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Paccar Parts lança rodas de alumínio Rock

rodas de alumínio Rock da Paccar Parts

Com cinco anos de garantia, as rodas de alumínio são até 50% mais leves na comparação com uma roda de aço

 

A Paccar Parts anuncia o lançamento das rodas de alumínio Rock, que se destacam pelo acabamento na cor preta fosco. Destinada a caminhões e implementos, as rodas são são forjadas e têm cinco anos de garantia. Elas são homologadas pelo Inmetro e estão disponíveis com diâmetro de 22,5″, peso de 22,9 kg e fixação com 10 furos.

Segundo a empresa, elas são até 50% mais leves na comparação com uma roda de aço. Um dos benefícios do menor peso é a redução no consumo de combustível, permitindo ainda aumentar o volume de carga útil no caminhão ao eliminar o peso morto.

Outra vantagem é a resistência cinco vezes maior quando comparada aos modelos convencionais no que se refere a corrosão, trincas, quebras, amassados e demais danos que podem ocorrer nas rodas.

A Paccar Parts lista, ainda, melhor dissipação de calor dos freios devido à sua concepção, o que aumenta a vida útil dos componentes e reduz o desgaste dos pneus, e polimento que facilita a limpeza. As rodas de alumínio Rock podem ser aplicadas em caminhões DAF e de diversas outras marcas, bem como em ônibus e implementos rodoviários.

Auto Masters é comunidade gratuita para troca de informações

Auto Masters

Comunidade online e gratuita, o Auto Masters funciona como uma rede social em que é possível compartilhar informações e curtir as publicações

 

A Auto Masters é uma plataforma online e gratuita aberta para o público, reunindo mecânicos e apaixonados por motor, criada com o apoio das marcas Lubrax e Petrobras Podium. Trata-se de um portal de conteúdo em que os membros podem compartilhar informações, publicar os próprios conteúdos e conversar sobre temas ligados à mecânica de motores.

“Nosso objetivo é criar um ambiente digital que tenha valor para o público do ponto de vista técnico e que estimule a geração de um vínculo entre o usuário e a comunidade”, afirma Luiz Philipe Blower, Head de Comunicação da Vibra Energia.

Os interessados em participar da comunidade devem fazer um cadastro simples. A partir disso, é possível postar textos ou vídeos, interagir com temas que já estejam em discussão, seguir outras pessoas e curtir as publicações, como um uma rede social. Já fazem parte da Auto Masters engenheiros da equipe Lubrax | Podium Stock Car Team. Segundo a empresa, já há mais de 4.000 usuários.

NSA Pneutec completa 70 anos de mercado

NSA Pneutec

Empresa especializada em reforma de pneus, a NSA Pneutec
celebra 70 anos de atuação

 

A empresa NSA Pneutec, especializada em reforma de pneus, completa 70 anos de mercado. Ela iniciou suas atividades em 1951, possuindo uma fábrica em Santana de Parnaíba/SP e, na última década, investiu em sistemas de automação de processos.

“Transformamos o setor, de modo a sermos vanguarda para o segmento. Essa foi uma missão que assumimos durante estas 7 décadas”, afirma o diretor da empresa, Giulio Cesar Claro.

“A reforma de pneus por si só já é uma atividade sustentável, já que evita que milhares de pneus sejam descartados. Aliado a isso, utilizamos água de reuso, fazemos tratamento de esgoto interno, otimizamos o aproveitamento de luz por meio de telhas prismáticas translúcidas e demos destino correto a 100% dos resíduos que geramos”, completa. Segundo o executivo, cada pneu economiza 57 litros de petróleo e 26 quilos de CO2, comparado ao pneu novo.

A NSA Pneutec foi criada por Sidney Antonio Claro, fundador de sua própria borracharia chamada Nossa Senhora Aparecida. Tempos depois, a borracharia se tornou a Pneus Brascap, que perdurou até 1994 quando a NSA surgiu, fazendo uma homenagem à sua primeira empresa. Em 2005, ele fez a aquisição da Pneutec, também fundada em 1951, a mais antiga reformadora do país em atividade até então. Foi então que a empresa passou a adotar a nomenclatura NSA Pneutec.

SUPER LIVE: Amortecedor – Power Shock

Rubens Ap. Monteiro Fagundes, Assistente Técnico Sênior da Cofap, irá falar sobre as características visuais do amortecedor Power Shock, suas vantagens, a diferença tecnológica do amortecedor Power Shock para um convencional e qual é a sequência de montagem do amortecedor Power Shock em relação ao convencional. Saiba ainda quais são os veículos equipados com amortecedor Power Shock.

