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Atualização é a alma do negócio

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À frente de um Bosch Car Service há dois anos, o administrador de empresas Julio Cesar Elias conta com o auxílio da esposa, Maria de Lourdes, e do filho, Gabryel, para tocar o negócio e opina que a busca de inovação no meio de manutenção automotiva é fundamental.

 

Revista O Mecânico: O senhor é diretor comercial da AutoClínica Bosch, em São Bernardo do Campo/SP, oficina que segue padrões estabelecidos pela marca de autopeças. Conte-nos um pouco dessa história…
Julio: Tudo começou em 2012. Uma das exigências dessa parceria é a busca por inovação, o que, dentro do nosso mercado, é de extrema importância. Os veículos estão cada vez mais evoluídos e dotados de tecnologias, portanto, é fundamental se ter acesso a elas. O que a gente observa é que em um futuro, de curto prazo, os carros vão andar sozinhos. Nossa opção pela união com a Bosch é pelo fato de as grandes montadoras terem uma estreita ligação com a marca.

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Julio Elias (esq.) com o filho Gabryel, fazem o dia a dia da Autoclínica Bosch

O Mecânico: O senhor trabalha há mais de 30 anos no ramo de autopeças e oficinas mecânicas. Acha que o nome Bosch confere um outro tipo de peso ao seu estabelecimento?
Julio: Em alguns momentos sim. Sem dúvidas o logotipo da Bosch na fachada traz para nós um feedback e talvez um número de clientes maior. Mas ao mesmo tempo, também conta muito o atendimento. A pessoa pode entrar aqui, ser bem atendida e gostar ou não gostar do atendimento e não voltar nunca mais. A força da marca pode até conferir mais segurança, mas ela deve trabalhar em conjunto com a parte técnica, a parte administrativa e a parte comercial.

O Mecânico: A AutoClínica está instalada em uma região rodeada por outras oficinas. Uma, inclusive, bem em frente a sua. O senhor teme a concorrência?
Julio: Muitas pessoas já me perguntaram isso e a resposta é sempre a mesma: não. O estabelecimento aqui de frente existe há mais de 40 anos. Mas cada oficina tem o seu público, o seu foco e o seu jeito de trabalhar. Eu também tenho cada um desses itens. O importante é você fazer a diferença.

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Estabelecimento fica próximo a outras oficinas

 

O Mecânico: O senhor toca a oficina com o auxílio de sua esposa e de seu filho. Como é administrar um negócio em família?
Julio: O que nós tentamos aqui é mantermos um relacionamento profissional, embora não seja nada fácil. Cada um de nós tem a sua função. A Maria de Lourdes, minha esposa, cuida da parte financeira e administrativa. Já o meu filho, Gabryel, é responsável por toda a parte operacional. Ele comanda desde a entrada do carro à saída dele, além de contato com os clientes, orçamento e estoque.

O Mecânico: Quais os serviços realizados em sua oficina?
Julio: Trabalhamos com diagnósticos voltados para a suspensão do veículo, parte elétrica, sistemas de transmissão, direção hidráulica, ignição, troca de óleo… para resumir, serviços de mecânica geral. Aqui só não realizamos as partes de funilaria e pintura.

O Mecânico: Quais os problemas mecânicos mais comuns que vocês recebem na oficina?
Julio: Na maioria das vezes, recebemos o veículo para revisões periódicas, mas um problema bastante comum por aqui são os relacionados à injeção eletrônica.

O Mecânico: Há uma média de quantos veículos são atendidos mensalmente?
Julio: Mais ou menos uns 200 carros por mês.

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Serviços realizados incluem reparo de transmissão e direção hidráulica

O Mecânico: O senhor já notou outros problemas decorrentes de itens que passaram a ser de série, como airbag e ABS?
Julio: Pelo menos aqui na oficina tem vindo muitos exemplares do Fiat Uno, na versão Vivace, com problemas no airbag. Os casos relatados se referem à luz do item de segurança, que se acende a toda hora. O reparo se resume a uma atualização do software. É um problema frequente em modelos que não contavam com o airbag em seu projeto original e passaram a ter por essa obrigatoriedade.

O Mecânico: Quais os pontos positivos de se trabalhar no ramo?
Julio: O mercado em franca expansão e que te desafia todos os dias. O cliente de hoje cobra eficiência e, em muitas vezes, participa do reparo do veículo.

O Mecânico: E os pontos a serem melhorados?
Julio: Acho que por questão de tempo ainda falta um acesso muito maior a informações técnicas e outros cursos. O mercado de serviços anda mais rápido do que nunca e sinto que a nossa mão de obra não tem a mesma agilidade. A todo momento vemos anúncios de novos cursos, até de longa duração, mas infelizmente não tenho como me ausentar por um longo período ou ficar sem um profissional da oficina por dia. Os mecânicos daqui realizam os cursos técnicos promovidos pela Bosch pelo menos uma vez por ano.

O Mecânico: Na sua opinião, o que deve predominar na profissão e até no ofício do mecânico?
Julio: O eterno aprender. O nosso mercado está mudando intensa e rapidamente. Quem, há 25 anos, imaginava um mecânico trabalhando com um laptop? Hoje, a exigência é maior, os equipamentos são mais evoluídos e o nível de investimento só cresce. E tudo isso só funciona se o profissional também investir em conhecimento. De que adianta você ter nome no mercado, uma oficina bonita e limpinha e não ter um técnico? É a esse detalhe que o cliente se atenta quando sai daqui: se o conserto ficou bom ou se deixou a desejar.

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Diagnósticos mais comuns são relacionados à injeção eletrônica

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