Oitava edição do evento reúne mais de 500 marcas do mercado da indústria automotiva; Revista O Mecânico promove mais uma vez o ciclo de palestras técnicas do Projeto Atualizar
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Arquivo
Reunindo mais de 500 marcas expositoras do mercado automotivo, a oitava edição da Autopar (Feira de Fornecedores da Indústria Automotiva) acontece entre 8 e 11 de junho no Expotrade Convention Center, na cidade de Pinhais, região metropolitana de Curitiba/PR. A organização espera ultrapassa a marca de 30 mil visitantes que serão durante os quatro dias de evento, alcançada na edição de 2014.
O evento tem o apoio oficial da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), do Sindirepa-PR (Sindicato das Empresas da Reparação de Veículos do Paraná), Sincopeças-PR (Sindicato do Comércio Varejista de Peças e Acessórios para Veículos no Paraná), Fecomércio-PR e AMAP-RJ (Associacao do Mercado de Autopecas do Estado do Rio de Janeiro).
Dentro da Autopar, acontecerão outros eventos trazendo empresas do ramo de acessórios, funilaria, veículos pesados e até da chamada “linha amarela”. São esses: a Audiotech (Feira de Sonorização, Acessórios e Customização Automotiva); a Bus Parts (Feira de Peças, Equipamentos e Serviços para Veículos de Transporte de Passageiros); Trator Parts (Feira Nacional de Peças, Equipamentos e Serviços de Reparação para Tratores); Truck Parts (Feira de Peças de Reposição, Equipamentos e Tecnologias de Reparação para Veículos Pesados); e Pró-Funilaria (Feira de Tecnologias para Funilaria e Pintura Automotiva).
Informação técnica
A Revista O Mecânico estará presente à Autopar mais uma vez com o Projeto Atualizar O Mecânico. Promovido pela Revista O Atualizar oferece o ciclo de palestras técnicas gratuitas com a participação de renomadas empresas, levando informação de qualidade do fabricante da autopeça para o aplicador. Até o fechamento desta edição, as empresas confirmadas são BorgWarner, Bosch, Hengst, Max Gear, Nakata, Renault e Tecfi l.
A estrutura do projeto é montada no espaço da Revista O Mecânico (setor C, estande 262) e acomoda auditórios com capacidade para 25 participantes cada um. Lá serão ministradas palestras gratuitas com duração média de 50 minutos cada. Todos os participantes ganham certificados de participação.
A Revista convida todos os visitantes da feira a se atualizarem conosco de quarta à sexta, com palestras a partir das 16h e, no sábado, a partir das 9h. Participe!
SERVIÇO 8ª Autopar – Feira de Fornecedores da indústria Automotiva
Datas: 08 a 11 de junho de 2016
Horários: Quarta a Sexta – 14h às 21h e Sábado – 9h às 17h
Local: Expotrade Convention Center
Endereço: Rodovia Deputado João Leopoldo Jacomel, 10454 – Pinhais/PR
Entrada: gratuita (proibida a entrada de menores de 16 anos, mesmo acompanhados de seus responsáveis)
Cadastro no site: www.feiraautopar.com.br
Estande da Revista O Mecânico: setor C, estande 262
Circuitos do Mercedes-Benz L 1620 mecânico (parte 3)
Veja a terceira e última parte da sequência dos esquemas elétricos para as unidades do semipesado, fabricadas de setembro de 2002 em diante, com motor mecânico
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Arquivo
Ao lado de clássicos como o 1111, 1113 e do “Mercedinho” 710, o semipesado L 1620 é um dos caminhões mais marcantes da história da Mercedes-Benz no Brasil. Lançado em 1996, por muito tempo foi o caminhão mais vendido do País. Descontinuado no final de 2011 ao ser substituído pela linha Atron, o L 1620 está longe de deixar as ruas e estradas, com milhares de unidades trabalhando diariamente por todo o Brasil.
Por isso, trazemos nesta edição os circuitos elétricos desse modelo que correspondem a diversos itens como luz de posição e de delimitação, desembaçador dos espelhos, acionamento do 3° eixo auxiliar, instalação para rádio, acendedor de cigarros, iluminação interna, bloqueio transversal do eixo traseiro, tomada de força, tomada elétrica para reboque, ventilação forçada, ar condicionado e parada do motor.
Estes circuitos valem para as unidades da versão com motor mecânico a partir do nº final de chassi 237.573, fabricadas de setembro de 2002 em diante. As unidades anteriores possuem algumas diferenças nas ligações que devem ser consideradas.
Interpretação dos esquemas elétricos
Os esquemas elétricos apresentados aqui estão subdivididos em vários módulos. A continuidade dos circuitos elétricos é indicada por uma seta orientada para um ou mais números, referentes à coordenada de continuação do respectivo cabo elétrico.
Competição da Volvo entre mecânicos e profissionais de pós-venda da sua rede de concessionários reúne mais de 100 países; Brasil está na final com três equipes
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Fernando Lalli / Divulgação
A fábrica da Volvo em Curitiba/PR recebeu, nos dias 5 e 6 de abril, a etapa latino-americana do VISTA (Volvo International Service Training Award), competição mundial de habilidades e conhecimento entre equipes da rede de concessionários de veículos comerciais da marca sueca. A edição 2015-2016 envolveu 18,5 mil mecânicos e profissionais de pós-venda em todo o mundo, distribuídos em 5 mil equipes de 100 países. Mais de 3 mil funcionários da Volvo na América Latina se inscreveram para esta edição. O Brasil, com 2.237 inscritos, é o país com maior participação.
