Na unidade são produzidas a linha S10 e Trailblazer; informação é de sindicato local
A General Motors vai contratar até 200 trabalhadores para ampliar a produção da S10 em São José dos Campos. O anúncio foi feito pela montadora ao Sindicato dos Metalúrgicos, nesta segunda-feira (26).
A medida levará à retomada do segundo turno do setor de produção da S10, que estava desativado desde outubro de 2023. As contratações acontecerão em outubro, com duração de um ano, prorrogável por mais um. Todos os contratados terão os mesmos direitos e benefícios dos efetivos.
“A abertura de mais postos de trabalho e do segundo turno na linha de produção da S10 é essencial para impulsionar o emprego e fortalecer a economia local. Essa é uma bandeira que o Sindicato sempre defendeu”, afirma o secretário-geral do Sindicato, Renato Almeida.
A planta de São José dos Campos produz 170 veículos S10 por dia. Com as contratações, este número deve passar para 220. Em estimativa serão produzidas mais 1000unidades mensais da S10 que está entre segunda e terceira picape mais vendida do país atualmente. A planta conta com 3.150 trabalhadores.
Estado é responsável por 10% do faturamento da empresa, que visa ampliar negócios na região
A RIO – Riosulense participará da Expo Peças 2024, que acontece de 05 a 07 de setembro, no Centro de Convenções de Goiânia (GO). O objetivo é ampliar os negócios nesse estado, responsável por 10% do faturamento da empresa.
“Pelo terceiro ano consecutivo participamos da Expo Peças, feira expressiva do setor automotivo que cresce a cada ano. Para a RIO, ela é muito importante, pois permite maior aproximação com mecânicos e aplicadores, para apresentarmos as nossas soluções em componentes para motores e ferramentas que podem ajudá-los no dia a dia das oficinas. E isso é fundamental para o crescimento da marca no Estado e em toda a Região Centro-Oeste, onde temos muita representação”, afirma o CEO da empresa, Ornelio Kleber.
Segundo o executivo, além de camisas de cilindro e eixo de comando, a linha agrícola da RIO tem destaque para válvulas para motor, guias e sedes de válvula. Por isso, além dos principais lançamentos da empresa em 2024 como eixo de comando (linha pesada), bomba d’água, (linha leve), bomba de óleo (linha leve) e balancins (linha pesada), será reforçada a divulgação de outros produtos.
Equipe da RIO na Expo Peças 2023
Além dos lançamentos, mecânicos e retificadores que visitarem o estande da RIO na Expo Peças 2024 poderão conhecer a “Garagem do Expert”, plataforma para assistir a videoaulas com conteúdo sobre motores, cabeçotes, componentes e ferramentas. Além das vídeo-aulas, os participantes formam uma comunidade na qual poderão interagir uns com os outros em fóruns, com sistema de gameficação.
Outra atração para os visitantes é o catálogo para auxiliar a busca de peças pela placa do veículo, lançamento da RIO neste segundo semestre. Basta o mecânico informar a placa do carro que está na oficina para identificar todas as peças RIO que compõe aquele motor.
No estande estará em exposição um motor de acrílico para apresentar as peças fornecidas pela empresa. E a empresa oferecerá um brinde exclusivo: uma guia de válvula personalizada com o nome do visitante, em formato de chaveiro, com o seguinte slogan: “A Guia que Movimenta seu Motor. Personalize a sua!”.
O desenvolvedor de produtos RIO, Marcelo Berri, e Cleber Bogo, da área técnica, promoverão uma palestra sobre componentes para motor. O encontro será realizado na Arena do Conhecimento, no dia 7/9, às das 16h30 na Arena 1.
Tema será debatido no 7º Congresso Brasileiro do Mecânico, que acontecerá no dia 19 de outubro.
O 7º Congresso Brasileiro do Mecânico abordará temas pertinentes ao dia a dia de uma oficina mecânica. Entre os assuntos mais votados pelos mecânicos está o diagnóstico e os problemas encontrados nos motores 1.0 com 3 cilindros e sobrealimentação (turbo).
Neste tema, vamos discutir de forma aprofundada os motores de alta potência e baixa cilindrada. Todos eles são alimentados eletronicamente, alguns são superalimentados e/ou fabricados com novos e modernos materiais, como ligas de alumínio. Inclusive, esses motores já estão presentes nos modelos mais vendidos no Brasil, como o Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Fiat Strada, Citroën C3, Peugeot 208, entre outros.
Será debatida também a possibilidade de reforma (retífica) desses motores, o que depende da disponibilidade de peças de reposição adequadas (sobremedida) e das especificações técnicas. Se houver peças disponíveis, os motores podem ser reformados como qualquer outro. E parece que é isso que ocorre com grande parte dos modelos atualmente comercializados. Ao longo das próximas semanas, divulgaremos quem serão os debatedores do assunto do congresso.
Quer participar? Leia todas as informações do evento aqui neste link e garanta sua participação.
Nakata destaca os componentes do sistema e os cuidados necessários para identificação de problemas
O sistema de direção é composto por diferentes componentes como volante, coluna de direção, caixa de direção, barra de direção, terminais axiais ou braço de direção como é popularmente conhecido e o terminal de direção.
Como esse sistema está diretamente ligado à movimentação do veículo, a manutenção dos componentes precisa de boas condições.
A Nakata recomenda atenção no momento da manutenção dos terminais e alerta para alguns sinais que pode apresentar danos aos componentes. Ruídos em manobras ou ao passar por vias irregulares, aumento na folga da direção e vibração no volante podem indicar desgaste do terminal axial.
Falhas em outros componentes também podem ocasionar os mesmos sinais, como desgaste na caixa de direção e folga nos terminais da direção, por isso é necessário atenção no momento do diagnóstico e verificação do sistema. Barulho, vibração ou folga na direção também podem apontar problemas no terminal de direção.
Como funciona o sistema?
O volante, geralmente produzido em alumínio revestido de plástico ou couro em formato circular recebe os movimentos do motorista, por meio da coluna de direção que gira no interior da capa com uma junta na ponta, transmite o movimento para a caixa de direção que é responsável pela conversão dos movimentos de rotação do volante, pela barra de direção que conecta a caixa de direção com a manga de eixo do veículo.