 

 

Esta Super Live faz parte do “esquenta” que preparamos para você para a Semana do Mecânico, uma semana inteira de muito conteúdo técnico e entretenimento, tudo junto e misturado, para celebrarmos as conquistas de 2021.

Teremos debates, jogos, show e muitos prêmios. A Semana do Mecânico acontece de 29 de novembro a 4 de dezembro, aqui em nosso canal no YouTube. Fique ligado em nossas redes sociais para saber todas as novidades sobre este grande evento do setor de manutenção automotiva.

Eaton fornece válvulas hollow para o Fiat Pulse

Válvulas hollow EATON

Tecnologia das válvulas hollow chega ao inédito motor 1.0 turbo flex, que estreia agora no SUV Pulse

 

A Eaton equipa o recém-lançado SUV Fiat Pulse com as válvulas hollow. Essa tecnologia já estava presente nos novos Jeep Compass, Fiat Toro e Jeep Commander, que trazem os novos motores turbo da Stellantis.

Segundo a empresa, foram feitos investimentos significativos para a produção local da solução hollow, feita na unidade de São José dos Campos/SP. A Eaton explica que essa nova geração de válvulas traz uma evolução para adequá-la às demandas do mercado e às inovações dos diferentes tipos de motores.

As válvulas hollow equipam os motores turbo flex, atuando para melhorar o desempenho dos veículos, proporcionando maior economia no consumo do combustível e reduzindo as emissões de poluentes.

A Eaton lembra que já fornecia válvulas sólidas para a Stellantis, que equipam o motor 1.3 aspirado do novo Fiat Pulse. “Diferente das válvulas sólidas, as hollow contam com um processo de manufatura mais complexo e tecnológico. Com a expertise do nosso time brasileiro, suporte global e parceria com a Stellantis, produzimos um componente que atende os mais exigentes objetivos de desempenho da indústria automotiva”, afirma Mateus Ferrari, gerente de vendas para Automóveis e Picapes da Eaton.

Cobreq completa 60 anos no Brasil

Cobreq

Empresa com seis décadas no país, a Cobreq possui diversas inovações e pioneirismos em sua trajetória

 

A Cobreq, uma empresa do grupo TMD Friction, completa em outubro 60 anos de atuação no Brasil. A empresa é uma das maiores fornecedoras de sistemas de freios para montadoras e também para o mercado de reposição.

“O mercado tem se desenvolvido rapidamente e cabe a nós da indústria acompanhar toda essa evolução. São veículos híbridos, elétricos, e em breve, os autônomos e assim por diante. Ao longo das gerações, a Cobreq sempre acompanhou transformações como essas, desenvolvendo tecnologias para uma frenagem segura e eficiente, mas sempre colocando a inovação e o meio ambiente dentro dos pilares de sustentação”, afirma o Vice-Presidente Américas da TMD Friction, Edilson Jaquetto.

fábrica Cobreq

A Cobreq iniciou sua trajetória em 28 de outubro de 1961, com uma linha de produção de borrachas para equipamentos de mergulho. A empresa entrou no segmento automobilístico um ano mais tarde com a produção de materiais de fricção e lonas para freios. Com sete anos de atuação, se destacava ao lançar a primeira pastilha de freios para automóveis no Brasil, e em 1975, para motocicletas.

Outra inovação ocorreu em 1984, ao ser pioneira na fabricação de pastilhas de freios livre de amianto, item que era equipamento original no Ford Escort. Por fim, a Cobreq inovou com o lançamento das pastilhas de cerâmica.

Cobreq

Calmon | Otimismo em 2022 predomina nas primeiras projeções

vendas

Está difícil fazer previsões para o próximo ano sobre mercado interno e produção total da indústria (inclui exportações). Isso ficou claro durante o Congresso Autodata Perspectivas 2022 que, tradicionalmente em outubro, procura lançar uma visão sobre o ano seguinte.

Os vários executivos dos fabricantes de veículos, seus fornecedores e concessionárias foram unânimes em apontar as incertezas em razão dos problemas de fornecimento de componentes, taxas de juros, inflação, preços do petróleo e agitação de um ano eleitoral nos três níveis de governo.

