para nós um feedback e talvez um número de clientes maior. Mas ao mesmo tempo, também conta muito o atendimento. A pessoa pode entrar aqui, ser bem atendida e gostar ou não gostar do atendimento e não voltar nunca mais. A força da marca pode até conferir mais segurança, mas ela deve trabalhar em conjunto com a parte técnica, a parte administrativa e a parte comercial.

O Mecânico: A AutoClínica está instalada em uma região rodeada por outras oficinas. Uma, inclusive, bem em frente a sua. O senhor teme a concorrência?
Julio: Muitas pessoas já me perguntaram isso e a resposta é sempre a mesma: não. O estabelecimento aqui de frente existe há mais de 40 anos. Mas cada oficina tem o seu público, o seu foco e o seu jeito de trabalhar. Eu também tenho cada um desses itens. O importante é você fazer a diferença.

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Estabelecimento fica próximo a outras oficinas

 

O Mecânico: O senhor toca a oficina com o auxílio de sua esposa e de seu filho. Como é administrar um negócio em família?
Julio: O que nós tentamos aqui é mantermos um relacionamento profissional, embora não seja nada fácil. Cada um de nós tem a sua função. A Maria de Lourdes, minha esposa, cuida da parte financeira e administrativa. Já o meu filho, Gabryel, é responsável por toda a parte operacional. Ele comanda desde a entrada do carro à saída dele, além de contato com os clientes, orçamento e estoque.

O Mecânico: Quais os serviços realizados em sua oficina?
Julio: Trabalhamos com diagnósticos voltados para a suspensão do veículo, parte elétrica, sistemas de transmissão, direção hidráulica, ignição, troca de óleo… para resumir, serviços de mecânica geral. Aqui só não realizamos as partes de funilaria e pintura.

O Mecânico: Quais os problemas mecânicos mais comuns que vocês recebem na oficina?
Julio: Na maioria das vezes, recebemos o veículo para revisões periódicas, mas um problema bastante comum por aqui são os relacionados à injeção eletrônica.

O Mecânico: Há uma média de quantos veículos são atendidos mensalmente?
Julio: Mais ou menos uns 200 carros por mês.

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Serviços realizados incluem reparo de transmissão e direção hidráulica

O Mecânico: O senhor já notou outros problemas decorrentes de itens que passaram a ser de série, como airbag e ABS?
Julio: Pelo menos aqui na oficina tem vindo muitos exemplares do Fiat Uno, na versão Vivace, com problemas no airbag. Os casos relatados se referem à luz do item de segurança, que se acende a toda hora. O reparo se resume a uma atualização do software. É um problema frequente em modelos que não contavam com o airbag em seu projeto original e passaram a ter por essa obrigatoriedade.

O Mecânico: Quais os pontos positivos de se trabalhar no ramo?
Julio: O mercado em franca expansão e que te desafia todos os dias. O cliente de hoje cobra eficiência e, em muitas vezes, participa do reparo do veículo.

O Mecânico: E os pontos a serem melhorados?
Julio: Acho que por questão de tempo ainda falta um acesso muito maior a informações técnicas e outros cursos. O mercado de serviços anda mais rápido do que nunca e sinto que a nossa mão de obra não tem a mesma agilidade. A todo momento vemos anúncios de novos cursos, até de longa duração, mas infelizmente não tenho como me ausentar por um longo período ou ficar sem um profissional da oficina por dia. Os mecânicos daqui realizam os cursos técnicos promovidos pela Bosch pelo menos uma vez por ano.

O Mecânico: Na sua opinião, o que deve predominar na profissão e até no ofício do mecânico?
Julio: O eterno aprender. O nosso mercado está mudando intensa e rapidamente. Quem, há 25 anos, imaginava um mecânico trabalhando com um laptop? Hoje, a exigência é maior, os equipamentos são mais evoluídos e o nível de investimento só cresce. E tudo isso só funciona se o profissional também investir em conhecimento. De que adianta você ter nome no mercado, uma oficina bonita e limpinha e não ter um técnico? É a esse detalhe que o cliente se atenta quando sai daqui: se o conserto ficou bom ou se deixou a desejar.

