Arrefecimento: Substituição da carcaça e válvula termostática Citroën C3


 
Acompanhe o processo de troca da carcaça e a válvula termostática do motor TU3JP 1.4 que equipa os veículos Citroën C3 e Peugeot 206
 

Texto: Edison Ragassi
Fotos: Vanderlei Vicário

 

Nesta edição da Revista O Mecânico, mostramos a substituição da carcaça e válvula termostática no Citroën C3 2007 equipado com propulsor TU3JP 1.4 gasolina.

 

O procedimento foi realizado por Edson Roberto de Ávila, o Mingau, diretor da Mingau Automobilística, localizada em Suzano/SP. A peça utilizada é produzida e comercializada no mercado de reposição pela Valclei Arrefecimento. Na embalagem, a empresa oferece além da peça, as guarnições de vedação em silicone de alta temperatura e literatura técnica com especificações para a instalação.

 

Diagnóstico

 

1. A temperatura do motor passou a trabalhar mais alta, como se trata de um veículo com eletrônica complexa, o diagnóstico deve ser feito com o equipamento que lê o sistema operacional. Ele mostra a informação que o sensor manda para a unidade de gerenciamento e foi constatado que a temperatura está alta.

 

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2. Após, verificar os outros componentes como a bomba d’ água e válvula controladora de temperatura (termostática). “Neste caso a abertura da válvula é lenta ou enrosca, o que dificulta a passagem do liquido”, explica Mingau.

 

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Desmontagem

 

3. É comum nos motores da PSA a trava da abraçadeira com curvatura, ela é um limitador, deve ser solta com cuidado para não danificar o tubo, pois a peça é de plástico. A ferramenta indicada é o alicate de abraçadeira de aço. Faça movimentos circulares para deslocar a abraçadeira sem mover a mangueira e tocar no tubo.

 

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4. Utilize uma chave de fenda para afastar a ponta da mangueira. Borrife o desingripante na mangueira para desprender, o que facilita a retirada da mangueira sem forçar a tubulação e comprometer o tubo plástico.

 

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5. Na sequencia, soltar a válvula que administra mecanicamente a troca de calor entre o radiador e o motor.

 

Obs: “A válvula está oxidada com película de ferrugem. Isso aconteceu por causa da ausência de aditivo. Esta situação compromete a funcionalidade do componente, o que compromete a passagem do liquido e faz o motor aquecer. Para evitar este problema, o mecânico deve verificar durante as revisões não só a quantidade e as propriedades do liquido de arrefecimento, mas também os sensores e a própria válvula”, aconselha Mingau.

 

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6. Após a desmontagem checar tubos, válvulas, sensores. Avaliar a tubulação, neste caso foi detectado vazamento na cúpula ou carcaça. Ao remover a cúpula note que ela tem posicionamento correto, ordem e valor de aperto, os quais devem ser respeitados para não trincar por excesso de torque e suspender a garantia.

 

Obs: A peça fornecida pela Valclei traz literatura completa com a explicação para fazer os testes e leituras, o posicionamento correto dos parafusos e valores de aperto. Não utilizar produtos adesivos que compromete a instalação.

 

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7. Tirar a carcaça, os parafusos, suporte do chicote, para não danificar o chicote retirar o tubo inferior do sistema.

 

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8. Retirar o conector. Soltar a trava, conector do sensor. Remover o suporte, os parafusos, no total 8, podem ser removidos de forma aleatória. Ela possui o tubo de ligação ao sistema de ar quente, assim, ele também deve ser retirado.

 

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9. A peça anterior foi colocada com cola, por isso apresentou vazamento de óleo lubrificante do motor. Antes de colocar a nova é necessário remover a cola.

 

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Montagem

 

Obs: Antes de instalar o radiador novo, verifique se ele é o especificado. Confira as dimensões a tecnologia (brasado ou mecânico) e se tem o suporte para acoplar o condensador do ar-condicionado.

 

10. Encaixar as guarnições feitas de silicone alta temperatura, não é necessário adesivo. Na sequencia encaixar a peça no local e apontar os parafusos.

 

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11. Com um torquimetro de baixo torque fazer o aperto dos parafusos, seguir a ordem e a recomendação de torque (0,8Nm) indicado no manual de instalação que acompanha a peça.