Na realidade, até estimar o que vai acontecer neste último trimestre fica difícil. A Anfavea prevê o mercado interno total (veículos leves e pesados) em 2021 em um intervalo de menos 1% a mais 3% sobre 2020: 2.038 milhões a 2.118 milhões de unidades. Luiz Carlos Moraes, presidente da entidade, tem olhar otimista com moderação. Sua primeira previsão aponta para 2022 um volume de 2,28 a 2,6 milhões de unidades vendidas. E só em 2025 se alcançaria o patamar de 3 milhões de veículos.

A escassez no fornecimento de semicondutores é um dilema de toda a indústria mundial de veículos. Investimentos neste setor são bastante elevados e demoram a maturar. “Custo de perder clientes pode ser maior do que investir em chips”, comentou Moraes.

Dan Ioschpe, presidente do Sindipeças, mostrou cautela. “No próximo ano juros altos afetarão o consumidor. Mas só teremos como analisar melhor o cenário quando a produção puder atender toda a demanda”, indicou. O setor espera aumento de 10% no faturamento.

Pablo Di Si, presidente da VW América Latina e Caribe, acredita que a procura continuará forte nos próximos meses. As pessoas não puderam viajar e estão querendo trocar de carro. Porém, inflação e juros podem atrapalhar. Equilíbrio entre oferta e procura deve se alcançar em meados de 2022. Em sua visão, crescimento de 5% a 10% parece garantido.

Entre os otimistas está o presidente da Renault, Ricardo Gondo. Ele prevê o mercado crescer de 15% a 20%. As locadoras, que não puderam ser atendidas este ano, precisarão renovar suas frotas. A produção deve melhorar só no segundo semestre, se a tendência de maior suprimento de semicondutores se consolidar. Na próxima semana, o presidente mundial da Renault, Luca de Meo, virá ao Brasil. Novo plano de investimentos deve ser anunciado.

Fernando CalmonSantiago Chamorro, presidente da GM América do Sul, somando os pontos positivos e negativos, acredita que, se superados os problemas de componentes, a produção em 2022 dará um bom salto. Contando com exportações aquecidas, o País poderá fabricar entre 2,6 e 2,8 milhões de veículos leves e pesados.

O presidente da Toyota do Brasil, Rafael Chang, também se alinha entre os que acreditam que 2,6 milhões de veículos serão comercializados no próximo ano. Taxa de câmbio elevada levará a marca japonesa a incrementar a localização de peças e exportar, o que está no âmago da empresa. Sua fábrica de Sorocaba começará a trabalhar em três turnos.

Segmentos de modelos importados e de preços mais altos, representados por BMW e Volvo no Congresso, estimam crescer até 20%. A BMW, além de 20 lançamentos, deve fabricar outro modelo no Brasil. Anúncio será feito em novembro.

 

ALTA RODA

 

ARQUITETURA modular MLA da Fiat, que estreou no novo SUV Pulse, será a base do novo modelo para o segmento C, em 2022. As dimensões serão outras com mudanças que incluem largura, entre-eixos, balanços dianteiro e traseiro, comprimento, altura, reposicionamento dos bancos dianteiro e traseiro, além do porta-malas. Ainda haverá um terceiro produto, de sete lugares, para completar a gama.

PICAPE média Chevrolet S10 aumentou para cinco as opções na gama. A nova Z71 está, no meio do portfólio, por R$ 260.490. Tem pegada mais “aventureira”, decoração bem elaborada e um acessório muito útil: defletor entre estribo e soleira das portas para evitar acúmulo de barro. Arco de segurança (santatônio) também é novo. Pneus aro 18 com reforços laterais e mais borracha, da Michelin, são de série.

SEDÃ-CUPÊ elétrico Porsche Taycan Turbo S permite acelerações de tirar o fôlego, em especial com controle de largada. Potência de até 761 cv (momentânea) permite acelerar de 0 a 100 km/h, em 2,8 s e de 80 a 120 km/h, em incrível 1,7 s. Perfil e traseira são seus melhores ângulos. Banco do motorista inclui 18 vias de ajuste. Amplo espaço para as pernas (2,90 m entre eixos). Bem baixo (1,38 m), acesso ao interior não é tão fácil. Manter altas médias em estrada exige planejamento, com queda rápida no alcance.

PIRELLI lançou, simultaneamente, três famílias de pneus. Cinturato P7 tem características melhoradas em piso molhado, frenagem e resistência ao rolamento (4% menos de consumo de combustível). Scorpion indicado para SUVs em asfalto e Scorpion HT para SUVS e picapes on e off-road. Introduziu ainda o Seal Inside, proteção contra perfurações por objetos de até 4 mm de diâmetro. Agora fabricado no Brasil, acrescenta 10% a 15% ao preço do pneu.

