NGK anuncia nova linha de bobinas de ignição na reposição

NGK anuncia nova linha de bobinas de ignição na reposição
Bobinas de ignição NGK – Foto: divulgação/NGK

Visando atender mecânicos, NGK anuncia nova linha de bobinas de ignição para atender o aftermarket 

 

Com o objetivo de ampliar seu portfólio de produtos, a NGK anuncia nova linha de bobinas de ignição para atender o aftermarket brasileiro. Os novos produtos são bobinas individuais, dos tipos pencil coil e top coil. A top coil apresenta a vantagem de reduzir o superaquecimento por ter um enrolamento posicionado na região mais fria da peça. No modelo pencil coil, o mesmo enrolamento é localizado ao longo do corpo da bobina. 

Consultor técnico da NGK, Hiromori Mori, falou sobre o lançamento das novas peças. “Os lançamentos são voltados para veículos de concepção moderna, nos quais não há cabos de ignição – a bobina é diretamente aplicada à vela de ignição”, explica Hiromori.  

Os modelos que serão atendidos pelas novas bobinas de ignição da NGK são: Fiat: Argo e Cronos, 1.0 6v e 1.3 8v Flex Fuel. Ford: Ka, Ka+ 1.0 12v Flex Fuel, Ecosport, Focus 2.0 16v Direct Flex, Fusion 2.0 16v Hybrid e Ecoboost, 2.5 16v, 2.5 16v Hybrid, 2.5 16v Duratec i-VCT, Ranger 2.5 16v Duratec. GM: Captiva 3.0 24v e 3.6 24, Omega 3.6 24v, Trailblazer 3.6 24v. Renault: Kwid, Logan, Sandero 1.0 12v. 

Primeiro posto 100% elétrico do Brasil é inaugurado em São Paulo/SP

Primeiro posto 100% elétrico do Brasil é inaugurado em São Paulo/SP
Primeiro posto 100% elétrico do Brasil é inaugurado em São Paulo/SP – Foto: divulgação/Vibra

Fruto de parceria entre a Vibra, EZVolt e 99, primeiro posto 100% elétrico do Brasil é inaugurado no Jardim Anália Franco, na capital paulista 

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O primeiro posto 100% elétrico do Brasil foi inaugurado no último dia 7 de novembro em São Paulo/SP. Localizado no Jardim Anália Franco, zona leste da capital paulista, o novo empreendimento é fruto de uma parceria entre a Vibra Energia, a EZVolt e a 99, com o objetivo de aumentar os pontos de recargas para veículos eletrificados na cidade. O novo posto funcionará como um hub de recarga, disponibilizando oito pontos de carregamento simultâneos para atender desde carros particulares, até veículos de frotas como caminhões e motoristas parceiros da 99. O valor da recarga será de R$ 1,97/kWh e o pagamento poderá ser feito através do aplicativo da EZVolt, que aceita cartão de crédito e ticket car. 

Os pontos de recarga terão os plugs CCS 2, CHAdeMO e também o Tipo 2, capazes de recarregar qualquer veículo elétrico que circula pela cidade atualmente, além dos modelos híbridos Plug-in. Uma das novidades disponíveis aos motoristas é o carregador público mais rápido do Brasil, com potência de 200 KW, possibilitando um tempo de recarga menor aos usuários do posto. A EZVolt estima que cada carro elétrico levará cerca de meia-hora para ter a bateria completamente carregada no posto. Para oferecer maior comodidade aos clientes, será disponibilizado um espaço com sofá, TV, e wi-fi para os motoristas aguardarem a recarga do veículo, além de banheiros e uma área externa preparada para descanso e refeições. 

 

Expansão dos pontos de recarga  

O posto inaugurado na zona leste de São Paulo é o primeiro de uma série de inaugurações que deverão ocorrer nos próximos meses. Após o Jardim Anália Franco, os bairros do Canindé, Mooca, Lapa e Vila Olímpia receberão os postos de carregamento para carros elétricos. Além dos espaços exclusivos para os veículos eletrificados, a Vibra e a EZVolt também estão equipando postos tradicionais com pontos de recarga para veículos elétricos, aumentando a rede de recarga disponível aos usuários. Segundo as empresas, 12 mil estações públicas devem ser implantadas em todo o Brasil até o fim de 2025. 

CEO da EZVolt, Gustavo Tannure,  falou sobre o novo empreendimento inaugurado em São Paulo. “Este é só o primeiro de uma série de novos postos que serão inaugurados. A EZVolt tem crescido exponencialmente e é líder no segmento graças à nossa capacidade de realização. Mais do que isso: antecipamos a solução para as dores dos nossos clientes, entregando um posto elétrico com capacidade de recarga e serviços agregados que, talvez, ainda levasse alguns anos para ser feito pela concorrência, disse o executivo. 

O diretor vice-presidente comercial da Vibra, Bernardo Kos Winik, também falou sobre os planos de expansão elétrica da Vibra para o futuro. “Sabemos que a eletromobilidade vem ganhando bastante relevância na logística das empresas e isso será sentido cada vez mais no Brasil devido não apenas às políticas públicas, mas à consciência social. Seremos líderes em infraestrutura de recarga veicular, com uma estrutura robusta a serviço dos nossos clientes, este é apenas o primeiro dos postos 100% elétricos que vamos inaugurar”, explica Bernardo. 

O novo posto está localizado na Rua Oiti, 72, Jardim Anália Franco – São Paulo/SP e funciona das 7h às 22h. 

Calmon | Ano de 2023 será o das picapes de todos os tipos e preços

 

Trata-se, por um lado, de coincidências e de outro, alguns atrasos de modelos que deveriam ter estreado este ano. O lançamento mais aguardado é a nova picape Montana de porte intermediário (entre compacta e média). A Chevrolet divulgou, ao longo do ano, vários filmes do carro disfarçado, mas como sempre comentei aqui as dimensões externas seriam as da Oroch e não da Toro. Por enquanto só foram divulgados comprimento de 4.720 mm e largura de 1.800 mm (Oroch, 4.719 mm e 1.834 mm, respetivamente).

Para ter ideia do espaço interno falta a distância entre eixos (ainda não divulgada), mas possivelmente deve ser um pouco maior, pois a Oroch tem para-choques protuberantes e o bom entre-eixos de 2.830 mm.

