A NGK declara que constatou a presença de óxido de ferro nas velas de ignição de veículos em cinco Estados diferentes do Brasil: São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina. Após análise, foi confirmada que o contaminante avermelhado tem origem no combustível. O ferro, quando acumulado na ponta ignífera da vela, causa falhas de ignição e, consequentemente, perda de potência. O contaminante também pode se instalar nos sensores de oxigênio e no catalisador, comprometendo as peças, afirma a fabricante.
Por meio de pesquisas, aliadas às informações de seu SAC, a empresa constatou que as velas de ignição apresentam acúmulo de resíduos pouco tempo após o início da utilização, causando dificuldades de partida, falhas de funcionamento em médias e altas rotações, além de elevação do nível de emissões de poluentes e consumo. Conhecido por aumentar a octanagem do combustível, o ferro não é um dos componentes da gasolina produzida no Brasil e pode ter ocorrido por um processo de contaminação ou uso de aditivo não homologado, afirma a NGK.
A fabricante de velas e cabos de ignição conta ainda que, durante a análise visual das peças, também foram detectados sinais de fuga de corrente, um fenômeno conhecido como flash over. Por ser um condutor elétrico, a presença de ferro na ponta da vela provoca perda de isolação, reduzindo a eficiência na queima do combustível. Por ter alto ponto de fusão, nem mesmo o funcionamento do motor é capaz de promover a autolimpeza dos itens.
“Em casos de uso prolongado de velas contaminadas por óxido de ferro, o Flash Over cobre a superfície do isolador da peça, o que pode induzir o mecânico a confundir com uma vela carbonizada”, alerta Hiromori Mori, consultor de Assistência Técnica da NGK.
Segundo a empresa, é possível identificar o acumulo do contaminante pela inspeção visual da peça. Nestes casos, a recomendação é substituir o jogo de velas de ignição e verificar o estado do sensor de oxigênio e do catalisador, que também podem ser afetados. Também é necessário atentar-se ao combustível presente no tanque, que pode ainda conter o contaminante.
A NGK afirma ainda que o resultado desta análise reforça a importância das velas de ignição como meio de diagnóstico de falhas e perda de rendimento do motor do veículo.
Nakata divulga nome do ganhador da promoção “Pista dos Sonhos”
Renato Batista da Silva, de 32 anos, que trabalha com gestão de qualidade em uma empresa metalúrgica, foi o sorteado na promoção “HG Nakata, Pistas dos Sonhos nos EUA”, lançada na Automec 2015. Ele e mais um acompanhante vão assistir a uma corrida em um dos circuitos mais famosos do automobilismo dos Estados Unidos – são quatro as opções da promoção: Daytona, Indianapolis, Las Vegas e Homestead. Renato ainda não decidiu seu destino.
O ganhador declarou que soube da promoção através da Revista O Mecânico. “Quando recebi a ligação e me disseram que eu havia ganhado a viagem, fiquei surpreso e até pensei que era trote. Levei um tempo para acreditar. Já participei de várias promoções, mas não conhecia ninguém que ganhou. Pude comprovar da melhor forma possível que isso pode acontecer”, conta Renato, que já conhecia a Nakata como referência em autopeça e agora que faz questão de compartilhar com amigos e familiares. Na viagem, ele ainda terá a companhia do experiente piloto Nonô Figueiredo, patrocinado pela Nakata no Campeonato Brasileiro de Marcas.
A gerente de marketing da Nakata, Sabrina Carbone, explica que a proposta da campanha era criar uma ação que oferecesse uma experiência única e marcante ao ganhador. A promoção foi aberta ao público em geral e não vinculou compra de produtos. “Com esta ação, conseguimos impactar milhares de pessoas, entre profissionais do setor de reposição automotiva (lojistas e reparadores), assim como consumidores finais”, afirma Sabrina. O sorteio foi realizado no dia 01/07/2015 e foi homologado pela Caixa Econômica Federal (Certificado de Autorização Caixa n° 4-0444/2015).
Mahle Aftermarket lança nova linha para máquinas agrícolas e de construção
Após a integração da empresa Letrika ao seu grupo, a Mahle Aftermarket estará distribuindo motores de partida, alternadores e motores elétricos para máquinas agrícolas e de construção sob a marca Mahle Original a partir de janeiro de 2016. A Letrika é uma empresa da Eslovênia que produz componentes para sistemas elétricos de veículos motorizados desde 1960. Atualmente, ela fabrica não apenas alternadores e motores de partida para sistemas de acionamento elétrico, mas também sistemas mecatrônicos para veículos de passeio, caminhões, máquinas agrícolas e de construção e aplicações marítimas.