Após três fases teóricas pela internet, 29 equipes latino-americanas chegaram à etapa de Curitiba, equivalente à semifinal regional da competição, disputando cinco vagas para a final na Suécia. As equipes (15 do Brasil e 14 de outros nove países) passaram por provas teóricas e práticas abordando problemas que acontecem em campo, tanto em caminhões quanto em ônibus.
As provas práticas foram cumpridas em seis rodadas, com as equipes divididas em 22 estações, envolvendo sistemas de transmissão, motor, freio, chassi, suspensão, elétrica, eletrônica embarcada e atendimento ao cliente.
Cada equipe teve 30 minutos para solucionar o problema de cada rodada. Instrutores da própria fábrica da Volvo avaliaram os resultados das provas, considerando se a equipe seguiu o protocolo de reparo corretamente. O comportamento dos participantes também pesou na avaliação: o uso do EPI correto, por exemplo, contou pontos em cada rodada.
O critério de desempate foi o tempo: quem encontrou as soluções mais rapidamente saiu em vantagem. A importância do diagnóstico assertivo para o cliente da marca é destacado pela Volvo até mesmo no lema “Sem atalhos para o sucesso”, adotado nesta edição do VISTA. “É preciso sempre seguir o passo a passo e saber que fazemos um trabalho de equipe”, declarou Karen Wasman, gerente do CDC (Centro de Desenvolvimento de Competências) do Grupo Volvo América Latina. “Nós já temos um alto nível de competência na área de serviços, mas o VISTA é uma importante ferramenta para promovermos o desenvolvimento contínuo”, concluiu.
Capacitação do profissional, resultado para o cliente
Mais do que uma disputa entre profissionais da reparação, a Volvo explica que o VISTA é um programa de treinamento de sua rede, com o objetivo de qualificar e reconhecer seus profissionais. “O VISTA é uma parte importante de nosso esforço para atingir a mais alta qualidade em serviços em todos os mercados onde estamos presentes”, declarou Carlos Pacheco, diretor de Desenvolvimento de Concessionárias do Grupo Volvo América Latina. Até o final da competição, a Volvo estima que esta edição do VISTA terá consumido mais de 700 mil horas de treinamento somando todos os participantes.
A competição envolve profissionais que estudam dia e noite para melhorar suas habilidades. Durante as provas práticas, a dedicação fica estampada em cada rosto: em cada equipe, obrigatoriamente, um dos cinco integrantes não se envolve na solução do problema. Sua função é parecida com a de um técnico de futebol, e em alguns momentos é o responsável por controlar os ânimos de seu time. “Às vezes, são grupos de técnicos, mecânicos, pessoas de pós-venda que nunca saíram de sua cidade natal. É um momento de extrema emoção e isso traz um grande valor para a marca”, conta Pacheco.
No resultado final, as cinco equipes vencedoras da etapa brasileira foram a “VTT”, da Dipesul; “Suicide Squad” da Auto Sueco SP; “TEC-Invista” da Suécia; “Suécia Próxima Parada”, do Peru; e “La Celeste” do Uruguai.
“Estamos muito felizes. Emocionados. Nossa meta era chegar em Curitiba, e quando chegamos aqui, nossa meta era estar na final”, comemora Antônio Cirino, da equipe TEC-Invista, da concessionária Suécia. Cirino afirma que, com a competição, o conhecimento vai sendo aprimorado e agiliza o atendimento aos clientes. “Crescemos muito desde que começamos a participar do VISTA”.
“A competição motiva os técnicos a serem cada vez melhores. Faz com que os técnicos se preparem mais e possam atender aos clientes cada vez mais rápido e melhor”, destaca Luis Figueroa, da Volvo Peru. “É uma emoção grande, pois nos preparamos bastante. Estamos muitos contentes de representar o nosso país. Vamos para brigar para ganhar a final”, promete Luis, que enfrentará outras 31 equipes do mundo todo em Gotemburgo, na Suécia, na primeira semana de junho, na grande final desta competição.
E qual é o prêmio material para o vencedor? Apenas um troféu. “Não há prêmio remunerado”, observa Carlos Pacheco, reforçando que a recompensa de tanto esforço é a melhoria contínua do serviço e a contribuição para o sucesso do cliente da marca.
Mantendo seu compromisso em levar informação técnica diretamente das fabricantes de autopeças para as oficinas, a Revista O Mecânico criou um novo canal de atualização para os profissionais do setor automotivo. No último dia 28 de abril, em parceria com a Bosch, a Revista promoveu sua primeira palestra ao vivo pela internet. A modalidade de transmissão escolhida é conhecida como “webinar”: a plataforma integra o material de apoio à transmissão da palestra, além da área de bate-papo para interação entre organizadores, palestrantes e mecânicos participantes.
Os palestrantes da Bosch foram Leonardo Recher Neto, responsável por serviços automotivos à distância, e Diego Riquero Tournier, responsável por treinamentos Automotivos. O tema abordado pelos especialistas foi a importância do correto diagnóstico eletrônico automotivo. Leonardo e Diego apresentaram informações relevantes e esclareceram as dúvidas dos 140 mecânicos que acompanharam a transmissão, que teve duração total de aproximadamente 60 minutos.
“Para uma primeira vez, foi um grande sucesso”, comemorou o diretor da Revista O Mecânico, Fábio Antunes de Figueiredo. “Estamos trazendo para o setor automotivo o que há de mais moderno em matéria de multiplicação de conteúdo pela internet. Sendo assim, esta é a primeira de muitas palestras que faremos neste modelo”, anuncia Fábio.