A Montana, de fato, apresenta um estilo frontal bem próximo ao da Toro, embora a GM afirme que está “em sintonia com a mais recente linguagem global de design da Chevrolet”. Na parte traseira o desenho é moderno e harmonioso com manuseio leve da tampa da caçamba. Esta tem o generoso volume de 874 litros contra 683 da Oroch e até próximo da Toro (937 litros).

O motor é o mesmo do SUV Tracker: 1,2 L, turbo flex, 133 cv (E)/132 cv (G) e 21,4 kgf.m (E)/19,4 kgf.m (G). Nas versões mais caras vêm com câmbio automático epicíclico de seis marchas, mas haverá o manual para a versão de entrada, também de seis marchas. Preços para entregas em fevereiro: R$ 134.490 (LTZ) e R$ 140.490 (Premier).

Na fila de lançamentos de picapes em 2023 a primeira a chegar é a versão híbrida da Maverick. A Ford confirma que terá tração apenas dianteira e motor a gasolina de 2,5 litros (ciclo Atkinson) sem antecipar potência e torque combinados, nem se o preço será menor que o atual modelo. No próximo ano estreia a inteiramente nova Ranger produzida na Argentina. Ford e GM importarão suas picapes grandes F150 e Silverado, respectivamente.

Outro lançamento vem da confirmação de entrada da Fiat no segmento das médias. Tudo aponta para a versão da marca italiana da Peugeot Landtrek, montada no Uruguai com componentes chineses e vendida na Argentina e outros mercados sul-americanos. A Peugeot teria desistido de lançar a picape com a sua marca, decisão semelhante à da Renault que descartou vender aqui a Alaskan por ser igual à Frontier. A Fiat oferecerá o motor turbo flex de 1 L e três cilindros para a Strada.

Por fim haverá o lançamento da Ram 1200 que aproveitará a mecânica e o monobloco da Toro, porém com dimensões maiores.

 

Média diária de vendas supera 10.000 unidades

Novembro foi o melhor mês de 2022 até agora em vendas diárias: 10.200 unidades de veículos leves e pesados. Embora o volume acumulado nesses 11 primeiros meses seja negativo em 1,3%, a tendência com os resultados projetados para dezembro se alinha à previsão da Anfavea de um crescimento anual de cerca de 1% sobre 2021.

A produção em 2022 já deverá superar a do ano passado na segunda semana deste mês. Assim os percalços com a escassez de semicondutores, embora não superados, estão amenizados. Projeções para 2023 serão anunciadas em janeiro próximo.

Envelhecimento da frota circulante no Brasil, de fato, vem ocorrendo. No entanto, este é um problema mundial. A produção global de veículos caiu e se recupera lentamente este ano e em 2023.

Estoque total nas fábricas e concessionárias passou de 28 dias em outubro para 29 em novembro. As vendas financiadas ainda estão bem abaixo das médias históricas, reflexo da subida dos juros.

 

Fiat Fastback une estilo e desempenho

Desde quando começou as vendas em setembro até os primeiros dias de dezembro foram 7.000 unidades emplacadas, apesar de ter encarecido neste período. O Fastback superou as expectativas da Fiat entre outros motivos por parecer maior do que os 4.427 mm de comprimento sugerem, além do desenho elegante da coluna traseira.

Nada de barras no teto que, em geral, estão lá apenas para efeito visual discutível. Essa elegância do SUV cupê, no entanto, acaba por diminuir o espaço para a cabeça no banco traseiro para pessoas de maior estatura. Porta-malas de 516 L (padrão VDA) também se destaca, inclusive pelo vão de abertura.

O desempenho com motor turbo flex de 1,33 L/185 cv e 27,5 kgf.m (E) e caixa automática de seis marchas está acima da média do segmento. Apesar de freios a tambor nas rodas traseiras não senti deficiência de desaceleração, mesmo em velocidades mais altas. Também mostrou equilíbrio em curvas, sem subesterço exagerado. Freio de imobilização eletromecânico, com função de acionamento automático muito útil no para e anda do trânsito, é acionado também ao colocar a alavanca seletora do câmbio na posição P.

 

AEA aponta tendências tecnológicas no Brasil

Regulamentações existentes e as que virão nos próximos anos colocam o País dentro do contexto mundial de descarbonização veicular. Para isso a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA) contribui com dois estudos que acaba de anunciar. O primeiro é sobre a continuidade da evolução tecnológica dos veículos leves em eficiência energética, consumo de combustível, emissões, conectividade e segurança veicular. Tudo considerando as matrizes energéticas no Brasil que estão entre as mais limpas do mundo.

A segunda iniciativa é uma cartilha que explica o cálculo de emissões do poço à roda. Hoje não basta saber o que é emitido do motor à roda pois veículos elétricos têm emissão zero nesta etapa. A segunda fase do programa governamental Rota 2030 começa em 2027 e levará em conta o ciclo completo. Dados públicos foram usados para se chegar ao que realmente interessa, os números de CO2 equivalente (CO2 eq). Para ver: https://aea.org.br/inicio/wp-content/uploads/2022/11/AEA_CARTILHA-CALCULO-POCO-RODA.pdf.

 

ALTA RODA

TECNOLOGIA da informação enfrenta um desafio: encontrar profissionais disponíveis. Trata-se de deficiência global e vai se agravar no Brasil. Ford Academy é uma iniciativa da subsidiária brasileira em conjunto com o Senai para treinar jovens com mais de 18 anos e de baixa renda. Pretende atender, na primeira fase, 200 alunos em 2023 para cursos semestrais. Depois serão encaminhados ao mercado de trabalho.

HONDA HR-V recebeu o título de Carro do Ano 2023 da revista Autoesporte numa disputa apertada com o Fiat Fastback e o Citroën C3. Em outras categorias venceram: Kia Sportage (Carro Premium do Ano), Porsche 718 GT4 RS (Superpremium), Ford Maverick (Picape), Peugeot e-2008 (Elétrico), Volvo C40 (Elétrico Premium), BMW iX (Elétrico Superpremium), Audi Q5 (Híbrido), Caoa Chery 1.5 PHEV (Motor abaixo de 2 litros) e Volvo PHEV (Motor acima de 2 litros).