Já o terminal axial é uma haste articulada que conecta a caixa de direção aos terminais de roda, responsável pelos movimentos laterais. Há o terminal de direção que faz a ligação do terminal axial ou barra de direção com a manga de eixo.
A série de turbocompressor B01 flex está presente em outros veículos do grupo Stellantis
A BorgWarner amplia aplicação do seu turbocompressor flex, produzido no Brasil na fábrica em Itatiba (SP), ao equipar o novo Citroën C3 YOU! Outros veículos do grupo Stellantis utilizam os turbocompressores da série B01, como Fiat Strada, Fiat Pulse, Fiat Fastback, Fiat Toro, Jeep Compass, Jeep Commander, Jeep Renegade, Peugeot 208, Peugeot 2008 e Citroën C3 Aircross.
“A aplicação de turbocompressores em carros de passeio com motorização de baixa cilindrada, amplia a gama e a acessibilidade a veículos que reduzem consumo e emissões no mercado brasileiro. Estamos muito contentes em produzir no país cerca de 50% dos turbos que equipam os veículos flex nacionais.”, afirma a Diretora Geral da BorgWarner Turbos and Thermal Technologies no Brasil, Melissa Mattedi.
O turbocompressor tem design compacto, permitindo rápida instalação em motores menores, além de ter otimização nos componentes para redução de peso.
Como fica a manutenção agora com o motor 2.0 turbo, derivado da Rampage?
texto Vitor Lima fotos Lucas Porto
A nova linha do Jeep Compass trouxe uma atualização muito bem-vinda ao SUV. Se contarmos os números de versões apenas do modelo com motor a combustão, serão sete opções aos consumidores, porém, cinco dessas opções mantiveram os motores já conhecidos do público e claro, dos mecânicos, com opções entre o motor 1.3 T270 turbo flex e o motor a diesel TD350. Mas a grande novidade se deu pelo uso de um motor 2.0L para as duas versões topo de linha, Overland e Blackhawk.
JEEP COMPASS com motor 2.0 da RAMPAGE de 272cv: como fica a manutenção? | RAIO X
Essas duas versões usufruem do motor 2.0 Turbo Hurricane 4 derivado da Rampage? O motor é monocombustível, utilizando apenas a gasolina e gera 272 cv de potência e 40,7 kgfm de torque. Em conjunto com uma transmissão automática de 9 velocidades da ZF e tração integral 4×4 sob demanda, a Jeep divulga que o SUV acelera de 0-100km/h em apenas 6,3 segundos. Com isso, outros componentes precisaram de atualização para aguentar o ganho de potência gerado pelo conjunto propulsor e entregar uma boa dinâmica ao SUV como a recalibração da suspensão, o redimensionamento do conjunto de freios que agora utilizam discos de 330 mm na dianteira e a substituição da bomba de vácuo.
Em relação ao pacote ADAS, o Jeep Compass Overland oferece assistente ativo de direção (ADA); centralização de faixa (lane centering); piloto automático adaptativo com stop & go (ACC); comutação automática dos faróis (DDT); detector de fadiga do motorista; aviso de mudança de faixa (LDW); aviso de colisão frontal com frenagem automática; reconhecimento de placas de trânsito (TSR); monitoramento de ponto cego; detector de tráfego cruzado traseiro (RCM) e park assist que ajudam a manobrar o SUV no momento de estacionar. Para analisar as condições de manutenção com o novo Jeep Compass em sua versão Overland, que parte de R$ 266.990, a Revista O Mecânico convidou Cleyton André, proprietário da oficina Repair Car Service, localizada em São Bernardo do Campo/SP.
Por baixo do capô
Ao erguer o capô do novo Jeep Compass, Cleyton analisou o espaço mais apertado devido a nova motorização 2.0L turboalimentada. “É um espaço bem compacto, limitado no quesito de manutenção. Vejo algumas dificuldades de acessar alguns componentes que, em outros modelos, até mesmo no Jeep Compass anterior, eram mais fáceis. Isso é ocasionado por conta da tecnologia que o veículo traz com este motor”, comenta.
Um ponto de atenção ao mecânico é a existência de dois reservatórios com fluido de arrefecimento no cofre do motor. O primeiro (1) é utilizado apenas para arrefecimento do sistema do turbocompressor e tem capacidade para 3 litros. Já o segundo (2), é responsável pela troca térmica do motor a combustão e do câmbio automático com capacidade para 6,4 litros no sistema. O prazo para substituição do fluido é de 240 mil km ou 120 meses, o que ocorrer primeiro e o fluido de arrefecimento homologado é o Mopar Coolant OAT 50 que não precisa de diluição.
Questionado sobre o período de recomendação da fabricante, o profissional deu a sua opinião. “É importante deixar claro que, o período longo, estipulado pelo fabricante, não quer dizer que não você pode deixar esse sistema sem nenhum tipo de atenção. É necessário verificar o nível dos reservatórios, pois, nunca se sabe quando pode ocorrer algum tipo de vazamento. Não faça o abastecimento com algum produto que não seja o recomendado pela fabricante para que possa ter um período de substituição longo”, explica.
Na linha de fluidos, serviços de rotina nas oficinas mecânicas, como a substituição do lubrificante de motor, mantém-se facilitadas. Pois, o bocal de abastecimento de óleo (3) tem fácil acesso, assim como a vareta de verificação do nível de óleo (4).
Além disso, a recomendação em sua tampa sobre o tipo de fluido que deve ser utilizado. No caso do motor Hurricane 4, a Jeep recomenda a utilização de um lubrificante com viscosidade SAE 5W-30 com classificação API SP/GF-6A. O produto homologado é o Mopar Maxpro Synthetic SAE 5W30 API SP/GF-6A e o seu período de substituição é a cada 12 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. O sistema tem capacidade total para 4,5 litros de fluido lubrificante incluindo o filtro.
Caso não seja utilizado o fluido com as características corretas, solicitadas pela montadora, o que pode acontecer? O mecânico nos respondeu da seguinte forma. “Provavelmente não iremos sentir problemas a curto prazo, porém, ao longo prazo o motor sofrerá bastante. vale lembrar que é um motor com muita tecnologia, turboalimentado, então é necessário seguir as classificações de lubrificação exigidas. Isso também está relacionado com as questões de emissões de poluentes”.