 

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12. Encaixar a mangueira inferior, usar o silicone liquido, para facilitar a montagem, a abraçadeira elástica foi substituída por abraçadeira normal.

 

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13. Apertar a abraçadeira inferior. Instalar a mangueira do ar quente manualmente, na peça nova o tubo é pré-fixado.

 

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14. Instalar o suporte do chicote o aperto é feito com torquimetro de baixa (0,8Nm).

 

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15. Encaixar a mangueira e abraçadeira na mesma posição, fique atento ao posicionamento correto e procure instalar a abraçadeira na posição que estava.

 

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16. Encaixar e fixar o conector do sensor

 

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17. Direcionar e encaixar a mangueiras na guia, colocar a abraçadeira no ponto que estava anteriormente

 

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18. Abrir o sangrador, não há necessidade de retirar todo porque ele tem um furo interno que facilita a saída do ar.

 

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19. Colocar o liquido de arrefecimento, o produto deve ser diluído, a mistura é composta por água desmineralizada e aditivo (60% água/ 40% aditivo), ficar atento ao momento que escoa no sangrador. Aguardar chegar ao nível marcado no reservatório de expansão e fechar o sangrador.

 

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20. Colocar a tampa, funcionar o propulsor, fazer a leitura com o equipamento de diagnóstico e confirmar se o motor trabalha na temperatura correta.

 

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Entrevista: Auxiliar o mecânico a evoluir profissionalmente

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Silvio Ricardo Alencar de Almeida, atualmente é o diretor comercial da Dayco América do Sul. O executivo iniciou a carreira na área administrativa. Sua competência foi colocada à prova desde o inicio. Com 18 anos foi chefe da área de investimentos do banco Safra, poucos anos depois atuou no departamento financeiro da Votorantim como Controlador de Operações financeiras. Entrou para o setor automotivo na Fiat, no Desenvolvimento e Administração do desempenho da Rede de Concessionários. Em 1986 deixou de ser executivo e tornou-se empresário, sócio da Branil Juntas, onde permaneceu por 16 anos. Também trabalhou na Spaal até 2012, quando foi contratado pela Dayco para integrar a operação Brasil e argentina que tinham administrações distintas. Silvio Alencar visitou a redação da Revista O Mecânico e concedeu entrevista exclusiva. Ele fala sobre a complexidade do mercado, traça paralelos com outros países, descreve as ações que a empresa realiza para auxiliar o mecânico a evoluir profissionalmente e afirma: “Na Dayco o mecânico é rei!”.

 

Revista O Mecânico: Ano passado a economia brasileira passou por várias situações de natureza política, as quais infeririam no desempenho das empresas. Nestas condições qual foi o resultado obtido pela Dayco?

Silvio Ricardo Alencar de Almeida: São dois aspectos, o aftermarket e OEM (fornecimento para montadoras). Nas montadoras nós tivemos uma vantagem, devido aos novos projetos que a empresa assumiu. Isso nos permitiu um equilíbrio, e apesar do setor ter apresentado queda, para a Dayco ela não foi significativa. Já no aftermarket nós crescemos, foram vários os lançamentos de produtos e o mercado não caiu. Ele manteve os níveis de 2015 e nós conseguimos ter crescimento real.

 

O Mecânico: E a matriz nos Estados Unidos como vê o negócio Dayco no Brasil?

Silvio Alencar: Eles entendem que o Brasil é um mercado promissor. A proporção que temos em números de pessoas e veículos faz com que tenhamos possibilidades de crescimento muito grande e principalmente agora que tivemos queda na produção de veículos novos. E se falarmos em reposição, até 2022 vamos ter um crescimento acentuado em relação aos veículos que necessitam de manutenção. Assim, os nossos resultados comparados aos da Dayco no mundo são favoráveis.

 

O Mecânico: O ano começa com muitas preocupações, principalmente na área econômica. Qual a expectativa da Dayco para 2017, tanto no Brasil como para a América do Sul?