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www.fernandocalmon.com.br

Valvoline lança fluido Maxlife ATF CVT compatível com automáticos convencionais

Valvoline lança fluido Maxlife ATF CVT compatível com automáticos convencionais
Valvoline lança Maxlife ATF CVT compatível com automáticos convencionais – Foto: divulgação/Valvoline

Valvoline lança fluido Maxlife ATF CVT, óleo de transmissão que é compatível com câmbios automáticos que exigem óleo ATF

 

Pensando em atender à crescente demanda de veículos que utilizam câmbio CVT e automáticos convencionais, a Valvoline lança fluido Maxlife ATF CVT, óleo sintético capaz de atender 90% dos veículos que circulam diariamente pelo Brasil. O Maxlife ATF CVT é compatível com as fabricantes Allison, Volkswagen, Audi, Toyota, Suzuki, ZF, BMW, Chrysler, Dodge, Jeep, Ford, GM, Mitsubishi, Hyundai, Honda, Nissan, Aisin Warner, Subaru, Kia e Volvo.. 

O novo óleo de câmbio da Valvoline, segundo a empresa, possui fórmula com a adição de componentes químicos que proporcionam maior efetividade na parte de detergentes e dispersantes, além da adição de fenatos que oferecem eficiência e adaptação do filme lubrificante trazendo mais proteção de acordo com o regime de trabalho e temperatura de cada sistema fazendo com que o fluido se adapte a cada equipamento.  

Produção de veículos aumentou 4,7% em novembro, segundo a Anfavea

Produção de veículos aumentou 4,7% em novembro, segundo a Anfavea
Produção de veículos aumentou 4,7% em novembro, segundo a Anfavea – Foto: divulgação/Stellantis

Destaque fica com as exportações realizadas no período e com o número de carros elétricos emplacados no país 

A Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (ANFAVEA) divulgou no último dia 7 de dezembro os resultados da indústria automobilística no mês de novembro. A produção total de veículos aumentou 4,7% em relação aos números de outubro, com 215 mil unidades produzidas. Em relação ao mesmo período de 2021, o aumento foi de 4,9%. Entre os caminhões e ônibus, houve uma queda de 3% em relação aos números de outubro, mas 5,2% de aumento se comparado com novembro de 2021. 

O número de emplacamentos subiu 12,8% em relação a outubro, com um total de 204 mil veículos emplacados no período. Em relação a novembro de 2021, o aumento chega a 17,9%. No acumulado de janeiro a novembro de 2022, houve uma queda de 1,3% em relação ao ano anterior. Entre os caminhões e ônibus, o número de emplacamentos caiu 5,4% em relação a outubro e 2,5% quando comparado com o mesmo período de 2021. No total, mais de 10 mil caminhões e ônibus foram emplacados em novembro no país. Desde janeiro, 114 mil caminhões e ônibus foram emplacados, o que representa uma queda de 2,2% em relação a 2021. Segundo o Presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, a justificativa para a queda é a instabilidade de produção no país no ano de 2022. 

Um dos destaques de novembro foi o aumento significativo de emplacamentos de veículos elétricos e híbridos. No total, mais de 5 mil emplacamentos foram realizados no período, número que só fica atrás do mês de setembro, quando 6,4 mil veículos elétricos foram emplacados no Brasil. No período entre janeiro e novembro, 43,7 mil carros elétricos ou híbridos receberam placas no país. 

A exportação também segue a todo vapor, com 43,4 mil veículos automotores enviados para outros países, representando um aumento de 55% em relação a novembro de 2021. No acumulado anual até o momento, 450 mil unidades foram exportadas, resultado 34% superior ao ano passado. Entre os caminhões e ônibus, o aumento na exportação foi de 50,5% em relação a novembro de 2021. No acumulado total do ano até novembro, foram gerados quase 10 bilhões de dólares em exportação, número 40,6% superior ao ano de 2021. Chile, Colômbia e México aumentaram o volume de negócios com o Brasil, respondendo juntos por 46% das exportações no país. A liderança, porém, continua com a Argentina que mesmo perdendo 7% do volume de negócios com o mercado automotivo brasileiro, recebeu 29% das exportações.  

Valeo lança linha de lâmpadas para veículos leves na reposição

Valeo lança linha de lâmpadas para veículos leves na reposição
Valeo lança linha de lâmpadas para veículos leves na reposição – Foto: divulgação/Valeo

Atendendo 95% da frota brasileira, Valeo lança linha de lâmpadas para o aftermarket automotivo no Brasil 

Visando atender ao mercado de reposição brasileiro, a Valeo lança linha de lâmpadas para veículos leves. No total, serão 37 itens como lâmpadas de 12 V para faróis dianteiros e traseiros, além de lâmpadas internas e para o painel de veículos leves. A nova linha, que já é comercializada na Europa, poderá ser utilizada em 95% da frota circulante brasileira. 

As lâmpadas serão divididas em quatro tipos. Essential, lâmpadas halógenas e de sinalização com qualidade padrão da Valeo. Blue Effect, lâmpadas halógenas e de sinalização com luz azul e efeito xenon. Life X2, lâmpadas halógenas com o dobro de duração para reduzir o número de substituições. +50% Light, lâmpadas halógenas com 50% mais luz. Segundo a empresa, as novas lâmpadas possuem certificação do Inmetro e possuem garantia de três meses. 

 O diretor geral da Valeo Service South America, Marco de Luca, afirma que até o fim de 2022 a linha deverá crescer. “Até o final de 2022 essa linha deve crescer ainda mais. Nosso objetivo é continuar expandindo a gama de lâmpadas com a comercialização de lâmpadas de 24 volts para veículos comerciais”, diz Marco. 

Coluna Mecânico Pro: A importância dos procedimentos de diagnóstico

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Estabelecer processos internos padronizados para analisar a origem das falhas em um veículo otimiza o tempo de trabalho e aumenta a satisfação do cliente

 

artigo por Diego Riquero Tournier | fotos Arquivo Bosch & Arquivo Mecânico Pro

Muito se fala com relação ao diagnóstico automotivo a partir das diferentes perspectivas que compõem o mesmo. Estou me referindo ao lado técnico do diagnóstico impulsionado pela crescente complexidade da evolução tecnológica, assim como, pelas dificuldades para explicar para os clientes os orçamentos derivados dos serviços de diagnóstico, as horas investidas, as tecnologias e equipamentos aplicados, além dos conhecimentos necessários por parte dos técnicos que executam este tipo de serviço.

