Troca dos discos de freio no ônibus Mercedes-Benz

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Confira o procedimento de troca dos discos dianteiros do sistema de freio do ônibus Mercedes-Benz O 500 U, que enfrenta diariamente o trânsito paulistano

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A modernização da frota de veículos de transporte público nas grandes cidades brasileiras já é uma realidade. Ouve-se sempre das fabricantes dos modelos sobre a adesão de determinadas capitais aos ônibus híbridos (diesel/eletricidade) e com transmissão automática, que aumentam o conforto de motorista e passageiros, além de colaborarem com o meio ambiente queimando menos combustível.

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Mas não é só o powertrain que vem evoluindo. Os ônibus com freio a disco estão cada vez mais tomando o lugar dos modelos com freio a tambor e, além da melhor frenagem, têm como principal benefício para o mecânico uma manutenção bem mais rápida, algo que também é muito bem vindo para a empresa de transportes, já que o veículo fica menos tempo parado.

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O coordenador da área comercial da Frum, André Haddad, calcula que a montagem de um tambor de freio e a troca de suas lonas demora mais de uma hora – enquanto uma troca de pastilhas no sistema a disco demora pouco mais que 15 minutos. A troca do disco em si também leva bem menos tempo do que a manutenção do sistema a tambor. “É um sistema muito mais simples”, ressalta. Mais simples, eficiente e prático.

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O especialista da Frum supervisionou o procedimento desta reportagem, que foi feito na garagem da Sambaíba, empresa que atua no transporte metropolitano da Zona Norte de São Paulo/SP. O ônibus utilizado no procedimento foi um Mercedes-Benz O 500 U, fabricado em 2008, com sistema de freio a disco nos dois eixos (discos ventilados na dianteira) e intarder. De acordo com André, o procedimento de troca é o mesmo em veículos equipados com o intarder ou não, já que o equipamento não influi na montagem do sistema.

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No caso da garagem da Sambaíba, independente dos períodos de manutenção preconizados pelos sistemistas e pela montadora, existe um checklist de revisões por quilometragem que aborda todos os sistemas do veículo – entretanto, a quilometragem de troca das pastilhas e dos discos de freio varia de acordo com a severidade da condução a qual o ônibus é submetido. Por isso, a empresa que cedeu o espaço para este procedimento faz a revisão periódica do sistema de freio, incluindo o cubo de roda, a cada 7,5 mil km. O período pode variar de oficina para oficina.

Retirada do disco

1) Para constatar a necessidade da operação de manutenção no freio, observe o desgaste da pastilha de freio através da janela na roda. Neste exame, pôde ser percebido que as pastilhas estavam no fim de suas vidas úteis e necessitavam ser substituídas.

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2) Remova a roda e examine novamente as pastilhas. O diagnóstico é comprovado ao se observar que uma das pastilhas estava com o material de atrito muito próximo do fim, com pouco mais de 2 mm de espessura.

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3) A retirada da cuíca é feita com a remoção das duas porcas 24 mm através da utilização de soquete, extensor e cabo de força. Na montagem, as porcas de fixação da cuíca têm torque de 220 Nm.

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4) Faça a retirada do cabo do sensor de desgaste das pastilhas com uma chave allen. Este sensor emite um sinal ao condutor do veículo quando a espessura do material de atrito está próxima ao limite recomendado.

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5) Solte o acionamento da pinça de freio através do parafuso (tipo bujão) localizado atrás da pinça. A chave é especial e pode ser adaptada com um soquete macho de 9 a 10 mm.

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6) Com um alicate, solte a trava do pino que segura a travessa das pastilhas de freio na pinça. (6a) Em seguida, remova o pino e a travessa em si. (6b)

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7) Retire as pastilhas de freio com as mãos, afastando a pinça para os lados no caso de alguma pastilha ficar mais presa.

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8) Para fazer a retirada da pinça de freio, utilize um soquete 24 mm. São seis os parafusos de fixação do suporte da pinça: três em cima, três embaixo. (8a) A pinça sai juntamente com o seu suporte. (8b)

 

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    8a
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    8b

9) Utilize um soquete 13 mm para remover os parafusos da calota do cubo de roda. Como a calota possui junta líquida em sua vedação, utilize uma chave de fenda para removê-la da roda.

