Calmon | Mobilidade Verde traz desafios e exige cautela ao propor ações

Mobilidade Verde traz desafios e exige cautela ao propor ações - Foto: divulgação
Mobilidade Verde traz desafios e exige cautela ao propor ações – Foto: divulgação

 

Até o final deste mês o Governo Federal anunciará a segunda fase do programa Rota 2030 que estabelece incentivos para desenvolvimento local de novas tecnologias para diminuir o consumo de combustíveis de origem fóssil e também de biocombustíveis como o etanol. Uma das decisões será o critério muito mais válido de calcular o gasto energético pelo critério do poço-à-roda do que apenas do motor-à-roda.

O programa também mudará de nome e passará a se chamar Mobilidade Verde. Os rumores dão conta de que há intenção de acelerar o processo de aditivação de biodiesel ao diesel não renovável. E também o aumento de 27% para 30% do teor de etanol anidro na gasolina.

As duas premissas (a confirmar) precisam de estudos mais profundos. No caso do biodiesel há forte oposição da indústria sobre os percentuais que podem chegar a 15%, mas deveria se limitar a 10%. Quanto ao etanol também seria necessário pesquisar no caso de motores mais antigos com injeção indireta ou direta de combustível, hoje na maioria da frota circulante.

Quando fiz a mediação no mês passado de um dos debates (O Futuro da Mobilidade Sustentável) no 30º Simpósio Internacional de Engenharia Automotiva, enderecei uma pergunta direta sobre esse assunto ao diretor do departamento de biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Marlon Arraes. Ele esclareceu que testes em laboratório e em campo deverão comprovar que essas aditivações não trarão prejuízos aos motores ou à sua manutenção.

Outra decisão que seria anunciada pelo ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços é a taxação (hoje zerada) de 35%, ao longo de três anos, do Imposto de Importação (I.I.) de carros elétricos. Se o Brasil deseja que exista produção local desses veículos, não há o menor sentido de retirar o gravame de veículos importados. Até por questão de isonomia com automóveis de motor a combustão.

Este é um ponto que traz discussões e envolve suspeitas de subsídios ocultos dos produtos chineses exportados para todo o mundo. A União Europeia acaba de acusar de dumping (venda a preços subsidiados) a indústria de veículos elétricos da China e estuda uma taxação extra de 10% a 15%.

Marcas chinesas – GWM e BYD – acenam para fabricação (ou mesmo simples montagem) de elétricos no Brasil. Se o I.I. é zero, fica mais rentável simplesmente importar.

A ver se rumores vão se confirmar e os desdobramentos destas decisões.

BMW apresenta M2 como modelo raiz

Um posicionamento muito claro do fabricante alemão foi confirmado por declarações do executivo responsável pelo desenvolvimento técnico da marca, Frank Weber, ao site australiano Carsales que controla o congênere Webmotors no Brasil. Ao contrário de outras marcas, a BMW faz questão de pontuar: “Não anunciaremos nenhuma data de término de motores a combustão, pois é impossível fazer mudanças estruturais, industriais e culturais necessárias para a produção apenas de veículos 100% elétricos até 2030. Eles coexistirão pelo próximos 10 a 15 anos.”

Trata-se de uma posição corajosa em contraste com outras marcas que escolheram se precipitar. Uma prova do caminho escolhido é a vinda do México (isento de imposto de importação recíproco entre os países) do visceral M2. O modelo é um cupê de dimensões menores que o Série 3 e se caracteriza pela grade frontal diferente da tradicional da marca, além de soluções atraentes como as “bolhas” nos para-lamas traseiros e as inusitadas quatro saídas de escapamento para um motor de seis cilindros em linha, 3-L, biturbo, 460 cv e 56 kgf·m.

O interior apresenta o alto padrão de acabamento da marca, além do arrojado conjunto de tela curva: 12,3 pol. no quadro de instrumentos e 14,9 pol. na central multimídia. Os dois bancos traseiros, previsivelmente, têm pouco espaço para as pernas, porém o porta-malas é razoável (390 litros).