Silvio Alencar: No Brasil, atualmente o consumidor tem medo de perder o emprego e por isso não gasta. Eu acredito que a partir do segundo trimestre devemos ter sinais de crescimento. Todas as ações estão em compasso de espera. Nos próximos meses teremos definidas as questões da previdência, Operação Lava jato, e isso pode sinalizar o retorno dos investimentos, o que vai acalmar a população. E o retorno dos investimentos vai ser bom tanto para a montadora, como para o aftermarket. Manutenção do veículo é essencial, mas se o dono do veículo não tem dinheiro ele adia. E a Dayco, independente do que aconteça continuará realizando as ações para fortalecer a nossa marca. A Argentina, que é o segundo mercado mais importante, passa por processo de ajuste. Entendemos que este ano vai estar mais estabilizado. Eles fizeram uma série de mudanças, pois a Cristina Kirchner (ex-presidente da Argentina) subsidiava tudo. O Mauricio Macri (atual presidente da Argentina) entrou e começou a transformar, tirar os subsídios. Este ano eu acredito que eles voltem a crescer. Já os outros países da América do Sul como a Colômbia, Equador e Peru, terão uma nova realidade que serão eventuais mudanças no acordo do Pacifico. Assim, eu acredito que só podemos melhorar as relações comerciais com estes países.

 

“No Brasil, atualmente o consumidor tem medo de perder o emprego e por isso não gasta”

 

O Mecânico: A cadeia que atende o mercado de reposição passará por mudanças nos próximos anos?

Silvio Alencar: Nós temos que pensar fora da caixa para entender o mercado. Não temos mais a segmentação tradicional, fábrica, distribuidor, varejo e oficina mecânica. Hoje temos os fabricantes e os importadores. Temos o distribuidor e o distribuidor que é rede de lojas. Temos o varejo e a rede de oficinas que tem compra cooperativada, assim, o modelo do negócio passa por uma transformação. O que passa a definir a sequência de comercialização é o tamanho do player, o tamanho daquele distribuidor. Temos vários casos de rede de lojas que são distribuidores, elas compram de várias fábricas por causa do volume significativo e praticam preços no varejo para o mecânico e para o consumidor, sem conflito com a intermediação. Tudo isso faz com que seja necessário pensar de uma maneira diferente para saber quem é o teu cliente. Não dá mais para classificar como era antigamente.

 

O Mecânico: A cadeia tradicional que envolve a fábrica, o distribuidor e o varejo, existe risco de algum destes integrantes desaparecer?

Silvio Alencar: Não acredito. Se pegarmos como exemplo o mercado americano que é muito mais evoluído que o nosso e passaram por etapas que ainda vamos passar, eles têm bem definida a participação de cada um, entre as concessionárias, supermercados, que não vendem produtos muito técnicos, as redes de lojas que vendem e aplicam os produtos. Existe o distribuidor puro com diversas filiais, que também entrega para o mecânico. O conceito de estoque é diferente, eles mantêm no máximo dois itens de cada produto, se chegar o terceiro cliente ele não consegue entregar no ato. Então todo o conceito de compra, venda, estoque técnicas de varejo evolui para ficar cada vez melhor e lá convive. No caso do Brasil, acredito que também irão conviver.

 

“Existe uma participação forte do consumidor final na compra do produto”

 

O Mecânico: O mercado de reposição brasileiro segue a tendência norte-americana ou europeia?

Silvio Alencar: Nos Estados Unidos o volume de compra viabiliza a espacialização, por isso lá você encontra a loja que vende só bateria, por exemplo. Já no Brasil, por causa da geoeconomia, estamos mais próximos do modelo europeu, e em busca de um caminho próprio. A chegada das Redes de Lojas esta moldando uma mescla destes dois mercados – O Europeu e Americano – conforme a região, poder aquisitivo e distância dos grandes centros.

 

O desafio no segmento de reposição é a entrada de produtos que não seguem o mesmo padrão de qualidade, e nem mesmo têm qualquer responsabilidade com o mercado local…

 

O Mecânico: A Dayco desenvolve ações para o mecânico independente?

Silvio Alencar: Na Dayco o mecânico é rei! Todas as ações, desenvolvimentos e políticas que praticamos no aftermarket são para fortalecer a marca e atende-lo de forma personalizada. Investimos na quantidade e qualidade dos técnicos regionais que visitam os mecânicos constantemente. O portfólio de produtos e catálogos tem atualização constante, desenvolvemos ações nas redes sociais, aplicativos para celulares, entre outros, para atualizar o mecânico e medimos o nível de satisfação. Para a Dayco a parceria do mecânico é fundamental.

 

O Mecânico: Neste ano as ações para o mecânico serão ampliadas?