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10) Solte os parafusos do cubo de roda com soquete 21 mm. Deixe dois parafusos opostos presos para, mais tarde, fazer a remoção do disco de freio juntamente com o cubo.

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11) Retire o excesso de graxa do cubo localizada em volta da porca do cubo.

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12) Em seguida, com uma chave allen e um cabo auxiliar, solte a chaveta da porca.

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13) Remova a porca do cubo de roda utilizando uma chave de boca 55 mm. (13a) Depois, remova as arruelas de espaçamento e o rolamento do cubo.(13b)

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    13a
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    13b

14) Retire o conjunto cubo de roda/disco de freio, que devem sair juntos. (14a)Remova os parafusos restantes de 21 mm e separe o disco do cubo. (14b)

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    14a
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    14b

Diagnóstico do disco de freio

O primeiro exame visual apontou que o disco não tinha deformações graves aparentes. A sujeira era decorrente do pó acumulado na roda e que caiu no disco durante a lavagem do veículo. (A) O mecânico deve ficar atento às deformações que podem existir na superfície de atrito do disco, como escurecimento e espelhamento, que são indícios de superaquecimento do sistema.

O passo seguinte é a medição da espessura do disco, que deve ser feita com um micrômetro devidamente aferido (B). A espessura nominal do disco é de 45 mm e seu limite é de 37 mm. Para sanar qualquer dúvida, o valor da espessura mínima está gravada na parte interna do disco. (C) No caso do disco que foi retirado do ônibus, sua espessura já estava em 34,35 mm, ultrapassando o limite máximo e forçando sua troca.

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    A
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    B

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C

Montagem do disco

O processo de montagem do disco de freio segue o processo inverso da desmontagem, com alguns detalhes que devem ser observados:

1) Utilize thinner para remover o verniz de proteção do disco novo. Nunca passe diesel ou gasolina no disco novo, porque esses combustíveis deixam as faces de atrito oleosas. Utilize também um pano que não produza fiapos nessa operação.

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2) Limpe o excesso de graxa que está na ponta do eixo. O cubo de roda também recebe graxa nova e limpa na montagem.

3) O encaixe do cubo de roda no disco se dá no chão. (3a) O torque dos parafusos 21 mm que fazem a fixação do cubo no disco é de 190 Nm, que sempre deve ser aplicado de forma cruzada. (3b)

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    3a
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    3b

4) Após a colocação do rolamento e da arruela de encosto, faça o aperto da porca do cubo de roda e observe se o conjunto roda livre e sem interferências. Isso indica o correto assentamento do rolamento do cubo.

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    4a
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    4b

5) Em seguida, meça a folga axial do cubo de roda com o relógio comparador. Posicione a base magnética próximo ao centro do cubo e coloque o apalpador do relógio na ponta do eixo. Pressione o cubo e observe a folga, que deve ficar entre 0,2 e 0,4 mm. (5a) Com a folga axial dentro do especificado, feche a chaveta da porca do cubo de roda. Verifique com uma chave de fenda se a arruela de encosto não ficou presa. (5b)

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    5a
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    5b

6) A vedação da calota deve ser feita com Loctite Ultra Black. O torque dos parafusos deve ser de 25 Nm.

 

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    6a
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    6b

7) O torque de aperto dos parafusos do suporte da pinça fica entre 260 e 300 Nm. Importante ressaltar que o torque deve ser dado antes da colocação das pastilhas.

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8) Após a colocação das pastilhas de freio, a pinça tem que ser acionada antes da recolocação do sensor de desgaste das pastilhas. Depois do acionamento, verifique se o conjunto gira livremente antes de recolocar a roda.

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9) O torque nos parafusos da roda de um ônibus sempre gira em torno de 60 kgfm, devendo ser aplicado de forma cruzada.