As próximas palestras serão divulgadas através dos canais da Revista O Mecânico pela internet, incluindo a Newsletter O Mecânico. Para receber a newsletter, que é diária e traz as principais notícias do setor automotivo, basta se cadastrar gratuitamente no site https://omecanico.com.br
Especialista da Isotech fala sobre o método de limpeza interna do sistema de lubrificação com flushing: trata-se de um procedimento preventivo, e não corretivo
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Isabelly Otaviano
Aformação de vernizes e depósitos nas galerias de lubrificação e peças internas do motor é consequência do envelhecimento do óleo, do acúmulo de sujeira que, por uma via ou outra, entrou no motor ou, simplesmente, da negligência do proprietário em não realizar a troca completa do óleo. Todo mecânico mais experiente tem histórias para contar sobre motores que chegaram à sua oficina em estado de “calamidade pública” de tanta borra acumulada em suas entranhas. Motores que não passaram por uma troca de óleo decente em dezenas de milhares de quilômetros – cujos proprietários imploravam por uma solução, de preferência, barata…
Só que casos extremos requerem medidas extremas. Um acúmulo excessivo de borra será corrigido completamente apenas com a desmontagem total do motor e uma limpeza minuciosa, com aparelhos e produtos adequados.
Há no mercado um produto chamado “flushing”, que tem por objetivo fazer a descontaminação interna do motor. Seu processo de uso é bem menos custoso do que uma limpeza completa, afinal, não requer a desmontagem do motor. Entretanto, o técnico automotivo Helber Ernesto Pasinato, que representa a IsoTech, fabricante do produto, explica que o flushing deve ser utilizado única e tão somente de forma preventiva, e não corretiva.
“O objetivo do flushing é fazer o processo de limpeza preventiva, para evitar que esses resíduos venham a formar, a cada troca de óleo, os vernizes que vão se alojando internamente no motor”, declara Helber. Portanto, o próprio fabricante afirma que o flushing não é indicado para casos crônicos de sujeira, mas, sim, para evitar que o acúmulo comece.
Utilizando um Chevrolet Celta 1.0 com 18.000 km rodados como exemplo, Helber detalha como o mecânico deve proceder para saber se é possível usar o flushing ou não, e como o produto deve ser aplicado.
Procedimento
1. Abra a tampa de óleo do cabeçote do motor e observar a aparência das peças internas, do comando e da tampa de válvulas, e também a coloração do óleo. Independentemente da quilometragem, o que conta é a avaliação visual. Se você encontrar resíduos maiores e pastosos na tampa de óleo ou no comando, automaticamente descarte a opção do flushing. Neste caso, foi encontrado apenas os vernizes que se formaram em volta da tampa e no comando.
2. Em seguida, observe o aspecto do óleo pela vareta. No caso do Celta, foi constatado que a coloração do óleo estava levemente mais escura e alguma formação de vernizes. Como não foi constatado nenhuma sujeira significativa, o carro pôde passar pelo processo de flushing.
3. Ligue o motor e aguarde que ele atinja a temperatura normal de trabalho. O flushing deve ser adicionado com o motor quente.
4. Desligue o motor e adicione 500 ml do produto (uma garrafa) pela tampa de óleo do motor.
5. Ligue o motor e fi que atento às condições de funcionamento. Se estiver tudo OK, deixe o motor ligado por 30 minutos em marcha lenta..
6. Nesses 30 minutos, permaneça atento à luz de pressão do óleo, que deve ficar desligada. O motor não pode apresentar nenhum ruído anormal de batida de tuchos, mau funcionamento ou trepidação. Caso a luz venha a ligar ou se perceba mudança no ruído do motor, desligue o motor e interrompa o processo. “Se isso acontecer, deve haver alguma deficiência em lubrificação, ou seja, uma galeria entupida”, diz Helber.
7. Após o período de 30 minutos, remova o óleo usado ainda com o motor quente (não se esqueça de utilizar equipamentos de proteção pessoal). O lubrificante estará com uma aparência mais fluida que o normal devido à aplicação do flushing.
8. Aproveitando que o carro ainda está no ar, faça a troca do filtro de óleo, aplicando um pouco de óleo para auxiliar na vedação.
9. Antes de adicionar o óleo novo, observe o resultado do procedimento. No caso do Celta, o verniz sobre o comando foi perceptivelmente removido. Com isso, o óleo novo não será contaminado por vernizes.
10. Reponha o óleo, observando a quantidade e a especificação corretas. No Celta 1.0 2010, o óleo recomendado pela Chevrolet é o 5W30.
Koji Takase, presidente da Divisão Aftermarket da KYB do Brasil, conta sobre a atuação da fabricante de amortecedores no Brasil e as perspectivas para o mercado de reposição em meio à crise econômica
“Nós acreditamos que apesar da crise, as vendas para o mercado de reposição continuarão crescendo principalmente nos países em desenvolvimento.”
Revista O Mecânico:Como empresa, como está estruturada a KYB mundialmente hoje? Koji Takase::A KYB foi fundada em 1919 pelo sr. Shiro Kayaba em Tóquio, no Japão, e é pioneira no campo da tecnologia hidráulica. Atualmente a empresa possui 39 fábricas e 38 unidades de negócios ao redor do mundo, divididas entre as diversas áreas de atuação, como por exemplo: autopeças, equipamentos hidráulicos, gerenciamento eletrônico, etc.