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www.fernandocalmon.com.br

Abílio Responde: Prisioneiro escondido no Celta

Abílio Responde

Sabe me dizer como esse parafuso prisioneiro que aparece no minuto 01:58 (no vídeo “Remoção da caixa de direção hidráulica do Chevrolet Celta 2013” no YouTube) é fixado na lataria? Esse parafuso quebrou no meu carro. Fui em uma mecânica e me disseram que teria que sacar o motor para soldar um novo. Fui em outra e falaram que teria que desmontar o painel e tudo dentro para ter acesso. Não sei aonde ir. Já procurei de todo jeito na internet, e nada. Só queria saber se ele é um prisioneiro de pressão ou um parafuso soldado na lataria mesmo.

Marcio Petersen
Via YouTube O Mecâniconline

 

O prisioneiro mencionado é preso à parede corta-fogo. Não temos a informação precisa sobre o reparo, mas trata-se de um elemento de difícil acesso e provavelmente seu reparo envolve um dos dois caminhos que os mecânicos te passaram.

 


A cada edição da Revista O Mecânico, respondemos dúvidas dos leitores sobre manutenção automotiva e cuidados com o veículo na seção Abílio Responde. Mande sua mensagem para: [email protected]

Artigo | Misturar combustíveis: até onde vale a pena?

MISTURAR COMBUSTÍVEIS

Fazer experiências em motores projetados para funcionar com apenas um combustível, ou em ciclos de combustão diferentes, pode, sim, levar a danos a curto, médio e longo prazo

 

Um dos assuntos mais quentes e polêmicos que atualmente circulam nas redes sociais e alguns canais do YouTube, é a mistura de combustíveis. Esses experimentos estão sendo feitos tanto nos motores de ciclo Otto como nos de ciclo Diesel. Sendo que cada parte (a favor ou contra), defende ferozmente o seu posicionamento, apresentando as mais variadas argumentações.

Só que alimentar motores de combustão interna, pelo menos no que diz respeito aos veículos automotivos, com “misturas” de diferentes combustíveis não é nenhuma novidade. Não, não se trata da atual tecnologia “Flex Fuel” que, por definição, permite ao motor ciclo Otto ser alimentado tanto com etanol como com gasolina ou, mesmo, uma mistura homogênea entre os dois (em qualquer proporção).

Basta lembrar que a gasolina comercializada nos postos de abastecimento (gasolina C) é, segundo os incisos II e IV do artigo 3º da Resolução 807/2020 da ANP¹, por si só, uma mistura de 2 diferentes combustíveis:

III – Gasolina C comum²: combustível obtido a partir da mistura de gasolina A comum e de etanol anidro combustível, nas proporções definidas pela legislação em vigor; e

IV – Gasolina C premium: combustível obtido a partir da mistura de gasolina A premium e de etanol anidro combustível, nas proporções definidas pela legislação em vigor;” (ANP, 2020, nosso negrito).

Além disso, a prática de misturar diferentes combustíveis não é uma exclusividade da gasolina. Quem viveu os anos 90 lembra muito bem de uma crise de abastecimento de etanol em 1996, que levou o governo Federal a adotar um novo combustível: o MEG (60% de etanol hidratado, 34% de metanol e 6% de gasolina). Combustível esse que, de acordo com Alacarde (2008), substituiu, na ocasião, com igual desempenho, o escasso etanol hidratado.

MISTURAR COMBUSTÍVEIS

Nesse ponto, é importante citar que de acordo com a Resolução 10/2015 da ANP, o etanol combustível, o etanol hidratado combustível e o etanol hidratado combustível premium não são constituídos por misturas similares à do MEG. As características que devem ser apresentadas estão descritas na Resolução ANP 19/2015.

Já no que diz respeito ao óleo Diesel, suas especificações e porcentagens de mistura com biodiesel³, podem ser encontradas nos seguintes documentos: Resolução ANP 50/2013, Regulamento Técnico ANP 4/2013, Resolução CNPE 16/2018 e Despacho ANP 621/2019.

Pois bem, nos dias de hoje, a decisão pela alimentação com gasolina, etanol ou uma mistura, nos motores de tecnologia “Flex Fuel”, costuma levar em consideração fatores de curto prazo, como custo, autonomia e desempenho do veículo.