O acesso ao turbocompressor (5) foi elogiado por Cleyton. “O turbocompressor está em um local favorável para os mecânicos. Ainda que seja um espaço limitado, ao comparar com outros modelos de veículos, não teremos tantas dificuldades para realizar intervenções”.
Em contrapartida, o acesso ao coletor de admissão está na parte de trás do motor, o que dificulta bastante o seu acesso. O mecânico disse que em benefício, os injetores não são posicionados na parte lateral do motor, mas sim, na parte superior. Próximo das bobinas de ignição, é possível visualizar uma manta térmica da qual está por cima do início do tubo de distribuição de combustível (6). “Caso seja necessário realizar intervenção nos injetores, vai precisar retirar a caixa do filtro de ar. Em quase todas as manutenções, será necessário a retirada desta caixa”, explica o mecânico.
Isso reforça a importância do cuidado por parte do profissional ao executar qualquer tipo de manutenção no veículo. O filtro de ar (7) deve ser substituído a cada 20 mil km ou 24 meses, o que ocorrer primeiro. Vale lembrar que, em caso de uso severo do veículo, reduza os períodos pela metade, ou seja, 10 mil km ou 12 meses.
A localização das válvulas de serviço do ar-condicionado difere em sua acessibilidade. Sem nenhum tipo de intervenção dos demais componentes do motor, a linha de alta pressão (8) é totalmente acessível, porém, a linha de baixa pressão (9) não tem fácil acesso, o que necessita da retirada, de pelo menos, a caixa do filtro de ar.
Facilitado é o acesso a sonda lambda pré-catalisador (10). “De modo geral, é um componente que tem pouca necessidade de manutenção. Boa parte dos diagnósticos e análises da sonda lambda é de forma indireta por meio do scanner”, comenta Cleyton.
A bateria 12V (11) do Jeep Compass é do tipo EFB com 72Ah e CCA de 620A. “72Ah é a reserva de carga que temos dessa bateria, o que é muito considerável, já que o carro tem grandes tecnologias, faz sentido essa reserva. Porém, quero deixar a observação sobre a tecnologia EFB que essa bateria traz. É muito importante em caso de substituição da bateria, que seja utilizada uma bateria com essa tecnologia. Ao utilizar uma bateria convencional, provavelmente em pouco tempo o sistema Stop-Start ficará inativado”, alerta o profissional.
Componente que na grande maioria dos veículos não traz dificuldade em acesso aos mecânicos é a caixa de fusíveis e relés (12). “Vale um aviso importante, para que apenas as pessoas capacitadas façam alguma intervenção nesse sistema, e se realmente houver necessidade”, avisa o mecânico.
O reservatório do fluido de freio (13) não é totalmente livre para acesso, mas também não dificulta segundo Cleyton. “Ele tem uma localização um pouco mais protegida para acessar, mas eu já vi outros muito mais complicados. Importante dizer que, o manual do fabricante indica a necessidade de substituição desse fluido a cada 24 meses. O fluido é higroscópico, ou seja, absorve a umidade do ar, então é preciso estar atento e realizar as manutenções devidas, realizando o monitoramento e verificando se não há contaminação”. O fluido utilizado é DOT 4.
Ao finalizar sua análise do cofre do motor, Cleyton salientou a dificuldade de acesso com o TBI. “Ele tem um acesso bem complicado, fica na parte de baixo, depois da pressurização. É um componente que, geralmente, encontramos de fácil acesso em outros veículos, porém, aqui temos uma certa dificuldade para acessá-lo”.
Undercar
Após subir o Jeep Compass no elevador, é possível perceber que as manutenções básicas poderão ser executadas pelos mecânicos sem nenhuma dificuldade. Isso é visto pelo filtro de óleo do motor (14). Com indicação de substituição a cada 12 mil km ou 12 meses, o componente não apresenta nenhuma dificuldade de acesso, assim como o bujão de escoamento de óleo do cárter (15).
Em contrapartida, o acesso ao compressor do ar-condicionado não é simples. Enquanto em outros veículos é comum que o componente esteja localizado na parte de baixo, próximo ao cárter do motor, no Jeep Compass Overland ele encontra-se em outro local. “Infelizmente neste caso, o que é bem diferente de outros veículos, o compressor está na parte de cima, próximo do turbocompressor”, informa Cleyton sobre a localização do componente.
Outro componente que não está com acesso facilitado é a correia de acessórios (16). “O acesso a correia fica um pouco restrito, mas não é nada que um bom mecânico não consiga executar a manutenção”, comenta o mecânico. A correia de acessórios tem prazo para troca de 192 mil km ou 72 meses, o que ocorrer primeiro.
Partindo para o sistema de suspensão, Cleyton deixou sua opinião sobre a construção do sistema. “É uma suspensão bem robusta, é possível ver de cara. Ele tem suspensão independente tanto na dianteira, quanto na parte traseira”. A manutenção com os pivôs de suspensão não traz nenhuma dificuldade, assim como as bandejas de suspensão (17).
Seguindo uma tendência dos novos veículos, as bieletas são de polímero plástico, o profissional comentou o motivo da utilização do componente com este tipo de material. “O primeiro motivo do uso desse material para o componente é a resistência apresentada, além de oferecer mais leveza para a suspensão”. Como o SUV atualizou a sua motorização e agora oferece maior potência, os freios foram redimensionados (18). “Temos um disco com diâmetro e espessura maiores, além do aumento das pinças de freio. Claro, aqui no Jeep Compass é um motor com potência considerável, então a suspensão e os freios tiveram que ser bem dimensionados, tanto para aguentar o conjunto, como ajudar nos momentos de frenagem”, comenta Cleyton.
Para o modelo do SUV com motor Hurricane 4, há utilização de uma transmissão de 9 velocidades da ZF (19). “Ela veio com uma boa melhoria. Antes, nos modelos anteriores, o trocador de calor era conectado diretamente na caixa de transmissão, neste veículo é semelhante aos modelos com motor a diesel, no qual o trocador de calor é localizado na parte frontal, o que evita o problema comum que aparece no mercado com os modelos mais antigos. Além disso a troca térmica dessa transmissão com certeza foi muito melhorada”, explica o mecânico sobre o posicionamento do trocador de calor da transmissão.
