Petronas renova visual dos lubrificantes Urania

Com o objetivo de modernizar o portfólio, Petronas apresenta novo visual para os produtos Urania 

A Petronas Lubrificantes Brasil, apresenta nova identidade visual para os produtos Petronas Urania, linha desenvolvida para motores a diesel. Além do novo layout, a empresa busca maior atratividade e comunicação com o consumidor final. 

Segundo a fabricante, a atualização no rótulo permite mais visibilidade para a tecnologia StrongTech; projeção para o nome do produto; facilidade para identificar as montadoras atendidas, bem como a composição do produto (mineral, semissintético ou sintético). 

“A linha Petronas Urania é desenvolvida totalmente para veículos pesados. A inovação nos rótulos dos produtos é direcionada principalmente para o caminhoneiro autônomo, já que o benefício é facilmente identificado em cada embalagem. A nossa expectativa, com a nova identidade visual, é estabelecer uma comunicação mais clara e objetiva com o consumidor final”, ressalta Adriana VanHuffel, Diretora de Marketing Américas da Petronas.

Entrevista | Loja do Mecânico e Revista O Mecânico juntas

Fusão entre o maior e-commerce de ferramentas e equipamentos da América Latina e a mídia mais tradicional do ramo de mecânica automobilística promete revolucionar o ensino profissionalizante no setor

 

No mês de julho, a Loja do Mecânico concluiu a aquisição da Infini Mídia, editora da Revista O Mecânico. Agora, a Revista se tornará não só o braço de mídia do mais bem sucedido e-commerce de máquinas e ferramentas do Brasil como, também, vai aplicar seu know-how em formação e informação técnica para liderar o projeto de escolas profissionalizantes de ensino para mecâ­nicos em parceria com a nova rede de unidades físicas da Loja do Mecânico.

Em entrevista, os fundadores da Loja do Mecânico, Márcio Gurgel (CEO) e Thiago Gurgel (CTO), o sócio da eB Capital, fundo de investimentos proprietário da Loja do Mecânico, Renan Pereira Henrique, e o CEO da Infini Mídia, Fábio Antunes de Figueiredo, contam mais sobre a fusão entre as empresas e os planos para o futuro próximo.

 

REVISTA O MECÂNICO: A Loja do Mecânico nasceu vendendo ferramentas para oficinas mecânicas em Franca/SP há pouco mais de 30 anos. Por favor, poderia contar um pouco sobre como a empresa se tornou o que ela é hoje?

MÁRCIO GURGEL, CEO DA LOJA DO MECÂNICO: A gente começou no porta a porta, vendendo ferramentas para oficinas em um porta-malas de carro em 1988. E aí com o nascimento da era da internet já havia bastante fóruns de mecânicos. Nessa época, em meados de 1998, já existia o e-commerce, mas praticamente só vendia eletrodomésticos da linha branca, moda, calçados. Não se via ninguém se movimentando para venda de máquinas e ferramentas. E aí a gente começou com um site tipo um PDF, sem nada de tecnologia, colocando lá fotos do produto e código, com frete único para todo o Brasil. Eu conto que a empresa crescia 100% a cada mês. No primeiro mês, um pedido. No segundo mês, dois pedidos. Terceiro mês, quatro pedidos, e assim foi.

O mecânico em si tinha dificuldade, principalmente nas cidades mais do interior do Nordeste e Minas Gerais, de ter acesso a ferramentas especiais automotivas. A gente acreditou nesse negócio, foi investindo, vendendo equipamentos para pessoas que nós sequer sabíamos quem era, parecia algo mágico. Havia uma necessidade no mercado. Em 2003 começamos a implementar tecnologia nesse site, e aí veio o e-commerce de verdade. Colocamos meios de pagamento como boleto bancário para facilitar para o comprador. Mas era uma dificuldade achar programador. Então o Thiago (Gurgel), ainda muito novo, fez o cursinho de Dreamweaver e foi me ajudar nessa página. E hoje é um sucesso absoluto entre os mecânicos automotivos e outros profissionais, com quase 200 mil pedidos por mês. Somos considerados o primeiro e-commerce de máquinas e ferramentas do Brasil.

 

REVISTA O MECÂNICO: Recentemente, além dos três centros de distribuição (CD) que já possui, a Loja do Mecânico começou a inaugurar lojas físicas. Considerando que a Loja do Mecânico é referência em e-commerce no Brasil, como esse investimento em lojas físicas se encaixa na estratégia de mercado da empresa?

MÁRCIO: A estratégia de loja física é um braço da Loja do Mecânico se estendendo por todo o Brasil. O e-commerce sempre está crescendo significativamente, mas a loja física ainda está longe de acabar. Qual é o cenário natural? Começar na loja física e ir para o e-commerce. Nós fizemos o sentido contrário, e agora estamos indo para as lojas físicas. A ideia é de omnichannel: ficar a cada dia mais próximo do nosso cliente. Com esse sistema, ele pode comprar na internet e retirar na loja, ou chegar na loja e comprar pela internet.

Neste momento, estamos com oito lojas: duas em Franca, duas em Ribeirão Preto, uma em Jundiaí, uma em Praia Grande, uma em Limeira e a primeira fora do Estado de São Paulo, em Belo Horizonte/MG. Em breve, inauguraremos mais duas lojas, uma em Campinas e outra em Sorocaba. Para os próximos anos, a companhia quer abrir lojas por todo o Brasil. A meta é bem arrojada, mas com a experiência de abertura dessas lojas e com o time de expansão, a gente acredita que vai conseguir.

THIAGO GURGEL, CTO DA LOJA DO MECÂNICO: A loja física em si também tem a função de expansão logística. Toda a venda que é feita na região da loja de qualquer canal, é a loja que entrega. Então, em São Paulo capital por exemplo, o prazo de entrega que era de um ou dois dicas caiu para questão de algumas horas. Nas filiais, estamos com uma média de seis a oito horas. Então, o cliente recebe o que comprou no mesmo dia. Então, além de ser expansão de loja, a presença física tem essa questão de logística. E valor de frete também, que é grátis comprando da loja física.