“Nossos clientes do aftermarket se beneficiarão da integração da Letrika ao Grupo Mahle. A nova subsidiária Mahle Letrika está fundamentada em muitos anos de conhecimento em produtos e serviços, particularmente no setor de máquinas agrícolas e de construção. No ano que vem, isto significa que, além de ampliar o portfólio incluindo alternadores, motores de partida e motores elétricos, a Mahle Aftermarket também estará oferecendo informações técnicas e suporte, instruções de reparo e cursos de treinamento”, comenta Olaf Henning, membro do Comitê Gerencial da Mahle e diretor Executivo da Mahle Aftermarket.
“No longo prazo, nosso conhecimento relacionado a componentes para motores, filtros e turbocompressores para caminhões complementará maravilhosamente a competência da Mahle Letrika. Neste aspecto, vemos um enorme potencial junto os nossos distribuidores globais”. Segundo a Mahle, o varejo e as oficinas de reparação terão acesso a um portfólio de produtos que inclui o segmento de máquinas agrícolas e de construção a partir de uma única fonte e com qualidade de equipamento original.
Repsol inicia fabricação e venda de óleos lubrificantes no Brasil
A Repsol começa a vender no Brasil óleos lubrificantes para motos, veículos leves e pesados. A fabricação também é brasileira e, através da rede de distribuidores comerciais, a venda se estenderá para os demais estados de Brasil. No futuro, a empresa também comercializará lubrificantes industriais. Os lubrificantes foram desenvolvidos no Centro de Tecnologia Repsol, em Móstoles, na Espanha. O centro conta com mais de 400 cientistas e pesquisadores.
A marca espanhola marca seu retorno ao mercado brasileiro pois o considera de grande importância para a empresa. “São Paulo é o principal consumidor de lubrificantes do Brasil”. Afirmou Orlando Carbo, diretor de lubrificantes da Respol. Em evento realizado em 07 de outubro, no Hotel Holliday Inn, em São Paulo, os executivos da Repsol, Orlando Carbo, diretor de lubrificantes, Begoña Perez, gerente de desenvolvimento de negócios de lubrificantes e especialidades e Alfonso Gotor, chefe do escritório Repsol Lubrificantes do Brasil, lançaram a nova linha de lubrificantes para motos, veículos leves e pesados.
A Repsol tem presença de destaque no Brasil por sua atividade de exploração e produção de petróleo, um dos países com maior crescimento de reservas de hidrocarbonetos no mundo. Segundo a empresa, o pré-sal brasileiro é uma área estratégica, onde ela faz parte do consórcio que opera o campo de Sapinhoá, em produção no pré-sal da Bacia de Santos. Como operadora, a companhia é responsável pela descoberta de Pão de Açúcar, a maior já feita no pré-sal da Bacia de Campos. Em 2010, a companhia firmou sociedade com a chinesa Sinopec, dando origem à Repsol Sinopec Brasil.
Rede de distribuição
A partir deste mês de outubro, a importadoras e distribuidoras de motopeças IFB distribuirá com exclusividade no estado de São Paulo a linha de lubrificantes para motocicletas da marca Repsol. “Para a IFB é uma imensa satisfação ser responsável pela distribuição dos lubrificantes Repsol, uma marca conceituada que prima pela qualidade”, declara Orlando Leone, diretor presidente do Grupo Montanna e presidente da Anfamoto (Associação Nacional de Fabricantes e Atacadistas de Motopeças). A IFB faz parte do Grupo Montanna que está no mercado de Motopeças e acessórios a mais de 27 anos distribuindo as melhores marcas do segmento e agora agregando a marca Repsol.
Nakata lança várias peças para o Chevrolet Cobalt na reposição
A Nakata atualiza sua lista para o modelo Chevrolet Cobalt, com vários componentes dos sistemas de suspensão (amortecedor, pivô, bieleta), direção, motor, freio e transmissão. A fabricante conta com aplicações para modelos de 2011 a 2015.