No manual de manutenção do Jeep Compass, não há recomendação para substituição do fluido de câmbio, o profissional deu a sua opinião sobre esta recomendação. “A objeção que eu utilizo sobre essa recomendação do fluido ‘For Life’ é a seguinte questão, na própria embalagem do fluido que é utilizado na transmissão automática, tem em média uma validade de 5 anos a partir da fabricação. Então o fluido tem uma validade dentro de uma embalagem que será mantida em um local arejado e seco, aqui na transmissão está ocorrendo atrito, mudança de temperatura e a própria transmissão tem seus respiros, ou seja, tem contato com o oxigênio. Logo, ele vai se degradar com certeza, então há necessidade da substituição do fluido da transmissão automática. Não só para este modelo, mas para qualquer veículo com esse tipo de transmissão. Deve ser feito uma análise criteriosa antes da substituição, para que assim, seja feita uma manutenção preventiva com a troca do fluido. É importante seguir alguns procedimentos, como utilizar um equipamento adequado com informações precisas para que seja feita a manutenção de forma correta”.
Vale lembrar que no próprio manual há indicação do lubrificante para transmissão, o produto homologado é o Mopar 8&9 Speed ATF, seguindo as especificações ZF TL-ML 11 com qualificação 9.55550 – AV. Cleyton alerta sobre a necessidade de troca do fluido da caixa de transferência (20) que utiliza um lubrificante sintético SAE 75W-90 API GL5, o produto homologado é o Mopar SYN Gear&Axle – 75W90. “A caixa de transferência que está interligada com a transmissão automática também é necessária a substituição de seu fluido. Em conjunto a caixa de transferência, existe o eixo cardan que interliga a caixa com o diferencial traseiro”.
O sistema de exaustão (21) não apresenta nenhum segredo ao mecânico, com exceção da sonda lambda pós catalisador, no qual a visibilidade do componente é dificultosa. “Na parte da exaustão, o sistema é muito bem fixado, não há nenhum problema, com exceção da sonda lambda pós catalisador. Diferente da facilidade com a sonda pré-catalisador, a sonda pós tem um acesso bem complicado, isso dificulta bastante o trabalho do mecânico, caso seja necessária alguma manutenção com o componente”, explica o mecânico. Completando o sistema de exaustão, a dupla saída do escape se dá através de silencioso traseiro (22).
Na parte traseira do Jeep Compass, a suspensão (23) foi retrabalhada para melhorar o conjunto. “É uma suspensão independente da qual foi realizado uma excelente calibragem, para proporcionar uma boa condução deste veículo. Pois, é um motor com mais entrega potência. Ele não é um esportivo, mas é um carro que não deixa nada a desejar. Então é uma suspensão bem calibrada com diferentes articulações para que haja uma boa dinâmica do sistema”, informa o profissional. Outro ponto sobre a suspensão traseira, são as suas buchas de suspensão (24).
No que diz respeito ao freio de estacionamento, o sistema é eletrônico (25). Cleyton chama a atenção do mecânico para os momentos de manutenção com os freios traseiros. “Importante durante a manutenção, assim como a maioria dos veículos que tem essa tecnologia, há necessidade do equipamento de diagnóstico para que possa deixar o veículo em modo de manutenção e realize a substituição das pastilhas de freio traseira”. As bieletas da suspensão traseira têm um tamanho menor, se comparadas com as da suspensão dianteira, mas têm boa interligação com a barra estabilizadora traseira (26).
Em alguns veículos, o acesso ao filtro de combustível pode ser um pouco mais dificultoso, principalmente quando o componente está dentro do tanque de combustível, o que não é o caso do Jeep Compass. Para substituição do filtro de combustível (27) o mecânico não terá dificuldades no momento da manutenção que deve ser realizada a cada 12 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. “É muito comum nos veículos que utilizam apenas um tipo de combustível ter apenas o filtro interno no tanque de combustível. Neste caso do Jeep Compass, com certeza temos o pré-filtro no módulo da bomba, mas temos o filtro externo ao tanque na parte de baixo”, comenta o mecânico sobre a localização do filtro de combustível.
O cânister (28) está em uma localização um pouco mais protegida, na parte traseira na lateral direita, acompanhando a tubulação azul, que indica a recirculação dos gases, é possível localizar e ver o componente.
Ao final da avaliação, Cleyton aprovou a manutenção do SUV com motor 2.0 Hurricane 4. “É um carro que tem bastante complexidade pela questão da tecnologia, das quais precisamos disso nos veículos, para atenderem as emissões de poluentes que nosso país exige. Mas de modo geral é um carro bem tranquilo, não é nenhum bicho de sete cabeças”.
Marca está investindo no desenvolvimento de motores, carros nacionais e na modernização da fábrica
A Caoa Chery está investindo de novo na fábrica de Anápolis em Goiás. Inaugurada em 2007 para produzir a HR (feita até hoje no mesmo local) e no Tucson, hoje a planta da Caoa tem importância estratégica para a companhia nacional que tem parceria com a Chery chinesa. Durante o lançamento do Tiggo 8 a revista O Mecânico visitou a fábrica goiana que está recebendo o maior ciclo desde sua abertura.
Pelo visto a marca semeou o crescimento a partir do ano passado com várias mudanças internas a partir da morte do seu fundador, Carlos Alberto de Oliveira Andrade em 2021. A empresa vem sendo conduzida por Carlos Alberto Filho e tendo como vice o executivo Mauro Correia.
Mesmo sem a possibilidade de fotografar ou filmar a unidade, a revista O Mecânico conversou com executivos ele lideram o processo de investimento para aumentar a presença da marca no país e chegar até o final do ano com participação de 9% no segmento de SUVs e dobrar a capacidade produtiva atual.
O investimento em infraestrutura já havia começado com o novo Centro de Distribuição de peças em Franco da Rocha com 22 mil m² de área construída. Agora a planta de Anápolis passa por reformas e ampliações.