O Mecânico: Em que ano a KYB se instalou no Brasil? Atualmente, qual é a estrutura da empresa no País? Takase: A KYB iniciou a operação no Brasil em 2001 atendendo a montadoras. Em 2014 iniciou as atividades de venda para o mercado de reposição. Neste período entre a abertura da fábrica e início de vendas para Aftermarket, o Grupo estudou cuidadosamente o mercado brasileiro de autopeças para definir as melhores estratégias de atuação.
O Mecânico:Qual é a importância do mercado brasileiro para a KYB? Takase: Apesar da atual situação econômica, acreditamos que o Brasil tem um grande potencial de crescimento em virtude da grande população e do aumento da frota circulante no país, especialmente em carros importados, onde a KYB é a principal fornecedora de equipamento original para montadoras. O Mecânico: Quais são os próximos planos para as operações da KYB no Brasil? Takase: A KYB pretende apresentar cada vez mais para o mercado brasileiro a qualidade dos produtos japoneses e desta forma ampliar as vendas de seus produtos
O Mecânico:O mercado brasileiro de venda de automóveis sofreu queda de quase 40% nos últimos dois anos. Como isso se refletiu na KYB? O sr. acha que há a possibilidade de o mercado brasileiro se recuperar no curto prazo? Takase: A KYB busca continuamente o crescimento no mercado, independentemente das interferências econômicas do país. Por isso, a empresa tem como missão preparar sua equipe para atuar em busca da consolidação de suas estratégias. O Mecânico: Desde a crise de 2008, a economia global está instável, com altos e baixos em países diferentes e em negócios diferentes. Qual é a sua análise com relação ao mercado global de autopeças atualmente, incluindo o aftermarket? Takase:Nós acreditamos que apesar da crise, as vendas para o mercado de reposição continuarão crescendo principalmente nos países em desenvolvimento.
O Mecânico: O comércio de autopeças pela internet já está consolidado em diversos países, mas no Brasil ainda é um modelo novo de vendas. Você acha que os consumidores brasileiros vão comprar mais peças em e-commerces no futuro do que nas lojas tradicionais? Takase: Nós sabemos que as vendas pela Internet têm se tornado muito atrativas, e a tendência é que sejam ainda mais comuns. Porém, é difícil afirmar que este modelo irá superar as vendas em lojas tradicionais em um curto período de tempo, pois ambos atendem diferentes expectativas dos consumidores.
O Mecânico:Em sua opinião, qual é importância do mecânico de automóveis para a KYB? Takase: O mecânico de automóveis é uma peça fundamental para o sucesso da KYB no Brasil. Pois através de sua experiência e conhecimento irá indicar aos seus clientes os produtos KYB pela qualidade e precisão que este produto oferece. O Mecânico: A KYB dá bastante destaque em seu website brasileiro para o procedimento de descarte dos amortecedores velhos. Na sua visão, por que essa operação é tão importante? Takase: O cuidado com o meio ambiente é um dos grandes compromissos do Grupo KYB. Por isso, consideramos de grande importância a orientação sobre o correto descarte dos nossos produtos.
O Mecânico: Qual conselho você gostaria de deixar para os mecânicos que querem trabalhar com peças de qualidade em suas oficinas? Takase: Para quem busca um produto de qualidade é muito importante ter conhecimento sobre a procedência e confiabilidade da marca antes de indicar ao consumidor final.
Aprenda a instalar as correias elásticas da bomba d´água, alternador, direção hidráulica e do ar-condicionado no sedã médio da Ford equipado com motor 1.6 16v Sigma
Texto: Flávio Faria
Fotos: Isabelly Otaviano
As correias cumprem funções vitais para o funcionamento do automóvel e cada tipo de propulsor traz uma configuração diferente. Nem todo motor traz correia no sincronismo, mas quase todos contam com correia de acessórios, que utiliza a força gera-da no motor (distribuída pelo virabrequim) para fazer funcionar outras peças, tanto de conforto quanto de funcionamento vital do motor (como bomba d’água e alternador).
No caso do Ford Focus, ano 2010, equipado com motor Sigma 1.6 16v L, o sistema conta com duas correias elásticas de acessórios: uma exclusiva para o ar-condicionado e outra que controla o funcionamento da bomba d´água, alternador e direção hidráulica. Não é preciso nem dizer ao amigo mecânico da importância de se alertar o cliente para a troca das peças na quilometragem certa, evitando grandes dores de cabeça. No caso do modelo desta matéria, as correias originais já tinham atingido 85 mil km rodados e certamente já estavam produzindo ruídos e com risco de se partirem a qualquer momento, trazendo riscos ao motor.
No caso de rompimento da correia elástica do ar-condicionado, o sistema irá apenas parar de funcionar este item de conforto, mas, no caso da bomba d’água, direção hidráulica e alternador, a quebra da correia elástica influenciará diretamente o comportamento do carro, podendo, inclusive, causar acidentes. Por isso, a troca preventiva é essencial, bem como a correta manutenção para a troca.
Um detalhe interessante é que o sistema utilizado na motorização Sigma não conta com tensionadores. O tensionamento é cumprido pela própria correia elástica, o que mostra a grande importância de manter a peça em dia.
A troca é simples, mas exige atenção a pequenos (mas importantes) detalhes durante a montagem, com olhar atento inclusive para outros aspectos da motorização que serão desmontados para a troca, como as velas. Também é muito importante prestar atenção na correta aplicação das ferramentas. Inclusive, os kits da Dayco já contam com ferramental específico para troca. Especialmente no caso da correia da bomba d´água, a ferramenta não é descartável, ou seja, depois de adquirir o primeiro kit, o amigo mecânico pode somente comprar as correias para troca. O mesmo não acontece com a ferramenta do ar-condicionado, esta é feita para durar apenas uma troca.
