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Raio X Fiat Cronos CVT 2023: como é a manutenção básica

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Raio X Fiat Cronos CVT 2023

Raio X Fiat Cronos CVT 2023: confira as condições de manutenção do sedã compacto da Fiat, com motor 1.3 de aspiração natural e câmbio CVT

texto & fotos Vitor Lima

O Fiat Cronos, sedã compacto fabricado na Argentina, manteve as linhas exteriores da versão Drive S-Design 2022 em comparação com a nova top de linha, Precision 2023. Porém, no quesito mecânica, houve atualização na transmissão do veículo. A exemplo do SUV Pulse, agora há o Fiat Cronos CVT com o motor Firefly 1.3 4-cilindros e câmbio CVT de 7 marchas pré-programadas.

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Foto 02-raio x - ed.346Edualbert Ribeiro. proprietário da oficina Ridha Manutenção Automotiva em São Bernardo do Campo/SP

Para os modelos de 2022 de mesma motorização, só havia opção da caixa de transmissão manual C513 de 5 marchas. O Fiat Cronos CVT 2023 consegue desenvolver 107 cv e 97 cv de potência, abastecido com Etanol e Gasolina, respectivamente, apontando números relativamente semelhantes ao modelo de 2022 de mesma motorização com 109 cv e 101 cv (E/G) a 6.250 rpm e 6.000 rpm respectivamente.

O torque máximo obtido do Fiat Cronos CVT 2023 é de 13,7 kgfm e 13,2 kgfm (E/G) a 4.000 rpm. O modelo do ano anterior fornece o torque de 14,2 kgfm e 13,7 kgfm (E/G) a 3.500 rpm. Os valores dimensionais do veículo são os mesmos do modelo de 2022.

Em relação ao interior do novo Fiat Cronos CVT, o painel possui uma central multimídia de 7 polegadas com sistema Uconnect. Para dar partida no motor, há o sistema Keyless Entry N’Go,
necessitando apenas da presença da chave dentro da cabine do sedã para liberar a partida do motor por meio do botão localizado atras do volante, no lado direito.

Para auxiliar o condutor em partidas com aclive, a Fiat adotou o sistema Hill Holder, que mantem o veículo parado em ladeiras sem a necessidade do motorista segurar o pedal dos freios, ou até acionar o freio de estacionamento. Controle de tração e estabilidade e câmera de ré com linhas dinâmicas também estão disponíveis no modelo.

Para analisar as condições de manutenção do Fiat Cronos CVT na versão Precision, que parte do valor de R$ 106.790, a Revista O Mecânico convidou o mecânico e proprietário da Ridha Manutenção Automotiva, localizada em São Bernardo do Campo/SP, Edualbert Ribeiro.

Abrindo o capô do Fiat Cronos CVT

O profissional falou sobre o espaço encontrado para manutenção logo com a abertura do capô (1). “Tem acesso fácil a parte do motor, vela, alternador, parte de sonda, arrefecimento, muito fácil”, comenta Edualbert.

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O coxim lateral do motor que ajuda na sustentação do motor, fica localizado logo abaixo da tubulação de climatização (2). “Você vai ver que a flexibilidade é muito fácil para soltar a parte do coxim do motor, não tem dificuldade nenhuma, bem simples”, informa o profissional.

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Para acessar as válvulas de serviço da climatização, não há nenhuma dificuldade, fazendo com que as inspeções ou intervenções necessárias sejam facilitadas (3) e (4). A substituição do filtro de cabine deve ocorrer a cada 10 mil km, conforme recomendação do manual do Fiat Cronos CVT.

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A bomba de vácuo (5) fica próxima a fixação superior da torre do amortecedor dianteiro do lado direito do Fiat Cronos CVT. “A bomba de vácuo é para melhorar a eficiência na parte da frenagem do veículo”, informa o profissional. Devido ao coletor de admissão trabalhar com pouca depressão, possuindo pressão positiva, é necessário a bomba de vácuo auxiliar para criar a depressão necessária para o servo-freio.

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O alternador (6), a correia de acessórios (7) e o tensionador (8) não possuem dificuldades de acesso por parte do mecânico. “A facilidade é grande. Tanto o tensionador para realizar a substituição, quanto a manutenção é bem simples”, comenta Edualbet. A Fiat recomenda em seu manual a substituição da correia de acessórios a cada 60 mil km ou 48 meses e que seja realizado a inspeção do componente a cada 20 mil km.

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O motor 1.3 Firefly que está presente nesta versão do Fiat Cronos não utiliza correia dentada, o sincronismo é feito por corrente. Edualbert lembra ao mecânico sobre a utilização do óleo de motor. “Tem que estar sempre atento na parte de lubrificação, a parte da substituição do óleo, utilizando sempre óleo correto”, comenta o mecânico.