A fábrica da Caoa Chery já produziu 76.000 unidades este ano na fábrica de Anápolis e ainda importou 1.572 unidades, crescimento de 190% diante das pouco mais de 26 mil unidades produzidas em 2023. Desde março a fábrica opera acima das 5.000 unidades produzidas por mês. O segredo está na boa aceitação dos produtos de “combate”: Tiggo 5X que custa na faixa dos R$ 120 mil, Tiggo 7 Sport de R$ 135 mil e agora o Tiggo 8 Pro por R$ 188,9 mil. São produtos que custam na faixa de R$ 30 mil a menos que seus competidores mais em conta.
Linha robotizada
Para aumentar a capacidade de trabalho de Anápolis que já opera em 3 turnos a fábrica passará a contar com robôs. As unidades vieram da fábrica da Ford em Camaçari desativada em janeiro de 2021.
A ideia é chegar a 6.000 funcionários e 209 robôs que executam até 370 tarefas na montagem, soldagem e e verificação de componentes na linha da Caoa. A fábrica também será ampliada para atender a elevação da capacidade instalada com mais 11.000 m² construídos.
Os robôs ficarão em uma nova ala de construção de carrocerias e 10.000 m2 de depósito somando mais de 36.000 m² de áreas novas dentro de Anápolis.
Desenvolvimento
A Caoa vem trabalhando em vários projetos simultâneos. Um deles é a nacionalização do Tiggo 8 híbrido hoje importado da China e também no lançamento do Tiggo 9. Dentro da engenheira da Caoa há profissionais dedicados a tropicalização e melhoria de conjuntos mecânicos e itens usados nos SUvs da marca Caoa Chery. No caso do Tiggo 8, mudanças no sistema de arrefecimento, ajustes no sistema de injeção eletrônica de combustível e no motor do carro que passa a contar com bomba de óleo com pressão variável, todo o desenvolvimento é local.
Grandes marcas do setor apresentaram soluções no segmento de ônibus elétricos
por Vitor Lima fotos Vitor Lima e Divulgação
Na corrida para a redução das emissões de poluentes do setor automotivo as montadoras buscam cada vez mais, projetos e soluções diferentes para se adequem as leis de emissões. É comum que as soluções cheguem antes aos veículos leves, mas é crescente o uso de veículos mais eficientes entre os modelos comerciais e pesados em geral.
Para mostrar que essa preocupação com novas soluções não fica restrita apenas aos veículos leves, veículos de carga e os caminhões, a Lat.Bus & Transpúblico 2024, evento voltado ao setor de transporte coletivo urbano e rodoviário, apresentou diferentes soluções para o segmento de ônibus.
Realizada no São Paulo Expo, localizado na cidade de São Paulo, a Lat.Bus teve três dias de duração e conseguiu reunir mais de 20 mil pessoas entre profissionais do setor, expositores e o público que admira e queria conhecer as novidades para o setor de transporte coletivo. No total, foram mais de 150 marcas expositores, contando com as grandes marcas do setor, assim como players da indústria que apresentaram suas soluções e lançamentos voltados para o transporte coletivo e rodoviário.
Durante o evento, o público pode acompanhar além das novidades do setor, algumas palestras e seminários como a apresentação do anuário NTU 2023-2024, organizado pela Associação Nacional das Empresas de Transporte Urbano (NTU), com indicadores para análise do desempenho, dificuldades, operação, insumos e custos para o setor de transporte público por ônibus. Com base em alguns dados do anuário, o setor de transporte público por ônibus no Brasil passou por uma queda na procura de passageiros pagantes. Em torno de 44% dos passageiros, deixaram de utilizar o transporte por ônibus. Segundo o anuário, a situação foi agravada na época da pandemia, que teve queda de 25,8% em comparação ao ano de 2019.
De acordo com o diretor-executivo da NTU, Francisco Christovam, esse é um momento de transição, na qual o setor está se recuperando da época de pandemia, mas que a demanda de passageiros à números próximos anteriores à pandemia, só ocorrerá com algumas mudanças par ao setor. A Revista O Mecânico esteve no evento e acompanhou algumas das novidades apresentadas para o setor de transporte coletivo e rodoviário. O grande destaque ficou por conta dos lançamentos em sistemas, soluções e, principalmente, os chassis voltados para a eletrificação dos veículos.
BorgWarner
Para a Lat.Bus & Transpúblico 2024, a BorgWarner apresentou diferentes soluções, mas como destaque está o turbocompressor com tecnologia ball bearing que atende as normas de emissões do Proconve P8, sistemas de aquecedores de líquido de arrefecimento de alta voltagem (HVCH) e o sistema eFan. “O eFan é um sistema de refrigeração do arrefecimento dos veículos híbridos e elétricos”, informa a Diretora Geral da BorgWarner Turbos and Thermal Technologies no Brasil, Melissa Mattedi.
Marcelo Rezende, diretor geral para sistema de baterias da BorgWarner comentou sobre as expectativas para o ano. “Nossa expectativa é muita alta, tanto para esse segundo semestre de 2024, como a continuidade para o ano de 2025. Estamos animados com o mercado de ônibus que reaqueceu. Temos produtos de alta tecnologia que atendem as necessidades dos nossos clientes, seja para fins de eletrificação ou produtos para soluções a combustão”.
Eaton
A Eaton apresentou ao público sua linha de transmissões automatizadas Advantor. Alexandre Albacete, gerente de estratégia de produto da Eaton, explicou sobre a Advantor 6. “A Advantor 6 foi desenvolvida a partir de uma base mecânica já conhecida em micro-ônibus e foi incrementada com uma automação adequada para veículos de até 14 toneladas e 700Nm de torque, o que cobre muito bem o mercado de micro-ônibus”. Já a Advantor 8, teve seu desenvolvimento específico para o mercado de ônibus médios. “Ela cobre veículos de até 22 toneladas com 1300Nm de torque”, informa Albacete.
O diretor de Aftermarket da América do do Sul, Gustavo Orru, falou sobre o mercado de reposição. “É um mercado com alta demanda desde as nossas embreagens, a linha remanufaturada, caixa de transmissão e válvulas de motores. Como o segmento de transporte é intenso ele acaba se tornando um mercado muito interessante para a reposição de peças”.
