Saiba como substituir os amortecedores dianteiro e traseiro no sedã compacto da VW, incluindo a forma correta de se desmontar a manga de eixo da base do amortecedor; unidade tinha 87 mil km e todos os elementos de suspensão ainda eram os originais de fábrica
Amortecedor é uma peça de segurança. Sua principal função é controlar o movimento de abertura e fechamento da mola para manter o pneu sempre em contato com o solo. Quando o amortecedor se desgasta e deixa de exercer sua função, o veículo perde estabilidade em todas as condições, seja em linha reta, curvas ou frenagens. Porém, o motorista dificilmente percebe a piora na dirigibilidade do veículo, pois, como esses sintomas ocorrem de forma lenta e progressiva, ele se acostuma àquele comportamento.
O Volkswagen Polo Sedan 1.6 2010 desta reportagem tinha 87 mil km rodados, quase sempre utilizado em percurso urbano, e todas as peças de suspensão ainda eram as originais. Ao desmontar as colunas McPherson dianteiras, a maioria das peças periféricas, tais como coxins, coifas e batentes, ainda pareciam relativamente íntegras, considerando o quanto haviam rodado. Mas os amortecedores estavam completamente sem ação em ambos os lados. Fora do veículo, na vertical, as hastes não se sustentavam abertas, o que denota que as válvulas internas perderam completamente sua
carga pelo desgaste.
Com os amortecedores nessas condições, todas as demais peças do conjunto passam a ser sobrecarregadas e acumular desgaste ainda mais acentuado. Por isso, a substituição parcial de peças em uma manutenção na suspensão não é o procedimento ideal: ao fazer a troca dos amortecedores, é obrigatório usar kit de reparo novo – coxim, batente e coifa. E, mesmo se não houver marcas evidentes de desgaste, recomende a substituição das molas: lembre-se que elas trabalham 24 horas por dia sustentando o peso do veículo – e, no caso deste Polo Sedan, já estavam trabalhando ininterruptamente há mais de 10 anos.
“O ideal é que a troca das molas seja realizada sempre junto com a troca dos amortecedores, entre 50 e 100 mil quilômetros, assim teremos um aproveitamento ideal dos componentes”, explica o analista de Produto e consultor técnico da ZF, Paulo Sérgio Costa. Porém, ele comenta que, se a mola não apresentar desgastes visuais conforme os descritos a seguir no procedimento desta reportagem, então, ela poderá ser substituída numa segunda troca de amortecedores.
ATENÇÃO COM PEÇAS E FERRAMENTAS CORRETAS
Baseada na plataforma PQ24, a quarta geração do Polo foi produzida no Brasil nas carrocerias hatch e sedã entre 2002 e 2014. Essa mesma plataforma serviu de base para o hatch Fox (desde 2003) e para o Gol (de 2008 em diante). Isso fez com que sistemas completos dessas três linhas de automóveis tivessem aspectos semelhantes. Entre eles, a suspensão.
Uma característica nesses veículos, com a qual mecânicos lidam há anos de diferentes formas, é a fixação da manga de eixo, que “abraça” o tubo do amortecedor na base e é presa por um único parafuso passante com contraporca. A prática mais comum nas oficinas é a remoção forçada, porém, esse sistema requer uma ferramenta especial para a expansão da fenda do alojamento, o que permite a remoção do amortecedor sem o uso de impacto.
Outro ponto de atenção é a intercambialidade de peças. Visualmente, as colunas de suspensão pouco diferem de um modelo para outro, mas as fixações superiores no Gol, por exemplo, são diferentes das linhas Polo e Fox, assim como, as cargas de molas e amortecedores.
Para evitar erros, confira sempre a aplicação correta pelos códigos antes de adquirir as peças. No caso dos amortecedores TRW utilizados neste procedimento (aplicação: VW Polo e Polo Sedan de 2002 a 2014 e todos os Fox/ Space Fox) os códigos são JGM4530S para o eixo dianteiro (ambos os lados) e JGT5480S para o traseiro.
