Nova geração do Gol e Voyage traz mecânica mais tecnológica

Modelos da linha 2013 da Volkswagen, velhos conhecidos dos mecânicos, contam com evoluções nos motores, no câmbio automatizado e em itens de segurança

Carolina Vilanova

Por fora, eles mudaram um pouco, para ficar ainda mais parecidos com o resto da gama. Mas por dentro, eles mudaram demais, também para ficar mais parecidos com os modelos mais luxuosos da marca. Estamos falando dos novos Volkswagen Gol e Voyage, que apresentam na linha 2013 um facelift no desing, mas ganharam na parte mecânica muito mais que isso: tecnologia de primeira.

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Nessa matéria vamos falar um pouco do conjunto de powertrain do Novo Gol e do Novo Voyage I-Motion, são eles o Novo Gol Power e o Novo Voyage Comfortline, ambos equipados com motor 1.6 litros cheio de evolução e com a versão mais recente do câmbio automatizado.  Dois veículos que tiveram sempre fama de serem conhecidos nas oficinas mecânicas pela fácil manutenção ganham ar de mais complicados, porém com conhecimento técnico, pode não ser tão complicado assim.

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Ambos compartilham do mesmo conjunto mecânico, tirando a traseira sedã do Voyage, o restante é tudo igual, inclusive as peças são intercambiáveis. O motor 1.6l EA111 VHT equipa as versões topo de linha dos modelos e foram trabalhados pela engenharia para que o atrito das peças internas fosse reduzido. De acordo com a engenharia da marca, o propulsor é posicionado de forma transversal no cofre dianteiro, comado simples com duas válvulas por cilindro, construídas com materiais mais leves para trabalhar em sintonia com as molas das válvulas, cuja carga foi ajustada para baixos e altos regimes de rotação do motor.

MOTOR
Posição dianteiro, transversal
Cilindros 4 em linha
Cilindrada 1.598 cm³
Diâmetro e curso 76,5 x 86,9 mm
Comando fixo, SOHC 8V
Taxa de compressão 12,1:1
Potência 101cv (G) / 104cv (A) – 5.250rpm
Torque 15,4kgfm (G) / 15,6kgfm (A) – 2.500rpm

Outros componentes que receberam melhorias para reduzir atrito foram os retentores das válvulas, do eixo comando e da flange do virabrequim, que foram projetados para manter a vedação à passagem de óleo e proporcionar menor consumo de combustível.

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O conjunto ganhou melhorias no torque em baixas rotações, o que garante a boa dirigibilidade e conforto o dirigir, sem contar que o desempenho continua com o jeito “Volkswagen de ser”, ou seja, quando pisa, ele responde. Em trechos de estrada o motor desenvolve muito bem e garante fôlego num momento de retomada ou ultrapassagens. Outro ponto positivo é a economia de combustível e redução de emissões de CO2, um “must” nos carros atuais.

Ajudinha da transmissão
Com a opção do câmbio automatizado I-Motion, o Gol e o Voyage ganham em conforto e comodidade. Um tanto da agilidade do motor se dá por conta do escalonamento das relações de transmissão, que aproveita o bom torque, começando nas rotações mais baixas. O “soluço” do I-Motion, aquele tranquinho inconfundível dos câmbios automatizados diminuiu bastante por conta da evolução do seu projeto.

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A parte hidráulica é montada sobre o câmbio manual de cinco marchas MQ200, que está em quase todos os carros da gama Volkswagen. Denominada ASG (iniciais de Automated Sequential Gearbox), a transmissão utiliza um conjunto de atuadores eletrohidráulicos, comandados por uma unidade de controle eletrônico da transmissão (TCU – Transmission Control Unit).

Dessa maneira, quando está na posição “D” – Drive, o carro está em modo automático, sendo desnecessário usar a alavanca de câmbio. A engenharia da marca explica que o momento das trocas de marcha é definido pela central de comando, de acordo com a velocidade e o posicionamento do acelerador eletrônico, que indica a intenção do condutor de andar em velocidades mais altas ou mais baixas.