Iveco Bus
Com a visão de permanecer com produtos multi energia, a Iveco Bus salienta que continuará entregando veículos a diesel, o Bus 17-210 G com chassi a gás natural e biometano, porém, as grandes novidades apresentadas para o público da Lat.Bus, foi a demonstração do chassi elétrico 17-E BEV e o eDaily Minibus. O chassi 17-E BEV está em processos de desenvolvimento e passará por testes de validação antes de chegar ao mercado. As baterias são modulares com 4 ou 8 packs, que são instaladas entre as longarinas no chassi. O motor elétrico gera 145 kW (197 cv) de potência e 107,5 kgfm de torque, e está localizado no entre eixos do chassi. Com 4 packs de bateria a autonomia é de 120 km, subindo para 250 km com 8 packs de baterias. A tração é 4×2 e pode comportar carrocerias de 9,6 a 12 metros de comprimento, inicialmente com configuração de piso normal.
Irizar
O Irizar i6S Efficient foi a aposta da empresa para o mercado da América Latina. O modelo foi desenvolvido sob condições de uso em território latino-americano. A marca informa que o seu novo modelo reduziu em até 13% as emissões de poluentes e o consumo de combustível, além do coeficiente aerodinâmico em 30%. Para que esses resultados fossem possíveis, a parte da frente e o teto do veículo foram modificados, em conjunto com o vidro do para-brisa e os vidros dianteiros que tiveram maior desenvolvimento em suas curvaturas. O modelo i6S Efficient teve a sua estrutura reforçada para melhorar a resposta à torção, flexão e impacto frontal. Sistemas de segurança ativa para prevenção de acidentes também fazem parte do novo produto da marca.
Marcopolo
A empresa demonstrou nove modelos de ônibus, mas em destaque estavam três com motor a combustão com chassis de diferentes marcas. O Paradiso G8 1200 utiliza o chassi Volkswagen 18.320 SH, que tem 14 metros de comprimento. Com o mesmo comprimento, o Paradiso G8 1350 oferece um chassi Scania K370C B6x2. Já o Paradiso G8 1800 DD utiliza um chassi Volvo B150R 8×2, com 15 metros de comprimento e dois andares para os passageiros. A grande novidade da empresa para a Lat.Bus é o lançamento do Volare Attack 9 HVE com motorização híbrida a etanol. O motor 1.0 a etanol trabalha como gerador de energia para as baterias que alimentam o motor elétrico que tem 75 kW (101 cv) de potência. O projeto é uma parceria entre a Marcopolo, WEG e Horse, e tem autonomia para até 500 km.
Mercedes-Benz
O chassi eO500U, ganhou uma nova versão que foi apresentada pela Mercedes-Benz na Lat.Bus 2024. Trata-se do chassi elétrico articulado eO500UA, desenvolvido para carrocerias de 18 metros de comprimento e transporte de até 120 pessoas. Uma grande diferença entre os dois chassis, além da nova versão ser maior, é o posicionamento central do motor elétrico, ao invés de ser nas rodas. As baterias são de NMC (Níquel-Manganês-Cobalto), utilizam tecnologia mais recente e proporcionam uma autonomia de até 250 km. Os protótipos, com carroceria Caio, estão em programa de testes no campo de provas da Mercedes-Benz do Brasil em Iracemápolis (SP), trechos urbanos na cidade de São Paulo e outro protótipo é submetido a testes por parceiros da Daimler Buses na Alemanha e Finlândia. As entregas do novo eO500UA ocorrerão a partir de 2026.
Randoncorp
As marcas Castetech, Jost Brasil, Master Freios e Suspensys apresentaram os seus produtos voltados para o setor de transportes. A Castertech terá em seu portfólio a linha-conceito N-Series Materials, com cubo de roda e suportes fundidos desenvolvidos com nanotecnologia.
Já a Jost Brasil exibe suas articulações voltadas para os ônibus, com sensoriamento e batentes mecânicos para controle de giro, amortecimento hidráulico de dois estágios e mesa giratória forjada. Para Master Freios, o destaque ficou por conta do LWS Master, que é um sistema de monitoramento em tempo real do desgaste da lona do freio. A grande novidade ficou para Suspensys com a suspensão pneumática dianteira e traseira para ônibus. “É uma suspensão que desenvolvemos nos últimos meses, ela traz uma redução de peso importante”, informa o diretor da Suspensys Eduardo Manenti Vargas.
Scania
Com dois chassis expostos em seu estande, a Scania apresentou duas soluções com motorizações diferentes. A primeira é o chassi K 500 8×2 NB com motor diesel de 13 litros com 506 cv de potência e 260 kgfm de torque, que atende as normas de emissões do Proconve P8. A segunda foi o seu novo chassi K 230E B4x2 LB para ônibus elétrico. Essa solução tem entrada baixa e piso normal, suspensão a ar no eixo dianteiro e traseiro com capacidade para 21 toneladas. O motor elétrico de 230 kW (312 cv) tem pico de 300 kW (407 cv) e está acoplado com um câmbio de 2 marchas. A autonomia pode variar, a depender da configuração escolhida entre 4 packs de bateria totalizando 416 kWh e autonomia para 250 km, ou a opção de 5 packs de bateria com 520 kWh e autonomia para 300 km.
Volkswagen Caminhões e Ônibus
Em seu estande, a Volkswagen Caminhões e Ônibus deixou a mostra quatro chassis, dos quais três utilizam motores à combustão. De acordo com a engenheira de marketing do produto, Fabiana Lameira, os ônibus da VW não utilizam transmissões automatizadas. “Hoje, todos os nossos chassis que possuem a opção de câmbio automático, eles têm caixa automática, não existem mais veículos automatizados em nossa linha. Tanto o 17.230, 17.260, 15.210, que são veículos com motor dianteiro, utilizam a transmissão automática”. O quarto chassi é a grande novidade da marca, o e-Volksbus. Com motor elétrico de 280 kW (380 cv) de potência e 237 kgfm de torque, o chassi tem arquitetura modular, o que viabiliza projetos de até 23 metros. Em configuração de 12 packs de bateria, são 385 kWh de capacidade o que permite ter uma autonomia de 250 km.