Confira a lista abaixo:
Amortecedor Pressurizado HG: 01/12 – 12/15, Código HG 31213
Amortecedor Pressurizado HG: 01/12 – 12/15, Código HG 33087
Amortecedor Pressurizado HG: 01/12 – 12/15, Código HG 33088
Terminal de direção: 06/11 – 12/15, Código N 93024
Terminal axial: 01/11 – 12/15, Código N 93025
Pivô de suspensão: 01/11 – 12/15, Código N 93035
Bieleta: 06/12 – 12/14, Código N 93036
Bomba d’água: 01/12 – 12/15, Código NKBA03162
Bomba d’água: 01/12 – 12/15, Código NKBA03167
Pastilha de freio: 01/12 – 12/15, Código NKF 1275P
Pastilha de freio: 01/12 – 12/14, Código NKF 1348P
Disco de freio: 01/13 – 12/13, Código NKF 6238
Disco de freio: 01/12 – 12/14, Código NKF 6239
Tambor para freio: 01/13 – 12/13, Código NKF 7065
Michelin amplia linha de pneus para transporte rodoviário
A Michelin lança o pneu X Line Energy Z na dimensão 295/80 R22.5 para atender as novas demandas do mercado de transporte rodoviário de cargas e passageiros. A fabricante indica o lançamento para todas as posições e otimizado para os eixos direcionais nos mais variados tipos de veículos, por médias e longas distâncias, e foi desenvolvido especialmente para trechos que combinem estradas retas e planas, e estradas com baixa incidência de curvas, aclives e declives, com pisos asfaltados, em bom ou pelo menos razoável estado de conservação.
Em relação ao seu antecessor, o pneu 295/80 R22.5 XZA2+ Energy, o novo X Line Energy Z, segundo a Michelin, garante mais economia, mais segurança e conforto e menor ruído. A fabricante explica que o composto de borracha “Energy”, da banda de rodagem, proporciona um menor aquecimento do pneu durante o uso, reduzindo sua resistência à rodagem, contribuindo assim para um baixo consumo de combustível do veículo. Já o desenho da banda de rodagem oferece uma melhor distribuição das pressões no contato com o solo, provocando um desgaste mais uniforme do pneu e, consequentemente, melhor rendimento quilométrico em sua 1ª vida.
Outro detalhe que a Michelin ressalta é a carcaça com o composto interno de borracha “X CORE”, utilizado abaixo das lonas do topo do pneu, projetado para proporcionar uma velocidade de propagação da fissura 5 vezes menor. No caso de uma perfuração, é possível reparar o pneu antes da sua perda prematura por oxidação dos cabos, garante a fabricante. Devido à maior resistência a choques, perfurações e infiltrações, o rendimento total pode aumentar em até 10% em relação ao seu antecessor.
Toyota do Brasil faz dois recalls para sanar problemas em airbags
A Toyota do Brasil começa a fazer dois recalls diferentes envolvendo airbags. Para os veículos Corolla (produzidos entre abril de 2007 a fevereiro de 2008) e Fielder (fabricados em abril de 2007 e entre junho de 2007 a junho de 2008) o problema está no rompimento inadequado do deflagrador do airbag do passageiro, que, segundo a fabricante, pode provocar a dispersão de pequenos fragmentos de metal da carcaça do deflagrador, juntamente com a bolsa deflagrada. Esta campanha abrange um total de 40.045 unidades.
Já para os veículos Hilux e SW4 (fabricados de janeiro de 2006 a outubro de 2011) e Corolla (produzidos entre outubro de 2007 a dezembro de 2011) o defeito é o mesmo, mas no airbag do motorista. Esta campanha, por sua vez, abrange um total de 384.596 unidades.
Entre os riscos citados pela Toyota, nos dois casos, estão danos materiais e lesões físicas graves ao passageiro no banco dianteiro e aos demais ocupantes do veículo, no caso de colisão frontal que provoque a deflagração da bolsa do airbag.
A campanha para a correção preventiva do problema no airbag do passageiro dos Corolla e Fielder começou nesta terça-feira, dia 13/10. O proprietário de um dos veículos envolvidos deve agendar o serviço e levá-lo a uma concessionária da marca para a desativação da bolsa do airbag do lado do passageiro e a fixação de etiqueta adesiva no painel do veículo, por meio da qual o consumidor será alertado sobre a desativação temporária do airbag. A segunda etapa tem início em 23 de novembro de 2015 e fará a substituição do deflagrador e a reativação da bolsa do airbag do passageiro.
Na campanha de correção preventiva do airbag do motorista, a partir de 19/10/2015, a Toyota substituirá o deflagrador da bolsa do airbag do lado do motorista.
Para confirmar o envolvimento e agendar o atendimento do veículo, os proprietários deverão entrar em contato com a Rede de Concessionárias Toyota. Os endereços e telefones estão disponíveis no endereço eletrônico www.toyota.com.br. O SAC da rede é 0800-703-02-06.