Apesar dos 1.725 kg de massa total, o M2 atrai pelo alto desempenho: 0 a 100 km/h, em 4,1 s com câmbio automático epicíclico de oito marchas. Câmbio manual existe no exterior, mas não será oferecido aqui. Há duas versões: Coupé por R$ 617.950 e Coupé Track com bancos dianteiros tipo concha por R$ 667.950.

208 com motor 1-L turbo pode aposentar o 1,6-L

O estilo é reconhecido de longe e sempre representou um ponto de grande destaque da marca francesa. No entanto, ficava devendo em termos de desempenho frente aos concorrentes que migraram rapidamente para motores com turbocompressor. Com a formação da Stellantis, em janeiro de 2021, o cenário mudou. E o Peugeot 208 acabou recebendo primeiro o motor tricilindro 1-L turbo do novo Grupo, antes mesmo do hatch Fiat Argo.

Este é o motor flex de 1.000 cm3 mais potente com etanol ou gasolina entre os produzidos atualmente no Brasil: 130 cv (E)/125 cv (G) e 20,4 kgf·m (para ambos os combustíveis e neste caso o valor é igual ao motor da VW de mesma cilindrada, cuja vantagem está em rotações mais baixas – 2.000 rpm contra 4.250 rpm). No entanto, o câmbio automático CVT de sete marchas no uso cotidiano garante a elasticidade que falta ao motor aspirado de 1,6 L, ainda oferecido pelo fabricante francês, mas que pode ser aposentado.

A Peugeot oferece três versões com o novo motor e preços entre R$ 99.990 e R$ 114.990. A mais cara inclui rodas de liga leve de 17 pol. e teto solar (opcional na versão de R$ 100.000), além de seis airbags (dois do tipo cortina) e outros itens de segurança em um pacote de série que inclui alerta de colisão frontal com frenagem automática de emergência e detecção de pedestre, entre outros.

Na viagem de avaliação o conjunto mecânico entregou o que faltava em termos de desempenho com resposta imediata ao acelerador e registro de 0 a 100 km/g em 9 s (E) e 9,2 s (G). O volante hexagonal é único com base e topo achatados que, em princípio, parece estranho, mas não fica difícil de se adaptar e permite visão completa do quadro de instrumentos por cima dele. O acabamento interno é bom, comportamento em curvas perfeito e freios com potência adequada.

O 208 deve receber em 2024 as modificações já feitas no homônimo francês. Já o 2008 passará a ser fabricado na Argentina.

Semana Nacional do Trânsito: 18 a 25 de setembro

Pelo 26º ano consecutivo se comemora essa campanha prevista no Código de Trânsito Brasileiro que conta, entre os principais impulsionadores, a ONG Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV). “Faça o bem, não importa a quem” é a linha mestra do movimento em 2023, que pretende induzir uma maior conscientização entre motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres com o objetivo de diminuir o número de 94 mortos diárias em média no trânsito urbano e rodoviário.

No site https://www.onsv.org.br/semana-nacional-transito/campanhas é possível, mediante um cadastro simples, baixar gratuitamente peças de divulgação para todas as mídias incluindo desde banners até posts e spots para rádio e vídeo.

Entre os seis posts que cobrem todo universo da segurança viária destacam-se: “Leve sua calma para ruas e rodovias” e “Os pequenos só estão seguros, nos equipamentos de segurança”.

NTK têm novos sensores MAP

Especialista da empresa alerta que o uso desse componente de baixa qualidade ou não compatível com o veículo provoca aumento do consumo de combustível e emissões de poluentes

 

NTK têm novos sensores MAP - Foto: divulgação/Niterra
NTK têm novos sensores MAP – Foto: divulgação/Niterra

 

A Niterra anunciou o lançamento de novos sensores MAP (Manifold Absolute Pressure) da marca NTK. O sensor MAP tem a função de medir a pressão absoluta do coletor de admissão, dado este que é fundamental para o correto funcionamento do sistema de injeção.