Referente ao fluido lubrificante que deve ser utilizado para este motor, a Fiat utiliza o lubrificante homologado Mopar Maxpro Syntetic 0W-20 com classificação de serviço API SP/GF-6. Para o uso de outro óleo que não seja homologado, há necessidade de que o lubrificante seja totalmente sintético e possua viscosidade SAE 0W-20 com classificação API SN/ ILSAC GF-5 e que atenda a norma Fiat 9.55535.

A Fiat recomenda no plano de manutenção do veículo que seja realizada a substituição do óleo do motor a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Em caso de utilização severa, os períodos devem ser reduzidos pela metade.

Edualbert informa possíveis riscos de não utilizar os lubrificantes recomendados pela fabricante. “Pode danificar o motor e a própria corrente do motor”, comenta e acrescenta. “Pode ocasionar muita borra, entupimento de bomba de óleo, danificar o variador entupindo as telas. Isso vai danificar a parte do motor. Então, como ele tem no manual recomendado o óleo 0W-20, vamos utilizar o óleo 0W-20 para não ter piores consequências”, conclui o mecânico.

A tampa para enchimento de óleo do motor e a vareta de verificação do nível de óleo são um único componente (9). O consumo de óleo máximo admitido no manual é de 400 ml a cada 1 mil km. A verificação do nível de óleo deve ocorrer a cada 3 mil km.

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Os sensores de oxigênio do motor podem ser acessados sem a necessidade de remoção de outros componentes. Tanto a sonda pré catalisador (10), quanto a sonda pós (11) estão bem localizadas e com livre acesso.

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O sensor de fase (12) também possui livre acesso para uma possível inspeção ou intervenção com o componente.

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Duas das quatro bobinas de ignição (13) podem ser vistas e acessadas sem a necessidade de remoção de outros componentes. Porém, para ter acesso as duas bobinas restantes, há necessidade de retirar a caixa do filtro de ar (14) que fica acima do motor.

 

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As bobinas de ignição do motor devem ser substituídas a cada 40 mil km, independentemente do tempo. Os períodos indicados para troca do filtro de ar do motor são a cada 30 mil km ou 36 meses, o que ocorrer primeiro. Em caso de uso severo do Fiat Cronos CVT, a fabricante recomenda que o período para substituição do filtro de ar do motor seja reduzido para 10 mil km ou 12 meses. Vale ressaltar que a inspeção periódica do elemento filtrante de ar do motor deva ser efetuada com maior frequência.

Para acessar a fixação superior dos amortecedores dianteiros (15) não há necessidade da retirada de nenhuma proteção plástica que possa cobrir a fixação do componente.

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Iniciando a análise com o sistema de arrefecimento do motor, temos o vaso de expansão que está localizado na parte dianteira do lado esquerdo do veículo (16). O líquido de arrefecimento utilizado e homologado é o Mopar Coolant OAT 50, este que é pronto para uso. Conforme o plano de manutenção do Fiat Cronos CVT, o fluido deve ser substituído a cada 240 mil km ou 120 meses (10 anos).

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A cúpula da válvula termostática (17) está a vista e não há muita dificuldade de acesso para efetuar-se um diagnóstico no componente.

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Ainda sobre o sistema de arrefecimento do motor, o eletro ventilador do radiador (18) está bem visível atrás do para-choque e possui um bom espaço para trabalho do mecânico, assim como o conector elétrico (19) que é visto ao levantar o veículo. “A ventoinha possui acessibilidade bem simples, até a parte de teste dos conectores que estão lá embaixo, o acesso é bem fácil”, comenta Edualbert.

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A bateria 12V do Fiat Cronos CVT é do tipo EFB de 60Ah e CCA de 475A (20). Essa bateria apesar de ser EFB não possui o sistema “Stop-Start” disponível para essa versão analisada do Fiat Cronos.

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O reservatório do fluido de freio possui a indicação em sua tampa de utilização do fluido DOT4 (21). A substituição do fluido de freio deve ocorrer a cada 40 mil km ou 24 meses, o que ocorrer primeiro.

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Ao lado da torre do amortecedor dianteiro esquerdo do Fiat Cronos CVT, está o módulo do ABS (22).

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No que diz respeito à parte elétrica, uma das caixas de fusíveis fica localizada no cofre do motor (23). “Temos aqui uma parte, e a outra fica lá dentro, no compartimento do painel”, informa o mecânico sobre a existência de outra caixa de fusíveis que fica dentro da cabine do Fiat Cronos CVT. O acesso ao grupo ótico no caso de uma possível intervenção foi comentando pelo profissional (24). “Tem alguns veículos que vem uma capa, tem dificuldade por ter que desmontar. Mas, esse é bem simples, tem um compartimento de borracha, só retirar e a substituição das lâmpadas é bem fácil, tanto de um lado como do outro”, informa Edualbert.

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O sistema de circulação de vapores provenientes do combustível, que são filtrados e encaminhados para o sistema de admissão, pode ser reconhecido pela mangueira de coloração azul (25).

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O corpo de borboleta (26) fica localizado abaixo da caixa do filtro de ar, mas a sua visualização e acesso podem ser feitos pela lateral da caixa, próximos do reservatório do fluido de freio. “O corpo de borboleta tem acessibilidade bem simples para um diagnóstico tanto no conector, como uma manutenção preventiva”, comenta o mecânico.