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Diagnósticos mais comuns são relacionados à injeção eletrônica

Troca do filtro do ar-condicionado

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Acompanhe nessa matéria as dicas para manutenção preventiva do ar-condicionado e a troca do filtro secador no sistema mecânico do VW Santana 2.0 2006

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Mesmo acostumados com clima quente, os motoristas brasileiros nos dias de hoje sucumbiram ao conforto e ao frescor de um bom ar-condicionado. Tanto em casa quanto no carro, o uso do equipamento passou a ser essencial, inclusive por razões de segurança. O ar-condicionado integra o sistema de climatização do veículo e sua função é retirar o calor e a umidade do interior do veículo.

Inserido na parte eletromecânica do veículo, tem por objetivo permitir que o motorista ajuste a sua temperatura de conforto e, também garantir a segurança veicular. “Ao contrário do entendimento da maioria dos usuários, o sistema de ar condicionado não só inibe o ato de possíveis assaltos, mas é definitivamente reconhecida sua aplicação como item de ‘Segurança Ativa’, pois permite que a pessoa tenha melhores condições de dirigibilidade, por meio do controle de temperatura e umidade que ajuda a evitar acidentes”, explica o instrutor de treinamento da Royce Connect, José Roberto Rodrigues

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O circuito de condicionador de Ar é composto dos seguintes componentes:

Evaporador:

Localizado dentro do habitáculo do veículo (na caixa do climatizador), que por sua vez está atrás ou debaixo do painel do veículo. Recebe o fluido refrigerante, no estado líquido a baixa pressão, que absorve parte do calor do interior do veículo reduzindo a temperatura do habitáculo.

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Compressor:

Acoplado ao motor do veículo e movido através de uma correia. Sua polia possui uma embreagem eletromagnética controlada remotamente que permite o acionamento do compressor apenas quando necessário. Sua função é fazer circular o fluido refrigerante no circuito de climatização, sugando o fluido (no estado gasoso) na saída do evaporador e descarregando-o no condensador.

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Condensador:

Localizado na frente do veículo, geralmente na frente do radiador, tem como função dissipar o calor absorvido pelo fluido refrigerante no interior do habitáculo, liberando-o para o meio externo, mudando a fase do fluido de gasoso para liquido.

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Filtro secador:

Está localizado, dependendo do circuito, na linha de alta pressão (entre a saída do compressor e a entrada da válvula de expansão) ou de baixa pressão (entre a saída da válvula de expansão e a entrada do compressor), e, independentemente da posição, sua função é filtrar impurezas tais como as geradas pelo desgaste natural do sistema (compressor), além de absorver uma pequena quantidade de umidade que pode existir no sistema após um reparo.

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Dispositivo de expansão (válvula de expansão):

Sua função é reduzir a pressão do fluido, por meio da sua expansão (aumento de volume), e consequentemente a sua temperatura. Existem dois tipos: válvula de expansão termostática e tubo de orifício fixo (“canetinha”).

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José Roberto explica que são indicados dois tipos de manutenções para o sistema. “A primeira para aplicação de higienização, como a troca do filtro anti-polén ou pó, também conhecido como filtro de cabine. É recomendada a sua substituição em condições normais a cada seis meses, ou antecipada para três meses em regime severo, ou seja, locais com altos índices de poluição, poeira etc”, comenta.

Caso não seja aplicado o procedimento de troca do referido filtro, o sistema poderá apresentar deficiência no rendimento, pois, com o filtro obstruído, provocará a diminuição do fluxo de ar para cabine do veículo. Sem contar os danos à saúde por conta da proliferação de fungos e bactérias, fator que pode desencadear problemas respiratórios.

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Ciclo frigorífico do sistema de climatização de um veículo que possui ar-condicionado

 

Manutenção do sistema

A manutenção indicada neste caso, independente do modelo, é a troca do filtro secador, quer seja de linha de alta ou baixa pressão, e que deve ser feita a cada 2 anos. “A não observação desta manutenção causará saturação da peça, relacionada com a filtragem, impedindo que as partículas sejam retidas, tais como o desgaste natural do sistema que, em circulação, bem como a alta pressão no sistema, provocará danos no circuito, como entupimento do dispositivo de expansão, ou até mesmo avarias no compressor”, alerta.