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Mais informações: Frum (35) 3435-1444 (234) o Colaboração técnica: Sambaíba

 

Artigo – O detalhe faz a diferença

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Por Fernando Landulfo

 

“Cuide das pequenas coisas, porque das grandes todo mundo cuida”. Parece incrível, mas esse ditado popular pode ser a diferença entre ser “o cara”, ou “apenas mais um”, dentro do complicado mundo da reparação automotiva. Pois é, a competitividade acirrada, imposta pelo mercado atual, força o mecânico a focar a sua visão apenas naquilo que o cliente especifica como sintoma ou a seguir rigidamente procedimentos de revisão previamente definidos. Afinal de contas, tempo é dinheiro. E como custa caro cada hora que o veículo ocupa um espaço dentro da oficina. Quem faz essa contabilização, sabe.

Só que essa prática faz com que, por muitas vezes, pequenos detalhes, que certamente chamam a atenção do cliente, passem desapercebidos aos olhos do “Guerreiro das Oficinas”: a dobradiça da porta que está rangendo, a lâmpada do teto que não acende, ou mesmo, uma revisão completa das luzes do veículo. Isso sem falar no wi-fi da sala de espera ou aquela carona que o cliente precisa até uma estação de metrô. São pequenas coisas que agregam valor ao serviço realizado, mostrando ao cliente que aquele profissional está preocupado com o seu bem-estar.

Mas se isso não é feito, não se trata de preguiça ou omissão. Atualmente, o mecânico está focado em atender, bem e o mais rapidamente possível, as demandas solicitadas pelo seu cliente. E ele realmente o faz e, por sinal, muito bem. Graças à dedicação, treinamentos, aquisições de novos equipamentos, procedimentos e controles de qualidade adotados, as taxas de retorno e reclamações vêm decaindo vertiginosamente. Mas isso não quer dizer que se atingiu a excelência. Longe disso! Dentro do mercado atual, fazer um serviço bem feito e atender bem o cliente não são mais do que a obrigação. É certo que muitos profissionais ainda não conseguiram atingir esse patamar e, por essa razão, são alvos de pesadas críticas.

Quem atingiu esse nível deve ter como objetivo alcançar o próximo, rumo à excelência. É hora de cuidar dos detalhes. Observar aquelas pequenas coisas que passam sem atenção aos olhos dos demais colegas de profissão, mas que certamente vão destacar a oficina entre tantas outras. São elas que elevarão o mecânico à condição de “o cara” diante do mercado. E é para esta oficina que os melhores clientes tendem a migrar. Afinal de contas: “as notícias voam”.

E tem muita, mas muita gente mesmo que não se importa em pagar um pouco mais para receber o seu veículo numa condição que supere as suas expectativas. Ora, venhamos e convenhamos, o mínimo que um cliente espera quando vai buscar seu carro numa oficina é que o defeito tenha sido sanado. Mas ele não vai se importar em pagar um pouco mais, desde que previamente orçado e autorizado, para ter algo que o surpreenda: a lavagem, o polimento, a lubrificação das dobradiças, o conserto do acessório que a muito tempo não funcionava, a troca da palheta do limpador que estava rangendo, a entrega em domicílio e, até mesmo, as flores como pedido de desculpas por um erro cometido.

Mas isso custa tempo e dinheiro! E quem foi que disse que tudo isso é feito de graça? Longe disso! Tudo é devidamente cobrado, direta ou indiretamente. O importante é o cliente perceber que os detalhes foram lembrados, que ele não é apenas mais um. Nessas situações, o extra na conta, em comparação aos concorrentes, é pago com imensa satisfação.

Mas como agir?

A melhor forma de se introduzir essa cultura de verificação de “detalhes” dentro da rotina da oficina é incorporá-la aos procedimentos operacionais. Ou seja: essa verificação deve fazer parte do procedimento padrão da empresa. O uso de listagens (check-list) ajuda os profissionais da recepção a não se esquecer de nada. Afinal de contas, se o levantamento é feito durante a fase de recebimento do veículo, os serviços extras podem ser orçados (quando pertinente). Caso não seja necessário cobrar a mais (cabe ao mecânico decidir quais serviços serão feitos como cortesia) o reparo será feito automaticamente durante a execução dos serviços solicitados.