Muitos mecânicos, acertadamente, também utilizam como referência para compra a medida das peças de suspensão. Mas Paulo, da ZF, faz uma observação: alguns amortecedores dianteiros da marca TRW, pertencente à fabricante de origem alemã, possuem uma mola interna que tem por função suavizar os impactos da abertura da haste – é o caso dos componentes oferecidos para a linha Polo na reposição. Por causa dessa mola, o dimensional aberto desses amortecedores são ligeiramente diferentes das respectivas aplicações originais.
Segundo o especialista, isso não interfere na instalação ou, mesmo, nas características da suspensão do veículo. “É muito comum que, na compra da peça, o mecânico note uma diferença entre a altura da haste do amortecedor original e o TRW quando as peças estão em repouso. Não há problemas, pode montar tranquilamente. Na montagem, a mola da suspensão vencerá a resistência da mola interna e a haste ficará na altura correta, igual ao original”, detalha o especialista.
Nesta reportagem, foi feita a substituição dos amortecedores dianteiro e traseiro do Polo Sedan 1.6 2010 (sem ABS) com os seus respectivos kits de reparo. O procedimento foi executado pelo mecânico Lucas Galvani, que trabalha na oficina Auto Mecânica Louricar, localizada na Zona Sul de São Paulo/SP, sob a supervisão de Paulo, da ZF.
INSPEÇÃO ANTES DA DESMONTAGEM
1) Antes de qualquer intervenção, faça o diagnóstico da suspensão com o veículo no elevador. Movimente as rodas nos sentidos horizontal e vertical, com as duas mãos, para identificar possíveis folgas nas fixações da suspensão, rolamentos, pivôs e terminais. Neste caso, tudo parecia OK.
2) Com a ajuda de uma alavanca, examine as fixações da suspensão quanto a folgas nos pivôs e bandejas. Confira também as bieletas da barra estabilizadora e terminais axiais. Verifique o estado de todas as peças de borracha do sistema (buchas, coxins e coifas) quanto a sinais de desgaste, incluindo a coifa da junta homocinética.
REMOÇÃO DO AMORTECEDOR DIANTEIRO
3) Comece pela fixação superior da coluna de suspensão dianteira. Solte os três parafusos de fixação com chave L 13 mm, mas não os remova. Atenção: no lado direito, há o tanquinho de gasolina da partida a frio, preso na carroceria de um lado e, do outro, por uma porca em um dos parafusos de fixação do coxim superior. Remova as fixações e desloque-o para ter acesso aos parafusos que prendem a suspensão.
4) Siga para a fixação da bieleta da barra estabilizadora. Solte a porca de fixação com chave estrela 17 mm e uma chave hexalobular T30 para segurar o terminal, evitando que ele gire e seja danificado.
5) Com uma chave de fenda, retire o grampo que fixa o flexível à manga de eixo. Depois, desloque o tubo de seu apoio. Atenção: o veículo usado nesta reportagem não possuía ABS nos freios. Caso houvesse, o chicote do sensor do sistema seria solto na sequência.
Obs: Deste ponto em diante, há dois caminhos para a desmontagem do sistema: um deles é separar amortecedor e manga de eixo ainda no veículo, como será mostrado adiante. O outro é remover a coluna de suspensão inteira com a manga de eixo ainda fixada ao amortecedor, após soltar pivô, terminal de direção, pinça de freio e junta homocinética. Os dois procedimentos estão certos. A seguir, será mostrada a primeira alternativa. Caso você siga pela remoção completa da manga de eixo, lembre-se que a porca do semieixo (junta homocinética) deve ser solta e torqueada com a roda instalada e 100% apoiada no chão.
6) Remova o parafuso que fixa a manga de eixo ao amortecedor. Utilize soquete M14 na cabeça do parafuso e soquete 18 mm na contraporca.