“Quando o sistema de injeção aplica a estratégia chamada “speed density”, é por meio de sua informação que ele irá definir a massa de ar que está ingressando no motor”, explica o consultor de assistência técnica da Niterra do Brasil, Hiromori Mori. “Com esse dado, o módulo de injeção irá realizar o cálculo da massa de ar que está ingressando no motor e, uma vez determinada a massa de ar, é calculada a massa de combustível que deverá ser injetada”, completa.

Mori alerta que o uso de sensores MAP de baixa qualidade ou não compatíveis com o veículo interfere diretamente nesse cálculo, provocando aumento do consumo de combustível e emissões de poluentes.

De acordo com o profissional, efetuar a substituição do sensor MAP é relativamente simples. “Um cuidado muito importante é verificar possíveis entradas de ar falso provocadas por juntas e vedadores com problema”, alerta. “A entrada de ar falso altera sensivelmente a leitura do sensor MAP”.

Outro ponto necessário é observar eventuais problemas mecânicos e elétricos no motor, como motor fora de sincronismo, compressão, regulagem de válvulas e tensão de alimentação do sensor, entre outros.

O maior risco de conduzir um veículo com sensores MAP defeituosos ou danificados, está relacionado a falhas de funcionamento do motor, que, além do desconforto, podem gerar imprevistos na condução do veículo. “Nos motores turbo, em que o sensor indica a pressão sobre a alimentação, erros na leitura do componente podem ocasionar excesso de pressão que leva a danos ao motor”, afirma Mori.

Para manter os sensores MAP em bom estado de funcionamento, é recomendado garantir que a manutenção do veículo está em dia, verificar o nível do óleo lubrificante do motor e sempre utilizar o óleo específico. “A melhor prática é que, durante as revisões periódicas, o consumidor solicite ao seu mecânico de confiança a checagem do correto funcionamento do sistema de injeção”, conclui Mori.

Faltam 30 dias: Saiba tudo sobre a sexta edição do Congresso Brasileiro do Mecânico

Evento terá como novidade o Evo Automotiva com cursos especiais elaborados pela equipe de treinamento técnico da Bosch

 

Faltam 30 dias: Saiba tudo sobre a sexta edição do Congresso Brasileiro do Mecânico
Foto: O Mecânico

Lançado em 2017, o Congresso Brasileiro do Mecânico chega à sexta edição repleto de conteúdo técnico e exclusivo. O evento tem como objetivo criar uma oportunidade para deixar o mecânico mais próximo das autopeças e montadoras. A sexta edição acontecerá no Expo Center Norte, 21 de outubro.

 

Nesta edição do Congresso Brasileiro do Mecânico a grande novidade será o Evo Automotiva, que são salas exclusivas com cursos especiais elaborados pela equipe de treinamento técnico da Bosch. Inclusive, as inscrições já foram abertas.

 

Faltam 30 dias: Saiba tudo sobre a sexta edição do Congresso Brasileiro do Mecânico
Foto: O Mecânico

 

Também serão mantidos os boxes técnicos teóricos, além de espaços com estrutura para procedimentos práticos. O evento também contará com palestras, que desde a cinco edições já foram realizadas mais de 80 palestras com grandes profissionais e empresas do setor. Além disso, os mecânicos poderão conhecer os mais recentes lançamentos de produtos e serviços em contato direto com as empresas.

Faltam 30 dias: Saiba tudo sobre a sexta edição do Congresso Brasileiro do Mecânico
Foto: O Mecânico

 

Vale informar que a sexta edição do Congresso do Mecânico acontece no sábado dia 21 de outubro no Expo Center Norte no pavilhão amarelo. O evento vai das 8h às 19h. Veja os temas das palestras.

 

Fábrica da BorgWarner produz turbos para veículos eletrificados

Tecnologia produzida na planta é a mesma utilizada nos veículos híbridos fabricados na Europa

Fábrica da BorgWarner produz turbos para veículos eletrificados - Foto: divulgação/BorgWarner
Fábrica da BorgWarner produz turbos para veículos eletrificados – Foto: divulgação/BorgWarner

 

A BorgWarner produz em Itatiba (SP) os mesmos modelos de turbocompressores que são utilizados em veículos híbridos na Europa. Em solo brasileiro, os turbos da série B01 são aplicados em veículos nacionais equipados com motores flex. Entre eles Volkswagen Up!, Polo TSI, Nivus, Virtus e T-Cross 200TSI, e os modelos da Stellantis, Jeep Compass, Jeep Renegade, Fiat Toro, Fiat Pulse e Fiat Fastback.