Mas, nem sempre se analisa a relação que existe entre os procedimentos de diagnóstico e os tópicos mencionados acima. Em outras palavras, parar por um instante para compreender o papel dos procedimentos de diagnóstico dentro de uma empresa de serviços automotivos.

Então vamos analisar este tema desde o começo.

O QUE SIGNIFICA E QUAL É O OBJETIVO DE TRABALHAR COM PROCESSOS E PROCEDIMENTOS?

Processos e procedimentos são terminologias as quais muitas vezes se confundem por estarem diretamente correlacionadas e pelo fato de funcionar de forma interdependente.

Os processos podem ser definidos como o conjunto de etapas/atividades realizadas em sequência ordenada, e que se reproduzem com regularidade (estabelecendo uma padronização) que, quando aplicadas em conjunto resultam na fabricação de um produto ou na realização de um serviço.

Já os procedimentos estabelecem métodos e sequências de trabalho para a realização de atividades específicas, as quais posteriormente se integram como parte de um processo.

Resumindo o conceito: os procedimentos são as sequências de trabalho que estabelecem um passo a passo para a realização de uma tarefa específica. Exemplo: um check-list de recepção de um veículo.

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Diego Riquero Tournier é chefe de serviços automotivos para América Latina na Bosch

Já um processo representa o conjunto de procedimentos os quais somados conformam e definem a padronização de uma atividade chave dentro de uma empresa. Exemplo: processo de atendimento ao cliente, o qual entre outros tantos procedimentos que conformam esse processo poderá incluir um procedimento específico para a recepção do veículo.

Mas, antes de embarcar nesse tema dos processos e procedimentos de trabalho: é justo questionar para que serve tudo isso?

Como já devem ter percebido, há uma palavra-chave em tudo o que foi mencionado acima. E essa palavra é a padronização, ou estabelecer padrões. Mas padrões de quê?

• Padrões de qualidade, que estão aí para eliminar os desvios, evitar repetir erros, principalmente aqueles erros conhecidos, e incrementar a satisfação de todos os envolvidos (incluindo os clientes).

• Padrões de produtividade, os quais têm a função de acabar com qualquer tipo de desperdício, principalmente aqueles relacionados ao tempo. Ou seja, ser o mais eficiente possível encurtando os tempos de execução.

Muito bem, agora que alinhamos um pouco as definições para um melhor entendimento, vamos nos concentrar na proposta do título “Procedimentos de Diagnóstico”.

Quando falamos da aplicação de procedimentos de diagnóstico em oficinas automotivas, acredito que ao menos 99% dos empresários e profissionais do setor concordam que só trazem benefícios para todos os envolvidos (empresa, técnicos e clientes); e a partir desta afirmação surge uma pergunta quase óbvia…

ENTÃO POR QUE É “TÃO RARO” ENCONTRAR OFICINAS APLICANDO ESTA METODOLOGIA DE TRABALHO?

Bem, as respostas podem ser diversas, mas acredito que um fator em comum pode estar relacionado com a dificuldade natural de qualquer empresa e ser humano para “encarar” a implementação de mudanças. E tudo isso agravado, principalmente, quando essas mudanças se referem a culturas de trabalho.

Vamos tomar como exemplo o que seria um procedimento de diagnóstico para um sistema de gestão de motor da linha leve (Injeção gasolina).

São muitos os relatos de técnicos que investiram quatro horas, seis horas, ou até dias trabalhando com diagnósticos em um determinado veículo, para posteriormente descobrir que a causa raiz da falha estava relacionada com uma diferença de tensão na bateria provocada por um mau aterramento.

Ou que, depois de trabalhar outra quantidade absurda de tempo em um carro, um técnico acabou descobrindo que o problema estava relacionado com o combustível, seja que faltava no tanque ou que o mesmo estava adulterado.

OK, acredito que desde a perspectiva técnica ficou clara a mensagem com relação aos benefícios da utilização de procedimentos para executar diagnósticos automotivos – ou seja, evitar repetir erros conhecidos.

Mas, reforçando este objetivo de não repetir erros conhecidos, é muito importante realizar um esclarecimento com relação à efetividade e alcance dos procedimentos de diagnóstico, para não induzir ao erro ou criar falsas expectativas com relação aos resultados que é possível obter a partir da introdução desta prática nas rotinas de trabalho.

Neste sentido, é importante afirmar de forma enfática que, quando se fala em procedimentos de diagnóstico, não existe nenhum procedimento ou fluxograma de trabalho que seja capaz de prever ou resolver todas as possibilidades de avarias, defeitos funcionais ou provocados, para a diversidade de sistemas, marcas e modelos que existem no mercado.

Dito isso, está claro que não se trata de uma metodologia que promete milagres, ou 20 passos de teste para resolver todos seus problemas de diagnóstico.

O QUE “PROMETE” ENTÃO A INTRODUÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE DIAGNÓSTICO?

Do ponto de vista técnico, a utilização de procedimentos de diagnóstico como mostra a Figura 1 propõe uma dinâmica baseada em sequências lógicas de diagnóstico as quais seguem históricos gerais de probabilidades defeitos, com o objetivo de identificar valores funcionais fora de especificação.

Check List (Figura1)

Desta forma, é possível afirmar que ao menos 60% dos defeitos são identificados a partir da aplicação profissional dos procedimentos de diagnóstico (exemplo: check-list de diagnóstico) ou, no mínimo, nos casos mais complexos, mesmo sem identificar a causa raiz do problema, será possível obter uma orientação para avançar com outros procedimentos mais aprofundados, tomando como base todos os valores obtidos a partir da aplicação do check-list inicial.

Foto 4

Como é possível ver no exemplo da Figura 1, a estruturação do check-list segue a própria lógica do diagnóstico; começando com os dados do veículo, continuando com a entrevista com o cliente (passo fundamental para obter dados de serviços recentes ou condições particulares nas quais a falha se apresenta), seguindo posteriormente com o passo a passo técnico.

Especificamente os passos técnicos seguem uma análise geral de sistemas, começando sempre pela alimentação elétrica (condição da bateria e análise da tensão elétrica em diferentes pontos), seguido pelo sistema de combustível e valores de diferentes sensores os quais claramente seriam afetados em
caso de defeitos elétricos, eletrônicos ou mecânicos.