7) Para abrir o alojamento na manga de eixo do Polo e permitir a retirada do amortecedor, é necessário utilizar uma ferramenta especial dimensionada especialmente para essa função (código original Volkswagen para o dispositivo de expansão: 3424). No caso desta reportagem, foi utilizada a ferramenta Raven código 103002. A ferramenta, semelhante a um soquete, possui uma extremidade ovalada que deve ser encaixada na fenda do alojamento. Com um cabo de força, gire a ferramenta em 90° dentro da fenda (7a). Desencaixe o cabo de força e deixe a ferramenta instalada (7b).
Obs: Caso o mecânico tenha decidido por remover a coluna de suspensão ainda presa à manga de eixo, o passo nº7 será feito apenas quando a torre de suspensão for levada à bancada.
8) Após expandir a fenda do alojamento, solte a base do amortecedor da manga de eixo manualmente, com movimentos horizontais e verticais (8a). Se necessário, utilize o encolhedor de mola para “subir” um pouco a coluna e facilitar a separação. Porém, na coluna dianteira-direita, o semieixo da transmissão é mais comprido e não permite curso de movimentação vertical suficiente para deslocar a manga de eixo para remover o amortecedor (8b). Para criar espaço, alivie as fixações do quadro de suspensão para que ele “baixe” alguns poucos centímetros e crie mais espaço.
Remova o parafuso de fixação do quadro com a longarina no lado direito (8c) e alivie (pouco) o lado esquerdo. Alivie também (remova com cuidado, se necessário) os parafusos do suporte traseiro do agregado na carroceria – são dois parafusos 13 mm e um parafuso 18 mm (8d). Isso será suficiente para criar alguns centímetros a mais de curso que permitam a remoção (8e).
Obs: Assim como o passo nº 7, o passo nº8 não deve ser seguido caso tenha decidido por remover a coluna de suspensão ainda presa à manga de eixo. Neste caso, siga direto para a soltura do terminal de direção e das três porcas do pivô. Desencaixe a manga fazendo alavanca na bandeja.
9) Agora sim, segure a coluna pela mola e termine de retirar os parafusos da fixação superior. Leve o conjunto à bancada.
COLUNA DE SUSPENSÃO NA BANCADA
10) Prenda o amortecedor à morsa. Alivie a pressão da porca de fixação da haste do amortecedor no coxim utilizando chave-estrela 21 mm e um soquete multiestriado M7. Atenção: não remova a porca neste momento. Caso contrário, a força da mola será liberada de uma vez e isso pode provocar um grave acidente de trabalho.
11) Faça o encolhimento da mola com ferramenta apropriada para a função. Neste procedimento, foi utilizado um dispositivo hidráulico. Para evitar acidentes, verifique se as garras estão bem firmes nos elos da mola antes de seguir com o procedimento.
12) Termine de remover a porca da haste e retire o coxim superior. Em caso de manutenção que a peça ainda não tenha atingido quilometragem avançada, sempre analise seu estado antes de reaproveitá-la. No coxim, observe se o rolamento está se movimentando livremente. “É muito importante verificarmos se o rolamento do coxim não está com dificuldade de giro. Isso pode indicar ressecamento da graxa interna do rolamento”, comenta Paulo, da ZF.
13) Retire a mola. Observe o componente quanto a descascamentos, falhas na pintura e marcas entre os elos que indiquem que estão encostando uns com os outros. Qualquer um desses sintomas significa o fim da vida útil da mola.
14) Por fim, remova o batente do amortecedor, coifa (guarda-pó) (14a) e isolador do prato inferior do amortecedor (14b). Vários sinais de fim de vida útil do conjunto mola/amortecedor podem estar nesses elementos periféricos: nenhuma das três peças mencionadas pode apresentar trincas, rompimentos ou cortes.