“Mantemos constante contato com outras plantas da BorgWarner e já identificamos as principais tendências na Europa, em relação à motorização, diferenciação de ciclos e o que isso pode trazer de benefícios para a nossa região” comenta o Diretor Geral da BorgWarner Emissions, Thermal and Turbo Systems no Brasil, Wilson Lentini.

A unidade de Itatiba produz cerca de 500 mil turbos por ano, ela tem tecnologia e conhecimento para desenvolver turbos que podem equipar veículos híbridos. As tecnologias que mais auxiliam na redução de emissões e consumo ganharam posição de destaque entre os pilares da estratégia Charging Forward da BorgWarner. O portfólio de produtos para motores à combustão e veículos eletrificados, considerados pela companhia como “Produtos Fundacionais”, são soluções que auxiliarão as montadoras na transição para a eletrificação. A planta produz três linhas de produtos considerados fundamentais, são eles: turbocompressores, gerenciamento térmico (embreagens viscosas e ventiladores) e sistemas de sincronismo do motor (correntes de sincronismo).  

  

Turbocompressores 

O turbocompressor é conhecido por melhorar o desempenho do veículo. Localizado entre o escapamento e o motor do carro, a atuação do componente promove a redução do consumo de combustível e das emissões, aprimorando significativamente a performance no dia a dia.

Série B01 - Foto: divulgação/BorgWarner
Série B01 – Foto: divulgação/BorgWarner

 

A principal função do turbocompressor é utilizar a energia do escape que seria desperdiçada, para inserir ar comprimido na admissão do motor e melhorar a combustão. O componente é formado por quatro partes principais: turbina, compressor, conjunto central e sistema de controle. A turbina recebe os gases de escape resultantes da combustão, a energia gerada por esses gases é convertida através do processo de expansão no estágio da turbina que converte energia térmica em trabalho, girando o conjunto eixo rotor, no qual conecta estágio do compressor que por sua vez comprime o ar para a admissão do motor, potencializando a combustão e melhorando o desempenho do veículo.

Com esse processo o turbocompressor permite a melhora de torque e potência do motor em até 35% em comparação com motores não turbinados. “Isso também ajuda o veículo a operar com maior eficiência energética. Um bom exemplo é que um motor 1.3 com um turbocompressor oferece melhor desempenho do que um propulsor 2.0 aspirado, por exemplo”, afirma o Supervisor de Engenharia de Aplicações e Validações OEM da BorgWarner Brasil, Luis Pinto.

Segundo a fabricante, o melhor rendimento ocorre num motor de dimensões menores, uma vez que eles têm peso inferior e espaço debaixo do capô, uma tendência cada vez mais presente nos veículos modernos produzidos no mundo todo. Por essa razão, cresce a aplicação dos turbocompressores nos motores menores, de 1.0 a 1.6 litro.  

  

Quais são os cuidados necessários com o turbo?

Para garantir que a vida útil do turbocompressor seja alcançada, Luís Pinto afirma que não exige cuidados especiais, mas há necessidade de atenção com a manutenção preventiva do veículo. Como os turbos utilizam óleo para lubrificar e resfriar, é importante fazer as trocas do óleo e dos filtros de óleo, combustível e ar nos prazos recomendados pela montadora. Outras dicas incluem usar sempre o lubrificante especificado pela montadora, nunca completar o nível do óleo.

A recomendação é fazer as revisões periódicas no veículo e as trocas regulares conforme indicação no manual do proprietário. Em um veículo com turbo, a qualidade da combustão é fundamental para a longevidade do componente, por isso, manter as peças e lubrificantes em dia ajudará a preservar o turbo.