Silvio Alencar: Sem dúvida. Além de incrementar as ações que já realizamos, atualização do portfólio atual, nosso departamento de marketing desenvolve um material que será utilizado nas feiras do setor para aprimorar a interatividade com os mecânicos.

 

O Mecânico: E o consumidor final, a Dayco estuda este público? Pretende lançar campanhas para atingir o consumidor final?

Silvio Alencar: A participação do consumidor final na compra do produto tem crescido. Estamos desenvolvendo alguns projetos e parcerias com aplicativos com o objetivo de chegar ao consumidor final. Entendemos que ainda é preciso mapear melhor o hábito de consumo, por isso a Dayco estuda estas possibilidades, mas não temos ainda uma data definida para estas ações.

 

Na Dayco o mecânico é rei! Todas as ações, desenvolvimentos e políticas que praticamos no aftermarket são para fortalecer a marca

 

O Mecânico: E o mecânico, o que pode esperar da Dayco no seu dia a dia de trabalho?

Silvio Alencar: A Dayco sempre procura manter o mecânico atualizado. Nós entendemos que este primoramento contribui para que ele sobreviva no mercado competitivo. Nosso país tão diversificado necessita do trabalho do mecânico de diversas formas, e cabe a nós compreendermos isso para auxilia-lo. Nós notamos que tivemos uma evolução dos profissionais e temos que ter o treinamento a altura para atender este mecânico, não simplesmente apresentar qualquer coisa. Temos que focar na necessidade real que o mecânico tem, e dar todo o suporte não somente de treinamento mas também no atendimento de Garantias de forma rápida e transparente, que fazemos através de nossos Promotores regionais. É importante ressaltar que temos um canal aberto com os mecânicos de todo o Brasil, seja através da nossa equipe, redes sociais, ou serviço de atendimento técnico. A Dayco enxerga o mecânico como o parceiro que nos auxilia a aprimorar nossos produtos, entender as necessidades do mercado e buscar constantemente evolução.

Brasileiro financiou menos em 2016 e a taxa de inadimplência não cresceu

O financiamento de veículos novos registrou o seu mais fraco desempenho no ano passado. O total de recursos liberados foi R$ 80,2 bilhões, o que representa uma queda de 9,9% em doze meses. De acordo com levantamento da ANEF (Associação Nacional das Empresas Financeiras de Montadoras), até então o menor volume era de R$ 88,9 bilhões, alcançado em 2015. “O fraco desempenho da economia impactou fortemente na concessão de crédito ao consumidor. Ao mesmo tempo em que os bancos, em razão do aumento dos riscos, foram mais rigorosos, muitos consumidores optaram por adiar suas compras com medo de não quitar sua dívida. O ano de 2016 foi de muita cautela, tanto por parte das pessoas, como por parte das instituições financeiras”, avalia o presidente da entidade, Gilson Carvalho.

 

Na avaliação do executivo, 2017 deverá ser um pouco melhor. A expectativa é de que o saldo de financiamentos para a compra de veículos e motocicletas registre um pequeno aumento de 2,5% e alcance a marca de R$ 166,7 bilhões. Já o total de recursos liberados poderá crescer um pouco mais e somar R$ 86,7 bilhões, o que representa uma alta de 5,5%. “No primeiro semestre, o mercado deverá manter o ritmo, pois o nível de confiança da população ainda continua baixo e ninguém quer comprometer sua renda ou ficar inadimplente. Depois, nossa expectativa é de crescer no volume de negócios, mas ainda muito inferior aos anos anteriores”, avalia Carvalho.

 

Inadimplência

Em 2016, a taxa de inadimplência nas operações de financiamento registrou aumento de 0,4 ponto percentual tanto para pessoas físicas como para jurídicas. Para o primeiro grupo, a taxa foi de 4,6%, enquanto para o outro, foi de 5.0%. Na carteira de leasing, o índice de não pagadores foi um pouco menor: 3,8% para as pessoas físicas e de 3,6% para as empresas. “Os índices de inadimplência ficaram abaixo da expectativa, o que é muito bom, mas estão crescendo. Em 2014, a taxa para as pessoas físicas era 3,9% e em 2015, foi de 4,2%”, explica o presidente da ANEF.

