TETRAFUEL: quanto mais opções melhor!

Veículos capazes de rodar com quatro tipos de combustível prometem revolucionar o mercado nacional em 2005

Carolina Vilanova

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Uma das grandes atrações do Congresso SAE Brasil deste ano foi o test drive de um veículo com sistema tetracombustível, oferecido pela Magneti Marelli, batizado de TETRAFUEL. O sistema de injeção eletrônica foi concebido para gerenciar de uma só vez quatro combustíveis: gasolina brasileira, gasolina pura (nafta) – utilizada nos países do Mercosul -, álcool e GNV (Gás Natural Veicular).

 

Com o TETRAFUEL, a empresa está visando tanto o mercado nacional como as exportações. Isto porque a gasolina pura é utilizada em países da América do Sul e da América Latina, além da Argentina ser o país com mais veículos convertidos para o GNV em todo o mundo. “O principal objetivo da Magneti Marelli é oferecer um produto que respeite o meio ambiente e seja mais econômico”, analisa Fernando Damasceno, gerente de Desenvolvimento de Produto da Magneti Marelli.

 

Essa tecnologia foi desenvolvida pela divisão Controle Motor da Magneti Marelli, unidade responsável pelo desenvolvimento dos sistemas SFS ( Software Flexfuel Sensor) de injeção eletrônica, o mesmo princípio usado nos carros FLEX. A previsão é de que até o final de 2005 comecem a ser comercializados no Brasil, mas os modelos que serão equipados com o TETRAFUEL ainda estão em segredo.

172 (1)Funcionamento 4 em 1

O sistema tetracombustível prioriza, principalmente, a economia de combustível. Gerenciado por um cérebro eletrônico – a centralina – faz a leitura dos quatro combustíveis e ainda identifica qual é a melhor opção, naquele momento, para rodar com o menor consumo possível. A grande novidade é o acionamento automático do GNV, sem que seja necessário apertar qualquer botão ou mudar a chave, como acontece nos veículos convertidos para GNV. E, como é a energia mais barata atualmente, toda vez que a central acusa que tem gás no tanque, o sistema vai utilizá-lo. Segundo a fabricante, o resultado dessa combinação é mais economia e melhor desempenho do veículo.

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1 Centralina
2 Reservatório de partida a frio
3 Válvulas De controle de partida a frio
4 Sensor Integrado de temperatura e pressão – TMAP
5 Injetores IWP (líquido)
6 Sensor de rotação do motor
7 Sensor de temperatura de água do motor
8 Reservatório de combustível líquido
9 Reservatório de GNV
10 Sensor de detonação
11 Sonda Lambda
12 Bobina
13 Injetor IPG (Gás)

14 Regulagem de pressão de gás

 

Com apenas uma centralina (ECU), o sistema gerencia duas galerias de bicos injetores (flautas), sendo que cada uma tem quatro válvulas injetoras para alimentar o motor. Uma galeria injeta o combustível no estado líquido (álcool, gasolina e nafta) enquanto a outra faz a injeção do gás, quando necessário.

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O combustível líquido dos tetracombustíveis tem o mesmo reservatório de um veículo com sistema FLEX e pode receber o álcool hidratado; a gasolina brasileira, que tem álcool anidro; e a gasolina pura. Em outros países existe o chumbo tetraetila, que é utilizado para aumentar aoctanagem da gasolina e, conseqüentemente, otimizar a potência do motor. No Brasil, a gasolina teve o chumbo adicionado em sua composição até 1983, mas foi substituído pelo álcool anidro – sem água. O chumbo causa a contaminação do catalisador e da sonda lambda, além de fixar no ser humano, pela respiração, podendo causar doenças.

 

No tanque do GNV, o combustível gasoso é armazenado com a pressão de até 230 Bar. Antes de ser utilizado pelo motor, a pressão do gás é reduzida para 2 Bar por meio do redutor de pressão e, somente depois, é injetada pelos bicos individuais, para cada cilindro do motor. O redutor equaliza a pressão para que o computador possa injetar o gás com precisão.

 

O que muda no motor?