AEA prepara Simpósio Internacional de lubrificantes; saiba como participar

Evento será presencial e acontecerá no próximo 26 de outubro no Milenium Centro de Convenções em São Paulo

 

AEA prepara Simpósio Internacional de lubrificantes; saiba como participar
Foto: AEA/Divulgação

 

A Associação Brasileira de Engenharia Automotiva – AEA já começou a divulgar informações sobre o XVI Simpósio Internacional de lubrificantes, aditivos e fluídos, que acontecerá no próximo dia 26 de outubro no Milenium Centro de Convenções, na capital paulista.

 

Segundo a AEA, nesta edição serão discutidos os diversos caminhos para uma mobilidade sustentável, apresentando os impactos da evolução dos regulamentos de emissões, dos novos combustíveis, da eletrificação e da flexibilidade da matriz energética brasileira.

 

O público-alvo do XVI Simpósio Internacional de lubrificantes, aditivos e fluídos são especialistas e representantes de órgãos governamentais, fabricantes de veículos automotores, autopeças, produtores de aditivos, fornecedores de equipamentos do setor automotivo, fabricantes de ciclomotores, empresas produtoras de combustíveis e distribuidoras, acadêmicos e estudantes em geral.

 

As inscrições para o Simpósio já estão abertas e o horário de abertura do evento será das 8h, com Credenciamento e Welcome Coffee. Já o encerramento está agendado para às 16h30.

Avanços na tecnologia que alteram padrões nos veículos atuais

Avanços na tecnologia que alteram padrões nos veículos atuais - Imagem: divulgação
Avanços na tecnologia que alteram padrões nos veículos atuais – Imagem: divulgação

 

O primeiro registro de um transporte que funcionou com um motor a gasolina é de 1885 e tinha apenas três rodas. De lá para cá, muita coisa mudou e nem mesmo os filmes e histórias puderam prever as transformações dos automóveis. Veículos autônomos, elétricos e com tecnologias de última geração estão transformando todo um setor, seja por meio de legislação ou conforto que fornece aos usuários
 
Apesar de tanta modernidade e eficiência, o segmento automotivo tem enfrentado muitas rupturas, como fechamentos de grandes fábricas, custo de peças e impostos que fazem o valor dos carros subirem. Em agosto deste ano, a venda de veículos registrou uma queda, segundo dados da Fenabrave, se comparado com o mesmo período de 2022. Apesar disso, com a venda acumulada em 1,4 milhão, o mercado se fez crescer em 9,4% em relação aos oito meses do ano passado, ou seja, o mês não foi tão favorável, mas trouxe uma melhora para o ano.
 
Os apps de mobilidade também contribuem para a compra de carros, pois possuem regras que determinam o tempo mínimo de uso, sendo preciso que o profissional troque de veículo. Além disso, nos aplicativos há as categorias econômica e premium, por exemplo, que determinam a separação dos modelos segundo a tabela Fipe. Essa diversificação de categorias permite que os usuários escolham o veículo que melhor se adapte às suas necessidades, tornando o transporte mais personalizado e conveniente.
 
A eletrificação também está ganhando força, com um aumento notável na demanda por veículos elétricos (VEs). Os avanços na infraestrutura de carregamento contribuíram para a popularidade desse modelo, afinal já podemos observar pontos de carregamento em todo o mundo. A variedade de modelos de VEs disponíveis no mercado também está aumentando, oferecendo opções para atender a diferentes necessidades e preferências dos consumidores. Com isso, veremos a popularização desses carros com mais frequência em aplicativos de mobilidade urbana.
 
A tecnologia automotiva tem sido a força por trás das mudanças nos carros modernos. Desde veículos autônomos, que prometem revolucionar a maneira como nos deslocamos, com sensores avançados, sistemas de assistência ao motorista e conectividade inteligente, até os veículos elétricos que buscam reduzir as emissões de carbono, estamos em um momento em que o condutor pode contar com segurança e eficiência mais do que nunca.
 