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Por baixo do Fiat Cronos CVT

Após levantar o Fiat Cronos CVT no elevador, foi analisado o que o mecânico irá encontrar por de baixo do Fiat Cronos. O compressor do ar-condicionado está bem a vista e com amplo espaço para manutenção (27). Nota-se que a visualização da correia de acessórios também é visível e facilmente acessível.

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Próxima a polia do virabrequim é possível visualizar a bomba d’agua (28) do motor. “Ela funciona pelo sincronismo da corrente. Então sempre tem que estar atento na parte do óleo, porque o sincronismo faz a movimentação da bomba d’agua”, alerta Edualbert sobre os cuidados com o óleo do motor.

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“O filtro de óleo tem remoção bem simples. A remoção do cárter também não é complicada”, informa o mecânico sobre a acessibilidade do filtro de óleo do motor (29) e o cárter do óleo. Este que possui o seu bujão de dreno (30) voltado para parte de trás do Fiat Cronos CVT.

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Em alguns veículos o acesso ao motor de partida (31) se torna complicado, mas no caso do Fiat Cronos CVT, o mecânico não encontrará nenhuma dificuldade.

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Partindo para a transmissão automática, o Cronos possui um câmbio CVT no qual a sua caixa possui trocador de calor e o bujão para dreno do fluido está voltado para baixo (32). De acordo com o manual de manutenção para este veículo, a Fiat informa que não há necessidade da substituição do fluido.

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O mecânico deu sua opinião sobre essa recomendação de não substituir o óleo do câmbio CVT. “Nós recomendamos, como mecânicos, sempre realizar uma manutenção preventiva. Em média com 40 mil km é recomendado substituir. Isso é para uma prevenção, não é uma obrigação, para preservar a durabilidade do câmbio”, comenta o profissional.

Ainda sobre a troca do fluido de câmbio, Edualbert explicou as consequências que podem ocorrer no caso de não se efetuar a substituição do fluido. “O atrito cria um resíduo, uma sujeira que começa a danificar os solenoides e outras partes internas do câmbio. Então, para não ocasionar esse dano o certo é sempre fazer uma manutenção preventiva”, informa o mecânico e acrescenta. “Uma preventiva é bem melhor que uma corretiva”, conclui o profissional.

Em manual, a Fiat não informa a especificação do fluido utilizado no Fiat Cronos CVT. Apenas há indicação do fluido para as caixas de marchas manuais. Em caso de uma substituição do fluido, lembre-se de trocar o filtro em conjunto.

Componentes como semieixo (33) e a bandeja de suspensão (34) mantiveram seu acesso simples. “Bem simples a manutenção e a substituição também”, comenta Edualbert.

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As bieletas (35) possuem a fixação inferior na barra estabilizadora e a sua fixação superior no amortecedor.

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No Fiat Cronos CVT, o amortecedor pode ser substituído sem a necessidade de acesso a fixação superior por dentro do porta-malas. A fixação superior pode ser acessada pela parte de externa do veículo (36).

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O conector do sensor do ABS para as rodas do eixo dianteiro está posicionado na parte superior da manga de eixo (37). O acesso também é simples nos sensores do eixo traseiro (38). Para este veículo, o freio de estacionamento é mecânico e possui acionamento manual.

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O sistema de direção do Fiat Cronos CVT possui caixa mecânica (39) e conta com assistência elétrica. A caixa mecânica é facilmente vista e com boa acessibilidade ao mecânico.

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Outro sistema do Fiat Cronos CVT que não possui dificuldade de identificação e intervenção com seus componentes é o sistema de exaustão. Após a sonda-lambda pós catalisador, há um pequeno caminho de tubulação contendo uma malha (40) que faz conexão com o tubo intermediário que contém o primeiro silencioso do veículo (41). O segundo silencioso está após o eixo de suspensão traseiro (42).

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O tanque de combustível possui capacidade para abastecimento de 48 litros e fica localizado a frente do eixo traseiro. É possível acessar a mangueira de abastecimento do tanque de combustível sem nenhuma dificuldade, caso seja necessária alguma intervenção com o componente (43).

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O filtro de combustível está localizado a frente do tanque ao lado direito (44). “Fácil acesso de troca. A substituição dele é bem simples”, destaca o mecânico. A substituição do filtro de combustível deve ser efetuada a cada 20 mil km, conforme recomendado no manual do veículo.

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É possível verificar a tubulação para o sistema de recirculação de gases (45), próximo ao amortecedor no eixo traseiro.

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Após analisar as condições de manutenção do Fiat Cronos Precision 2023, Edualbert aprovou os aspectos de reparabilidade do Fiat Cronos CVT. “Fácil manutenção, os mecânicos vão adorar pela manutenção bem simples”, comenta.

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Confira os vídeos com o Raio X Fiat Cronos CVT 2023.

 

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