Um ponto fundamental da aplicação deste tipo de Check-list está relacionado com a disciplina e profissionalismo. Ou seja, de nada serve pular etapas. É aí quando o conceito dos procedimentos de trabalho se desmorona completamente, voltando ao estágio anterior do que seria um “diagnóstico” com base no sistema da prova de acerto e erro.

BENEFÍCIOS ADICIONAIS

Trata-se de um tema recorrente durante as conversas com empresários do setor automotivo, a problemática da precificação dos serviços de diagnóstico.

Geralmente se escutam frases do tipo: “é muito difícil explicar para o cliente que o diagnóstico tem custo e que não dá para estabelecer um valor fixo porque os tempos variam muito”.

Sim, concordo que há uma problemática neste sentido. Mas, mediante a aplicação de um check-list como o apresentado acima, abre-se uma possibilidade de passar a documentar e demonstrar antecipadamente para o cliente todos os passos de teste que serão realizados, se afastando desta forma de um plano subjetivo para passar a falar com o cliente de uma forma mais concreta e com possibilidades de argumentar com elementos de mais fácil compreensão.

Sendo assim, o próprio procedimento (check-list) pode ser comercializado com um tempo e valor predefinido, e desta forma, passa a ser viável negociar com o cliente situações como: “serão necessárias duas horas de diagnóstico para executar todos os passos do procedimento e, caso não seja possível chegar a uma definição da causa-raiz do defeito, será necessário estender para mais horas de serviço e outros tipos de testes”.

Da mesma forma que acontece com os diagnósticos médicos, nos quais existem uma série de análises que são realizadas seguindo procedimentos claramente definidos. E caso o médico especialista não consiga definir o diagnóstico com base nos dados obtidos nos procedimentos iniciais, são solicitados outros procedimentos.

Foto 5

Desta forma, acredito que a transparência e o profissionalismo acabam prevalecendo na relação com o cliente.

 

 

Motor | 20 dicas para troca correta da bomba de óleo

Motor | 20 dicas para troca correta da bomba de óleo - Foto de abertura-20 dicas
20 dicas para troca correta da bomba de óleo

Confira dicas para o diagnóstico no sistema de lubrificação do motor e instruções para realizar a instalação da bomba de óleo em motores ciclo Otto

 

texto Vitor Lima fotos Fernando Andrade Lalli

Manter o sistema de lubrificação em boas condições é um dos fatores fundamentais para proporcionar o bom funcionamento do conjunto mecânico do motor. Para que a circulação correta do óleo lubrificante seja alcançada, deve-se levar em consideração a manutenção de alguns itens do sistema de lubrificação, como também a integridade da bomba de óleo e o seu correto funcionamento.

A bomba de óleo é responsável pela circulação interna do óleo lubrificante no motor, que promove a redução do atrito e a absorção do calor gerado pelo contato constante das peças móveis metálicas, como bronzinas, virabrequim, pistões, camisas, anéis, válvulas e eixos de comando. A bomba promove o fluxo de óleo para o filtro de lubrificante as galerias do motor ao receber o acionamento por meio do comando de válvulas ou do virabrequim.

A manutenção preventiva nos períodos corretos é de suma importância para o funcionamento do sistema. Conforme indicado no manual do veículo, devem ser respeitadas as preconizações para a troca de óleo junto com o filtro, e utilizar o lubrificante na viscosidade e classificação de desempenho (ou norma) previstas. A troca adequada de óleo garante o preenchimento correto das folgas internas do motor, menor desgaste da bomba de óleo e de todos os componentes que necessitam de lubrificação pelo lubrificante do motor.

O diagnóstico completo no sistema de lubrificação é necessário para se obter as possíveis causas de alterações nesse sistema, como diminuição da pressão correta do óleo, podendo indicar a possibilidade de vazamento interno em algum ponto do sistema (mancais), identificação de borras (entupimentos) que podem ser provenientes da utilização de combustíveis ou lubrificante de má qualidade, entre outros aspectos que citaremos a seguir para propiciar um diagnóstico assertivo no sistema e a troca da bomba de óleo de forma correta.

Motor | 20 dicas para troca correta da bomba de óleo - Foto 2 motor - capô levantado

1) DIAGNÓSTICO INICIAL COM O NÍVEL DE ÓLEO

Qualquer anomalia no nível de óleo, seja para abaixo do nível mínimo ou acima do nível máximo, afetará a pressão do sistema. É comum para essa falha que o painel de instrumentos acenda a luz indicativa de óleo, uma vez que o indicador de pressão de óleo é um marcador cada vez mais raro em automóveis de passeio. Assim, o primeiro passo de uma inspeção no sistema de lubrificação é utilizar a vareta para verificar o nível de óleo no sistema com o motor frio e em repouso por tempo suficiente para que todo o óleo tenha descido ao cárter.

Figura 1-Nível de óleo

2) INDICAÇÃO NO PAINEL DE INSTRUMENTOS

Motor | 20 dicas para troca correta da bomba de óleo - Figura 2 - Painel de instrumentos

Após a verificação do nível de óleo, é necessário analisar se o problema indicativo no painel de instrumentos é proveniente do motor ou causado pela parte eletroeletrônica do veículo. Os sensores podem basear-se em interruptores que realizam a função de on/ off. Quando o sistema apresenta determinada pressão de óleo, ele fecha o contato elétrico liberando sinal para que a luz do painel de instrumentos seja desligada.

Há possibilidade de ser propriamente um sensor, assim, é enviada a informação para a unidade de comando do motor pelo próprio sensor, e a ECU envia o sinal para que o painel acenda ou apague a luz do óleo no painel. Para realizar o diagnóstico nos sensores, você pode verificar a integridade do
componente, analisar o isolamento das conexões nos terminais elétricos e conferir a pressão do terminal. É possível testar a pressão de abertura/fechamento do contato em bancada.

3) AVALIAÇÃO E DIAGNÓSTICO DA PRESSÃO DO SISTEMA DE LUBRIFICAÇÃO COM MANÔMETRO

Motor | 20 dicas para troca correta da bomba de óleo - Figura 3 - Avaliação e diagnóstico da pressão

No caso de não encontrar nenhum tipo de variação ou anomalia com o sistema elétrico, deve ser feita uma avaliação no sistema mecânico. O Consultor Técnico da SKF, Marcelo Nunes, recomenda a utilização de um manômetro de duas vias para esta análise. Dessa forma, é possível obter a pressão de óleo existente no interruptor de óleo, popularmente conhecido como “cebolinha”, após a saída da bomba de óleo e antes do filtro de óleo, para obter a pressão no sistema.