Com tantas mudanças, novidades e aprimoramentos, é necessário fiscalização, leis e limites que prezem pela segurança de todos e bem-estar da mobilidade. Afinal, apenas no Brasil, são mais de 59 milhões de automóveis registrados, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Trânsito do Ministério da Infraestrutura disponíveis no site do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 
À medida que a indústria automobilística continua a jornada de evolução, os consumidores podem esperar carros mais seguros, eficientes e ambientalmente conscientes. A tecnologia automotiva continuará a moldar a maneira como nos locomovemos e como interagimos com nossos veículos e ecossistema, enquanto os aplicativos de transporte continuarão a oferecer opções personalizadas e convenientes para atender às necessidades, em constante mudança, da mobilidade urbana.

 

 

Thiago Hidalgo, CEO do Consórcio 3C e um dos desenvolvedores do mobizap, aplicativo de transporte individual de passageiros da Prefeitura de São Paulo.

 

Novos componentes da linha Juntas PRO para veículos leves

A linha Juntas Pro atende diferentes marcas de automóveis

 

Novos componentes da linha Juntas PRO para veículos leves - Imagem: divulgação/Corteco
Novos componentes da linha Juntas PRO para veículos leves – Imagem: divulgação/Corteco

 

A Corteco está ampliando o portfólio de juntas de motor com a linha Juntas PRO que é direcionada para veículos da Citroën, Fiat, Ford, General Motors, Peugeot, Renault, Toyota e Volkswagen, entre outras.

Os componentes estão disponíveis em kit completo, kits de retífica, peças avulsas, como junta tampa de válvula, junta de cabeçote e junta de cárter, entre outras. O produto possui rápida aplicação.

É importante manter o cuidado com as juntas, pois ela tem a função de unir partes do motor, que são interligadas e nas quais circulam combustível, lubrificantes, gases e líquidos de refrigeração. Dessa forma, a junta é responsável por garantir que esses fluidos não se misturem, e que o funcionamento do motor se mantenha em boas condições.

Motores 3-cilindros: aquecem em trocas de marcha abaixo dos 3500 RPM? | O MECÂNICO RESPONDE

Veja a resposta do Professor Fernando Landulfo

 

Motores 3-cilindros superaquecem ao trocar de marcha abaixo dos 3500 RPM? | O MEC NICO RESPONDE
Foto: O Mecânico

 

Apesar do motor de 3 cilindros surgir pela primeira vez em 1957 no DKV-Vemag Vemaguet, foi apenas em 2011 que esse conjunto começou a se popularizar no mercado brasileiro. Embora esse propulsor esteja consolidado pelas montadoras no país, ainda gera dúvidas como no Luiz Carlo, que mandou por e-mail um questionamento para o Mecânico Responde.

“Um mecânico me explicou que nos carros com motores com 3 cilindros a troca de marcha em baixa rotação, abaixo de 3500 rpm, pode causar superaquecimento e, portanto, vindo a queimar a junta do cabeçote. Por coincidência, eu sempre procuro trocar as marchas entre 2500 e 3000 rpm e estou com a junta do cabeçote queimada, isso procede?”.

 

De acordo com o Professor Fernando Landulfo, dependendo da condição de uso do veículo isso pode acontecer. “Dependendo da condição de uso do veículo, o seu mecânico está correto. O melhor a se fazer é trocar todas as marchas na rotação de torque máximo do motor, que está estipulada no manual do proprietário”, ressalta.

BMW amplia capacidade de produção motos em Manaus

Fábrica manauara pode 17 mil unidades por ano

BMW amplia capacidade de produção motos em Manaus - Foto: divulgação/BMW
BMW amplia capacidade de produção motos em Manaus – Foto: divulgação/BMW

 

Após um investimento de R$ 50 milhões em 2022, a BMW Group anunciou que irá ampliar a capacidade de produção para 17 mil motos por ano na fábrica de Manaus, Amazonas. Por lá, também sairá da linha de montagem a BMW C 400 X, que será produzida neste semestre.

De acordo com o diretor da planta, Alex Donatti, a ampliação trata-se de uma das etapas do processo. “No total, nossa capacidade de produção aumentará em 33%, isto é, para 20 mil motos e essa ampliação parcial de 13% (15 mil atuais para 17 mil) é um passo nessa direção. Fico imensamente feliz em compartilhar mais este anúncio, pois ressalta o sucesso da operação em Manaus e a confiança que temos do BMW Group”.Ainda como resultado desse investimento, o complexo industrial ganhou o terceiro prédio em março, o que aumentou a área de 10.000 m² para 15.000 m². A fábrica manauara também concentra a operação de distribuição de motos para todo o território nacional.