Dependendo da taxa de compressão utilizada no motor, um ou outro combustível pode ser favorecido. Embora o etanol tenha um poder calorífico menor do que o da gasolina, sua maior resistência a compressão permite a utilização de um avanço de ignição maior, o que, associado a uma mistura levemente mais rica, pode aumentar a potência extraída.

Conforme a diferença de preço entre os combustíveis, o aumento de consumo, provocado pela mistura mais rica, pode ser amortizado, tornando o uso do etanol mais vantajoso. Por vezes alguns usuários de tecnologia “Flex Fuel”, tentam misturar pequenas quantidades de gasolina ao etanol, a fim de aumentar o poder calorífico do combustível, para diminuir o consumo.

MISTURAR COMBUSTÍVEIS

Tais tentativas podem até obter sucesso, dependendo da taxa de compressão do motor e da octanagem da gasolina utilizada. No entanto, é preciso ter em mente que gasolinas de alta octanagem custam mais caro. Logo, dependendo da quantidade de gasolina misturada, a vantagem econômica desaparece. Ou seja: não existe receita mágica.

É importante destacar que, como esses motores foram projetados e testados para utilizar esse tipo de mistura, tais experiências em nada deveriam os prejudicar. Mas tentar utilizar misturas em motores projetados para funcionar com apenas um combustível, ou em ciclos de combustão diferentes, pode, sim, levar a danos a curto, médio e longo prazo.

 

O QUE CADA MISTURA PODE PROVOCAR?

Como exemplo, pode-se citar o uso de gasolina em motores a etanol. A mistura admitida pode, em determinadas situações, entrar em detonação. Se o sistema de gerenciamento eletrônico do motor não conseguir eliminar o fenômeno, por meio do atraso da centelha e enriquecimento da mistura, pode ocorrer pré-ignição nas câmaras de combustão, cujos resultados são bem conhecidos dos “Guerreiros das Oficinas”. Isso sem falar das desvantagens funcionais que o mencionado atraso na ignição pode ocasionar.

Por sua vez, adicionar etanol nos motores a gasolina (além dos regulamentares 27% já presentes) pode provocar, além de problemas de funcionamento (marcha lenta irregular, dificuldade de partida a frio, perda de desempenho) corrosão nas partes não projetadas para ter contato com etanol. Ou seja, mais alguns problemas bem conhecidos dos mecânicos.

No entanto, por pior que sejam os resultados, ambos os combustíveis são destinados a motores ciclo Otto e cuja mistura já foi estudada e testada.

O problema reside em se misturar, sobretudo na gasolina, um combustível destinado a outro ciclo motor. Não seria de se estranhar uma melhora do desempenho a curto prazo, fruto da mistura de uma pequena quantidade de óleo Diesel na gasolina. Afinal de contas, além de ambos os combustíveis terem um poder calorífico próximo, o óleo Diesel, por ter uma resistência maior à compressão, pode funcionar como um aditivo levantador da octanagem da gasolina.

MISTURAR COMBUSTÍVEIS

Se o motor em questão tiver uma alta taxa de compressão e gerenciamento eletrônico, capaz de corrigir os avanços de ignição em função da detonação, a mistura pode fazer com que o sistema trabalhe com elevadíssimos avanços de ignição, o que permitiria a exibição de desempenhos melhores do que aqueles exibidos com a gasolina sem a mistura.

Porém, algumas das perguntas que ainda não foram respondidas são:

a) Quais as reações químicas que podem ocorrer entre a gasolina e o diesel?

b) Quais produtos podem ser formados e depositados, à médio e longo prazo, dentro dos tanques e sistemas de injeção eletrônica?

c) O que o enxofre constante no diesel pode provocar nos componentes do sistema de injeção eletrônica?

d) Que tipos de produtos podem ser formados durante a queima dessa mistura e que tipo de efeito terão sobre o catalisador e sondas lambda pré e pós-catalisador?

e) Como ficam as emissões desses veículos ao queimar essas misturas?

f) Que tipos de depósitos podem ser formados nas câmaras de combustão à médio e longo prazo?

g) Que efeitos esses depósitos podem ter sobre o desempenho e vida útil do motor?

h) O que os gases resultantes da queima dessas misturas vão fazer com o lubrificante do motor?

As respostas a essas e outras perguntas, assim como conclusões sólidas, exigem estudos e testes baseados em metodologia científica, que tornam os resultados obtidos indiscutíveis. Estudos esses que ainda não foram publicados.