Nos dois casos, o procedimento é não tem grandes mistérios. Para nos auxiliar no passo a passo, contamos com o coordenador técnico da Dayco, Davi Cruz.
Vem na caixa
Kit da correia elástica do Ar-condicionado (5PK0868EE):
Correia elástica; Ferramenta de ajuste da correia ao virabrequim
Kit para troca da correia elástica da bomba d’água (PVE002):
Correia elástica do alternador, bomba d´água e direção hidráulica (6PK1059EE); Ferramenta para instalação da correia elástica
Importante: Verifique se o ano e tipo de motor que receberá a correia estão corretos. Na lateral da caixa estão todas essas informações, localizadas em uma etiqueta branca.
Antes da instalação
1. Retire a roda dianteira direita do veículo. Desaperte os parafusos com o veículo ainda no chão e só após levante no elevador para retirá-los.
Dica: Aproveite para verificar o estado do sistema de freios, incluindo discos e pastilhas e alerte o proprietário caso aparentem desgaste.
2. Solte e retire as velas de ignição, para que o motor não tenha pressão de compressão. Com isso, ele fi cará mais leve (durante a instalação será preciso dar duas a três voltas no virabrequim) e facilitará a montagem, além de não prejudicar a estrutura da correia. Para soltar as velas, retire primeiro os cabos de ignição. Com a ferramenta apropriada, desaperte as velas de ignição (2a). Desrosquei as velas para retirá-las (2b).
3. Para facilitar o trabalho, utilize uma mangueira. Esta técnica ajudará a alcançar as velas com mais facilidade, além de não ter perigo de queimar as mãos, isso porque as velas são algumas das últimas partes do motor a esfriar. Além disso, utilizar uma mangueira poderá dizer se a vela ainda está muito apertada, sendo necessário utilizar novamente a chave para desaperto.
Importante: Apesar de não fazer parte da instalação das peças, aproveite que as velas foram retiradas e verifique o seu estado. Caso alguma delas esteja carbonizada, deverá ser reinstalada no mesmo cilindro de onde foi retirada. Neste caso, também é importante alertar o proprietário e fazer uma investigação mais minuciosa das causas que levaram à carbonização.
Retirada das correias
4. Após ter retirado a roda, para ter acesso ao local da correia no cofre do motor, que fica na parte de baixo, é preciso tirar a capa plástica de proteção de dentro do para-lama. Retire todos os parafusos da capa plástica e retire a capa.
5. Retire a correia elástica do ar-condicionado, que será trocada, cortando-a com um alicate..
6. Analise como se apresenta o desgaste na correia que foi retirada. Da mesma forma, verifique o estado das polias antes de instalar a peça nova. Polias em mau estado podem diminuir em muito a vida útil da nova correia, além de trazer muitos barulhos indesejados para o motorista.
7. Somente após cortada a correia antiga do ar-condicionado será possível ter acesso à da bomba d´água. Por isso, a ordem de instalação das correias deverá ser sempre primeiro a da bomba d´água e, a seguir, a do ar-condicionado.
8. Solte os parafusos da polia da bomba d’água antes de retirar a correia elástica. Muita atenção a este passo, pois o acesso aos parafusos é um pouco difícil. A furação será utilizada para se instalar a ferramenta de colocação da nova correia. Utilize uma chave para segurar o primeiro parafuso e evitar que a polia gire e impossibilite a retirada do segundo. A correia ainda presa na polia também evitará o giro em falso, facilitando a retirada dos parafusos.
9. Instale a ferramenta de aplicação da nova correia elástica, utilizando a furação original dos parafusos da polia.
OBS: A ferramenta de encaixe é necessária para se ter certeza que as estrias da correia elástica e da polia ficarão ajustadas. Com isso, evitamos que a correia seja fixada torta, o que, em primeiro lugar, ocasionaria um grande assovio no sistema. Em segundo (e mais preocupante), a montagem fora da posição correta faria a própria polia “cortar” a borracha da correia elástica durante o seu giro, acelerando o seu desgaste e, consequentemente, quebra.
10. Corte a correia antiga da bomba d´água com um alicate. Assim como foi feito anteriormente na correia do ar-condicionado, faça a análise do estado da peça e das polias onde entrou em contato.
Importante: Sempre verifique o estado das polias, principalmente se estão com muita sujeira no fundo da canaleta, além do alinhamento entre as polias, que pode ser causado por folga nos rolamentos e eixos (desalinhamento angular) ou falha de aplicação ou adaptações. No geral, a vida útil das polias é mais maior que a das correias, mas por ser um sistema interligado, é importante sempre revisar a cada 10 mil Km, como acontece com as correias. Caso verifique algum problema, alerte o proprietário da importância da troca, uma vez que pode aumentar o desgaste das novas correias.
Montagem das novas correias
11. Para instalar a correia elástica da bomba d’água, primeiramente passe a correia por todo o circuito. Inicie, por cima do cofre do motor, posicionando na polia do alternador; e, pelo acesso que abrimos pelo para-lama dianteiro, no virabrequim, bomba d´água e direção hidráulica.
12. Depois de passar a correia por todo o circuito, deve ser instalada na polia do virabrequim uma segunda ferramenta, parecida com uma meia-lua, para dar o correto encaixe à peça.
13. Com uma chave sextavada de 19 mm, gire a ferramenta de encaixe que está na polia da bomba d’água para encaixar a correia nas polias.