Vale lembrar que desde novembro de 2022, a BMW produz a F 900 R. Já em março deste ano, a marca começou a fabricar a nova S 1000 RR no Brasil. A BMW Motorrad ainda promete lançar mais cinco novos modelos até 2025 e, também, prevê um aumento de 20% do número de postos de trabalho na unidade fabril nos próximos dois anos.

Calmon | Carros básicos enfrentam problemas para sobreviver

Carros básicos enfrentam problemas para sobreviver - Foto: divulgação
Carros básicos enfrentam problemas para sobreviver – Foto: divulgação

 

Desde os anos 1990 era fácil avaliar o percentual reservado a cada segmento quando um carro novo chegava ao mercado: 30% de versão básica, 50% na intermediária e apenas 20% para a versão mais cara da linha. Esses percentuais foram se alterando com o tempo e passaram para outra distribuição, consolidada a partir de escassez de semicondutores durante a pandemia de covid-19.

Agora apenas 10% são básicos, 40% a 50% intermediários e 50% a 40% de topo. Na realidade os 10% de entrada são para frotistas e locadoras. Esse cenário já não pode ser explicado pela falta de componentes. Há uma razão mais evidente. Os apertos nas legislações de segurança e emissões estão inviabilizando as chamadas versões de entrada e até a oferta de modelos mais em conta.

No mercado brasileiro só há duas opções de subcompactos no chamado segmento A: Fiat Mobi e Renault Kwid, por cerca de R$ 70.000. Várias linhas de produtos de maior porte simplesmente suprimiram a versão básica. Fenômeno agravado pelo avanço dos SUVs e crossovers, modelos mais caros e rentáveis para as marcas.

Na Europa, estudo recente da consultoria LMC Automotive mostrou a mesma tendência. O relatório assinado por Sammy Chan indica: “Estamos vendo uma queda acentuada no número de modelos de entrada à venda, pois os fabricantes vêm optando por não produzir carros pequenos que dão retornos financeiros menores.”

Até mesmo os SUVs que dominam o mercado europeu sofrem. Os modelos intermediários e de maior porte deixam uma margem de lucro bem melhor, o que não acontece com SUVs e crossovers compactos. E o crescimento dos VEB (Veículos Elétricos a Bateria) agrava esse cenário.

Um modelo do segmento A deixa pouco espaço para uma bateria maior. O alcance hoje já é menor que o ideal para a maioria dos usuários, agravado pelos efeitos do clima frio. Serve bem para dirigir na cidade e em viagens curtas. Porém desencoraja compradores que precisam de um carro pequeno para cobrir todos os tipos de uso, incluindo viagens ocasionais de longa distância com bagagem pesada.

O consultor conclui que sempre haverá demanda por modelos básicos. No entanto, pode não atrair os fabricantes para redesenvolver esse segmento, se a lucratividade não for atraente.

Por coincidência ou não o presidente da BMW, Oliver Zipse, afirmou no recém-encerrado Salão de Munique: “O segmento de automóveis básicos desaparecerá ou não será feito pelos fabricantes europeus.”

Civic Type R: caso sério de pura emoção

Não é sempre que se pode desfrutar de uma semana inteira com um automóvel tão desafiador quanto prazeroso ao volante. Embora o conservadorismo exagerado da Honda continue reinante e lá do distante Japão tenha feito um corte de 7% na potência original do motor turbo 2-litros de 320 cv para 297 cv (torque inalterado de 42,8 kgf·m), ainda sobra bastante o que apreciar neste Civic. Aqui a marca não revela o desempenho na aceleração de 0 a 100 km/h, mas na Europa informa 5,8 s.