Volvo
Com muitas novidades para a Lat.Bus 2024, a Volvo apresentou seus aprimoramentos em sistemas de segurança ativa para os ônibus com alerta de ponto cego frontal, assistente de sinalização de trânsito, detector de fadiga, alerta de ponto cego lateral, monitoramento de pressão de pneus, alerta de colisão com frenagem de emergência, entre outros. Além do aprimoramento do sistema de segurança ativa, os chassis Volvo 6×2 e 8×2 trazem a transmissão Overdrive. A caixa I-Shift de 7ª geração tem uma nova opção Overdrive que pode reduzir o consumo de combustível em até 5%. Outros lançamentos ficam por conta do chassi de ônibus elétrico BZR 4×2, com opção de um ou dois motores de 200 kW (271 cv) e 43 kgfm de torque com bateria de quatro ou cinco packs de 90kWh cada. Além do chassi biarticulado totalmente elétrico BZRT. Este que utiliza dois motores elétricos de 200 kW, totalizando 540 cv de potência e configuração para seis ou oito packs de bateria resultando em até 720 kWh de capacidade e até 250 km de autonomia.
Para a IAA Transportation 2024, destaques da marca ficarão com o motor X10 e o motor X15 movido a hidrogênio
No mês de setembro, durante os dias 17 a 22, em Hannover, Alemanha, acontece a IAA Trasportation 2024. A Cummins levará seu portfólio com foco no motor a diesel com sistema de pós-tratamento apto para às regulamentações Euro 7, um motor de combustão interna a hidrogênio e tecnologias de células de combustível combinadas com baterias de hidrogênio da Accelera By Cummins. Outros componentes serão exibidos como tecnologias de trem de força, eixos de acionamento traseiro, eixos elétricos e sistema de frenagem.
“Com a aproximação dos regulamentos Euro 7 e CO2 HDV na Europa, as escolhas tecnológicas para energia estão cada vez mais desafiadoras e complexas. Estamos comprometidos em fornecer uma ampla gama de soluções de energia, líderes de mercado, que reduzam as emissões de gases de escape e de efeito estufa, sem comprometer o desempenho, a confiabilidade e o custo total de propriedade que nossos clientes e o setor de transporte necessitam para operar seus negócios”, afirma a presidente e CEO da Cummins, Jennifer Rumsey.
O motor X10 pronto para Euro 7 e o motor de combustão interna de hidrogênio X15H são produtos acompanham um dos mais recentes sistemas de pós-tratamento, a transmissão Eaton-Cummins e componentes como a suspensão dianteira independente Meritor MIS-10, o eixo traseiro 17X HE e os freios a disco ELSA 225 H, estarão em exibição.
A Cummins também demonstrará componentes como turbocompressor eletrônico, compressor eletrônico, bomba de recirculação de hidrogênio, injetor e ejetor de célula de combustível. Além disso, o recente sistema de armazenamento de hidrogênio Tipo IV da NPROXX, fruto da joint venture da Cummins com a ETC, também estará em exibição.
Adicionalmente, a Cummins apresentará uma tela interativa com tecnologias de trem de válvulas, turbocompressores, pós-tratamento, dosadores e eixos.
Empresa fala sobre futuro, eletrificação, práticas ambientais e como se aproxima cada vez mais dos mecânicos
porFelipe Salomão fotosFremax/Divulgação
O mercado automotivo caminha para a eletrificação uma vez que há um aumento exponencial nos investimentos das montadoras para ampliar a produção de veículos híbridos no Brasil, começando pelos modelos de 48V. Além disso, as vendas de carros eletrificados por aqui cresceram 146%, com 79.304 veículos eletrificados vendidos no primeiro semestre deste ano, número superior aos 32.239 unidades emplacadas no mesmo período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico – ABVE. Independentemente do tipo de motorização o mecanismo de freio tem importância vital para a segurança.
Diante desses fatos, as empresas do setor automotivo se movimentam e, também, se preparam para esse futuro que já bate à porta. Uma delas é a Fremax, que conversou com a Revista O Mecânico e destacou que sua linha de produtos continuará evoluindo de acordo com as demandas do mercado. “Acompanhando a evolução desse mercado, a marca, que está sempre atenta oferecendo soluções inovadoras para o segmento de freios, já disponibiliza 81 itens para aplicações para diversos modelos e montadoras. O portfólio vai sempre avançando a partir da necessidade que o mercado apresenta”, disse Julio Cesar da Silva, Diretor de Operações da Fremax.
O Diretor de Operações da Fremax também abordou temas como o futuro da eletrificação, práticas ambientais e as iniciativas da empresa para se aproximar dos mecânicos.
O Mecânico: Como a Fremax acompanha a evolução da frota de híbridos e elétricos no Brasil?
Julio Cesar da Silva: Com fábrica no Brasil, a Fremax tem forte participação no mercado nacional e também atua globalmente comercializando seus produtos em mais de 60 países, temos um trabalho focado na inteligência de mercado onde utilizamos vários recursos para monitorar o crescimento da frota eletrificada e os modelos mais vendidos para traçar nosso planejamento de curto, médio e longo prazos para desenvolvimento de novos produtos e assim ampliar a cobertura de frota para cada país de atuação.
O Mecânico: Quais produtos a Fremax desenvolve para veículos eletrificados?
Julio Cesar da Silva: Acompanhando a evolução desse mercado, a marca, que está sempre atenta oferecendo soluções inovadoras para o segmento de freios, já disponibiliza 81 itens para aplicações para diversos modelos e montadoras.
Os produtos da Fremax contam com discos de freio para veículos elétricos de diversas marcas premium, entre eles, Tesla Model 3, Volvo XC40, Audi E-Tron, Nissan Leaf, Citroën E-Jumpy, Renault Zoe, Peugeot E-Expert, BMW IX, Fiat 500E e para os híbridos, atende o Ford Fusion, Toyota Prius, Mercedes-Benz C-Class, Volvo XC60, entre outros.
O portfólio vai sempre avançando a partir da necessidade que o mercado apresenta.
O Mecânico: Quais são as diferenças entre os freios para veículos elétricos para os carros a combustão convencionais?