14. Após a instalação, dê três voltas com o motor pelo virabrequim. Os três giros irão garantir que de fato a correia está no caminho correto. Neste ponto, verifique atentamente se a posição da correia está de acordo com a canaleta da polia do virabrequim. Lembre que este passo é importante para garantir toda a vida útil do sistema, não só das correias, mas das polias e, consequentemente, das partes do motor que são comandados por esta correia elástica.
15. Após se certificar de que a correia está corretamente alinhada com as polias, retire a ferramenta da bomba d´água e reaperte os parafusos originais..
16. Após a troca da correia da bomba d´água, siga para o procedimento de troca da correia elástica do ar-condicionado. O kit de troca desta correia também conta com uma ferramenta. No entanto, ao contrário da ferramenta do kit da bomba d’água, esta é descartável, pois com o peso da sua utilização, ela deforma e, com isso, uma segunda instalação já não seria 100% precisa.
17. Por meio do acesso no para-lama, encaixe a correia elástica do ar-condicionado nas polias do próprio sistema do ar e da polia do virabrequim, utilizando a ferramenta que vem no kit. A ferramenta para troca da correia elástica do ar-condicionado, diferentemente do que acontece na correia elástica da bomba d’água, não precisa ser fixada com parafusos. Ela é encaixada diretamente na parte interna da correia e da polia do virabrequim. Por isso, preste atenção na maneira como ela deve ser fixada, para que tanto a polia quanto a correia sejam fixadas corretamente.
18. Com a chave 19 mm, gire o motor para o encaixe da correia elástica. Com o giro, a ferramenta de aplicação deverá se soltar sozinha, deixando a correia elástica corretamente posicionada na canaleta do virabrequim. Verifique com cuidado, pois a aplicação incorreta pode acarretar em quebra da peça durante o funcionamento.
19. Após verificar se a correia elástica está corretamente fixada tanto na polia do ar-condicionado quanto do virabrequim, volte a girar o motor três vezes para um efetivo encaixe. Essa ação dará certeza de que a peça está corretamente encaixada ou mostrará que há algum problema caso tenha acontecido algum erro de instalação.
20. Volte a instalar a capa de proteção do para-lama; reinstale as velas de ignição do motor; e aproveite para inspecionar a suspensão do veículo antes de recolocar a roda.
Veja o procedimento de troca do kit de reparo da suspensão dianteira em um Citroën C3, com ênfase no posicionamento do coxim superior da torre, cuja montagem gera dúvidas e erros no mercado
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Alexandre Villela
Molas e amortecedores são as principais peças da suspensão em um veículo, mas não trabalham sozinhas. Mais do que isso: a manutenção das peças periféricas é muito importante para manter todo o conjunto trabalhando em ordem, sem desgaste prematuro ou problemas de funcionamento. A montagem errada ou negligente em um reparo nesse sistema causa desde problemas na absorção de impactos do piso até perda de dirigibilidade do veículo. Falhas na suspensão colocam diretamente em risco a integridade física do seu cliente.
Profissionais de assistência técnica de todas as marcas de autopeças para suspensão recomendam que, a cada troca dos amortecedores, todo o kit de reparo seja substituído: batentes, coifas, coxins e, quando houver, isolantes de ruído das molas, rolamentos do conjunto e demais elementos. A substituição deve sempre respeitar o tempo ou quilometragem de garantia estipulada para a manutenção do sistema pela fabricante do veículo, bem como, suas respectivas posições de montagem corretas.
Entretanto, o mecânico com um pouco mais de experiência já viu de tudo entrando em sua oficina e, não raro, teve que lidar com a falta de cuidado de um serviço prévio feito por outro estabelecimento. Coxins estourados, batentes rompidos, coifas rasgadas: tudo isso traz problemas de funcionamento para o conjunto a curto, médio ou longo prazo. Mas, infelizmente, alguns profissionais ainda não se conscientizaram de que uma peça sem condições de ser reaproveitada pode pôr todo o serviço a perder.
Pior quando, ao invés de reaproveitar uma peça sem condições, o (ir)responsável pelo reparo resolve simplesmente deixar determinada peça de lado porque “não tem na distribuidora” ou “não veio no kit”. É uma situação gravíssima que afeta não só a imagem do estabelecimento que permite um ato como esse como também o nome de toda a classe de trabalhadores da reparação.
Aconteceu conosco!
O Citroën C3 (ano/modelo 2008/2009) utilizado nesta reportagem foi cedido por terceiros e tinha diversos erros de montagem em sua suspensão que poderiam provocar um acidente de trânsito. Examinando o veículo, o técnico em Desenvolvimento de Produto da Sampel, Thiago Kiyoshi Kano, identificou que o coxim superior da torre de suspensão dianteira-esquerda estava com seu pino-guia voltado para dentro, quando deveria estar para fora. Segundo Thiago, trata-se de um erro comum em campo. “Esse carro sofreu alguma manutenção e o coxim foi montado de forma invertida”, afirma.
Na região do encaixe desse coxim, tanto do lado direito quanto do lado esquerdo, existem dois furos – o pino-guia sempre deve ser posicionado no furo que aponta para o para-lama. A região de fixação do coxim possuía marcas da montagem original que tornavam bem evidente o erro.
Como explica o técnico da Sampel, a montagem do coxim fora da posição original faz com que o amortecedor trabalhe fora do seu ângulo correto, o que pode danificá-lo. “A montagem errada vai sobrecarregar o coxim, tensionando a borracha, prejudicando sua durabilidade, diminuindo a vida útil da peça. Também pode gerar barulho e problemas de alinhamento”, declara Thiago.