Mas a observação dos detalhes não deve ficar limitada ao veículo. A rapidez no atendimento, recolhimento dos pertences do cliente, chamar um taxi, dar uma carona, elogiar um carro diferente ou raro, tratar igualmente os veículos mais velhos e mais simples em relação aos mais novos e sofisticados, buscar e entregar o veículo, ou mesmo, disponibilizar um telefone ou um computador para emergências, faz parte do universo daquelas pequenas coisas, que pouca gente presta atenção, mas que fazem a diferença na hora de uma recomendação.

Mas e o custo de tudo isso?

Bem, como já dito anteriormente, nada é de graça. Esse custo deve ser embutido no custo operacional da empresa, que é a base para o cálculo do preço de venda da mão de obra. Porém, uma vez feita essa inserção, a observação dos detalhes passa a ser uma obrigação da empresa e não um “agrado” ou favor feito ao cliente. E isso deve ficar claro para todos os colaboradores da oficina: o cliente está pagando indiretamente por tudo.

Quer uma dica? Elabore procedimentos detalhados. Instruções bem escritas costumam não oferecer brechas. Descreva o que deve ser observado por cada setor: recepção, execução, entrega, administração e pós-venda. A gerência deve ser consultada em caso de dúvidas. Exemplos:

Recepção:

a) Recolher e entregar os objetos pessoais do cliente presentes no interior do veículo (inclusive as frentes removíveis dos auto-rádios). Revistar todos os compartimentos.

b) Verificar o funcionamento de todas as luzes e demais equipamentos e acessórios do veículo. Atentar as palhetas do limpador de para-brisa. Muitas vezes, o cliente não nota que algo não está funcionando.

c) Verificar a presença e o estado do estepe, chave de rodas, macaco e triângulo. Muitas vezes, o cliente não sabe que o estepe está murcho ou, até mesmo, que foi furtado. Da mesma forma, pode não estar ciente da falta ou do mal estado das ferramentas e do sinalizador.

d) Verificar a presença de riscos e batidas na carroçaria e trincas nos vidros e espelhos. Além de garantir que a empresa não seja responsabilizada posteriormente por esses danos, se ela possuir um setor de funilaria e pintura, os reparos podem ser oferecidos. Muitas vezes o cliente não tem tempo para sair atrás de orçamentos e disponibilizar o veículo para reparar pequenos danos de carroçaria. Se a pintura está um pouco opaca ou encardida, pode ser oferecido o serviço de cristalização. O mesmo pode ser dito com relação à para-choques pintados danificados e rodas esfoladas.

e) Verificar o estado do estofamento e do acabamento interno. Muitas vezes, o cliente não tem tempo para sair atrás desse tipo de reparo ou limpeza.

f) Oferecer chamada de taxi, carona, ou outro tipo de benefício que ajude o cliente e retomar suas atividades enquanto o veículo se encontra em reparos. Obter mais de um canal de comunicação é importante para se obter aprovação de orçamentos e passar informações a respeito do andamento dos reparos.

Execução:

a) Sinalizar à recepção a presença de danos ou desgaste excessivo em outros sistemas, além daquele que se encontra em reparo, que tenham sido notados.

Entrega:

a) Testar, retestar e testar novamente tudo aquilo que foi reparado. Os sintomas apresentados pelo cliente devem desaparecer totalmente.

b) Não se entrega carro sujo, para serviços de médio e grande porte.

c) Verificar se o interior do veículo não foi sujo durante a execução do serviço.

d) Verificar o funcionamento de todos os acessórios e equipamentos do veículo, além do que foi reparado. Pode ser que algo tenha “escapado”.

e) É possível levar o veículo ao cliente? Então faça!

f) Dia Internacional da Mulher? Aniversário da cliente? Flores para elas, então!

Eletricidade: Sistema de ar condicionado no VW 8.150E

Confira o esquema elétrico do sistema do ar condicionado do caminhão VW 8.150E, fundamental para um serviço de autoelétrica com qualidade

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Na manutenção de pesados, veículo parado é prejuízo para o proprietário do caminhão, seja um carreteiro ou um frotista. Caminhões e ônibus são instrumentos de trabalho e suas reparações, tanto preventivas quanto corretivas, devem ser impecáveis.