MÁRCIO: A ideia é sempre estar mais próximo ao cliente para fazer aquelas entregas praticamente no mesmo dia. A maioria das lojas tem um mini-centro de distribuição. Se o sistema identifica que o produto comprado pela internet existe em uma loja próxima ao cliente, o pedido vai para a loja e a entrega pode acontecer praticamente em horas.

Falando um pouco sobre os centros de distribuição, o primeiro foi em Franca/SP, mas a gente viu muito lá atrás que precisávamos estar mais próximos do cliente. Só de ficarmos mais próximos de São Paulo aumentamos em 30% as nossas vendas para a região da capital. E com isso a gente entendeu que deveríamos estar em outras partes do Brasil. Nosso segundo CD foi inaugurado em Recife/PE. Outro grande comprador nosso é a Grande Belo Horizonte, então temos um CD em Betim/MG. E com isso estamos à procura de novos locais. Os próximos CDs serão em Goiânia/GO e Porto Alegre/RS.

REVISTA O MECÂNICO: Em julho deste ano, a Loja do Mecânico adquiriu a Infini Mídia, empresa que edita a Revista O Mecânico. Que oportunidades a Loja do Mecânico vislumbra, agora que possui uma empresa de mídia especializada no segmento de manutenção automotiva?

MÁRCIO: Para nós, é uma alegria imensa. Essa parceria tem toda a sinergia com a Loja do Mecânico. É algo que a gente queria criar dentro da empresa, mas com essa parceria, a gente se uniu com profissionais fantásticos do mercado e demos um salto imenso. O nosso público é o público de vocês (Revista O Mecânico). Nós nascemos como “ferramentasautomotivas.com.br” antes de virarmos a Loja do Mecânico.

Eu acho que mais do que vender, nós temos a responsabilidade de valorizar o profissional e levar a ele informação de qualidade e de quem entende do negócio. Temos muito a fazer juntos. É uma parceria que com certeza vai dar bons frutos. E quem ganha é o nosso cliente. O foco agora é mostrar para esse cliente a diferença de comprar em um e-commerce tradicional e comprar em um e-commerce profissional, que tem a cara dele e, que além de ferramentas de qualidade, traz conteúdo de qualidade para ajudá-lo no dia a dia.

THIAGO: A sinergia vai além do conteúdo. A Loja do Mecânico também montou uma área financeira. Então, a gente oferece consórcio para o profissional, financiamento, suporte técnico dos produtos. E eu acho que com a Revista O Mecânico a gente vai trazer mais informações de como utilizar aqueles produtos, como trazer produtividade para ele. A gente sonha em montar um ecossistema, desde gestão, a parte financeira, ensinar e, mais, com O Mecânico, ajudar o profissional a trazer mais clientes, desmistificar essa coisa de que ele não tem uma certificação, não tem uma profissionalização.

A ideia com O Mecânico é montar essa área de educação e deixar o profissional preparado para tecnologias novas, carros eletrificados, e mais. Queremos sair na frente e que ele consiga, com a Loja do Mecânico, facilitar essa trilha de aprendizado. Vamos levar informação de forma itinerante através da nossa carreta, que estreou na Autopar e vai estar lá no 5º Congresso Brasileiro do Mecânico. A ideia é que no futuro, tenha um espaço nas lojas físicas da Loja do Mecânico para treinamentos e eventos. É um ecossistema que ajuda tanto quem quer entrar nesse mercado como quem já está nele.

MÁRCIO: Resumindo, é o omnichannel, oferecendo ferramentas de qualidade, informação e crédito para que ele consiga realizar o sonho de montar seu próprio negócio. A partir do momento em que ele virar cliente da gente, queremos ajudá-lo a crescer como profissional cada dia mais.

 


 

REVISTA O MECÂNICO: O que é a eB Capital e em quais ramos ela atua?

RENAN PEREIRA HENRIQUE, SÓCIO DA eB CAPITAL: A eB Capital é uma gestora de Private Equity, ou seja, que investe em empresas de capital fechado, e que tem como foco aportar recursos em setores alinhados com as macrotendências globais e que apresentam soluções para lacunas estruturais no Brasil, demanda reprimida e forte potencial de crescimento. Nossos investimentos são voltados para lucro e propósito, buscamos setores e empresas que vão ajudar a desenvolver o Brasil, essa é uma premissa da eB.

REVISTA O MECÂNICO: Vocês declaram que investem em “real economy”. O que seria essa definição de economia real, qual seria a linha de investimento da eB Capital?

RENAN: Falamos de investimento em economia real para nos diferenciar de investimentos em ativos puramente financeiros, que são muito recorrentes no mercado financeiro como, por exemplo, investimentos que visam comprar e vender juros e apostar em uma subida ou descida do dólar. No nosso caso, não. Nós aportamos capital em empresas consolidadas no mercado e com grande potencial de crescimento, que estão produzindo e entregando serviços de valor para o consumidor final. Assim, não se trata apenas de um negócio do mercado financeiro com o propósito de intermediar algo.

 

REVISTA O MECÂNICO: Em 2020 a eB Capital comprou a Loja do Mecânico, o maior e-commerce de marcas e ferramentas na América Latina. Quais foram os motivos desse investimento?

RENAN: Quando a eB Capital conheceu a Loja do Mecânico, ela já era uma empresa grande, com seus R$ 800 milhões de faturamento por ano, ou seja, uma empresa com porte considerável, bem inovadora e uma das primeiras do segmento do e-commerce. O primeiro site foi criado no início dos anos 2000 e já era uma empresa bastante pioneira que levava tecnologia para o segmento de máquinas e ferramentas, que estava desassistido. O que nos atraiu? Realizamos investimentos e trazemos gestão em empresas  campeãs em seus setores. Visualizamos um segmento onde ela era líder, superinteressante, um mercado bem grande, com um time de muita qualidade em uma plataforma tecnológica muito interessante. Este foi o nosso racional e análise para investir na companhia, com o propósito de ajudar a alavancar o negócio. Mais do que fazer um aporte, entramos com governança, para trazer mais gente capacitada e preparada para criar uma cultura de resultados. É exatamente o que sabemos fazer aqui na eB Capital.

