A Randon S.A. Implementos e Participações de Caxias do Sul/RS assinou ontem (10/12) um protocolo de intenções com a Prefeitura de Araraquara/SP, além de um memorando de entendimento com o Governo do Estado de São Paulo, visando a instalação de uma nova unidade industrial na região.
O novo empreendimento prevê investimentos de até R$ 500 milhões e poderá estar em pleno funcionamento em 2017, com potencial para geração de 2.000 empregos. A iniciativa integra o Plano de Expansão e Desenvolvimento da marca para o período 2012/2016, da ordem de R$ 2,5 bilhões.
“Estamos nos estruturando para conseguir manter o ritmo de crescimento histórico das empresas e cumprir com a meta de alcançar um crescimento de receita de 60% até o final do período”, conclui o diretor-presidente, David Abramo Randon.
Fábrica no limite
Com as instalações industriais de Caxias do Sul no limite, a Randon planeja ampliar os negócios, mas de forma interligada às atuais instalações na serra gaúcha, através de um sistema tipo vasos comunicantes. “Isto significa que poderemos fabricar ou complementar os produtos em qualquer dos locais, dependendo da sua eficiência e das condições do mercado”, observa o Vice-presidente Erino Tonon.
De acordo com ele, o Rio Grande do Sul concentra, atualmente, mais de 80% dos ativos e dos investimentos da Randon. O objetivo final é implantar um complexo com as mesmas características do existente no Rio Grande do Sul. Para isto, a companhia buscou regiões atrativas em termos de competitividade e que fossem polos de utilização de toda, ou parte significativa, de sua gama de produtos.
A escolha de Araraquara se deu por ser um polo ferroviário e canavieiro e conta com uma precondição de infraestrutura adequada, como a questão logística, com acesso ferroviário e rodoviário, além da disponibilidade de mão de obra. Outro fato relevante na escolha do local da nova unidade é a vocação do estado paulista para o plantio de cana-de-açúcar. Atualmente, a Randon é fornecedora de semirreboques canavieiros.
Sendo assim, a tendência é que se transfira a produção de vagões e semirreboques canavieiros para o novo complexo. Os investimentos e o início da implantação física do projeto serão realizados após a obtenção de licenças, enquadramentos fiscais e tributários, e da adequação da infraestrutura local, conforme previsto nos documentos assinados nesta data.