Substituição do airbag do passageiro
Veículos envolvidos: COROLLA E FIELDER
Substituição do airbag do passageiro
Veículos envolvidos: HILUX, SW4 E COROLLA
BMW inicia produção do MINI Countryman no Brasil
A BMW anuncia o início da produção nacional do Countryman, o primeiro veículo da marca MINI a sair da fábrica do grupo em Araquari/SC. O modelo será produzido na motorização Cooper S, nas versões Top e ALL4. Além do Countryman, também são produzidos na unidade os BMW Série 3, X1, Série 1, e X3.
Primeiro MINI com cinco portas a ser lançado pela marca, o MINI Countryman traz em sua versão 2015 configuração de cinco lugares, tração nas quatro rodas opcional. A motorização Cooper S 1.6l turbo gera 184 cv de potência e torque de 240 Nm, proporcionando um 0-100 km/h em 7,9 segundos. Os veículos produzidos no Brasil chegam à rede de concessionárias BMW a partir do mês de dezembro por R$ 143.950,00 (versão Cooper S Top) e R$ 149.950,00 (versão Cooper S All4).
Raio X – Peugeot 2008 Griffe THP
Novo SUV da Peugeot promete esquentar a briga em seu segmento equipado com o premiado motor THP em versão flex; pontos de atenção na hora do diagnóstico de reparo são semelhantes a outros modelos da marca francesa
Texto: Fernando Lalli e Fernando Naccari
Fotos: Isabelly Otaviano
O mercado está difícil, mas 2015, definitivamente, é o ano dos SUVs: um segmento antes tranquilamente dominado pelo Ford EcoSport, e que agora está movimentadíssimo. Depois do imenso barulho gerado por Jeep Renegade e Honda HR-V, outros lançamentos pareciam estar relegados a fazer mera figuração. Mas o Peugeot 2008, principal novidade da marca francesa para 2015, promete incomodar e se tornar uma das opções mais interessantes do segmento.
A versão Griffe, testada pela Revista O Mecânico, traz o excelente motor THP Flex (1.6 com turbo e injeção direta) na mesma versão do Citroën C4 Lounge. A potência máxima de 173 cv no etanol se deve ao turbo de alta pressão, que faz ainda os 24,5 kgfm de torque surgirem já aos 1.750 rpm, se mantendo estável por longa faixa de rotação. A combinação entre motor e câmbio oferece força e velocidade de resposta em qualquer situação de condução na cidade e, ainda, é bastante econômica: a média de consumo variou entre 8,0 e 8,4 km/l rodando com etanol.
No percurso fora de estrada, a Peugeot promete um 2008 valente através do sistema Grip Control, capaz de controlar a tração nas rodas dianteiras (não há 2008 com tração 4×4) em diferentes solos: um botão giratório no console central permite ao motorista escolher entre os modos areia, lama, neve (pista escorregadia), com ou sem controle de estabilidade (ESP) ativado.
A suspensão McPherson, bastante semelhante à utilizada pelo compacto 208, tem calibração mais mole que a do modelo de origem. Em ruas irregulares, em baixa velocidade, a carroceria oscila mais do que o esperado, dividindo opiniões sobre o carro ser “confortável” ou “macio demais” nessa situação. O interessante é que esse fenômeno não se acentua em velocidades mais altas ou em curvas. A direção com assistência elétrica é bem sensível, mas, igualmente, não transmite insegurança. Já a traseira possui característica semelhante a utilizada no 3008 e proporciona conforto aos ocupantes.
No pacote de conforto soma-se ar-condicionado bi-zone e uma eficiente central multimídia que controla sensor de estacionamento com sensor de ré, rádio AM-FM, conexão bluetooth e GPS. O painel do 2008 é semelhante ao utilizado no 208, com volante pequeno e painel de instrumentos com visualização superior.
Na hora do reparo
O cofre do motor não traz surpresas. Como todo THP, a grande maioria dos sensores ficam localizados na parte superior do motor, permitindo um diagnóstico e reparo com tempo otimizado.