Desde então, temos ajudado a Loja do Mecânico em gestão, trazendo pessoas importantes para complementar o time, que é quem está liderando as novas ondas de crescimento e o próprio investimento que colocamos na companhia também – utilizado tanto para continuar atualizando as plataformas tecnológicas como para fazer a abertura de lojas. Essa questão de omnicanalidade, ou omnichannel, era algo que ainda estava no papel para a Loja do Mecânico e nós acreditávamos muito que poderíamos ajudar a tornar isso uma realidade.

 

REVISTA O MECÂNICO: O nosso setor automobilístico tem um problema crônico de falta de mão de obra qualificada, não somente nas indústrias como também no setor de serviços de pós-venda (oficinas mecânicas), e a Loja do Mecânico, com a aquisição da Infini Mídia, tem esse objetivo de criar um ecossistema voltado para o profissional, desde a venda da ferramenta até a instrução profissional. Isso se encaixa na visão da eB Capital de investir em economia real para o Brasil?

RENAN: Encaixa-se 100%. Especificamente, falando de como se alinha com a nossa estratégia na Loja do Mecânico, além do que falamos sobre omnichannel, uma das coisas que acreditávamos muito na hora de fazer o investimento é que os varejistas do futuro terão de fazer mais do que somente entregar o produto. Eles terão que entregar os produtos rapidamente, por qualquer canal, em qualquer lugar, mas só isso não será suficiente. Para sobreviver em um ambiente de competição acirrada, os varejistas precisarão agregar cada vez mais serviços para seus clientes. Educação e informação é um serviço crucial. Sempre esteve na nossa estratégia de que a Loja do Mecânico fornecesse educação e capacitação, portanto acreditamos que, para o futuro da companhia, este pilar é crucial.

A Loja do Mecânico precisa desse motor que vai levar conhecimento para o cliente, que terá início com o apoio do O Mecânico. Temos o sonho para, enfim, conseguir que o conteúdo produzido seja levado também para outros tipos de profissionais do segmento. Isso casa com a nossa estratégia, pois existe essa grande lacuna, já que o profissional está lá no seu dia a dia, trabalhando e tem muita dificuldade em se especializar mais, estudar, entender o porquê e como uma máquina nova funciona, como ela vai trazer mais produtividade, como ele vai ganhar mais dinheiro etc. Se, como varejista, temos o objetivo de vender mais, devemos fazer com que o profissional entenda que a venda de um determinado produto é um investimento que trará mais oportunidade para ele.

Queremos com a educação mostrar que, a partir da reforma de sua oficina ou do investimento em um novo equipamento, no final das contas ele vai aumentar sua renda, conseguir pagar aquele investimento necessário e, com isso, produzir o dobro do que produzia anteriormente.

 

REVISTA O MECÂNICO: E qual vai ser o papel da Infini Mídia, editora da Revista O Mecânico, nesse processo?

RENAN: Acreditamos que a Infini poderá extrapolar o segmento em que está focada atualmente, como em mecânica e que poderá gerar conteúdo e educação para outros públicos-alvo em que a Loja do Mecânico atua, como o de construção civil, marcenaria, jardinagem, indústria etc. Esperamos também que a Revista O Mecânico tenha diferentes tipos de conteúdo, desde pílulas de conhecimento, com vídeos de poucos minutos para falar de um equipamento novo, por exemplo, mas que também ofereça cursos mais completos para formar, do zero, profissionais capacitados e aprimorados tecnicamente, pois há uma lacuna de mão de obra muito grande entre todos os profissionais que a gente serve na Loja do Mecânico. Trata-se de uma grande oportunidade em contribuir para a formação desses profissionais e, em contrapartida, a Loja do Mecânico se beneficia em ter mais clientes bem-informados. Além disso, o segmento de mercado como um todo se beneficia desse novo investimento em educação. Trata-se de um ciclo benéfico no qual acreditamos muito.

 


 

REVISTA O MECÂNICO: O que a Revista O Mecânico, enquanto desenvolvedora de conteúdo técnico, vai agregar à estratégia de mercado da Loja do Mecânico?

FÁBIO ANTUNES DE FIGUEIREDO, CEO DA REVISTA O MECÂNICO: Em primeiro lugar, estamos muito felizes em poder fazer parte de um grupo como a Loja do Mecânico. Acompanhamos toda a trajetória da empresa e admiramos o sucesso alcançado pelo Márcio e pelo Thiago. E agora poder fazer parte dessa história é um privilégio e uma grande oportunidade de crescimento mútuo.

Esse tipo de união, como a que aconteceu entre Revista O Mecânico e Loja do Mecânico, já é uma tendência em outros setores, assim como as “fintechs”. A XP comprou a InfoMoney, o BTG Pactual comprou a Revista Exame. Então, no caso da Loja do Mecânico, a estratégia é muito mais do que oferecer o produto: além de dar a ferramenta, eles querem ensinar o profissional a trabalhar. Isso tem total sinergia com a missão da Revista. E nós vamos agregar nosso know-how em mídia e comunicação, além da experiência com capacitação, que acumulamos durante a história da O Mecânico.

Hoje estamos na mecânica automobilística, que é o nosso foco. Mas estamos também prontos para abrir novas editorias e promover ensino e educação para outros profissionais técnicos do Brasil.

REVISTA O MECÂNICO: Com a aquisição pela Loja do Mecânico, o que muda na Revista O Mecânico?

FÁBIO: A Revista O Mecânico não vai mudar a sua essência. Editorialmente, vamos manter tudo como sempre foi: o foco na informação de qualidade, o foco na formação e capacitação dessa mão de obra que, hoje, está se tornando cada dia mais escassa.

