Koji Takase, presidente da Divisão Aftermarket da KYB do Brasil, conta sobre a atuação da fabricante de amortecedores no Brasil e as perspectivas para o mercado de reposição em meio à crise econômica
“Nós acreditamos que apesar da crise, as vendas para o mercado de reposição continuarão crescendo principalmente nos países em desenvolvimento.”
Revista O Mecânico: Como empresa, como está estruturada a KYB mundialmente hoje?
Koji Takase:: A KYB foi fundada em 1919 pelo sr. Shiro Kayaba em Tóquio, no Japão, e é pioneira no campo da tecnologia hidráulica. Atualmente a empresa possui 39 fábricas e 38 unidades de negócios ao redor do mundo, divididas entre as diversas áreas de atuação, como por exemplo: autopeças, equipamentos hidráulicos, gerenciamento eletrônico, etc.
O Mecânico: Em que ano a KYB se instalou no Brasil? Atualmente, qual é a estrutura da empresa no País?
Takase: A KYB iniciou a operação no Brasil em 2001 atendendo a montadoras. Em 2014 iniciou as atividades de venda para o mercado de reposição. Neste período entre a abertura da fábrica e início de vendas para Aftermarket, o Grupo estudou cuidadosamente o mercado brasileiro de autopeças para definir as melhores estratégias de atuação.
O Mecânico: Qual é a importância do mercado brasileiro para a KYB?
Takase: Apesar da atual situação econômica, acreditamos que o Brasil tem um grande potencial de crescimento em virtude da grande população e do aumento da frota circulante no país, especialmente em carros importados, onde a KYB é a principal fornecedora de equipamento original para montadoras.
O Mecânico: Quais são os próximos planos para as operações da KYB no Brasil?
Takase: A KYB pretende apresentar cada vez mais para o mercado brasileiro a qualidade dos produtos japoneses e desta forma ampliar as vendas de seus produtos
O Mecânico:O mercado brasileiro de venda de automóveis sofreu queda de quase 40% nos últimos dois anos. Como isso se refletiu na KYB? O sr. acha que há a possibilidade de o mercado brasileiro se recuperar no curto prazo?
Takase: A KYB busca continuamente o crescimento no mercado, independentemente das interferências econômicas do país. Por isso, a empresa tem como missão preparar sua equipe para atuar em busca da consolidação de suas estratégias.
O Mecânico: Desde a crise de 2008, a economia global está instável, com altos e baixos em países diferentes e em negócios diferentes. Qual é a sua análise com relação ao mercado global de autopeças atualmente, incluindo o aftermarket?
Takase: Nós acreditamos que apesar da crise, as vendas para o mercado de reposição continuarão crescendo principalmente nos países em desenvolvimento.
O Mecânico: O comércio de autopeças pela internet já está consolidado em diversos países, mas no Brasil ainda é um modelo novo de vendas. Você acha que os consumidores brasileiros vão comprar mais peças em e-commerces no futuro do que nas lojas tradicionais?
Takase: Nós sabemos que as vendas pela Internet têm se tornado muito atrativas, e a tendência é que sejam ainda mais comuns. Porém, é difícil afirmar que este modelo irá superar as vendas em lojas tradicionais em um curto período de tempo, pois ambos atendem diferentes expectativas dos consumidores.
O Mecânico: Em sua opinião, qual é importância do mecânico de automóveis para a KYB?
Takase: O mecânico de automóveis é uma peça fundamental para o sucesso da KYB no Brasil. Pois através de sua experiência e conhecimento irá indicar aos seus clientes os produtos KYB pela qualidade e precisão que este produto oferece.
O Mecânico: A KYB dá bastante destaque em seu website brasileiro para o procedimento de descarte dos amortecedores velhos. Na sua visão, por que essa operação é tão importante?
Takase: O cuidado com o meio ambiente é um dos grandes compromissos do Grupo KYB. Por isso, consideramos de grande importância a orientação sobre o correto descarte dos nossos produtos.
O Mecânico: Qual conselho você gostaria de deixar para os mecânicos que querem trabalhar com peças de qualidade em suas oficinas?
Takase: Para quem busca um produto de qualidade é muito importante ter conhecimento sobre a procedência e confiabilidade da marca antes de indicar ao consumidor final.