MOTOR
Volume: 1.598 cm³ •• Número de cilindros: 4 •• Número de válvulas: 16 •• Potência máxima: 173 cv / 6.000 rpm (etanol) ou 165 cv / 6.000 rpm (gasolina) •• Torque máximo: 24,5 kgfm / 1.750 rpm (etanol e gasolina) •• Taxa de compressão: 10,2:1 •• Comando de válvulas: Acionamento por corrente, variável na admissão e exaustão •• Óleo de motor: Total INEO 5W30 •• Substituição do óleo do motor: a cada 10 mil km •• Substituição do filtro de óleo e anel do bujão do cárter do motor: a cada 10 mil km •• Verificação da estanqueidade e estado do cárter do motor: a cada 15 mil km •• Verificação do estado do sistema de exaustão (coletor, juntas, catalisador, silencioso e ponteira): a cada 15 mil km •• Verificação do estado das mangueiras, rótulas e buchas: a cada 10 mil km •• Verificação do estado dos protetores de borracha: a cada 30 mil km ou dois anos •• Verificação do estado dos protetores de poeira e água: a cada 10 mil km.
ALIMENTAÇÃO, IGNIÇÃO E INJEÇÃO
Injeção: direta •• Substituição das velas: a cada 40 mil km (20 mil km em uso severo) – As bobinas de ignição são do tipo individual e também ficam expostas. Basta soltar a trava dos conectores e puxá-las (não puxe pelos ganchos). Turbina e coxins são itens de fácil acesso •• Substituição do filtro de ar: a cada 20 mil km (10 mil km em uso severo) – No entanto, o filtro de ar possui difícil acesso, abaixo da chamada “churrasqueira”. Para substituí-lo, será necessário desmontar o conjunto, pois sua tampa de fixação é parafusada •• Substituição do filtro de combustível: a cada 20 mil km (10 mil km em uso severo) – Ao invés do popular “tanquinho” de gasolina ou de aquecimento na linha de combustível, o sistema flex do motor THP traz um novo sensor que identifica a presença de etanol através da resistência elétrica em um ponto da tubulação de combustível
ARREFECIMENTO
Sistema de arrefecimento: Supracoolant diluído •• Verificação do liquido de arrefecimento: 120 mil km ou quatro anos – Em caso de necessidade de substituição, o acesso ao radiador é difícil. É necessário remover o para-choque por completo.
TRANSMISSÃO
Caixa de mudanças: Manual de 6 marchas •• Óleo de câmbio: 75W80W •• Tração: Dianteira •• Verificação da estanqueidade e estado do câmbio: a cada 15 mil km.
Como funciona o Grip Control: o sistema se adapta ao terreno agindo sobre as rodas dianteiras, sem acréscimo de peso, apenas com o auxílio dos elementos eletrônicos que já equipam o veículo, no caso, o programa de estabilidade eletrônica (ESP) que engloba: o anti-bloqueio de rodas (ABS); o repartidor eletrônico de frenagem (REF, que distribui a pressão de frenagem entre a dianteira e traseira); a assistência à frenagem de urgência (AFU); o sistema anti-derrapagem de rodas (ASR); o controle dinâmico de estabilidade (CDS); e a função Hill Assist (auxiliar de saída em aclive, a popular “rampa”).
O condutor pode, a qualquer momento, escolher entre os cincos modos de utilização disponíveis no seletor posicionado no console central:
– Modo “Normal”: apropriado para condições de rodagem com um baixo índice de derrapagem, como no asfalto seco das ruas e estradas;
– Modo “Neve”: se adapta instantaneamente a derrapagem de cada uma das rodas motrizes às condições de aderência. Assim que a velocidade do veículo atinge 50 km/h, o sistema entra em modo “Normal”;
– Modo “Barro”: permite circular em solos escorregadios, como lama e grama molhada. Garante a partida do veículo nessas condições específicas transferindo o máximo de torque possível para a roda aderente. Agindo como um diferencial de deslizamento limitado (DGL), ele se adapta particularmente aos caminhos não pavimentados e fica ativo até 80 km/h;
– Modo “Areia”: mantém a derrapagem simultaneamente nas duas rodas motrizes para possibilitar a progressão em solo arenoso e limitar o risco de encalhar o veículo. Este modo funciona até 120 km/h e, em seguida, o sistema entra automaticamente em modo “Normal”;
– Modo ESP Off: oferece ao condutor a possibilidade de desligar totalmente o ESP e o Grip Control, até a velocidade de 50 km/h, administrando a tração com total autonomia. As funções ASR e CDS podem ser desconectadas pelo botão ou controle ESP “off”. Elas se reconectam automaticamente quando a velocidade ultrapassa os 50 km/h.