Julio Cesar da Silva: Enquanto os veículos a combustão funcionam em temperaturas mais elevadas, os veículos elétricos utilizam principalmente o freio regenerativo, recorrendo ao conjunto de disco e pastilha apenas em frenagens mais intensas. Desta forma, a exigência aumenta para que o material de fricção funcione em temperaturas mais baixas. Essas condições trazem outras necessidades para os componentes de sistema de freio.
O Mecânico: Quais tecnologias a Fremax já projeta para o futuro?
Julio Cesar da Silva: Inovação é o que move a Fremax, nossa equipe é focada no desenvolvimento de novas tecnologias e avança sempre nesse sentido. Temos diversos diferenciais exclusivos porque trabalhamos constantemente para oferecer soluções completas ao mercado, por isso as novidades não param.
A mais recente é a da linha Maxcoating Nanopaint para discos de freios que são revestidos com pintura contendo nanotecnologia exclusiva e patenteada. A linha Maxcoating recebe um revestimento protetivo à base d’água, nanoestrurado com nióbio, atendendo desde aplicações como primer a acabamento final, permitindo a aplicação de baixas espessuras de camada com alta performance anticorrosiva.
A tecnologia “eco friendly” atende ao compromisso da Fremax em adotar soluções sustentáveis, já que a Maxcoating Nanopaint apresenta ganhos de desempenho no processo de fabricação, com secagem ultrarrápida e baixo consumo de energia através do exclusivo processo de cura por micro-ondas.
Além da alta performance contra corrosão, visando o atendimento a aplicações em condições climáticas extremas, uma fina camada sem interferência no pré-assentamento, a tecnologia aplicada e o processo produtivo robotizado têm como diferencial a possibilidade e a versatilidade de atender diferentes cores e projetos específicos de clientes. Todo cuidado da Fremax é reconhecido por certificações internacionais, como por exemplo, o ISO 9001 que atesta a qualidade uniforme e a segurança na aplicação dos produtos da marca e a IATF 16949, que atende a todos os requisitos exigidos pelas montadoras de todo o mundo.
O Mecânico: Quais as práticas ambientais a Fremax têm tomado para um futuro mais verde?
Julio Cesar da Silva: A questão ambiental é um compromisso da Fremax, com manufatura sediada em Joinville/SC, conquistou sua posição de destaque por ter feito de sua fundição, não só uma de nossas maiores competências, mas um modelo socioambiental sustentável. Como uma empresa da Frasle Mobility, práticas sustentáveis são prioridade. A Fremax tem o programa o Recycle Max voltado para a redução do impacto ambiental no segmento da reparação automotiva realizado em parceria com as oficinas. É um trabalho que começa dentro das oficinas com a conscientização dos profissionais reparadores separando as peças usadas para a nossa equipe recolher. Esse material retorna para a Fremax, onde é derretido e transformado em ferro líquido, mantendo a pureza da liga padrão de alta qualidade, que dará origem a novos discos e tambores de frei. Atualmente, são recolhidos nas oficinas cerca de 250 toneladas por mês de material, exemplo que mostra como é possível trabalharmos juntos pelo consumo consciente e pela educação ambiental.
A destinação correta também promove a economia circular: onde o que é produzido pela Fremax retorna para se transformar em matéria-prima e dar origem outra vez a novos produtos de altíssima qualidade, beneficiando a sociedade e o planeta. A economia circular se sustenta na reinserção de sobras de materiais, como resíduos de pó dos sistemas de exaustão e sucata metálica, na produção das autopeças e componentes automotivos para controle de movimentos. Temos outras iniciativas com esse mesmo intuito, como 100% do cavaco utilizado é reaproveitado no processo, enquanto 100% dos resíduos de emulsão oleosa são reutilizados e 100% das embalagens são feitas com material reciclado.
O Mecânico: O que a Fremax tem feito para se aproximar do mecânico?
Julio Cesar da Silva: A Fremax busca estar próxima do mecânico, entender as necessidades e levar soluções que facilitem o dia a dia do mecânico, tudo é pensado dessa forma desde o desenvolvimento de produtos, como até as próprias embalagens para o KitFremax com os itens necessários para a instalação de discos e tambores de freio. Mais resistentes, garantem mais segurança no transporte e estocagem do produto, além de otimizar o espaço e preservar a integridade do produto.
Outro exemplo é a tecnologia Safety Check que consiste em um indicador que permite verificar o nível de desgaste para detectar a hora certa de efetuar a substituição da peça. Temos outras tecnologias exclusivas, como Stop and go que é um acabamento da superfície do disco de freio com ranhuras concêntricas que proporciona melhor e mais rápido assentamento das pastilhas e a liga metálica Carbon Plus, responsável por melhorar a dissipação do calor durante a frenagem, gerando mais eficiência. Há ainda a tecnologia Painted Disc que é a pintura de preto do cubo do disco e do tambor, presente em todo o portfólio, que suporta temperaturas de 600ºC, garantindo a proteção contra a corrosão, preservando a estética do produto e do veículo. E o Ready to go que consiste em uma camada de óleo protetivo que dispensa a limpeza do disco ou tambor antes da aplicação, além de não contaminar as pastilhas e as sapatas, economizando tempo na manutenção do sistema de freio, todas visando facilitar o dia a dia do mecânico e a melhor performance de frenagem para o proprietário do veículo.
Todas essas soluções são desenvolvidas para atender os mecânicos, sempre buscando auxiliar no dia a dia da oficina, além de treinamentos presenciais, conteúdo em canais digitais e suporte da assistência técnica.
O Mecânico: Das práticas ambientais que a Fremax tem adotado quais delas envolvem os mecânicos?
Julio Cesar da Silva: Temos o programa de logística reversa para coleta de discos e tambores de freio que estamos ampliando já citado na questão sobre práticas ambientais e, também, usamos embalagens dos produtos totalmente produzidas a partir de materiais reciclados.
Posts Relacionados
Nós utilizamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nossos serviços, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao navegar em nossos site, você aceita a política de monitoramento de cookies. Para mais informações, consulte nossa Política de Privacidade.ConcordoPolítica de Privacidade