15) Completamente desgastado, o amortecedor não apresentava qualquer resistência à tração. A haste sequer se mantinha aberta em repouso, indicando que os componentes internos responsáveis pela ação do conjunto já não atuavam mais (15a). Ou seja, toda a carga era absorvida pelos demais componentes da suspensão. A haste também estava queimada na base na região de contato com o retentor, o que também denunciava o fim da vida útil (15b).
Atenção: Olhando as fotos, as peças periféricas aparentam estar em condições aceitáveis pela rodagem, mas o estado do amortecedor atesta que não só batente e coifa foram sobrecarregados como, também, coxim superior e mola. Logo, o que parece ser uma troca preventiva de peças, na verdade, é uma manutenção corretiva, afinal, a suspensão não estava mais executando sua função e somente a substituição completa dos itens mencionados resolveria o problema.
MONTAGEM DA COLUNA DE SUSPENSÃO DIANTEIRA
16) Comece a montagem do amortecedor novo fazendo o escorvamento. Esse procedimento é importante para que o amortecedor novo trabalhe com a calibração correta desde os primeiros momentos em que é instalado no carro. A ação consiste em estender e contrair a haste do amortecedor até os limites de curso para que o óleo seja distribuído de forma homogênea no circuito, eliminando o ar do sistema interno. Abra e feche a haste por pelo menos 10 vezes. Ao notar resistência na subida e na descida, o amortecedor está pronto para ser instalado no veículo. “Tanto os amortecedores convencionais quanto os pressurizados a gás precisam ser escorvados”, aponta Paulo. Após o procedimento, não deite o amortecedor.
17) Com o amortecedor preso na morsa, monte o isolador do prato inferior do amortecedor (17a) e, depois, apoie a mola. Verifique o ponto certo de apoio da extremidade da mola no isolador (17b).
18) Encaixe o batente na coifa e, depois, o conjunto na haste. Importante: a coifa deve ser encaixada na base do tubo para cobrir toda a haste durante o funcionamento e evitar acúmulo de sujeira na região. Caso a coifa insista em sair do lugar com a haste aberta, verifique o encaixe após o final da montagem, com o veículo no chão.
19) Monte o coxim superior já com o rolamento. Eles podem vir separados no kit novo (19a). Observe o assentamento com a mola. Pode ser que o curso da haste não seja suficiente para que o fuso permita o encaixe da porca. Caso isso aconteça, encolha mais um pouco a mola para rosquear a porca manualmente (19b). Atenção: na instalação, use sempre a porca nova que já vem com o amortecedor (19c).
20) Faça o aperto da porca com chave combinada 21 mm enquanto segura a haste com chave allen 6. O torque final é de 60 Nm, que deve ser aplicado com torquímetro e soquete estrela especiais que permitam a inserção da chave allen para segurar a haste durante a aplicação da força.
Importante: jamais utilize parafusadeira pneumática para o aperto dessa porca. Isso faria a haste girar sob alto torque e causaria danos às peças internas do amortecedor, inutilizando-o.
21) Instale a coluna montada no veículo apontando os parafusos do coxim superior manualmente.
22) O encaixe da base do amortecedor na manga de eixo deve ser feito manualmente. Repare que o amortecedor possui um orifício que se posiciona exatamente na fenda do alojamento. Centralize os furos do amortecedor com a manga de eixo durante o encaixe.
23) Faça a fixação dos parafusos do quadro de suspensão. Torques:
A) Parafusos 13 mm do suporte traseiro: 20 Nm + 90°
B) Parafusos 18 mm do suporte traseiro: 70 Nm + 90°
C) Parafusos do quadro com a longarina: 70 Nm + 90°
24) Remova a ferramenta de expansão. Insira o parafuso de fixação e sua respectiva contraporca.
25) O torque do parafuso de fixação entre amortecedor e manga de eixo é 60 Nm + 90°.