A Revista O Mecânico está com o ecossistema pronto. Nós temos hoje o Curso do Mecânico que é a plataforma de capacitação EAD (ensino a distância), o MecânicoPro que presta suporte ao dia a dia do mecânico na oficina, os eventos como o Congresso Brasileiro do Mecânico, que promove um dia de imersão em conteúdo automotivo técnico, entre outras iniciativas.

Mas nós sabemos que é de suma importância essa formação ou capacitação de maneira presencial. Por isso, agora vamos colocar em prática nosso sonho de estruturar uma escola de ensino profissionalizante para mecânicos.

É uma meta antiga que nós temos de levar capacitação e formação presencial para todo o Brasil. A ideia é começar pela mecânica e depois seguir com as outras editorias que a Loja do Mecânico abrange. As unidades das lojas físicas da Loja do Mecânico proporcionarão capilaridade e escalonamento neste projeto, principalmente no nosso setor, no qual o treinamento desta forma faz total diferença

 

REVISTA O MECÂNICO: Desde 2004, você está à frente da Revista e de todas as iniciativas que foram geradas por ela: Projeto Atualizar, canal de vídeos O Mecânico/O Mecâniconline, Expomecânico, e as já mencionadas.

FÁBIO: Assim como desde 2004 nós colocamos diversos projetos na rua, estamos criando novas formas de comunicação com o nosso público. Com a Loja do Mecânico e o fundo de investimento eB Capital, que tem um olhar de investimento inclusive em educação, esse será um caminho que naturalmente nós vamos seguir.

Mas, sem dúvida nenhuma, o que nos deixa muito empolgados é com a possibilidade que vamos ter de, agora, iniciar uma evolução na base de mão de obra qualificada no Brasil. De fato, nós vamos ter recursos para fazer a diferença no nosso país e para as pessoas.

 

Por Fernando Lalli

Meritor desenvolve eixos na Copa Truck

Meritor completa 12 anos de presença nas corridas de caminhão nacionais e cita o desenvolvimento dos componentes de pistas que vão para as ruas

A Meritor Brasil está presente em mais de 50% dos caminhões preparados que integram o grid de largada da Copa Truck e de acordo com Fernando Martinez, engenheiro Especialista do Produto da Meritor Brasil e responsável pelos projetos dos caminhões, “as ações da Meritor nesta competição vão além do suporte de engenharia e produto, desde o cardã até a roda. Construímos os eixos exclusivamente para os caminhões da Copa Truck”, complementa. 

O engenheiro conta que ao longo de 12 anos de presença em corridas de caminhão, a Meritor Brasil contribuiu com melhorias, incluindo a remoção de mais de 100 quilos desde o início da participação até o atual projeto destes veículos. 

A Meritor contribui tornando os veículos mais leves, melhorando a performance, além de realizar um trabalho preventivo, eliminando as ocorrências de quebra nos sistemas dos caminhões “Desenvolvemos carcaças especiais, diferenciais menores e mais compactos, semieixos e extremidades mais leves e cardãs mais robustos, trazendo para as pistas o nosso conhecimento, além de reter muito aprendizado com a categoria.”, comenta o Engenheiro Especialista de Produto da Meritor Brasil. 

Fernando Martinez acrescenta “Durante este tempo desenvolvemos novos produtos testando-os em conjunto nas pistas e treinos, tais como cruzetas e rolamentos que hoje são usados nos caminhões de todo o Brasil. Estamos sempre presente acompanhando as condições das peças, lubrificação, tempo de uso, entre outras atividades.”. 

O trabalho antes, durante e após cada etapa inclui abertura e avaliação de todo o sistema de eixo, quando necessário, preocupação com o prazo dentro do trabalho preventivo que só foi adquirido durante esses 12 anos e o envio de peças de reposição Meritor para treinos e corridas: lubrificantes, cardãs completos, cruzetas, semieixos, rolamentos para os eixos traseiros e dianteiros e todos os pequenos componentes. 

Segundo a Meritor, a Copa Truck é um grande laboratório, a exemplo dos óleos lubrificantes multiviscosos de alta performance para quaisquer diferenciais, desenvolvidos, testados e aprovados para suportar altos giros, temperatura e pressões extremas das operações nesta competição. Hoje é comercializado pela empresa nas versões sintético e mineral no mercado de reposição. 

Calmon | Preço bom e estilo diferenciado vão alavancar vendas do novo C3

 

Uma verdadeira virada de chave em relação ao C3 tradicional. Nessa terceira geração a Citroën investiu para se diferenciar dentro do amplamente concorrido segmento B (hatches compactos), que oferece mais de 15 modelos. Essa estratégia mostra-se correta e se inspirou nos SUVs incluindo as onipresentes barras no teto, capô plano, arcos de proteção nos para-lamas e uma cabine com mais espaço para cabeça dos ocupantes. Na distância entre-eixos de 2,54 m é praticamente igual ao Onix e HB20.

O novo C3 tem realmente aparência de SUV com altura total de 1,6 m (na realidade uns 2 cm menos em razão das barras no teto). Há bons ângulos de entrada (23°), de saída (39°) e 18 cm de altura livre do solo, o que permite enfrentar bem lombadas, valetas, buracos e um fora de estrada leve. Porta-malas de 315 litros (padrão VDA) é apenas 5% maior que o melhor dos concorrentes diretos, porém acomoda muito bem a bagagem por seu formato. O comprimento de 3,98 m está dentro do padrão dos compactos, assim como a largura de 1,73 m.

Maior destaque do C3 é o seu estilo atual, desde o conjunto óptico dianteiro aos vincos laterais e à traseira bem equilibrada e moderna. O teto bitom preto ou branco é opção por R$ 1.300. A Citroën decidiu entrar na briga em todo o espectro do segmento B, surpreendendo ao oferecer preços entre R$ 68.990 e R$ 93.990. Deve-se notar, porém, que agora há apenas dois airbags (antes eram quatro). Para manter o preço competitivo há apenas o obrigatório controle eletrônico de estabilidade.