As conexões do manômetro devem estar ligadas nos respectivos pontos de interesse para que seja feita a leitura correta. Com a chave selecionada para o interruptor de óleo, o mecânico pode identificar especificamente a pressão de óleo após a bomba gerar fluxo de óleo para o sistema.

De acordo com Marcelo, a leitura deve ser feita inicialmente com o veículo em condição de marcha lenta e após, eleve as rotações do motor para 2.000 rpm, 3.000 rpm e 4.000 rpm. Caso a pressão nessas faixas de rotação ou até maiores não se alterem, significa que a válvula de alívio do sistema está em atuação.

“A pressão de 2.000 rpm, 3.000 rpm ou 4.000 rpm se ela estivesse elevada ela não altera, porque nesse momento a válvula de alívio da bomba ou do sistema já está atuando. Então existe uma alteração de pressão de óleo até um determinado limite. Após atingir esse limite, ela se estabiliza, porque tem a válvula de alívio em operação”, comenta.

Este teste verifica o funcionamento da válvula de alivio (estabilidade da pressão), mas não o desempenho da bomba, pois não foi especificada uma temperatura de ensaio. A frio ou a quente. Com a diminuição típica da viscosidade do lubrificante com o aumento da temperatura, as os valores das
pressões tendem a cair. Os valores típicos das pressões, assim como, as temperaturas e rotações de leitura variam de montadora para montadora.

Segundo o Consultor Técnico da SKF, a segunda leitura é feita pela conexão que deve estar antes do filtro de óleo. No manômetro de duas vias, apenas altere a chave para o indicativo do filtro de óleo. Esta leitura irá identificar como está a pressão no sistema após as galerias e restrições do motor, assim, podendo identificar algum ponto de fuga de óleo ou componentes com funcionamento inadequado. O teste deve ser feito como o anterior, inicialmente com o veículo em condição de marcha lenta e após a verificação da pressão apresentada, elevar a faixa de rotação para novos parâmetros. Observe os valores de temperatura de funcionamento do motor.

4) NÃO ASSOCIAR FALHAS DE PRESSÃO APENAS À BOMBA DE ÓLEO

Uma das falhas mais comuns quando se trata de diagnóstico de pressão de óleo incorreta é a condenação imediata da bomba de óleo. A função da bomba de óleo é gerar carga manométrica na instalação (energia potencial) e promover o fluxo do lubrificante (vazão). A pressão do óleo é obtida por meio das restrições nas galerias de óleo do motor – estas que podem estar com algum tipo de entupimento ou fora dos dimensionais adequados de projeto, ocasionando a diferença de pressão adequada. Quando há queda de pressão no sistema, é um problema relacionado geralmente a folgas excessivas internas, temperatura excessiva do motor e lubrificante com especificação abaixo da recomendada ou com baixo índice de viscosidade.

5) EVITE O FLUSHING

Um procedimento que é conhecido pelo mercado automotivo é a limpeza interna do sistema de lubrificação motor, procedimento denominado como flushing. Fabricantes de produtos específicos para esse procedimento afirmam que o flushing serve para prevenir a formação de borra, não sendo indicado como correção no caso desse espessamento de óleo.

Marcelo comenta sobre a utilização do procedimento quando o sistema já possui borras formadas. “Você vai conseguir remover apenas uma camada superficial. O que é pior ainda, pois, dependendo do local que esse flushing atingir, ele não vai remover, ele vai desplacar essa borra do óleo e esse desplacamento pode ir para o pescador de óleo e obstrui-lo”, informa o especialista da SKF.

Vale lembrar que excesso de adesivo nas montagens de componentes, como o cárter, podem provocar desplacamento de rebarbas de adesivo seco, e também podem entupir os pecadores (sucção) da bomba de óleo.

6) UTILIZE O ÓLEO CORRETO CONFORME INDICADO PELA MONTADORA DO VEÍCULO

Não é à toa que as fabricantes de veículos recomendam determinado óleo para os motores presentes em seus projetos. O desenvolvimento das peças e materiais de atrito do motor necessitam de características das quais o fluido lubrificante escolhido pela montadora precisa atender. Seja referente ao preenchimento correto das folgas, características existentes no fluido previstas pela montadora, até os parâmetros de degradação do lubrificante no motor. Inspecione o óleo que está sendo utilizado no motor. Após o reparo, faça a troca completa pelo produto homologado pela montadora ou por um lubrificante equivalente que atenda à viscosidade e às mesmas classificações de desempenho do original.

7) VERIFIQUE SE HÁ OBSTRUÇÃO DO TUBO DE SUCÇÃO (PESCADOR) DE ÓLEO

Figura 7 - Tubo de sucção

Ao retirar o cárter de óleo, analise as condições do tubo de sucção de óleo, popularmente conhecido como pescador. Quando o tubo está com entupimento, haverá alteração na pressão de óleo do sistema, uma vez que o fluxo natural do lubrificante será alterado devido a esta restrição. A obstrução pode ocorrer por vários fatores como, por exemplo, a utilização de combustível de má qualidade, acarretando a formação de borra de óleo, resíduos de carbonização na câmara de combustão que podem ir ao cárter e até a utilização em excesso de cola para vedação do cárter que, conforme o funcionamento do sistema, pode se desprender para dentro do cárter e se alojar no tubo de sucção.

8) RESPEITE OS VALORES DIMENSIONAIS DO MOTOR

Procedimentos de retífica devem ser executados por profissionais qualificados no mercado, e somente quando a fabricante do veículo permitir tal procedimento. O motor apresenta consumo alterado de óleo pelo motor quando está fora das medidas previstas pela montadora, seja por retirada de material maior do que o permitido ou por acréscimo nos valores dimensionais como, por exemplo, a utilização de juntas com maiores dimensões.

As folgas dos casquilhos no virabrequim também possuem sua importância, pois, o raio de concordância serve para manter a pressão de óleo no sistema. Caso o raio de concordância esteja fora das especificações, haverá alteração na pressão de óleo. A folga eixo/casquilho deve ser mantida dentro das tolerâncias originais.