Mas o problema mais grave na suspensão deste C3 só foi descoberto quando foi feita a desmontagem da suspensão: a ausência dos rolamentos do coxim superior da torre. Esses rolamentos são os responsáveis por fazer compensar a influência do movimento de esterço entre a torre e a carroceria. Logo, sem os rolamentos, o movimento da torre é forçado e sobrecarrega todo o sistema de direção, bandeja, embuchamentos, pivô, terminais etc. “Infelizmente, foi a falha de um aplicador que fez a manutenção de forma incorreta”, sentencia Thiago.
Para se ter uma ideia da importância dessa peça no conjunto, a Sampel teve o cuidado de incluir o rolamento original, fabricado pela SKF, no kit de reparo da suspensão para este veículo, vendido na reposição com a marca Samkit.
Para sanar qualquer dúvida sobre esse sistema, Thiago demonstra a seguir todo o processo para a correta desmontagem e montagem das torres da suspensão dianteira no Citroën C3. As dicas valem para todos os modelos dessa linha (exceto o novo C3) fabricados entre 2003 e 2012. O procedimento nas torres direita e esquerda é idêntico.
Desmontagem
1. Antes de desmontar a roda, faça uma marcação com um giz ou caneta no disco de freio para recolocar a roda na mesma posição, evitando perder a referência do balanceamento.
OBS: Ao desmontar a roda dianteira-direita e erguer o carro no elevador, Thiago notou que o veículo estava sem para-barro e a capa das correias. Não é preciso desmontar nenhuma dessas peças para a remoção da torre de suspensão. Entretanto, elas têm a função de proteger peças importantes do veículo e sempre devem estar instaladas e íntegras. Caso você se depare com um caso assim em sua oficina, em qualquer veículo, comunique o cliente da necessidade da instalação de peças novas.
2. Comece a desmontagem da suspensão pela bieleta da barra estabilizadora. Utilize uma chave estrela 17 mm, segurando o terminal com uma chave estriada T30 para não fazê-lo girar. Thiago explica que o estriado do terminal indica que se trata de uma peça original Citroën. Algumas bieletas no mercado paralelo possuem fixações diferentes. Não precisa soltar a fixação inferior da bieleta na barra estabilizadora.
3. Em seguida, desencaixe o flexível de freio de seu grampo na base do amortecedor.
4. Remova em seguida o parafuso e a contraporca de fixação da base do amortecedor na manga de eixo.
5. Ao soltar a base do amortecedor, constata-se que ainda não há espaço para removê-lo. Isso porque, ao tentar deslocar a manga de eixo, o semieixo da homocinética pega no quadro de suspensão. Portanto, você precisa fazer a remoção da manga, começando pela junta homocinética. Desrosquei a porca com chave estrela 30 mm.
6. Siga para a pinça de freio. Solte os parafusos de fixação com chave estrela 16 mm. Não se esqueça de deixar a pinça sustentada por um barbante ou cinta plástica para não forçar o flexível. Mantenha também um ou dois parafusos de roda presos ao disco.
7. Gire a torre para ter acesso ao terminal de direção, que também deve ser desconectado. Utilize chave estrela 16 mm para a soltura da porca de fixação, segurando o terminal com uma chave estriada T30.
Obs: Neste veículo, Thiago não precisou de um sacador de terminais para desconectar o terminal de direção da manga de eixo. Apenas forçar a barra de direção foi o sufi ciente.
8. Solte a conexão entre o pivô e a torre, feita por um parafuso. Utilize chave catraca, soquete e prolongador para facilitar a remoção, não se esquecendo de travar a contraporca do outro lado.
9. Para deslocar o pivô, é necessário fazer uma alavanca entre a torre e a bandeja com a ajuda de uma barra ou uma chave de fenda grande. Movimente apenas o necessário para soltar o pivô. Cuidado para não danificar as peças.
10. Com todos os periféricos soltos, basta puxar a manga de eixo e removê-la do veículo.
11. Para soltar a porca da fixação superior do amortecedor no veículo, utilize uma chave estrela com uma chave allen travando a haste do amortecedor.
Importante: Neste caso, como o mesmo amortecedor será reinstalado, é imperativo evitar que a haste gire quando as porcas das fixações superiores (na carroceria e no coxim) forem soltas ou presas. Quando a haste gira, ela pode danificar as válvulas internas do amortecedor, o que pode até inutilizá-lo em casos mais graves.
12. Termine de remover a porca com uma das mãos, enquanto segura a torre com a outra mão, evitando que ela caia.
13. Ao remover a torre e prendê-la na morsa, Thiago percebeu que a rosca da haste do amortecedor apresentava corrosão. Isso é consequência de mais um erro de reparo: a ausência da proteção da ponta da haste, um aplique de plástico que, para os menos atentos, pode parecer dispensável, mas cuja falta causa essa corrosão, o que dificulta a remoção da porca.
14. Mais um detalhe observado por Thiago é que a coifa da haste do amortecedor estava solta, permitindo a passagem de impurezas. A coifa deveria estar encaixada na trava de segurança (em formato de “caneca”) localizada abaixo do coxim, selando aquela área contra a passagem de impurezas que pudessem contaminá-la.
15. Com a torre presa corretamente na morsa, faça o encolhimento da mola para tirar sua tensão e, assim, poderá retirar o coxim superior. A ferramenta pode ser tanto hidráulica quanto mecânica, desde que as garras fi quem em lados diametralmente opostos.
16. Solte a porca superior do coxim utilizando chave estrela 19 mm, combinada a uma chave allen nº 7 para segurar a haste – lembrando que é imperativo evitar que a haste gire quando o mesmo amortecedor será reinstalado.