Isso inclui o acompanhamento do comportamento do veículo por parte do condutor, as revisões programadas sendo cumpridas na quilometragem correta e com o relatório de manutenção (“checklist”) seguido à risca, e, também, o material de trabalho do mecânico, que vai desde suas ferramentas e espaço adequado na oficina até o material de consulta técnica.

Por isso, tão importante quanto conhecer a parte mecânica do veículo, o mecânico deve ter à mão os diagramas elétricos do veículo para evitar enganos e “achismo” na hora da reparação dos sistemas que envolvam fiações e eletrônica. Neste volume, apresentamos o esquema das ligações do sistema de ar condicionado do caminhão VW 8.150E.

 

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Ar condicionado; motor da válvula recírculo do ar

 

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Ar condicionado; Termostato e interruptor ar condicionado

 

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Ar condicionado; pressostato, acoplador compressor e eletroventilador

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Ar condicionado; sistema de ventilação interna da cabina

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Entrevista: Crescimento nos moldes do nosso mercado

Durante inauguração da ampliação da fábrica da Michelin, em Itatiaia/RJ, conversamos sobre produção, distribuição e mercado independente com o diretor da fábrica, Cesar Moñux, e com Marcos Moretta, diretor comercial pneus de passeio da marca Michelin.

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Revista O Mecânico: A Michelin expandiu a planta de pneus para veículos de passeio no mês passado, em Itatiaia/RJ, como ficou em termos de capacidade de produção? E como está a produção da fábrica de pneus de carga em Campo Grande?
César Moñux: Para a fábrica de pneus de passeio, foi feito um investimento de 300 milhões de euros, o que vai permitir elevar a capacidade de produção da fábrica para 5 milhões de pneus por ano, em uma primeira fase, com produtos exclusivos para veículos de passeio e caminhonete. Assim, estão sendo gerados mais de 300 empregos diretos e 1.500 indiretos. Aqui serão fabricados os pneus da linha Energy XM2 para diversas aplicações. São produtos voltados, em primeiro lugar, para o mercado de reposição, com objetivo de entrada nas montadoras como equipamentos originais muito em breve. Na fábrica de Campo Grande/RJ são produzidos os pneus para veículos de carga, que hoje chegam a mais de 5 milhões por ano.

O Mecânico: Como são desenvolvidos os pneus da Michelin destinados ao mercado brasileiro de carros e caminhonetes? Existe um padrão internacional?
César: Nossa fábrica é equipada com as mais modernas tecnologias e equipamentos do Grupo Michelin e onde trabalham funcionários formados por nós no Brasil e em outras unidades no mundo. Até a inauguração, os pneus para carros de passeio e caminhonete eram importados, agora são produzidos aqui e desenvolvidos com a mais avançada tecnologia, especificamente para o nosso mercado, para as condições das estradas brasileiras. Trabalhamos, sim, dentro de um padrão de qualidade, certificado por órgãos internacionais, assim como acontece em todas as plantas do Grupo.

O Mecânico: Conte um pouco sobre a estrutura da distribuição de pneus no nosso mercado.
Marcos Moretta: Estamos ampliando a rede de distribuição, que são lojas variadas e algumas exclusivas, que comercializam somente os produtos do Grupo, ou seja, Michelin e BFGoodrich. Nossa intenção é passar de 350 revendas exclusivas para 700 até o final de 2016. Algumas dessas lojas oferecem serviços de oficina outras apenas vendas. Temos ainda o projeto de franquia, que vai conciliar venda com serviços rápidos, aí será realmente exclusivo dos produtos da marca. Essa franquia também vai trabalhar dentro de um padrão internacional. Outro canal de distribuição são os atacadistas, que compram o pneu e vendem para lojas pequenas e oficinas mecânicas multimarcas. Estamos formando uma equipe de Marketing de Vendas para distribuir esses pneus, afinal, temos que dar apoio técnico para essas lojas.

O Mecânico: Existe uma rede de oficinas especializadas na aplicação de pneus da marca?
Marcos: As lojas que farão parte de nossa rede de distribuidores e franqueados farão serviços ligados a pneus e algumas serviços ligados aos carros de uma forma geral. Certamente algumas oficinas mecânicas são pontos de venda multimarcas e muitas comercializam e oferecem serviços ligados ao pneu.