9) EM CASO DE RETÍFICA, USE UMA BOMBA DE ÓLEO NOVA

A bomba de óleo é um componente de desgaste como qualquer outro do motor. De acordo com o Consultor Técnico da SKF, Marcelo Nunes, ao realizar o procedimento de retifica no motor, seja na parte inferior ou superior, há necessidade da troca da bomba de óleo. “Imagine uma situação, você manda o seu motor para retífica por duas condições, ou ele apresentou algum problema e você teve que parar e mandar para manutenção ou ele rodou muito tempo que naturalmente ele precisou fazer a manutenção de retífica. Essa bomba está rodando na mesma quilometragem do motor, então se você vai trocar casquilho, vai fazer uma manutenção como um todo, a bomba de óleo é um componente dessa manutenção”, explica Marcelo.

Uma dúvida comum é sobre a longevidade da bomba de óleo. É importante medir periodicamente a pressão para acompanhar o desempenho da bomba. Mas a princípio ela tem a mesma vida útil do motor. Marcelo comenta sobre o tema. “O tempo de vida da bomba de óleo é o tempo de vida do motor. Se você realiza as manutenções de acordo com o preconizado, utiliza o óleo especificado, então, a bomba de óleo é fabricada para durar o tempo do motor. Se o motor vai rodar 200 mil km, a bomba de óleo vai durar 200 mil km”, comenta o especialista da SKF. Dica importante é sempre verificar a compatibilidade da bomba a ser instalada no motor, respeitando a utilização do componente correto para determinado motor.

10) LIMPEZA DA ÁREA DE CONTATO E DAS GALERIAS DE ÓLEO

Para preparar o motor que irá receber a instalação de uma nova bomba de óleo, é interessante efetuar a limpeza em toda a área de contato da bomba, bem como, do cárter de óleo. Verifique o estado do alojamento onde é feita a conexão da bomba com o bloco, assim como dos elementos de fixação.

Em casos de instalação da nova bomba em motores que passaram por processo de retífica, tenha atenção também com a limpeza das galerias de óleo. “Em um motor que foram enviados para retífica é muito importante que, ao receber esse motor, você realize uma nova limpeza. Isso porque os resíduos da retífica costumam impregnar nas paredes internas do bloco ou do cabeçote e no interior das galerias”, explica Marcelo.

11) PREENCHA A BOMBA COM LUBRIFICANTE ANTES DA INSTALAÇÃO

Figura 11 - Bomba com lubrificante

Antes de realizar a montagem de uma nova bomba de óleo, é necessário o preenchimento interno parcial do componente com o fluido que será utilizado pelo motor. Isso se chama “escorva” da bomba. “O óleo que será preenchido vai promover uma vedação interna. Essa vedação é o que vai garantir que, ao dar partida no motor, o óleo do cárter seja sugado”, explica Marcelo.

“Caso seja montado a bomba a seco, corre-se o risco de demorar muito tempo para o óleo do cárter ser sugado pela bomba. Em casos extremos, ela não conseguirá realizar a sucção e já na instalação do produto vão ocorrer problemas de desgaste interno no componente, assim como, das demais partes do motor que trabalharão com lubrificação limite ou a seco”, adverte.

Uma dica para lubrificação correta das engrenagens internas da bomba é realizar o abastecimento do fluido pelo local onde é instalado o pescador de óleo e girar o seu eixo. “Após o carregamento da bomba ela deve ser imediatamente instalada no motor. Caso ela permaneça muito tempo na bandeja, corre o risco de, por gravidade, esse óleo que está presente no interior da bomba eles descer e a eficiência do carregamento ser comprometida”, alerta o especialista da SKF.

12) CUIDADOS NO MOMENTO DA INSTALAÇÃO

Figura 12 - Instalação

Alguns cuidados no momento da instalação do componente devem ser tomados, como a montagem da bomba no eixo do virabrequim. “Na hora que você for instalar a bomba, tome cuidado para que o canto vivo ou em alguns motores que utilizam chaveta, essa peça não venha a danificar ou cortar o lábio interno” comenta Marcelo. Ele alerta que no caso de dano ao lábio interno do retentor, haverá problemas de vazamento de óleo. Marcelo aproveita e acrescenta a necessidade de lubrificação do retentor da bomba antes da instalação. “Caso ele venha a trabalhar a seco, você também pode ter problemas de vazamento no futuro”, conclui.

13) PRESTE ATENÇÃO ÀS VEDAÇÕES E ANEL O’RING

Na montagem dos componentes que compõem a bomba de óleo, como o tubo de sucção, atente-se à instalação das vedações corretas. Uma vedação feita incorretamente pode comprometer o funcionamento da bomba de óleo. Um o’ring de vedação danificado ou esmagado no tubo de sucção pode causar a baixa pressão de óleo no sistema de lubrificação.

As irregularidades com as vedações podem ocorrer pelo posicionamento incorreto do componente ou pelo excesso no torque de aperto (maior que o recomendado) no momento de fixação da bomba.

Não é recomendado a utilização de graxa ou algum tipo de cola para realizar a vedação entre os componentes da bomba que possuem vedação por meio de juntas metálicas, papéis velumoides ou anéis o’ring. De acordo com Marcelo, a utilização de produtos não recomendados para vedação, como
colas, pode acarretar no desprendimento desse material, que irá para outras regiões. “Essa cola acaba sendo depositada, se deslocando para outros lugares. Vai se desprender da peça e pode afetar o funcionamento do componente”, comenta.

14) NÃO PRENDA A BOMBA DE ÓLEO NA MORSA

No momento da instalação dos periféricos que vão presos à bomba de óleo, não prenda a bomba de óleo na morsa. Esse procedimento pode causar trincas e deformações na carcaça da bomba, podendo afetar a câmara da válvula de alívio. Desta maneira, o seu funcionamento pode ser comprometido, assim, afetando a eficiência do sistema de lubrificação.

15) PARAFUSOS E TORQUES DE APERTO

Figura 15 - Parafusos e torques

No momento do aperto dos parafusos, Marcelo informa sobre a importância de apenas encostar os parafusos para posteriormente aplicar o torque final. “Sempre evite de apertar um parafuso até o final e partir para o próximo. Quando é realizado o aperto final em um parafuso antes de sequer encostar o outro, você perde o paralelismo da vedação e pode ter problemas futuros de vazamentos”, conclui.