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Desmonstração em corte do filtro secador

Outras manutenções corretivas dependem das características do defeito apresentado pelo cliente. “Se o veículo não está gelando, pode ser uma série de problemas. Para início do diagnóstico, comece verificando se há fluido refrigerante no circuito. Isso é feito com a instalação do equipamento conjunto de ‘manifold’ para checar se há pressão (fluido refrigerante). Depois, recolha o fluido e verifique a quantidade, e compare com a indicação do fabricante, iniciando o diagnóstico pela observação de falta ou excesso”.

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Manômetro (conjunto de “manifold”) utilizado no reparo do sistema de climatização

 

Ele esclarece que, dependendo do que se encontra a partir desta aplicação, passa a ser indicada uma determinada sequência para e correção do defeito. Por exemplo: se houver falta de fluido refrigerante, o vazamento deve ser localizado. Se houver excesso de fluido refrigerante, deve ser feita a correção da quantidade conforme a indicação do fabricante.

Vamos acompanhar a manutenção que envolve a troca do filtro secador de um Volkswagen Santana 2.0 2006. Para isso, use sempre os EPIs. Você também vai precisar utilizar uma máquina recolhedora e recicladora do fluido refrigerante.

 

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Máquina recolhedora de fluido refrigerante e óleo do sistema

 

Troca do filtro secador

1) Comece conectando o equipamento recolhedor de fluido refrigerante. Isso é necessário, pois somente com o sistema vazio e sem pressão é indicada a remoção do componente.

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2) Encaixe as mangueiras do equipamento recolhedor com as conexões de serviço do sistema condicionador de ar do veículo. Em seguida, acione os registros e observe através dos ponteiros dos manômetros que indicam se há pressão no sistema. Prossiga com o comando de recolhimento e a máquina irá retirar todo fluido refrigerante do circuito, que será reciclado, mas, por hora, será armazenado no cilindro do equipamento para reposição ao final da operação.

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Obs: Toda manutenção no sistema de condicionador de ar deve ser efetuada somente com o sistema despressurizado.

3) O próximo passo é remover as conexões elétricas do componente, que são pressostatos. Especificamente neste Santana, encontram-se no filtro secador.

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4) Em seguida, faça a soltura e remoção das conexões de entrada e saída do filtro secador.

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5) Durante o procedimento, é importante que as conexões junto ao filtro sejam imediatamente fechadas e isoladas, até a instalação de uma nova peça, evitando que o sistema permaneça aberto e exposto à umidade. Depois de remover as conexões, sele as pontas com filme plástico ou tampas apropriadas.

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6) Logo após, faça a remoção da fixação do filtro junto a longarina do veículo.

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7) Reserve o novo filtro secador, que deve estar hermeticamente fechado e pressurizado com N² (nitrogênio) e somente ser aberto no exato momento de sua instalação no circuito. Na hora da aplicação, o torque recomendado nas conexões da tubulação é de 25 Nm.

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Obs: Após a montagem, faça aplicação do processo de vácuo e depois retorne o fluido refrigerante reciclado de dentro da máquina na quantidade indicada pelo fabricante. Efetue também o teste de rendimento.


 

Mais Informações:
Royce Connect (11) 4434-8000

 

Entrevista: Nosso mercado está amadurecendo

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Novo presidente da ElringKlinger do Brasil, Fernando Petrolino fala sobre os desafios que assume à frente da fabricante de autopeças e, também, a expectativa de crescimento dentro do aftermarket nacional

 

Revista O Mecânico: Como foi sua trajetória profissional até alcançar a presidência da ElringKlinger do Brasil?
Fernando Petrolino: Iniciei minha carreira na Mastra Indústria e comércio LTDA em Limeira em 1988 como aprendiz do SENAI. Depois de 10 anos me transferi para a Tenneco Inc., produtora de escapamentos, iniciando a carreira como técnico em produto e, após 15 anos, finalizei minha carreira na Tenneco como Diretor de Vendas & Engenharia América do Sul. Em Janeiro de 2012 fui contratado pela Elring-Klinger para atuar como Diretor de Vendas & Engenharia Mercosul; em setembro de 2013 iniciei as negociações com a matriz assinando o contrato para a presidência em novembro 2013 e fui efetivado no dia 1º de julho deste ano.

O Mecânico: Quais são os desafios que a ElringKlinger e você terão que enfrentar a partir de agora?
Fernando: Manter o crescimento anual médio de 8% nos mercados OEM (original) e AM (reposição); manter os investimentos na área fabril mantendo a empresa atualizada tecnologicamente. Outro grande desafio é manter a equipe motivada, visto que temos um excelente grupo de trabalho com foco em resultados.