A interação dentro da Stellantis evidencia-se não apenas pelo uso da moderna plataforma CMP da PSA. Estão disponíveis tanto o motor três-cilindros de 1 litro origem Fiat com 75 cv (E)/71 cv (G) e 10,7 kgf.m (E)/10,0 kgf.m (G), quanto o 4-cilindros de origem francesa de 1,6 litro 120 cv (E)/113 cv (G) e 15,7 kgf.m (E)/15,4 kgf.m (G). Caixa de câmbio automática de seis marchas inclui opção de trocas manuais e está disponível apenas na versão versão-topo Feel Pack com o motor mais potente.

Consumo de combustível do motor de 1 litro (PBEV/Inmetro): urbano 12,9 km/l (G)/9,3 km/l (E); estrada: 14,1 km/l (G)/10,0 km/l (E). Aceleração 0 a 100 km/h: 15,0 s (G)/14,1 s (E). Consumo para o motor de 1,6 litro e câmbio automático: urbano: 10,3 km/l (G)/7,2 km/l (E); estrada: 12,4 km/l (G)/8,5 km/l (E). Aceleração 0 a 100 km/h: 11 s (G)/10,4 (E).

Cerca de 70% das vendas vão se concentrar no motor de 1 L e escolhi esta versão para uma avalição no Rio de Janeiro (RJ). A posição de guiar mais alta do que os hatch compactos agrada, porém o assento do banco do motorista é um pouco curto. Só a partir da versão Live Pack há regulagem de altura. O quadro de instrumentos é simples demais com velocímetro digital em destaque. A central multimídia de 10 pol., além de fácil de operar, tem espelhamento sem fio para celulares com Android Auto e Apple Car Play. Há três conectores USB de carga rápida, sendo dois para o banco traseiro. Os materiais de acabamento são todos de plástico rígido. Já o desenho do painel é um ponto a destacar.

Motor apresenta nível aceitável de ruído e vibração, embora precise de um pouco mais de potência e torque. Destaques para precisão de direção e o comportamento das suspensões em piso irregular e em curvas (apesar do centro de gravidade mais alto).

 

Noventa milhões de veículos produzidos no Brasil

Até hoje há discussões sobre o primeiro veículo fabricado no Brasil: o Romi-Isetta, de dois lugares e uma só porta ou a perua DKW Universal, da Vemag, posteriormente rebatizada de Vemaguet. O Romi-Isetta tem um grande valor, mas seu uso era limitado. Entre os carros convencionas a perua DKW de duas portas saiu da linha de montagem em 19 de novembro de 1956. A produção de ambos foi muito baixa, praticamente simbólica naquele ano.

Por esse motivo a Anfavea só contabiliza produção desde 1957 e acaba de anunciar que ainda no mês de agosto a indústria automobilística nacional alcançou a marca de 90 milhões de unidades fabricadas nestes 65 anos. O número histórico inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, sem computar máquinas agrícolas e veículos exportados CKD (desmontados).

O primeiro milhão de unidades no ritmo de produção anual só foi atingido em 1993. Dez anos depois, o recorde anual de 3.713.813 veículos que permanece até hoje. Márcio Leite, presidente da entidade, projeta para 2026 a produção acumulada de 100 milhões de unidades no Brasil.

 

Chevrolet Bolt elétrico avança em estilo e acabamento

A General Motors sofreu alguns percalços técnicos com a bateria de seu primeiro modelo 100% elétrico Chevrolet Bolt, um crossover fabricado nos EUA e modelo de entrada da marca neste mercado. Cerca de 200 unidades foram vendidas no Brasil desde o lançamento em 2019, mas a partir deste mês de setembro a importação estará regularizada. O preço até diminuiu nos EUA, mas a desvalorização do real acabou puxando o valor das primeiras 90 unidades aqui para R$ 329.000.

Identificado como misto de monovolume e hatch, o Bolt Premier 2023 tem desenho bem mais evoluído do que a primeira geração, tanto na dianteira quanto na traseira. O interior foi renovado e os materiais de acabamento, refinados. Os bancos ficaram mais confortáveis, enquanto o espaço para cabeça dos ocupantes e as pernas dos passageiros no banco de trás é bom para um carro com 2,60 m de entre-eixos e assoalho plano. Seu comprimento de 4,14 m é 8 cm maior que o Polo.

Em substituição à alavanca joy stick no console há teclas que incluem seleção Sport e de condução com um só pedal, de fácil adaptação por parte do motorista, além de recuperar energia para bateria. Um outro botão, atrás do volante, amplia o nível de regeneração em frenagem. Porta-malas (padrão VDA) tem bom volume: 470 litros.

Em versão única, de topo, o Bolt oferece 10 airbags, sistema de áudio premium Bose, recarga por indução do celular com espelhamento sem cabo para Android Auto e Apple CarPlay, câmeras de alta definição em 360° para o assistente de estacionamento, frenagem automática para mitigar acidentes com detecção de pedestres, entre vários outros.

Motor continua o mesmo: 203 cv, torque instantâneo de 36,7 kgf.m e aceleração de 0 a 100 km/h em 7,3 s coerente com a proposta e o porte do Bolt. Alcance médio de 390 km pelo ciclo de medição SAE J1634, considerado o mais próximo da realidade frente ao WLTP e ao superado NEDC.

Há um novo carregador residencial de carga lenta por cerca de R$ 12.000 (incluída a instalação) para alcance de 40 km a cada hora na tomada. Até 25 deles podem ser instalados nos medidores de condomínio para leitura individual, ajudando a resolver questionamentos em prédios residenciais. Em carregadores rápidos de 50 kW (o máximo suportado) garante 144 km de alcance em 30 minutos.

A plataforma elétrica Ultium da GM com módulos padronizados permite uma distribuição de peso próxima a 50% para cada eixo, o que torna a condução mais segura e prazerosa.