16) FILTRO DE ÓLEO

Figura 16 - Filtro de óleo

Para instalação do filtro de óleo, se faz necessário o preenchimento com o mesmo lubrificante que será utilizado no motor. Realize também a lubrificação da borracha de vedação com o mesmo fluido. Sempre realize a substituição do filtro de óleo quando efetuar a troca de óleo do motor. Filtros saturados ou fora do especificado não retêm as impurezas do óleo, afetando o desempenho da bomba de óleo, podendo causar avarias como desgaste prematuro ou quebra da bomba. “Limalha ou particulado circulando no motor, chega ao ponto de entrar em contato com as engrenagens, causando riscos até mesmo quebrando a engrenagem”, comenta.

17) TROCA DO TUBO DE SUCÇÃO (PESCADOR)

Marcelo informa que, ao substituir a bomba de óleo, é necessário fazer a troca em conjunto do tubo de sucção. Ele explica o motivo: “Quando é realizada a limpeza do pescador, consegue-se atingir somente a região externa. Porém, a peneira, que é a área de sucção, engloba todo o encapsulamento, não só a área visível. Então, fazer a limpeza utilizando algum tipo de solvente, mesmo que seja um produto apropriado para remoção de óleo, vai promover a limpeza somente da região aparente, porém a parte interna continuará obstruída”, conclui. Lembre-se: o pescador é uma peça barata em comparação à responsabilidade que tem no sistema.

18) TENSÃO DA CORREIA DE ACIONAMENTO DA BOMBA DE ÓLEO

Após a instalação da bomba e dos componentes que compõem seu funcionamento, realize a instalação da correia que promove o acionamento da bomba de óleo, se houver. Se não houver, verifique o estado da corrente ou das engrenagens de acionamento. Não esqueça de utilizar as ferramentas de sincronismo e as tensões corretas para finalizar a instalação do conjunto.

19) VERIFICAÇÃO DA PRESSÃO DE ÓLEO APÓS INSTALAÇÃO DA BOMBA

Figura 19 - Pressão de óleo

Antes de finalizar o serviço e entregar o veículo ao cliente, realize a verificação da pressão de óleo no sistema. Faça o funcionamento do motor e utilize o manômetro para conferir os valores. Verifique logo após a saída da bomba e em algum ponto depois das restrições do motor para identificar a pressão no sistema.

20) VERIFIQUE SE HÁ VAZAMENTOS

Marcelo ressalta a importância do funcionamento do motor para verificar se há vazamentos de óleo em algum ponto após todo o procedimento de troca e montagem. “Sempre realize a verificação da pressão de óleo em duas condições, motor aquecido em marcha lenta e a 3.000 rpm, porque desta maneira você consegue fazer mais algumas verificações, especificamente, identificar se existe vazamento pelo retentor/ virabrequim ou se existe vazamento pela junta de vedação entre bloco e carcaça da bomba”, conclui.

Fremax apresenta tecnologia que indica desgaste no disco de freio

Fremax apresenta tecnologia que indica desgaste no disco de freio
Fremax apresenta tecnologia que indica desgaste no disco de freio – Foto: divulgação/Fremax

Batizada de Safety Check, a nova tecnologia indica o momento certo para a troca da peça

A Fremax, fabricante de discos de freio, apresentou ao mercado uma nova tecnologia chamada Safety Check, um indicador que permite verificar o nível de desgaste do disco de freio e indicar o momento preciso para efetuar a substituição da peça, auxiliando o mecânico a efetuar a manutenção dos freios no tempo certo, evitando o comprometimento do sistema de freio. Mostrada pela primeira vez no 5º Congresso Brasileiro do Mecânico em outubro, o Safety Check se junta a outras tecnologias da Fremax utilizadas em seus discos de freios.  

O Stop and Go é um acabamento da superfície do disco de freio com ranhuras concêntricas para proporcionar um melhor e mais rápido assentamento das pastilhas e liga metálica. O Carbon Plus melhora a dissipação do calor durante a frenagem. O Painted Disc é uma pintura em preto do cubo do disco e do tambor, suportando temperaturas de até 600°. O Ready to go é uma camada de óleo protetivo que dispensa a limpeza do disco ou tambor antes da aplicação 

Clarios amplia o fornecimento de baterias avançadas para as montadoras

Clarios amplia o fornecimento de baterias avançadas para as montadoras
Clarios amplia o fornecimento de baterias avançadas para as montadoras – Foto: divulgação/Clarios

Com a EFB Geração 2, Clarios amplia fornecimento de baterias avançadas para Fiat, Jeep e Mercedes-Benz

 

Dona da marca Heliar, a Clarios amplia o fornecimento de baterias avançadas para veículos das marcas Fiat, Jeep e Mercedes-Benz. A medida visa atender  uma requisição das fabricantes de automóveis que necessitam atender os requisitos de eficiência energética e emissões do Programa Rota 2030. As baterias EFB Geração 2 da Clarios são produzidas com uma grade estampada, além de contar  com a tecnologia PowerFrame, patenteada pela empresa e que garante até 3x mais resistência à corrosão. 

 

Para o diretor de Vendas da Clarios para o segmento de equipamentos originais (OE) no Cone Sul, Adriano Stefanini, os novos produtos são ideais para atender as necessidades de  redução de emissões dos veículos. “Esse tipo de bateria avançada é indicado para veículos equipados com sistema start&stop e/ou possuam o chamado alternador inteligente, componente que faz o monitoramento contínuo do estado de carga da bateria através da tensão da mesma, evitando que o alternador permaneça em operação 100% do tempo, gerando diminuição no consumo de combustível e consequentemente de emissões de CO2”, disse o diretor. Segundo a Clarios, as novas baterias podem ser carregadas e descarregadas mais vezes sem danificar o produto, já que a EFB Geração 2 trabalha com maiores níveis de ciclagem que sua antecessora. 

 

A Fiat Toro receberá a Heliar EFB Geração 2 com 72 Ah, assim como o Jeep Compass e o Jeep Commander receberão o novo modelo da bateria. Nos segmentos dos veículos pesados, o novo Mercedes-Benz Actros terá a bateria de 230 Ah, que será capaz de alimentar todos os sistemas elétricos do caminhão. Além disso, o novo produto pode oferecer uma durabilidade duas vezes maior em 50% de descarga, quando comparada às baterias convencionais, o que garante uma vida útil maior ao produto. 

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