Para celebrar os 50 anos do Renault Alpine – modelo que fez fama no automobilismo europeu nos anos 60 e 70 –, a montadora francesa apresenta um carro conceito inspirado no clássico, e dedicado à performance e ao prazer de dirigir. O Renault Alpine A 110-50 homenageia o modelo original com detalhes que remetem ao clássico, combinados à nova linguagem de design da fábrica francesa demonstrada no carro conceito DEZIR e que, segundo a montadora, será adotada gradativamente nos futuros modelos da marca.
O modelo tem motor central, assim como o Alpine A 110 original, que fica visível pelo capô através de um vidro tridimensional diferenciado. Já as entradas de ar em cada flanco remetem à aba dos para-lamas traseiros do clássico, sendo que a da direita assegura o resfriamento da caixa de câmbio e, a de esquerda, o do compartimento do motor. A cor azul também é uma releitura da cor característica do modelo.
Toda a mecânica do protótipo é derivada do Mégane Trophy, modelo da Renault desenvolvido para competições. Segundo a montadora francesa, o chassi tubular que equipa o conceito foi enrijecido e, para se adaptar à altura do veículo, mais baixa que a do Mégane Trophy, recebeu o rebaixamento do arco do habitáculo e da cruzeta central do compartimento do motor. A distribuição das massas é muito próxima da ideal, garante a Renault, com 47,8% situada na parte frontal.
O motor Renault V4Y, tem bloco V6 com 3,5 litros de capacidade cúbica e 24V, capaz de gerar 400 cv de potência máxima, com componentes desenvolvidos especialmente para competição, como o cárter inferior semi-úmido, pistões, bielas, virabrequim, partes do sistema de distribuição (eixo de comando de válvulas e molas de válvulas) e o sistema de escapamento. O coletor de admissão de carbono é o mesmo usado no Mégane Trophy, com alimentação por uma nova entrada de ar integrada ao teto, o que, segundo a Renault, torna a faixa de utilização do motor muito mais ampla; as curvas de torque e potência do motor foram otimizadas em função destas modificações.
Na transmissão, o carro conceito recebeu uma caixa de câmbio sequencial semiautomática com seis marchas e sistema de embreagem de dois discos (do tipo Cerametallic), que pode ser comandado por meio do pedal de embreagem ou por borboletas instaladas atrás do volante. A caixa ainda possui diferencial autoblocante de deslizamento limitado (discos e tubulação) cuja pré-carga é regulável. A central eletrônica Marvel 6R, fornecida pela Magneti-Marelli, integra o gerenciamento do motor, da caixa de câmbio e as aquisições de dados.
O conjunto de suspensão possui amortecedores Sachs reguláveis e diretamente montados nos triângulos inferiores. As rodas de 21’’, fixadas ao conjunto por uma rosca central, são específicas e montadas com pneus Michelin, homologados para a estrada. Os freios não possuem ABS justamente para privilegiar a condução esportiva, explica a Renault, mas o sistema é equipado com discos ventilados de aço de 356 mm na dianteira, que trabalham em conjunto com pinças de freio de seis pistões, enquanto que, na parte traseira, o diâmetro dos discos é de 330 mm e as pinças de freios contam com quatro pistões.