Arranquei de 0 a 105 km/h (para compensar eventual erro no velocímetro) em 6 s, a melhor de três tentativas. A sensação é incrível e basta puxar a alavanca uma única vez de primeira para segunda marcha. Um engate seco e preciso, a exemplo das quatro outras marchas que se sucedem. O ronco instigante do motor está no nível correto ajudado por alto-falantes, como se fosse necessário. O volante forrado de camurça preta e ótima sensação tátil contrasta com o vermelho do banco concha que garante firmeza lateral e dureza aceitável para a proposta do modelo. Atrás o espaço é para dois passageiros.

Não há dificuldade em manter o hatch de tração apenas dianteira na trajetória correta mesmo em curvas no limite de aderência. Para isso a seleção do modo +R é a mais indicada: sacrifica o conforto de rodagem por uma boa causa. E nas reduções do câmbio manual de seis marchas (uma ode aos saudosistas) surge a providencial aceleração interina para que a operação seja livre de trancos.

As alterações não se restringem às suspensões como uma do tipo multibraço atrás. As rodas de 19 pol. foram especialmente projetadas com borda invertida que exigiram pneus específicos Michelin Pilot Sport 4S 265/30 ZR19. É um conjunto compatível à proposta do carro e deve-se aceitar a natural aspereza, além do cuidado em evitar buracos. De qualquer forma a Honda preferiu sacrificar o volume do porta-malas e colocar um estepe convencional.

Nada foi deixado de lado no Type R. Da aerodinâmica refinada com uma vistosa e eficiente asa traseira (sem atrapalhar um milímetro da retrovisão) aos freios a disco Brembo de quatro pistões na frente e dois atrás, além do diferencial autobloqueante.

O preço é um previsível estraga-prazer: R$ 429.990 e incluído o pacote compulsório Traffic Alert o tíquete sobe para R$ 434.900.

Concorrentes da Ranger ficaram para trás

De fato, o novo produto da Ford abriu espaço no disputado e altamente rentável mercado das picapes médias de cabine dupla. Esse segmento floresceu juntamente com o agronegócio brasileiro, mas também atrai admiradores em grandes e médias cidades e usuários de SUVs de maior porte.

Primeiro reflexo está na superioridade da Ranger não apenas em estilo e acabamento interno, mas em equipamentos como a grande tela multimídia vertical de 12,4 pol. e o potente motor V-6 diesel de 250 cv/61 kgf·m. A começar pelo assento do banco do motorista mais baixo que melhora a postura ao volante. Nível de ruído interno e vibrações evoluiu bastante e há o indispensável freio eletromecânico de autoimobilização, além do sistema desliga-liga o motor no para e anda do trânsito. Quem senta no banco traseiro tem acomodação melhor para as pernas.

A versão de topo avaliada Limited surpreende pelo inédito (em picapes) revestimento macio nas portas dianteiras. Há conexão sem fio para Android Auto e Apple CarPlay e recarga do celular por indução. Quadro de instrumentos eletrônico de 12 pol. traz todas as informações pertinentes ao uso dentro e fora de estrada, inclusive leitura das placas de trânsito de proibido ultrapassar. Senti falta de regulagem de altura do cinto de segurança.

Aceleração do motor é vigorosa e a caixa automática de 10 marchas colabora tanto para o desempenho quanto para as respostas instantâneas do acelerador. Freios e direção também se destacam na grande evolução da picape. Ótimo o acerto das suspensões: menos trepidação e inclinação nas curvas que reflete o oportuno reposicionamento dos amortecedores traseiros, agora externos às longarinas do chassi.

Pontos altos no uso fora de estrada: acionamento do modo 4×4 de forma automática sem necessidade de um diferencial central, controle de descida (HDC) com representação gráfica e calibração corretas, seletor de terrenos que funciona muito bem em especial no modo escorregadio e inclusão de um clinômetro visível no quadro de instrumentos e na tela central.

Especialistas em fora de estrada com quem conversei preferem borboletas atrás do volante para controle sequencial das trocas de marchas, além de botões dedicados para o HDC e bloqueio do diferencial traseiro, agora efetuados apenas pela tela central, mesmo tendo uma tecla de atalho no console para abrir a configuração off-road.

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