FREIOS
Dianteiros: Discos ventilados 283 mm x 26 mm •• Traseiros: Discos sólidos 249 mm x 9 mm •• Verificação e ajuste do freio de estacionamento: a cada 20 mil km (10 mil km em uso severo) •• Verificação do desgaste das pastilhas de freio: a cada 20 mil km (10 mil km em uso severo) •• Fluido preconizado: Total Fluidez Peugeot HBF (DOT quatro) •• Substituição do fluido de freio: a cada dois anos – O sistema em si é convencional: as rodas dianteiras possuem discos ventilados e as traseiras são equipadas com discos simples e acionamento do freio de mão via cabo. Mas a central do ABS é de difícil acesso: ao contrário do que é comum na grande maioria dos veículos, ela não fica próxima ao cilindro mestre, mas mais para baixo. Para acessá-la, retire a bateria ou o faça por baixo do veículo.
SUSPENSÃO
Dianteira: Tipo Pseudo McPherson, independente, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora •• Traseira: Travessa deformável, molas helicoidais, amortecedores hidráulicos telescópicos pressurizados à gás e barra estabilizadora •• Verificação dos amortecedores: a cada 40 mil km (20 mil km em uso severo) – Na suspensão dianteira, uma característica já notada em demais modelos da marca é a borracha macia dos pivôs e terminais da bieleta. Outro ponto de observação é a conexão da bandeja com o quadro, que pode gerar ruído •• O sistema da suspensão traseira, por sua vez, é dotado de eixo de torção e possui pontos vazados em suas extremidades, por onde passa a barra de torção. Apesar de eficiente, com os anos de uso, poderemos ouvir algumas queixas de desalinhamento do conjunto e ruídos do tipo metal-metal.
DIREÇÃO
Direção Elétrica com assistência variável •• Direção Assistida: Total Fluide DA •• Nível de fluido de direção assistida hidráulica (se equipado): verificar a cada 10 mil km.
AR-CONDICIONADO
Verificação do estado do filtro de habitáculo: a cada 20 mil km •• Verificação do funcionamento do ar condicionado: a cada 10 mil km.
CARROCERIA e ELÉTRICA
Verificação do funcionamento de vidros e retrovisores: a cada 10 mil km – Atenção ao limpador dos vidros dianteiros, que pode ser fonte de vazamentos. Como o reservatório fica na região de absorção de impactos do para-choque dianteiro, qualquer colisão pode causar quebra do reservatório ou rompimento da bucha da tubulação do sistema (que não é inteiriço) •• Verificação do funcionamento dos faróis, sinalização e iluminação: a cada 10 mil km – Conectores dos faróis são bem visíveis na dianteira, mas ficam expostos no para-choque traseiro. A recomendação da montadora, quando houver necessidade, é sempre trocar as lâmpadas dos faróis simetricamente, nunca de apenas um lado. Isso evita problemas por desequilíbrio elétrico.
Lançamento: Renault Duster Oroch
Primeira picape da Renault produzida em série é brasileira: Renault Duster Oroch é a estreia mundial da marca francesa nesse segmento; desenvolvida no Brasil, chega ao mercado em 1º de novembro com motores 1.6 e 2.0, duas opções de câmbio manual e suspensão traseira multilink
Apresentada oficialmente nesta semana no Rio de Janeiro/RJ, a Renault Duster Oroch é a primeira picape de toda a história da fabricante francesa a ser produzida em série. Desenvolvida pelo RTA (Renault Tecnologia Américas, divisão sediada em São José dos Pinhais/PR), a Oroch foi revelada inicialmente como carro-conceito no Salão do Automóvel de São Paulo em 2014. O lançamento chega ao mercado no mês de novembro com a missão de se posicionar entre as picapes compactas e as médias e trazer em si o melhor desses dois mundos, aproveitando-se de um nicho de mercado (picapes compactas de cabine dupla) que cresceu 50% desde 2010.
A base, obviamente, é do SUV Duster, que goza de ótima reputação pela sua robustez – por isso, era obrigação da Oroch dar conta do recado na hora de carregar peso, mesmo que seu foco seja o lazer, e não o trabalho. Para tanto, o modelo original passou por diversas modificações para se tornar uma picape, começando pela carroceria (monobloco) que, segundo a Renault, recebeu reforço estrutural em toda a parte traseira da cabine, incluindo a coluna “C”, além de reforço também nas longarinas, parede traseira da cabine, suspensão (dianteira e traseira) e assoalho. Em relação ao Duster, a Oroch ganhou 360 mm no comprimento (4.693 mm no total) e 150 mm a mais no entre-eixos (2.829 mm total).