Logo, no presente momento, é preciso ter muita cautela a respeito. Evite qualquer experiência sem embasamento científico.

 

Artigo por Fernando Landulfo

 


¹ ANP: Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis.

² A resolução 807/2020 da ANP não faz distinção entre as denominações comerciais: gasolina comum e gasolina aditivada. Ambas se enquadram no tipo C comum. A principio a gasolina aditivada é gasolina C comum na qual o distribuidor adiciona um pacote de aditivos detergentes, dispersantes e até mesmo antioxidantes.

³ Biodiesel: “combustível renovável obtido a partir de um processo químico denominado transesterificação. Por meio desse processo, os triglicerídeos presentes nos óleos e gordura animal reagem com um álcool primário, metanol ou etanol, gerando dois produtos: o éster e a glicerina. O primeiro somente pode ser comercializado como biodiesel, após passar por processos de purificação para adequação à especificação da qualidade, sendo destinado principalmente à aplicação em motores de ignição por compressão (ciclo Diesel)” (ANP, 2021).

 



 

REFERÊNCIAS:

 

 

  • AGENCIA NACIONAL DE PETRÓLEO, GAS NATURAL E BIOCOMBUSTÍVEIS. RESOLUÇÃO Nº 807, DE 23 DE JANEIRO DE 2020. Estabelece a especificação da gasolina de uso automotivo e as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos agentes econômicos que comercializarem o produto em todo o território nacional. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-n-807-de- -23-de-janeiro-de-2020-239635261. Acesso em 11/10/2021.

 

 

Bosch fornece soluções para carros elétricos

Bosch carros elétricos

Sistema de gestão de temperatura do motor e recuperação de calor da Bosch pode aumentar em até 33% a autonomia da bateria em carros elétricos 

 

A Bosch destaca em seu portfólio tecnologias para o gerenciamento térmico e sistemas de frenagem eficientes que visam garantir o máximo desempenho dos veículos elétricos, especialmente nos carros 100% elétricos. Segundo a empresa, hoje, já são mais 45 mil automóveis eletrificados no Brasil, sendo 2.400 totalmente elétricos. E esse número deve aumentar nos próximos anos.

A empresa explica que, nestes veículos, o auxílio gerado pelo vácuo do motor a combustão não acontece na propulsão elétrica. Por isso, surgiu o iBooster, um componente eletromecânico que amplia a força de frenagem e dispensa o uso da bomba de vácuo. Isso aumenta a eficiência da frenagem e, consequentemente, potencializa a capacidade de regeneração da energia elétrica, eleva a autonomia elétrica do veículo e ainda reduz o desgaste das lonas, pastilhas e discos de freio.

A Bosch lembra também que, para o bom funcionamento do carro elétrico, é fundamental a gestão de temperatura dos diversos componentes do sistema, incluindo o motor elétrico. Isso porque, quando a temperatura está muito baixa, a autonomia é comprometida e, caso esteja muito alta, pode reduzir a vida útil da bateria.

“O compressor elétrico do ar condicionado, que equilibra a temperatura da cabine do carro, consome energia da bateria. Por isso, o fluxo de ar deve ser feito de maneira eficiente”, afirma Mathias Schelp, gerente da unidade de Sistemas Térmicos da divisão Electrical Drives da Bosch.

A solução criada pela Bosch é um sistema de gerenciamento térmico que combina diversos itens: bombas d’água, válvulas elétricas, motores de arrefecimento e ventilação na integração com os sistemas térmicos (radiadores, compressores elétricos e bombas de calor).

A partir do fluido refrigerante do veículo, esse sistema coleta calor e frio, distribuindo-os aos pontos necessários sem sacrificar a bateria. “Para a bateria, o ideal é alcançar temperaturas entre 15°C e 30°C. Ou seja, o sistema precisa desta inteligência para identificar a temperatura ideal de cada item e distribuir na quantidade correta”, completa.

Além disso, ele pode alterar as configuração para atender às estações do ano. Dependendo das condições externas do ambiente, o uso de tecnologias de gestão térmica e recuperação de calor podem aumentar a autonomia da bateria em até 33%.

“O usuário tem a possibilidade, por exemplo, de agendar um pré-aquecimento antes de utilizar o carro”, acrescenta Schelp. “Estas soluções inteligentes exemplificam como a Bosch utiliza seu know-how para desenvolver soluções a fim de aprimorar a experiência do usuário com o carro do futuro, aproximando o veículo elétrico a um smartphone, por exemplo.”

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