 

Os motores equipados com o tetracombustível devem sair da montadora com adaptações em três itens básicos: cilindros, com sistema de abastecimento e válvulas; regulador de pressão; e as duas galerias de injetores. “O aumento de custo num veículo TETRAFUEL vem basicamente do cilindro, do redutor de pressão e da galeria com injetores GNV”, explica Damasceno.

 

De acordo com a fabricante, o TETRAFUEL tem um software especial, que foi desenvolvido para proteger o motor e os componentes contra os efeitos colaterais apresentados com o uso do GNV, como bomba de combustível líquido, injetores e válvulas de escape. O conjunto não utiliza interruptor para mudar de um combustível para outro. O processo é todo automatizado, desde a partida e funcionamento do motor até o desligamento.

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“O TETRAFUEL proporciona ao motor o melhor combustível de acordo com as necessidades que o motorista solicita, sempre privilegiando o consumo. Se a aceleração for normal para uso cotidiano, o sistema interpreta a ação e escolherá o GNV para ser queimado, sempre que houver gás no tanque. Porém, em caso de uma aceleração de emergência ou necessidade extrema de potência, será usado o combustível líquido, seja ele qual for, que estiver no tanque”, comenta.

 

Os sensores são os mesmos que já estão nos veículos atuais. Todos são importantes para o bom funcionamento do motor. São eles: sensor de temperatura do motor, temperatura do ar, pressão no coletor de admissão, rotação do motor, posição da borboleta, sonda lambda, de nível do tanque e de pressão do gás, além do sensor de velocidade do veículo. O corpo da borboleta continua com a mesma função, ou seja, a de fornecer potência ao veículo. Quando a borboleta está aberta passa mais ar e o motor adquire melhor desempenho. Nos veículos drive-by-wire, a borboleta é acionada pelo computador e, nos outros sistemas, por um cabo ligado ao pedal do acelerador.

 

Diagnósticos de falhas

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Eventuais problemas que podem ocorrer no TETRAFUEL são detectados por meio de uma diagnose realizada nos sensores e nos atuadores. Quando há mal funcionamento de um dos componentes, o próprio sistema escolherá o melhor combustível para ser utilizado e a melhor estratégia para que o motor não deixe de funcionar.

 

Os códigos de avarias serão armazenados pela memória e estarão disponíveis para a correta manutenção do sistema. Em termos de manutenção, o sistema exige apenas as trocas de óleo, dos filtros e a utilização de combustíveis e lubrificantes de boa procedência, além das revisões periódicas recomendadas pela montadora.

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1 Centralina
2 Tanque de gasolina
3 Reservatório de GNV
4 Regulador de pressão de GNV
5 Injetor IPG (Gás)
6 Injetor IWP ( Líquido)

15 comentários em “TETRAFUEL: quanto mais opções melhor!

  1. Gostaria de saber se o tetrafuel do Siena 2010 serve no sienaa tetrafuel 2007, o meu 2007 veio sem i kit GNV de fábrica e gostaria de saber se serve. Grato.

  2. Gostaria de saber qual é o scaner adequado pro Grand Siena tetrafuel que faça a leitura de todo sistema do mesmo..

  3. Tenho um siena tetraful 2009 (particular, não é uso para táxi), gostaria de saber o porque tem que se fazer a inspeção do veículo todo ano no licenciamento sendo que ele é original de fábrica e consta no documento e não modificado a gás na observação do documento como os outros veículos (é uma inspeção chatíssima onde se reprova itens que não tem nada a ver com o sistema de gás, se não o fizer fica com o carro sem o licenciamento em dia).

  4. Só encontrei um inconveniente, a opção de rodar com gás deve ser feita pelo usuário, não pelo sistema.

  5. Eu tenho um grande Siena tetrafuel. Estou com o redutor vazando gás. Tenho que comprar o kit da magneti Marelli. Mas não estou encontrando, na Fiat só tem o redutor completo.

  6. Ola tenho dois tetrafuel , um 2012 outro 2014 ambos já passaram de 150 mil km e nunca tive problema com o sistema , gostaria que a fiat voltasse a montar este carro

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