O resultado obtido pela engenharia da Renault é uma caçamba que comporta 683 litros com capacidade de carga de 650 kg. A tampa da caçamba suporta até 80 kg, mesma capacidade do santantônio e o rack de teto. Utilizando o extensor opcional, o comprimento da caçamba aumenta em 603 mm (totalizando 1.953 mm) permitindo carregar cargas de até 2 metros em diagonal, como motos pequenas e bicicletas. O estepe foi deslocado para o assoalho da picape – a fabricante garante que o sistema é totalmente seguro, pois demanda o uso da chave do veículo para abertura e a tampa aberta.
Destaque para a suspensão traseira. Ao invés de eixo de torção ou feixe de molas, a Oroch utiliza sistema multilink emprestado do Duster 4×4 e reforçado na nova picape. O resultado é que, mais uma vez, a Renault surpreende na dirigibilidade: apesar de também ter suspensão dianteira reforçada para suportar mais peso, a Oroch tem comportamento dinâmico muito similar ao do SUV original, jamais transmitindo ao motorista a sensação de “traseira solta” com a caçamba vazia e filtrando irregularidades do solo com muito mais eficiência que a média das picapes à venda no mercado.
Powertrain e equipamentos de série
As opções de motorização da Oroch são as mesmas do Duster: 1.6 16V e 2.0 16V, ambos flex. O motor 1.6 16V oferece potência de 110/115 cv (gasolina/etanol) a 5.750 rpm e torque máximo de 15,1/15,9 kgfm a 2.500 rpm. Já o motor 2.0 16V tem potência máxima de 143/148 cv a 5.750 rpm, enquanto o torque é de 20,2/20,9 kgfm a 4.000 rpm.
A diferença da picape para o SUV está nas opções de câmbio: as versões 1.6 (Expression e Dynamique) trazem transmissão manual de cinco velocidades do Duster 4×2, com a quarta e quinta marchas com relações mais longas. Já a versão Dynamique 2.0 traz o câmbio manual de seis marchas do Duster 4×4 também com relação final encurtada de 4 a 7%. Entretanto, em um primeiro momento, a Renault não oferecerá a Oroch com tração integral.
A preocupação com consumo de combustível também está presente através das funções como o EcoMode, que, acionado por botão no painel centra, busca diminuir o gasto de gasolina e etanol em até 10% limitando a potência e o torque do motor, além de reduzir a potência do ar-condicionado, como afirma a Renault. Outro recurso é o indicador de trocas de marchas (Gear Shift Indicator, ou GSI), que auxilia o motorista a dirigir de forma mais eficiente ao sugerir quando reduzir ou aumentar a marcha para melhor aproveitar as características dos motores.
A lista de itens de série para todas as versões inclui airbags duplos, freios ABS, direção hidráulica, volante com regulagem da altura, ar-condicionado, rodas aro 16 polegadas de liga leve, assento do condutor com regulagem de altura, desembaçador do vidro traseiro, sistema CAR (travamento automático a 6 km/h), computador de bordo com seis funções e vidros com acionamento elétrico traseiro.
Nas versões Dynamique 1.6 e 2.0, a Oroch ainda traz piloto automático com limitador e controlador de velocidade, além do sistema Media NAV Evolution, sistema multimídia que, além de rádio e GPS, integra funções de acesso a bases de dados de sites sobre hotéis, restaurantes, previsão do tempo, rádios pela web, entre outros. O conteúdo é acessado através de uma tela de sete polegadas sensível ao toque no centro do painel.
A linha de acessórios oferece itens como suporte de bicicleta para caçamba, barra de teto transversal (que, segundo a Renault, permite transportar na parte de cima do veículo bicicleta, stand up paddle, prancha de surf e até um caiaque), capota marítima, estribos, apoio de braço central, caixa multibox para caçamba, cooler 12 V, DVD portátil, câmera de ré, protetor frontal com faróis adicionais, o alargador de para-lamas e a grade de proteção do vidro traseiro. A fabricante afirma que o cliente que instala qualquer um dos itens da linha de acessórios original mantém inalterados todos os benefícios da garantia do veículo de três anos.