 

Modalidades de pagamento

O financiamento mantém a preferência do consumidor na hora de fechar a compra de um zero quilômetro. No ano passado, 49% dos negócios envolveram operações de CDC. As compras à vista registraram o melhor resultado desde 2008 e corresponderam por 44% das vendas efetuadas em 2016. O consórcio respondeu por 5% dos contratos e o leasing, por 2%.

 

No segmento dos veículos pesados, o Finame foi responsável por 62% das negociações, seguido pelo CDC (17%), compras à vista (14%), consórcio (5%) e leasing (2%). “Em veículos comerciais o financiamento via Finame sofreu retração de quatro pontos percentuais no ano passado, em relação ao mesmo período de 2015. Isso pode ser atribuído, em grande parte, à migração para modalidades de financiamento, como o consórcio e o CDC, e também para as vendas à vista”, afirma o vice-presidente setorial de veículos comerciais da ANEF, Bernd Barth. “Um dos prováveis fatores para essa mudança pode ser atribuído às condições pós-fixadas do Finame, que não se mostraram tão atrativas em relação às demais modalidades pré-fixadas, sinalizando preferência dos clientes por alternativas mais seguras e previsíveis de financiamento frente a um cenário econômico considerado ainda instável”, conclui.

 

Já a maioria dos compradores de motocicletas optou pelo consórcio. No ano passado, essa modalidade de crédito foi responsável por 36% dos contratos. Na sequência, estão os financiamentos com 34% das operações e as compras à vista, com 30%. “O consórcio evoluiu substancialmente no ano passado e passou a ser a primeira opção do consumidor, quando ele não tem recursos suficientes para fechar o negócio à vista. Podemos dizer que essa modalidade de crédito permanece sólida e é representativa no escoamento das motocicletas fabricadas no Brasil”, avalia o vice-presidente setorial de motocicletas da ANEF, Ricardo Tomoyose.

Cuidados ao instalar os discos de freios para não deixar folgas

A Nakata, fabricante de autopeças para o mercado de reposição automotiva com uma linha completa de componentes para suspensão, transmissão, freios e motor, faz recomendações para a correta instalação do discos dos freios. Confira as dicas do departamento de qualidade e serviços da fabricante:

 

Preparo – Antes da instalação do disco de freio em veículos, é importante que o mecânico siga algumas instruções para eu não haja folga na instalação mostra como fazer o procedimento em etapas.

 

Limpeza – Limpe as faces de contato entre o disco de freio e o cubo da roda com uma lixa de ferro ou escova de aço para remover qualquer sinal de oxidação ou rebarbas. O acúmulo de resíduos nesse local pode provocar vibrações ou pulsações no pedal durante a frenagem. Lave os discos com desengraxante para remover a película protetora. Não deixe a pinça de freio pendurada pelo flexível. Prenda-a com um gancho resistente para evitar danos no flexível.

 

Cuidados – Examine as pinças quanto a vazamento, o funcionamento dos êmbolos e o deslizamento dos pinos – guia. Se identificar qualquer irregularidade substitua o(s) componente(s). Sempre que trocar os discos as pastilhas também devem ser substituídas e mantenha sempre as mãos limpas durante a instalação para não contaminar as pastilhas.

 

Torque – Mas atenção, o torque excessivo nos parafusos de roda pode provocar empenamento no conjunto cubo/disco/rolamento podendo resultar em trepidações ou pulsações no pedal durante a frenagem. O empeno máximo do conjunto disco/cubo/rolamento na linha leve não deve ser superior a 0.10 mm. Se estiver acima dessa medida remova o disco e coloque a ponta do relógio comparador na borda do cubo. Gire o cubo vagarosamente e faça a leitura. Se for maior que 0,04mm pode ser que o cubo esteja empenado ou os rolamentos com folga excessiva. Faça as substituições necessárias para a correção do problema antes de instalar os novos discos de freio.

 

Alerta – Folgas entre os componentes da direção e suspensão como os terminais axiais podem provocar vibrações ou golpes no volante durante frenagens induzindo o reparador a um diagnóstico incorreto de disco empenado. Após a substituição das pastilhas e discos os freios não devem ser solicitados bruscamente (exceto em emergências) durante os primeiros 400 km. Essa quilometragem é  necessária para permitir o assentamento do material de atrito.