O Mecânico: A ElringKlinger do Brasil mantém sua fábrica em Piracicaba/SP. Quais componentes são feitos na unidade e qual a capacidade produtiva da fábrica?
Fernando: Somos a principal fornecedora de juntas de cabeçote do mercado nacional na área de OEM. A companhia produz por ano, em Piracicaba, 16 milhões de juntas automotivas e 8,5 milhões de chapas defletoras, além de mais de 1,5 milhões tampas plásticas para comando de válvulas de motor e juntas planas metal soft “Ferroflex”. Já a linha de reposição é representada pelos produtos da marca Elring, composta atualmente por mais de 5 mil itens para veículos leves e pesados de todas as marcas.

O Mecânico: Qual é a importância do mercado de reposição de autopeças no Brasil para a ElringKlinger? Como você vê o panorama atual do mercado?
Fernando: A Elring-Klinger é líder mundial neste mercado. No Brasil, iniciamos nossas operações em 2008 e temos um crescimento médio deste então de 20%, com mais de 5 mil itens, tendo um dos mais completos portfólios de produtos do mercado. O cenário é positivo. Nosso mercado está amadurecendo e se auto especializando, bem como se regionalizando. Com a grande gama de veículos em circulação no nosso país, é praticamente impossível um distribuidor atender toda a demanda sem se especializar na região e na nova frota. Mesmo na garantia, 68% dos proprietários de veículos já fazem os reparos fora da rede autorizada, isso dá a dimensão do nosso mercado. Acreditamos e trabalhamos para profissionalizar o mecânico e a rede de distribuição, levando produtos de qualidade e principalmente informação ao mercado.

O Mecânico: Da produção atual, qual é a porcentagem destinada ao mercado de reposição? Há expectativa de crescimento?
Fernando: A expectativa é continuar crescendo 30% ao ano nos próximos 5 anos e se consolidar entre as marcas líderes do mercado, aumentando e consolidando nossa rede de distribuição, com produtos de qualidade diferenciada a preços competitivos. O AfterMarket representa em torno de 10% de nossas vendas.

O Mecânico: A marca ElringKlinger tem bastante força no mercado de OEM (original) de leves e pesados. A peça que vai para reposição segue o mesmo processo de qualidade e garantia que as que equipam os veículos na linha de montagem?
Fernando: Em nossa produção não existe diferenciação entre peça original ou reposição, ou seja, temos as mesmas linhas de produção e a mesma tratativa quanto à matéria prima, processo, qualidade.

O Mecânico: Quais produtos a Elring-Klinger destina para os veículos pesados? Existe uma porcentagem definida de produção entre leves e pesados?
Fernando: Temos cobertura de toda a linha pesada, com destaque para os eletrônicos Euro IV e Euro V, Mercedes, Volvo, Scania, Iveco, MAN, Cummins, MWM. A linha mecânica também é super completa e estamos investindo em novos desenvolvimentos para a linha agrícola. Mais da metade de nossa rede de distribuição é da linha pesada.

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O Mecânico: Em sua opinião, o mecânico é um formador de opinião?
Fernando: Sim, o mecânico determina o que será usado no reparo do motor.

O Mecânico: Qual é a maior carência de quem trabalha na aplicação da peça dentro da oficina? Quais ações a Elring vem fazendo para ajudar nesse sentido?
Fernando: A velocidade com que a informação chega à oficina não é a mesma com que acontece o desenvolvimento da tecnologia. Como participamos de 100% dos desenvolvimentos de veículos no mundo (inclusive, itens que não fomos nomeados para série desenvolvemos como “backup”), temos muita informação para compartilhar com nossos amigos mecânicos. Trabalhamos forte com palestras por todo o Brasil, através de projetos como Atualizar O Mecânico, Educação Continuada (Sindirepa-Sebrae) entre outros. Também investimos pesado em vídeos instrutivos em nosso site (www.elring.com.br), nos informativos técnicos e disponibilizamos o SAC direto com técnicos e engenheiros da fábrica (0800-7747464).