FICHAS TÉCNICAS
:: Renault Duster Oroch Expression/Dynamique 1.6 16V::
Motor
Quatro tempos, bicombustível (etanol e/ou gasolina), quatro cilindros em linha, 16 válvulas e refrigeração por circuito de água sob pressão
Cilindrada: 1.598 cm³
Diâmetro x Curso (mm x mm): 79,5 x 80,5
Potência máxima (ABNT): 110 cv (gasolina) @ 5.750 rpm / 115 cv (etanol) @ 5.750 rpm
Torque máximo (ABNT): 15,1 kgfm @ 3.750 rpm (gasolina) / 15,9 kgfm @ 3.750 rpm (etanol)
Alimentação: Injeção Eletrônica Multiponto Sequencial
Câmbio
Manual 5 velocidades
Tração: Dianteira 4×2
Relação de marcha
1ª ………………3,73:1
2ª ………………2,05:1
3ª ………………1,32:1
4ª ………………0,97:1
5ª ………………0,82:1
Diferencial: 4,93:1
Suspensão
Dianteira: Tipo MacPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos, molas helicoidais e barra estabilizadora
Traseira: Multilink independente e MacPherson, amortecedores
hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora
Freios
Dois circuitos em “X”, de acionamento hidráulico, com discos ventilados de 269 mm de diâmetro na dianteira e freios traseiros com tambores de 229 mm de diâmetro
Direção
Hidráulica, com diâmetro giro de 10,7 m
Pneus/Rodas
215/65 R16
Medidas
Tanque combustível: 50 L
Volume da caçamba: 683 L
Carga útil: 650 kg
Peso em ordem de Marcha: 1.292 kg
Entre eixos: 2.829 mm
Comprimento: 4.693 mm
Altura: 1.695 mm
Largura: 1.821 mm
Largura c/ espelhos: 1.997 mm
Altura livre do solo: 206 mm
Ângulos de entrada: 26°
Ângulos de saída: 19,9°
Desempenho
Velocidade máxima: 160 km/h (gasolina) / 164 km/h (etanol)
0 a 100 km/h: 14,3 segundos (gasolina) / 13,2 segundos (etanol)
Consumo Estrada: 10,9 km/l (gasolina) / 7,5 km/l (etanol)
Consumo Cidade: 9,6 km/l (gasolina) / 6,6 km/l (etanol)
:: Renault Duster Oroch Dynamique 2.0 16V::
Motor
Quatro tempos, bicombustível (etanol e/ou gasolina), quatro cilindros em linha, 16 válvulas e refrigeração por circuito de água sob pressão
Cilindrada: 1.998 cm³
Diâmetro x Curso (mm x mm): 82,7 x 93,0
Potência máxima (ABNT): 143 cv (gasolina) @ 5.750 rpm / 148 cv (etanol) @ 5.750 rpm
Torque máximo (ABNT): 20,2 kgfm @ 4.000 rpm (gasolina) / 20,9 kgfm @ 4.000 rpm (etanol)
Alimentação: Injeção Eletrônica Multiponto Sequencial
Suspensão
Dianteira: Tipo MacPherson, triângulos inferiores, amortecedores hidráulicos telescópicos, molas helicoidais e barra estabilizadora
Traseira: Multilink independente e MacPherson, amortecedores hidráulicos telescópicos e barra estabilizadora
Freios
Dois circuitos em “X”, de acionamento hidráulico, com discos ventilados de 269 mm de diâmetro na dianteira e freios traseiros com tambores de 229 mm de diâmetro
Direção
Hidráulica, com diâmetro giro de 10,7 m
Pneus/Rodas
215/65 R16
Câmbio
Manual 6 velocidades
Tração: Dianteira 4×2
Relação de marcha
1ª………………..3,73:1
2ª………………..2,11:1
3ª………………..1,45:1
4ª………………..1,11:1
5ª………………..0,91:1
6ª………………..0,77:1
Diferencial: 4,44:1
Medidas
Tanque combustível: 50 L
Volume da caçamba: 683 L
Carga útil: 650 kg
Peso em ordem de Marcha: 1.292 kg
Entre eixos: 2.829 mm
Comprimento: 4.693 mm
Altura: 1.695 mm
Largura: 1.821 mm
Largura c/ espelhos: 1.997 mm
Altura livre do solo: 206 mm
Ângulos de entrada: 26°
Ângulos de saída: 19,9°
Desempenho
Velocidade máxima: 178 km/h (gasolina) / 186 Km/h (etanol)
0 a 100 km/h: 10,6 segundos (gasolina) / 9,7 segundos (etanol)
Consumo Estrada: 10,8 km/l (gasolina) / 7,3 km/l (etanol)
Consumo Cidade: 9,2 km/l (gasolina) / 6,4 km/l (etanol)