Automec 2017 terá ilha de funilaria e pintura

Em abril acontece a 13ª Automec – Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços. Entre as atrações, os organizadores preparam Ilha da Funilaria e Pintura, onde os visitantes terão a oportunidade de conhecer as novas técnicas e equipamentos em reparos automotivos. Vão participar da Ilha empresas especializadas como Wimpel, fabricante e distribuidora de equipamentos para pintura, e Batistinha Garage, restauradora e customizadora de veículos.

A Automec acontece em São Paulo, de 25 a 29 abril de 2017, a feira reserva aos visitantes uma série de atividades voltadas para a capacitação e conhecimento técnicos dos profissionais do setor.

 

Organizada pela Reed Exhibitions Alcantara Machado, o maior evento de equipamentos de reposição da América Latina volta a reunir os setores da indústria de veículos pesados, leves e comerciais.

 

Serviço:

Automec 2017 – 13ª Feira Internacional de Autopeças, Equipamentos e Serviços

Data: 25 a 29 de abril de 2017

Horário: das 11h às 20h (terça à sexta-feira) / das 9h às 17h (sábado)

Local: São Paulo Expo Exhibition&Convention Center.

Rodovia dos Imigrantes, Km 1,5 – Vila Água Funda

Mais informações: www.automecfeira.com.br

Mercedes-Benz comemora 20 anos da linha Sprinter e prevê crescimento

A Mercedes-Benz comemora 20 anos de sucesso de sua linha Sprinter no mercado brasileiro, com 125.000 unidades vendidas no País, a empresa prevê um aumento de vendas de comerciais leves em 2017. A estimativa é de crescer entre 5 e 10% no segmento total de “Large Vans” (3,5 a 5 toneladas de PBT), categoria de mercado inaugurada pela Sprinter no Brasil em 1997, com a comercialização de chassis com cabina, furgões e vans.

“Alguns setores da economia dão sinais positivos de aquecimento e entre eles se destaca o e-commerce, com expectativa de aumento de 13% neste ano”, diz Werner Schaal, gerente sênior de Marketing & Vendas Vans da Mercedes-Benz do Brasil. “Este cenário cria ótimas perspectivas para nossos veículos comerciais leves Sprinter. No caso do chassi com cabina, por exemplo, o mercado total deve ter um avanço entre 10 e 15% nas vendas em 2017”.

Com três modelos, os chassis com cabina da linha Sprinter (313 Street, 415 e 515) permitem a instalação de diversos tipos de carroçarias e implementos e oferecem capacidade de carga, com até 22 m³ de espaço útil e carga útil até 2.990 kg.

 

Edson Orikassa inicia 2º mandato à frente da AEA

Para o biênio 2017/18, o presidente da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva), Edson Orikassa, renovou parcialmente a diretoria que vai priorizar, entre outros temas, os debates sobre as novas políticas industriais, a última fase do Inovar-Auto, manufatura avançada (Indústria 4.0) e o Programa Brasileiro de Combustíveis, Tecnologias Veículos e Emissões (PCVE).

 

A nova diretoria da AEA tem Marcos Clemente (vice-presidente), Alfredo Castelli (Eventos), Anderson Suzuki (Comunicação), Carlos Sakuramoto (Manufatura), Eugenio Coelho (Marketing), Flavio Sakai (Conectividade), Gilmar Laigner (Novas Políticas Setoriais), Jefferson Oliveira (Pós-Venda), João Irineu Medeiros (Emissões e Consumo – Leves), Marcelo Massarani (Universidade), Marcello Depieri (Acreditação de Laboratório).

 

Integram ainda a diretoria, Marcio Azuma (Emissões e Consumo – Motos) Marcos Vinicius Aguiar (Relações Institucionais e interino de Segurança Veicular), Nilton Monteiro (Diretor Adjunto), Paulo Jorge Antonio (Emissões e Consumo – Pesados), Rodrigo Giglio (Fora de Estrada e Estacionários), Rogério Gonçalves (Combustíveis), Sidney Oliveira (Administrativo e Finanças) e Simone Hashizume (Lubrificantes).

Ford lança Ka 2018 e condições especiais de financiamento

A Ford iniciou as vendas da linha 2018 do Ka, o modelo de entrada SE, vêm com direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas com controle remoto e som com comandos de voz. As demais versões, SE Plus e SEL, entre outros equipamentos, oferece controle eletrônico de estabilidade e assistente de partida em rampa.