O Mecânico: Quais novidades a Elring-Klinger está preparando para o Brasil nos próximos anos? E para o mercado de reposição?
Fernando: Temos investimentos pesados em máquinas para as novas tecnologias de juntas de cabeçote, juntas especiais e tampas plásticas, desde prensas de última geração até soldas a laser – última tecnologia em juntas de cabeçote e que só a Elring domina no mundo. Para o mercado de reposição continuamos ampliando nossa linha e investindo em aperfeiçoamento da logística, onde adquirimos uma nova área exclusiva para o aftermarket triplicando a capacidade de montagem de kits, armazenamento e entrega. Nesta área, já está em fase de execução nosso centro de treinamento com 120 lugares e, em anexo, uma oficina de motores para que os mecânicos aplicarem de forma prática o que acabaram de aprender.

SUN PDL 4000: Diagnósticos mais acessíveis

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Acompanhe a utilização do scanner de diagnóstico PDL 4000, da Sun, que tem como característica verificar todos os sistemas de um veículo e conta com grande abrangência nacional

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Hoje em dia, a variedade de scanners de diagnoses no mercado da reparação está bastante ampla. Muitos deles de marcas renomadas e com diferentes aplicações, outros nem tanto. Procuramos nesta reportagem fazer a demonstração do scanner da Sun, marca da Snap-on, uma fabricante americana líder de mercado que está tentando ganhar espaço com produtos de qualidade aqui no Brasil.

O equipamento escolhido foi o PDL 4000, que, entre os seus diferenciais, faz o diagnóstico do carro com todos os sistemas que o carro tem, ou seja, faz a varredura completa do veículo. Rafael Bissoto, gerente de Produtos para Diagnósticos da Sun, explica que são mais de 26 sistemas diferentes: “motor, ABS, transmissão, direção elétrica, rádio, enfim, tudo que é controlado via unidade de comando”.

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Kit completo do PDL 400 inclui equipamentos necessários para serem usados em todas as aplicações

 

O PDL 4000 já abrange mais de 25 mil sistemas, ou seja, quase todas as marcas de veículos que rodam no Brasil. Hoje são 20 marcas e, até outubro, serão 25 marcas, incluindo Nissan, Mitsubishi e Grupo Chrysler. “Além disso, quando o veículo não oferece o diagnóstico ou o reset via scanner, o aparelho mostra o passo-a-passo de como fazer o procedimento, evitando que o mecânico perca tempo”, avisa Rafael.

Ele explica que o conceito da Snap-on é diferente das outras marcas de scanner. “Para ficar com sistema fácil e rápido, trabalha com base específica de cada país. Considerando a base Fiat, por exemplo, temos todos os modelos que rodam no Brasil. Para ser mais rápido e eficiente, todas as marcas que colocamos, saímos a campo fazendo testes, até validar a marca”.

Rafael comenta que, com esse aparelho, a marca tenta mudar um conceito no nosso mercado. “Nos EUA, cada mecânico tem o seu scanner e sua caixa de ferramentas. E aqui, por falta de opção, acabou se criando e aceitando a situação de ter um scanner para nacionais, um para importados, outro para franceses, e todo mundo usa. Mas como o PDL reúne, num único scanner, o maior número de carros da frota brasileira, essa prática de vários equipamentos por oficina deve mudar”.

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Scanner da Sun abrange quase todas as marcas de veículos que circulam no Brasil

Entre os diferenciais do novo aparelho está a base de desenvolvimento, que é feita de maneira global, com equipes no Brasil, Irlanda, China, EUA, Austrália. “Ou seja, o que não desenvolvo aqui, eu trago de outras bases, isso minimiza custo”, diz Rafael.

“Tentamos ser o mais fiel ao scanner da marca do veículo, isso se reflete em profundidade de testes e ajustes, adaptações e resets. Embora nos espelhemos no scanner de cada montadora, esses aparelhos são muito complexos, a proposta é colocarmos toda informação do scanner original de cada marca de maneira mais fácil possível para o uso do mecânico independente. Então, desenvolvemos todos os sistemas que o veículo tem. Nosso plano de desenvolvimento é feito por marca e por ano e não por sistema”, observa Rafael.