26) Como o amortecedor possui montagem nos dois lados do veículo, há encaixe para a bieleta em ambos os lados do tubo. Fixe a bieleta sempre no furo que está voltado para a dianteira do veículo. O torque de aperto na porca é 40 Nm.
27) Não se esqueça de encaixar o tubo flexível com seu respectivo grampo de fixação. Após a montagem, faça um teste de montagem esterçando a coluna de suspensão à direita e à esquerda por completo e verifique se tanto a bieleta quanto o flexível não estão raspando em peças móveis do conjunto.
28) Faça o aperto final dos três parafusos de fixação do coxim superior aplicando torque de 45 Nm.
Obs: Para quem removeu a manga de eixo, os torques são:
• Porcas do pivô na bandeja: 40 Nm + 45°
• Terminal de direção: 20 Nm + 90°
• Porca do semieixo: pré-aperto com 250 Nm + soltar 180° (1/2 volta) + 50 Nm + 50°
AMORTECEDORES TRASEIROS
29) Antes da remoção, calce o eixo traseiro. Paulo recomenda tirar e colocar um amortecedor de cada vez para que o eixo não fique suspenso no ar.
30) Solte o parafuso da fixação inferior do amortecedor no eixo traseiro. Use duas chaves-estrela 16 mm para remover o parafuso e a contraporca.
31) Retire os dois parafusos que fixam o suporte do amortecedor à carroceria com soquete 16 mm. Remova o amortecedor em seguida.
32) Para desmontar o suporte na bancada, tire a tampa (32a) e solte a porca da haste com chave combinada 17 mm, utilizando chave de boca 6 mm para segurar a ponta (32b).
33) Em seguida, remova o suporte, batente e guarda-pó. A rotina de diagnóstico dessas peças é a mesma comentada anteriormente no conjunto dianteiro (passo nº14).
Obs: O amortecedor traseiro ainda tinha ação, mas a haste estava com aparência queimada, “sinal de que o amortecedor estava com sua vida útil vencida”, como observou Paulo. Única manutenção possível é a sua substituição e dos demais componentes.
34) Faça o escorvamento do amortecedor traseiro novo exatamente como foi feito no componente dianteiro (passo nº16) repetindo por 10 vezes, até que se encontre resistência no movimento da haste tanto na subida quanto na descida.
35) Monte o batente no guarda-pó antes de posicionar as peças na haste do amortecedor. Depois, posicione o suporte e prenda a porca com as mesmas ferramentas do passo nº30. O torque de aperto é 48 Nm.
36) Encaixe o batente no suporte e não se esqueça da tampa plástica que cobre a ponta da haste no suporte.
37) Depois, leve o conjunto ao veículo, apontando primeiro os parafusos superiores. O torque nos parafusos do coxim superior é 58 Nm.
38) Já o torque no parafuso inferior do amortecedor é de 75 Nm. Ao final, remova o calço do eixo.
39) Após qualquer intervenção na suspensão, é necessário verificar o alinhamento das rodas dianteiras e traseiras. A Volkswagen recomenda que, em caso de troca das molas, o alinhamento seja verificado novamente após pelo menos 1 mil km rodados, pois, molas novas precisam dessa quilometragem para se assentarem e isso pode alterar os ângulos de roda (imagens do alinhamento: Oficina High Tech).
Obs: O torque de aperto nos parafusos de roda (liga-leve) é 120 Nm.
Colaboração técnica: Auto Mecânica Louricar
Endereço: Rua Duílio Santo Suosso, 75
Jardim Tenani, São Paulo/SP
Tel: (11) 2331-6512
Mais informações: ZF Aftermarket
Site: https://aftermarket.zf.com/
Tel: 0800-0111-100
Texto & fotos Fernando Lalli
Muito interessante acredito que é uma excelente forma de poder divulgar e ter clientes de uma forma esclarecedora
Saudações à todos, o processo de escorvamento, para a efetiva remoção do ar da câmera de trabalho, é realizado de outra forma.