 

Gama Ram aumenta com modelo de entrada Classic

Picape é a geração anterior da 1500 e chega ao país nas versões Laramie e Laramie Night Edition. Preços serão divulgados apenas em 15 de setembro, mas devem se situar entre R$ 350 mil e R$ 400 mil, já que o modelo vai mirar em versões a diesel mais caras de Hilux, S10, Ranger, Amarok, L200 e Frontier. Como vem do México (sem imposto de importação) o preço deve ficar mais competitivo.

Motor Hemi V-8 de 5,7 litros a gasolina é o mesmo da 1500 Rebel, com 400 cv e 56,7 kgfm. Câmbio automático TorqueFlite de oito marchas e tração 4×4 temporária com reduzida. Segundo a marca, a Ram Classic acelera de 0 a 100 km/h em 7,7 segundos. As médias de consumo informadas são de 5,2 km/l na cidade e 6,4 km/l na estrada.

Dimensões são generosas: 5,82 m de comprimento, 2,02 m de largura, 1,97 m de altura e distância entre eixos de 3,75 m. Caçamba tem capacidade volumétrica de surpreendentes 1.424 litros, mas picape leva apenas 531 kg de carga incluindo ocupantes (menos que picapes compactas). No mercado brasileiro isso não importa tanto. Picape média carregando uma tonelada, como as citadas acima, só em poucas situações de uso comercial. Capacidade de reboque de 3.534 kg também é bem incomum no Brasil.

Lista de equipamentos inclui 6 airbags, controles de estabilidade e de tração, sistema multimídia com tela de 8,4 pol., ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura e controle de velocidade de cruzeiro. Plano de manutenção é atraente com três primeiras revisões gratuitas.

Arrancadas são vigorosas e acompanhadas pelo típico ronco do V-8, mas o câmbio é um pouco titubeante em algumas situações. A Classic surpreende pela estabilidade para um veículo deste porte. Suspensão bem calibrada prioriza o conforto com molas helicoidais também no eixo rígido traseiro (como a Frontier). É possível entrar um pouco mais fortemente em curvas, sem surpresa.

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www.fernandocalmon.com.br

Marelli lança anéis de pistão para 13 marcas

Magneti Marelli aumenta oferta para componentes de motor na reposição com 46 novos códigos 

 

A Magneti Marelli amplia seu portfólio de componentes de motor com o lançamento de 46 novos códigos de anéis de pistão. As aplicações atendem veículos de 13 marcas: Chevrolet, Citroën, Fiat, Ford, Hyundai, Honda, Kia, Mitsubishi, Nissan, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen. O catálogo completo está no site www.mmcofap.com.br 

Acoplado ao pistão, o anel de pistão esse componente é responsável por impedir a passagem dos gases de combustão para o cárter, onde fica reservado o óleo lubrificante e, ao mesmo tempo, evitar que esse óleo atinja a câmara de combustão, onde ocorre a mistura ar-combustível e a sua explosão através da centelha gerada pela vela de ignição. Além disso, os anéis são responsáveis por promover a transmissão de calor do pistão para o cilindro ou bloco do motor. 

A Magneti Marelli reforça que a falta de manutenção, especificamente em relação à troca de óleo e dos filtros de óleo e de ar nos intervalos especificados pela montadora, pode acelerar o desgaste das peças internas do motor. Apesar de serem extremamente resistentes ao atrito e a altas temperaturas, os anéis requerem cuidado no momento da montagem nos pistões. 

De acordo com a fabricante, é recomendado a substituição dos anéis quando o veículo apresentar saída de fumaça pelo escapamento, com maior emissão de poluentes, aumento no consumo de óleo e a diminuição do desempenho. 

Além dos jogos de anéis, a marca Magneti Marelli oferece ao mercado a linha de válvulas de motor, composta por mais de 200 itens, distribuídos entre válvulas de admissão e de escape. Os produtos são desenvolvidos com as mesmas especificações dos produtos originais. 

As válvulas de motor servem para permitir ou impedir a entrada ou saída de gases nos cilindros do motor – seja ar para alimentar a combustão ou gases poluentes expelidos durante a exaustão. As válvulas de admissão controlam a entrada da mistura ar-combustível no cilindro dos motores com injeção indireta, enquanto as válvulas de escape permitem a saída dos gases produzidos durante a combustão. 

Os fatores que mais interferem na longevidade das válvulas do motor são as temperaturas às quais estão submetidas, a corrosão do ambiente e os esforços a que são submetidas. 

Se as válvulas do motor estão com folgas ou presas, serão perceptíveis ruídos ou problemas na marcha lenta e no desempenho do motor, com perda de potência, aumento no consumo de combustível e na emissão de poluentes e superaquecimento do motor.

Bosch é premiada no Simea 2022

Trabalho técnico sobre sistema de frenagem regenerativa demonstra redução no consumo de combustível e de emissão de CO2

 

 

A Bosch recebeu o prêmio de Melhor Trabalho Técnico do Simea 2022 (Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva), com o conteúdo apresentado dentro da temática Emissões e Poluentes Veiculares: “Instrumentação Veicular para Testes de Emissões – Avaliação de um Servo-Freio Eletromecânico no Sistema de Frenagem Automotivo”.

O iBooster – produto do estudo da Bosch apresentado no Simea 2022 – faz parte do sistema de frenagem cooperativa regenerativa da Bosch, que utiliza a energia cinética dissipada nas frenagens para recarregar as baterias de carros elétricos e híbridos. Além disso, ele dispensa o uso da bomba de vácuo ou vácuo do motor.

A proposta foi demonstrar a instrumentação veicular em testes homologados para avaliar redução de consumo de combustível e a emissão de CO2 com a implantação de um servo-freio eletromecânico.

Nesta edição do Simea, além do trabalho vencedor, outros três conteúdos foram apresentados por profissionais da Bosch nos painéis técnicos com foco em projetos inovadores para a área da mobilidade: Clique aqui para saber mais.