Conteúdo

Dentro da maleta do scanner PDL 4000 consta o aparelho em si, o cabo OBD de 16 pinos – que testa quase todos os modelos, eliminando troca de cabos e adaptações -, cabo Fiat de três pinos e o software para instalar e visualizar os testes feitos no scanner direto no computador. “O equipamento faz fotos da tela e grava vídeo e consegue ler os parâmetros em forma de vídeo, o que permite ver como oscila um tempo de injeção, por exemplo”, comenta o técnico Nilther Silva, Técnico responsável pelo desenvolvimento das aplicações Ford.

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O objetivo é colocar toda a informação dos scanners originais à mão do mecânico independente

 

O custo do equipamento é de R$ 11.500,00, completo com toda a base de software. A atualização é feita através do cartão de memória, comprado na própria Sun, pelo preço de R$ 1.080,00. “É simples, remova o cartão antigo e coloque o novo. A bateria de íons de lítio e dura 4 horas sem estar ligada no veículo. Quando ligada no veículo, ela recarrega. O conceito é sempre estar disponível para o uso, sem precisar carregar. A bateria está localizada na parte de trás do aparelho”, comenta Rafael.

A marca oferece suporte técnico por meio de atendimento telefônico. “Estamos investindo no atendimento por telefone, por isso que usamos o 0800. O chat e o fórum não são práticos. Mesmo dentro do carro, o mecânico pode ligar de um celular e tirar dúvidas durante um resgate, por exemplo”.

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O software do scanner é atualizado via cartão de memória

Hoje a Snap-on tem um sistema que mede quanto tempo o cliente ficou esperando para falar com o suporte técnico, quantos ligaram e desistiram, quantos ligam por hora, por dia ou mês. “Temos a meta de que o cliente não pode esperar mais de 1m15s para falar com alguém. Hoje o tempo médio é de 10s, se crescer colocamos mais técnicos para atender”, alerta Rafael.

Ele conta que a venda é feita por um profissional treinado pela empresa, que faz a entrega técnica do produto. “Para nossa surpresa, com frequência chegamos à oficina e vemos que o mecânico consegue operar o scanner rapidamente e não precisa de ajuda, isso porque é muito intuitivo, foi desenvolvido numa plataforma amigável”.

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A bateria de íons de lítio dura até quatro horas sem estar ligada ao veículo

 

Como usar o scanner

Vamos fazer o teste do scanner PDL 4000 num veículo Ford Fusion, 2009 equipado com motor Duratec 2.3 16V.

1) O primeiro passo é conectar o cabo OBD na tomada de diagnósticos do veículo. Quando o técnico seleciona o modelo do veículo o próprio scanner indica a sua localização.

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2) Em seguida, selecione a função “scanner” e o aparelho oferece todas as marcas possíveis para se trabalhar. No nosso caso, vamos escolher a Ford.

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3) Escolha o ano, modelo e o motor e entre na tela de confirmação do veículo.

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4) O aparelho acessa a tela dos sistemas e o técnico deve selecionar qual quer trabalhar. Neste caso, vamos trabalhar no “painel de instrumentos”.

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5) Então, podemos escolher entre código de falhas, dados (parâmetros do sistema) e os testes funcionais: como teste de acionamento dos ponteiros, teste das luzes do painel etc.

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6) A leitura de parâmetros pode vir em forma de lista ou com análise gráfica, importante para fazer as medições.

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7) Neste exemplo, vamos fazer um teste do tacômetro, ou seja, do ponteiro do conta giros do carro. Faça o ajuste pelo aparelho e o ponteiro faz o que foi determinado no aparelho. Assim, o técnico não precisa remover o painel para saber se tem um problema ou não.

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8) Vamos agora mostrar o modo “carroceria”, simulando o auto teste, que manda o comando para o carro, que por sua vez executa todos os atuadores do veículo, fazendo uma verificação prévia de tudo o que está com defeito. O técnico não precisa ir parâmetro por parâmetro para verificar onde existe um defeito.

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9) Neste caso, checamos os problemas que a carroceria pode ter: trava das portas, vidros, alarme, faróis, lâmpadas. Então, gera códigos de falhas do defeito do veículo.

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10) Na opção “motor”, também podemos fazer o auto teste. Então, o scanner faz os testes de parâmetros, avaliando os sensores, atuadores etc, além de solicitar as condições necessárias para os testes, como, por exemplo, se o motor tem que estar funcionando ou se somente a chave deve estar ligada.

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Colaboração técnica: Snap-on (19) 2108-1000

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