 

“O Ka é um carro altamente desejado, que tem a melhor receita de valor percebido do segmento. Agora, além de ser primeiro a lançar a linha 2018, traz as melhores condições de compra”, diz Pedro Resende, gerente de Marketing de Varejo da Ford. “O mercado brasileiro privilegia o ano-modelo, com valor de mercado maior e garantia de carro atualizado até o próximo ano”.

 

O Ka 2018 continua a oferecer as opções de motor 1.0 TiVCT de três cilindros, com 85 cv, e Sigma 1.5 16V, de 110 cv, ambos flex e com nota máxima em economia de combustível.

 

O modelo chega com preço promocional a partir de R$41.490 e tem financiamento com taxa zero em até 30 meses. As ofertas são válidas até 7 de março.

ZF lança módulo híbrido integrado para transmissão de dupla embreagem de oito marchas

Usando a nova transmissão de dupla embreagem de 8 marchas (8DT) como base – que teve o Porsche Panamera como o primeiro veículo a ser produzido em série equipado com o componente –  a ZF e a Porsche desenvolveram em conjunto um kit de transmissão híbrido modular que suprirá todas as necessidades atuais e futuras de veículos esportivos.

 

 

A nova transmissão esportiva para tração traseira e tração nas quatro rodas se distingue da concorrência devido aos seus tempos de mudança de marcha mais rápidos, alto nível de eficiência e máxima flexibilidade. Um dos principais objetivos do projeto foi tornar a alimentação elétrica uma opção para esta transmissão. Graças ao novo projeto do conjunto de engrenagens, foi possível integrar um módulo híbrido de 100 kW sem aumentar o comprimento em comparação à atual transmissão esportiva 7DT.

 

Isso também vale para a caixa de transferência de tração integral opcional, que aciona o eixo dianteiro da forma mais econômica possível, usando uma embreagem hang-on. Além disso, a perda de potência da transmissão básica é reduzida em até 28% – graças a vários fatores como a distribuição das relações de marchas, que em 11.17 é muito alta, a 8a marcha adicional e o sistema de lubrificação sob demanda. A unidade de controle de transmissão eletrônica aperfeiçoada foi desenvolvida e produzida de forma independente pela ZF. A nova transmissão é produzida na fabrica de Brandemburgo, Alemanha.

 

 

A nova transmissão de dupla embreagem de 8 marchas com configuração longitudinal frontal está disponível em 4 modelos (convencional, tração integral, híbrida e tração integral híbrida) e 3 classes de torque, alcançando até 1.000 Nm. A classe de torque é definida pela diversidade de configurações dos módulos de dupla embreagem, com a transmissão e o conjunto de engrenagens permanecerá sempre o mesmo. Isso também vale para os sistemas hidráulicos da transmissão, sistemas de mudança de marchas, freio de estacionamento e unidades de controle, incluindo o software.

 

Para reduzir o tamanho da transmissão 8DT básica o máximo possível, foi criado um novo conceito de conjunto de engrenagens com dois eixos intermediários e um eixo de adicional. As engrenagens fixas, que ficam nos eixos de entrada da transmissão, podem ser usadas várias vezes, resultando em níveis reduzidos das rodas, que tornam a transmissão básica significativamente mais curta. Esta foi a única forma de manter o comprimento do módulo híbrido e integrá-lo no espaço de instalação limitado. Esta arquitetura do conjunto de engrenagens oferece outra vantagem. Com base no conceito modular, ela não é adequada somente para aplicações longitudinais frontais, mas também é capaz de atender outras configurações de transmissão.

 

Coluna Alta Roda: INSPEÇÃO AMBIENTAL VOLTA À PAUTA

Por: Fernando Calmon

Passou algo despercebido, em 2016, o aniversário de 30 anos do Proconve (Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores). Como a indústria instalada no País completou 60 anos também em 2016, significa que metade de sua trajetória histórica foi regida por regulamentações que, se não estão entre as mais rigorosas do mundo, pelo menos ajudaram a mitigar as chamadas emissões reguladas de três gases: monóxido de carbono, óxidos de nitrogênio e hidrocarbonetos.

No caso de motores de ciclo Otto o controle pôde ser feito com relativa facilidade por meio de gerenciamento eletrônico de injeção e ignição, além de um dispositivo muito eficiente, o catalisador de três vias, que recebe este nome por atuar sobre aqueles gases. Quando a peça atinge a temperatura de trabalho – hoje de forma muito mais rápida – e uma eficiência de conversão de 98%, os subprodutos no escapamento são nitrogênio e vapor d’água.