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Deslocando a alavanca para a esquerda, mesmo com o carro em movimento, o câmbio se torna sequencial, e as marchas são mudadas para frente (+) ou para trás (-). Ainda tem a opção das aletas (“paddle shifts”) localizadas na parte de trás do volante. Vale lembrar que mesmo quando o carro está em modo automático, se o motorista precisa de mais força do motor, por conta de uma ultrapassagem, por exemplo, basta diminuir a marcha pela borboleta ou pela alavanca. Em seguida, o Drive volta a funcionar automaticamente.

Porém, De acordo com a Volkswagen, a transmissão automatizada ASG conta com a função “kick down”, um recurso para aumentar rapidamente a aceleração com a redução das marchas. Em caso de necessidade, como ao realizar uma ultrapassagem, basta que o motorista pise fundo no pedal do acelerador para que o sistema reduza a marcha automaticamente, fazendo o motor girar mais alto, fornecendo dose maior de força. Quando selecionado a tecla “S” na alavanca do câmbio, ele assume um comportamento mais esportivo, deixando as marchas “esticadas”, com trocas em giros mais altos do motor.

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O prazo de manutenção da embreagem nesse caso é mais longo, pois seu acionamento é feito automaticamente evitando trancos bruscos por parte do motorista. Sendo assim, a movimentação do disco é feita sempre em condições ideais, logo o desgaste resultante do uso diário é menor.

Relação de marchas
1ª 3,455
2ª 1,954
3ª 1,281
4ª 0,927
5ª 0,74
Ré 3,182
Diferencial 4,188

Os modelos recebera da engenharia uma nova arquitetura eletrônica, um novo projeto que segundo a marca possibilita a instalação de vários equipamentos inéditos, como o “Comfort Blinker”, item que possibilita que o motorista, com um leve toque na alavanca de seta, indique a direção que pretende ir; e o sistema ESS (Emergency Stop Signal ou Sinal de Frenagem de Emergência), que funciona como um alerta para evitar colisões traseiras.

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Caso o motorista pressione o pedal de freio de forma acentuada, mantendo uma frenagem mais consistente, o sistema de segurança aciona as luzes traseiras de frenagem de forma intermitente. Após essa frenagem, com o veículo em estado estático, as luzes de freio param de piscar e o ESS aciona as luzes de pisca-alerta, indicando que o veículo parou.

Além disso, o ECO Comfort traz no painel de instrumentos mensagens para o motorista dirigir de forma mais econômica. Isso se dá em situações como estar com ar-condicionado ligado e a janela aberta, quando o motorista acelera com o carro parado, com as janelas abertas com velocidade acima de 90 km/h, na utilização errada do I-Motion, avisando a troca correta das marchas, entre outros recursos.

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Sempre em dia com a segurança, a VW colocou com o item de série nos modelos 1.6l o sistema de freios ABS de última geração, com melhor eficiência em pisos secos, molhados , e quando veículo trafega por superfícies diferentes entre rodas dos lados direito e esquerdo. Nesses casos, os sensores de velocidade das rodas, reconhece a necessidade de modular a força de frenagem entre os lados esquerdo e direito do veículo, mantendo-o sempre em linha reta na frenagem.

Ficha técnica carroceria
Diâmetro de giro da direção 10,8 m
Suspensão
Eixo dianteiro independente do tipo McPherson
Eixo traseiro semi-independente, eixo de torção
Freios
Disco ventilado na dianteira Diâmetro e espessura 256 x 25mm
Tambor na traseira Diâmetro e espessura 200 x 30mm

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Os modelos contam com recursos de conforto interno e vários itens tecnológicos, o OPS (Optical Parking System ou Sistema Ótico de Estacionamento), rádio de última geração, etc. Os preços do Gol começam em R$ 27.990 e chegam a R$ 40.890 e os do Voyage vão de R$ 29.990 a R$ 43.490. Entre os pacotes opcionais estão o Trend, i-Trend, Blue Motion Technology e i-Trend Bluemotion Technology.

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