Nakata dá dicas de manutenção de motos em e-book

e-book disponível gratuitamente no blog da empresa oferece dicas aos profissionais dedicados ao universo de reparação do segmento duas rodas 

 

A Nakata, oferece E-books com diferentes temas, voltados para os mecânicos, vendedores e motoristas, que podem ser acessados no blog da Nakata. Para os mecânicos de motocicletas, por exemplo, há um guia de manutenção de motos que conta com 26 páginas. Os interessados podem encontrar os seguintes assuntos: “Os principais cuidados do cotidiano”, “Os maiores pontos de atenção na manutenção preventiva” e “Os principais erros que acabam com a moto”. 

Para conferir este e-book, basta acessar https://landingpage.nakata.com.br/guia-manutencao-moto 

Além do guia de manutenção de motos, a Nakata possui outros e-books em seu blog com conteúdos sobre dicas de manutenção de veículos, curiosidades, vendas e gestão, que estão à disposição de forma prática e acessível. Basta baixar ou salvar o conteúdo. 

São dicas técnicas de produtos, instalação, gestão para os negócios do setor de reposição automotiva e vendas para profissionais que comercializam autopeças, curiosidades e diversas outras assuntos.

Fabricante explica a importância de usar Arla 32 de qualidade

Fluido Arla 32 precisa ter especificações técnicas e ureia de alta pureza para proporcionar bom desempenho 

 

A Usiquímica iniciou a sua participação no setor automotivo em 2012 com a fabricação do Arla 32, solução para o sistema de redução catalítica em veículos diesel que reduz emissão de poluentes, conforme exigências do Proconve P7, legislação que equivale ao Euro 5 na Europa. 

A fabricante, que possui certificação do Inmetro, está investindo em novas unidades para aumentar a fabricação de Arla 32, para a utilização nos automóveis, bem como da ureia pura, que pode ser utilizada para o preparo do fluido. 

O Arla 32, também chamado de Fluido de Exaustão de Diesel (DEF, do inglês Diesel Exhaust Fluid) é a abreviação de “Agente Redutor Líquido Automotivo”. Trata-se de uma solução aquosa com concentração de 32,5%, em massa, de ureia automotiva (premium) em água ultrapura, que contribui diretamente para a redução das emissões dos poluentes emitidos pelos motores diesel. É um fluido não inflamável, não perigoso e não explosivo. 

Além de seguro, o Arla 32 adequa o veículo aos limites mais restritivos de emissões da fase P7 do Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores, que regulamenta os modelos pesados. 

No Brasil, o uso do Arla 32 tornou-se obrigatório nos veículos que contam com a tecnologia SCR (Selective Catalytic Reduction, sigla inglesa de Catalisador de Redução Seletiva), especialmente desenvolvida para o tratamento de gases de veículos. 

A reação entre a ureia presente na solução e os óxidos provenientes da queima do combustível, converte os compostos danosos ao meio ambiente e à saúde em vapor d´água e gás nitrogênio. Segundo a Usiquímica, estima-se que a utilização de Arla 32 pode reduzir em até 80% a emissão e de até 90% no óxido nitroso, ajudando a preservar a qualidade do ar. 

No entanto, a substituição incorreta do fluido por soluções aquosas de ureia com baixo grau de pureza reduz o desempenho do motor, além de prejudicar o catalisador. Dependendo da categoria do veículo, o motor pode perder de 25% a 40% do seu torque até que seja feito o correto abastecimento com o fluido, e só funcionará adequadamente com o produto fabricado de acordo com as especificações técnicas (com ureia de alta pureza). 

Portanto, a não utilização do Arla 32, além de causar danos ao funcionamento do veículo, também configura infração de trânsito grave, prevista no Código de Trânsito Brasileiro, com previsão de retenção do veículo para regularização e multa. 

A troca do fluido deve respeitar as recomendações do fabricante: o Arla 32 apresenta prazo de validade de 12 meses quando mantido em temperaturas médias de até 30°C, e de 6 meses caso as temperaturas variem de 30°C a 35°C.

NGK esclarece dúvidas sobre velas especiais

velas especiais NGK

NGK destaca que os componentes feitos com materiais nobres permitem reduzir o efeito extintor de energia, elevando a eficiência na queima da mistura

Uma das recentes evoluções percebidas nos motores a combustão interna é a aplicação cada vez mais frequente das velas de alto desempenho. De acordo com a NGK, as chamadas velas especiais elevam a eficiência na queima da mistura ar-combustível por serem produzidas a partir de metais nobres e resistentes, como a platina e o irídio. 

O consultor de Assistência Técnica da NGK do Brasil, Hiromori Mori, explica que o uso desses materiais possibilita reduzir o diâmetro e, por consequência, a massa dos eletrodos nas velas. “Isso gera um grande benefício durante a centelha da vela – aquele momento em que se inicia a queima da mistura ar-combustível. Quanto menor a massa, menos energia calorífica é retirada e maior é a eficiência de queima”, afirma.

Utilizada em carros modernos, sobretudo com motores turbos alimentados, a tecnologia demanda cuidado na hora da manutenção. “Se o veículo já saiu de fábrica com velas especiais, a recomendação é que o motorista mantenha esses componentes e faça a revisão conforme o manual do veículo, que traz a indicação do produto adequado e do intervalo de troca”, orienta o especialista.

Do contrário, a falta de manutenção no sistema de ignição – além de afetar diretamente o consumo de combustível e os níveis de emissões de poluentes – pode comprometer outros componentes, como as bobinas de ignição e o catalisador, que têm custos muito mais elevados que o jogo de velas, “o que reforça a importância de realizar a revisão preventiva”, complementa Mori. 

Outra dúvida comum entre os motoristas envolve a aplicação das velas de platina ou irídio em veículos mais antigos, o que é permitido de acordo com a NGK, que oferece ao mercado de reposição velas especiais disponíveis entre a linha G-Power, com eletrodo central de platina, e a linha Iridium IX, com eletrodo central de irídio.