Um dos acertos do Proconve foi trabalhar com fases e prazos a exemplo do exterior. Isso atraiu fabricantes de catalisadores para o Brasil. Primeiramente a Umicore, que completou 25 anos, e depois a BASF. Stephan Blumrich, presidente da primeira, afirmou com exclusividade à Coluna:

 

“Devemos continuar, como o resto do mundo faz, a buscar emissões menores do que hoje é permitido. O legislador deve atuar em harmonia com a indústria quanto a metas e o tempo necessário para alcançá-las. O catalisador faz a sua parte e pode durar o mesmo que um motor, se a manutenção deste for feita de acordo com as normas do fabricante. Funciona de modo simples por meio de reações químicas. Além disso, ao fim da vida útil pode ser reciclado e seus metais nobres, recuperados. A saúde da população é preservada, mas com o aumento da frota circulante e condições de tráfego mais difíceis há necessidade não apenas de avançar nas regulamentações, mas também ter um controle sobre a efetiva manutenção dos veículos por meio de inspeções”.

 

O fato é que não se vislumbram ainda os próximos passos do Proconve. Ministério do Meio Ambiente e Ibama deveriam ter avançado nas propostas, mas parece haver certa letargia em parte pela situação política e econômica do País. Nesse cenário o governo de São Paulo resolveu, depois de 20 anos de indefinições, propor a continuidade na legislação e, pela primeira vez, iniciar um programa estadual de inspeção veicular.

 

De fato, um esforço isolado da cidade de São Paulo deixa de trazer benefícios maiores porque a poluição se estende por toda a região metropolitana e começa a preocupar também em concentrações urbanas do interior. A Secretaria Estadual do Meio Ambiente anunciou na semana passada que em 2018 todos os veículos a diesel, leves e pesados, começarão a ser inspecionados.

 

Segundo o secretário, Ricardo Salles, as 46 agências regionais da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) se encarregarão do programa. É imprudente achar que uma companhia com várias atribuições e em momento de finanças tão apertadas possa coordenar e executar inspeções. Isso não deu certo no Estado do Rio de Janeiro e nem no exterior. A fórmula com menos possibilidade de erros é boa regulamentação e licitação dos serviços entre empresas especializadas.

 

 

RODA VIVA

 

APESAR de muito se falar sobre alternativas de mobilidade no mundo, as vendas de automóveis e comerciais leves continuam em ascensão. Segundo a consultoria inglesa Jato, 84,24 milhões de unidades ganharam as ruas em 54 principais países pesquisados no ano passado. Crescimento de 5,6% sobre 2015. Nada indica que esse ritmo diminua em 2017.

 

EMISSÕES de novas carteiras nacionais de habilitação (CNH) caíram 13% em 2015 e também em 2016. Leitura mais apressada pode concluir que há menos interesse em comprar carros. Mas, na realidade, comparada à queda de cerca de 50% do mercado brasileiro no mesmo período, o percentual acumulado menor de CNH emitidas indica justamente o contrário.

 

SANDERO surpreende em desenvoltura graças ao novo motor 1,6-L SCe, bem superior ao utilizado antes. Mesmo com potência maior o consumo foi reduzido. Sistema de desligar-ligar o motor (pode ser inibido por botão no painel) funciona de modo silencioso e preciso, pois basta um leve toque no pedal de embreagem. Comando do câmbio, agora a cabo, ficou bem melhor.

 

MEXICANOS estão comprando mais veículos novos (crescimento de 50% em dois anos) depois que o governo regulamentou a importação de modelos seminovos dos EUA e assim reduziu em 90% essa prática. O mercado do México, agora, é duas vezes maior que o da Argentina. Oportunidade para diversificar exportações brasileiras, o que já vem ocorrendo.

 

FERRAMENTA Consulta Recall verifica se qualquer veículo tem pendência relativa a defeitos de segurança. Desenvolvida pela Tecnobank, inclui todas as revocações dos fabricantes desde 1999. Serviço hospedado em nuvem e a informação individual é paga. Essa informação deveria aparecer no licenciamento anual, mas vem sendo adiada seguidamente.

 

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