17. Na retirada do coxim, Thiago identificou que havia rachaduras na borracha da área interna ao redor do tubo, portanto, a vida útil da peça chegou ao fim.
18. Abaixo do coxim, devem estar encaixados o prato da mola e o rolamento do coxim. Como citado anteriormente, neste veículo, os rolamentos não estavam instalados. O prato superior da mola apresentava as marcas do movimento forçado da mola pela ausência do rolamento.
19. Por fim, retire a caneca, a mola, a coifa e o batente.
OBS: Aproveite a retirada de todas essas peças para analisar a condição da haste do amortecedor, que não deve ter marcas de contato, azulamento ou indícios de vazamento de óleo. Em veículos com sinais de problemas em outros componentes de suspensão, como este, faça uma análise ainda mais criteriosa. Não reaproveite o amortecedor se ele tiver sinais de fadiga.
Montagem
A montagem da torre segue o processo inverso da desmontagem, prestando atenção aos pontos a seguir.
1. Ao posicionar o batente e, por cima dele, a coifa, certifique-se que a base da coifa esteja acomodada no tubo do amortecedor, enquanto o topo deve ser encaixado na “caneca” de segurança.
Importante: a trava (ou “caneca”) se apoia na base do amortecedor para sustentar o coxim. A função desta peça é distribuir a força do movimento da suspensão uniformemente pela área em volta do tubo do coxim. Sem essa “caneca”, a haste aplicaria sua carga concentrada diretamente no tubo, e não distribuída pelo coxim, causando rupturas com o uso. Se esta peça não estiver instalada, vá a uma concessionária e a providencie. Não faça a instalação sem a trava – isso pode causar até a perda da garantia do coxim.
2. Observe a posição da mola ao recolocá-la sobre o amortecedor. O final de curso deve encostar no ponto de apoio indicado no prato inferior do amortecedor.
3. Na instalação do rolamento, veja as abas de encaixe que fixam a peça ao coxim.
4. Reinstale o coxim. O prato superior do amortecedor, encaixado ao rolamento do coxim, foi reaproveitado. Na recolocação da peça, que é simétrica, Thiago posicionou a extremidade superior da mola em outro ponto que não tinha sido afetado pelo desgaste excessivo causado pela ausência do rolamento.
5. Rosqueie a porca de fixação do coxim com as mãos. Ao apertá-la com chave, mais uma vez, não se esqueça de segurar a haste com chave allen nº7. O torque específico para esta porca é de 70 a 90 Nm.
6. Solte a compressão da mola, sempre observando os pontos de apoio corretos em suas extremidades. O coxim deve ter movimento de giro.
7. Na montagem da torre, o pino-guia do coxim deve apontar sempre para fora do veículo.
A unidade Aftermarket da Magneti Marelli anuncia o lançamento de novos códigos de bomba d’água premium, radiador e bobina de ignição. A bomba d’água e radiadores são destinadas aos veículos Ford Focus e Amarok, Fox Bluemotion, Gol Rally, Saveiro Cross, Space Fox e Voyage Evidence, da Volkswagen. A bobina de ignição aplica-se nos modelos Cruze e Sonic, da GM.
Confira os detalhes abaixo:
Bomba d’água Premium
Código do Produto: BMMP0600
Aplicação: Volkswagen Fox Bluemotion (2014); Up! 1.0; Gol Rally 1.6 16V (2015); Saveiro Cross 1.6 16V (2015); Space Fox 1.6 16V (2015); Voyage Evidence (2015).
Bobina de Ignição
Código do Produto: BI0074MM
Aplicação: Chevrolet Cruze 1.8 (2010/…) e Sonic 1.6 16V (todos)
O IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), organismo de certificação criado e dirigido por Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, alerta fabricantes e importadores para o fim do prazo de regularização dos estoques de pastilhas e lonas de freios de veículos rodoviários. Conforme a portaria Inmetro nº 55, de 28 de janeiro de 2014, os estoques dos produtos não certificados devem ser zerados até 28 de junho.
Com foco em segurança, a certificação compulsória dos materiais de atrito para freios visa a prevenção de acidentes. “Itens de segurança precisam ter níveis de qualidade padronizados, conforme normas técnicas atualizadas, para evitar que os ocupantes coloquem a vida em risco com o uso de produtos de baixa qualidade”, afirma Joe Tolezano, coordenador técnico do IQA.
Os requisitos da certificação se aplicam às pastilhas e lonas de freios de automóveis, camionetas, caminhonetes, comerciais leves, caminhões, caminhões-tratores, ônibus e micro-ônibus, das categorias M, N e O. “A partir de 28 de junho, os produtos que saírem dos armazéns dos fabricantes ou importadores deverão apresentar o selo do Inmetro”, afirma Tolezano. Para o varejo de autopeças, o prazo é junho de 2017, quando só poderá haver venda de produtos certificados.
O varejo tem mais 12 meses para zerar o estoque de pastilhas e lonas de freio não certificadas. O prazo para lojas, distribuidoras e oficinas é 28 de junho de 2017.
Diante da obrigatoriedade da certificação, todos ficam sujeitos à fiscalização, realizada pela Rede Brasileira de Metrologia e Qualidade, que promove ações de verificação da conformidade durante o ano. Quem não atender os prazos estará sujeito às penas previstas em lei, que envolvem a apreensão dos produtos e multa.
Estão isentos veículos da categoria L (automotores com menos de quatro rodas), máquinas, implementos e equipamentos agrícolas.
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