A NGK disponibiliza aos mecânicos aplicativo para consulta das aplicações e aos condutores informações no site www.ngkntk.com.br

Calmon | Honda HR-V EXL destaca-se pelo pacote de segurança e conforto

Lançado no Brasil em março de 2015, o SUV compacto da Honda cumpriu o ciclo de vida de sete anos e saiu de linha no começo do ano. A nova geração chega ao mercado sete meses depois. Estratégia da marca foi dividir as quatros versões em dois momentos. Agora EX e EXL com o motor 1,5-L aspirado e, dentro de dois meses, Advance e Touring com a versão turbo do mesmo motor, ambas flex.

Dimensionalmente o novo HR-V manteve o mesmo porte da primeira geração com variações milimétricas, à exceção do porta-malas. Este diminuiu de 437 litros para 354 litros para dar mais conforto aos passageiros do banco traseiro com mais espaço para as pernas, enquanto o encosto ganhou 2 graus em inclinação. O estilo agrada bastante em especial na parte traseira com as colunas mais inclinadas e a barra iluminada ligando as lanternas em LED (menos as luzes direcionais). Na frente, grade, faróis (LED em todas as versões) e para-choque formam um conjunto harmonioso. Rodas de 17 pol. também são novas.

O interior e os materiais de acabamento estão mais refinados. Solução bem interessante: difusores do ar-condicionado permitem circulação de fluxo disperso ou direto regulado por controles nas extremidades do painel. Ponto alto do novo HR-V é o pacote de itens de segurança de série. Destaque para o sistema de frenagem automática que detecta pedestres, ciclistas, motociclistas e veículos no mesmo sentido ou em sentido contrário. Infelizmente não há a repetidora do velocímetro em formato digital.

Há ainda a já conhecida de outros Honda câmera no espelho retrovisor direito acionada automaticamente ao se ligara seta para este lado ou manualmente apertando o botão na extremidade da alavanca de seta, projetando imagens na tela do multimídia. O mesmo botão serve para desligar a câmera, se for preciso consultar o mapa de navegação com a seta direita em uso. Câmera de ré e sensores de obstáculo completam o pacote de assistência, mas não há sensores no para-choque dianteiro.

O motor é o mesmo dos Honda City: 126 cv (gasolina ou etanol) e 15,5 kgf.m (G)/15,8 kgf.m (E) com injeção direta de combustível. O antigo motor do HR-V de 1,8 L tinha 140 cv e 17,3 kgf.m. Em razão de reforços estruturais a massa total cresceu 33 kg em relação ao modelo anterior. A sensação ao dirigir no trânsito de cidade é não haver grande diferença de desempenho entre o novo e o antigo HR-V, apesar da potência e torque menores. Isso deve ter acontecido por uma calibração mais apurada do câmbio automático CVT de 7 marchas.

Apenas nas autoestradas pode-se sentir uma pequena perda nas retomadas, por exemplo, de 80 a 120 km/h. A Honda não divulga dados de desempenho no Brasil. Mas o novo motor sem dúvida é mais econômico que o anterior nos ciclos urbano e rodoviário, segundo aferições oficiais do Inmetro. Preços: R$ 142.500 a 149.900.

 

Simpósio debate caminhos da descarbonização no País

“Temos um futuro rico em desafios e uma engenharia brasileira preparada para enfrentá-los”. Essa citação de Besaliel Botelho, presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), ao final dos dois dias de debates, palestras e 39 sessões técnicas que reuniram mais de 800 profissionais do setor, resume bem os resultados positivos do 29º Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva (Simea) realizado em São Paulo (SP). À parte dos temas estritamente técnicos foi importante constatar a convergência entres os pontos de vista do Governo Federal, da academia e da indústria automobilística.

Essa interação ficou clara nas palavras de Margarete Gandini, coordenadora geral de Fiscalização de Regimes Automotivos, do ministério da Economia. Ela lembrou que o governo não produz carros e a política industrial tem que ser definida por todos os participantes. “Já evoluímos em eficiência energética e conseguimos aprovação no Congresso Nacional do programa de renovação de frota”, acrescentou. No entanto, apenas caminhões mais velhos estão contemplados. É um primeiro passo para aposentar os veículos antigos, inseguros e motores a diesel muito poluentes.

Gandini admitiu que “há muita coisa para tocar, como a inspeção veicular”. Esse é um ponto particularmente difícil porque políticos têm horror de contrariar eleitores por mais que essa decisão um dia deva sair do papel. Com 60 milhões de veículos (incluindo motocicletas) em circulação no Brasil, o ar mais limpo não pode depender apenas de carros novos. É preciso estimular a cultura de manutenção da frota.

A representante do Ministério do Meio Ambiente, Marta Giannichi, destacou a necessidade de encontrar caminhos viáveis para o País, o meio ambiente e as empresas, lembrando que a rota de descarbonização não é única. O Brasil foi o primeiro país a introduzir o conceito do poço à roda, anunciado recentemente, que calcula as emissões de CO2 como um todo, incluindo as fontes de energia elétrica. No mundo, atualmente, cerca de dois terços da eletricidade ainda dependem de derivados de petróleo e gás.

A meta brasileira para atingir neutralidade de carbono é até 2050. E há um obstáculo a menos: aqui cerca de 80% da geração de energia elétrica está livre de CO2.

Marcio Leite, presidente da Anfavea, relembrou que o mundo não vai migrar direto para o carro elétrico. “O Brasil tem tecnologias fantásticas como etanol e outros biocombustíveis”, afirmou. Lembrou que a exportação de veículos brasileiros com motores a combustão poderá atender a países que terão transição mais lenta para os elétricos. Sugeriu a produção futura de baterias no País para que não se crie uma dependência do exterior.

O presidente do Sindipeças, Cláudio Sahad, destacou a neutralidade tecnológica “conforme os recursos existentes em cada região do globo”.

Luiz Gustavo Moraes, da GM, defendeu uma migração mais rápida dos carros a combustão para os veículos elétricos. Estes são mais fáceis de exportar, no caso de uma futura produção nacional, porque independem das legislações de controle de emissões de outros países. Moraes não informou quando a GM terá elétricos fabricados no Brasil, porém híbridos não estão nos planos.

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