O Mecânico: Para a Michelin, qual a importância do mercado de reposição nacional? A expansão da fábrica vai ajudar nesse sentido?
César: Essa nova linha de produção é essencial para o Grupo Michelin, pois nos permitirá atingir o nosso objetivo comercial na América do Sul: dobrar a nossa participação de mercado nos próximos cinco anos, de 7% para 14%. O mercado de reposição é importante, pois ele tem o maior volume. Porém, o mercado de equipamento original também é estratégico, pois muitos clientes da reposição compram os pneus que vieram originalmente em seus carros. Logo, vamos trabalhar comercialmente nessas duas frentes.

O Mecânico: A Michelin oferece programas ou ações de incentivo junto aos mecânicos independentes para que façam uso da marca?
Marcos: Não temos um programa específico para as oficinas mecânicas mas se houver algum interessado em participar desse crescimento de nossa rede, estamos prontos a ouvir e a trabalhar juntos para desenvolver um negócio dentro dos padrões Michelin de qualidade de produto e serviço.

O Mecânico: Aliás, como é o relacionamento da marca com esse público?
Marcos: O mecânico independente vai comprar o pneu do distribuidor por meio de duas maneiras: revendas autorizadas ou atacadistas. Os mecânicos que trabalham nas revendas autorizadas recebem informações sobre os produtos e treinamento periodicamente. Já os mecânicos independentes recebem explicações sobre o produto dos vendedores, além disso, fornecemos CD-ROM com informações, apostilas técnicas, e no ano que vem vamos ter um treinamento pela internet, o que vai atingir um número maior de profissionais.

O Mecânico: Em relação às tecnologias de pneus, o que há de mais moderno nos dias de hoje?
Marcos: Acreditamos que o pneu “verde”, como o que estamos produzindo nesta nova fábrica, o XM2, é um pneu que oferece mais segurança, com uma frenagem superior, mais durabilidade, com uma maior resistência a choques, e proporciona menor consumo de combustível. Essas são as três principais preocupações do consumidor de pneus atual. Nosso desafio é oferecer durabilidade e uma performance completa, total.
Além disso, temos muitas pessoas dedicadas em novas tecnologias e inovações na produção de pneus, a maior parte está em nosso Centro Tecnológico em Ladoux, na França, um local que conta com laboratórios, pistas de testes, etc.
O Energy XM2, além de oferecer tudo isso, está adaptados às estradas brasileiras. Quanto aos preços, acho que devemos começar a pensar mais no benefício e no quilômetro rodado do que no preço. Sem dúvida existem pneus mais baratos no mercado do que o Michelin. Mas o que eles oferecem em termos de segurança, frenagem, durabilidade, robustez, assistência técnica, tecnologia etc. Na verdade, o preço é definido pelo mercado, pois o usuário que conhece o pneu Michelin paga pelo que ele oferece ao motorista, à sua família e à sociedade..

O Mecânico: Uma dúvida crucial que muitos mecânicos têm é sobre a recapagem de pneus para carros de passeio. Afinal, essa prática é recomendável?
Marcos: Esse assunto é muito importante, pois muita gente faz recapagem em pneus que não são desenvolvidos para terem uma segunda vida. Um pneu de carga já é produzido estruturalmente com um reforço para aceitar a recapagem, diferente dos pneus para carros de passeio, na qual a sua construção não está apta à recapagem. Essa prática não compensa financeiramente e o mais importante: coloca em risco a segurança do veículo. Um pneu recapado ou remoldado pode encobrir um pneu usado além de suas possibilidades estruturais. Por baixo de um pneu recapado ou remoldado, não se sabe bem que marca existe, que índice de velocidade aquela estrutura é capaz de suportar etc. Logo, os pneus de passeio devem dar a sua performance total em sua primeira vida.

Vistorias em caminhões do Paraná constatam problemas em freios, alerta Sindirepa-PR

Durante blitz realizada pela Polícia Rodoviária Federal na BR-376, na cidade de Tijucas do Sul/PR, no início de agosto, foram avaliados 60 caminhões, nos quais foi constatado que os principais defeitos estavam no sistema de freios. A mesma situação foi constatada durante inspeções em 24 cidades do Paraná e de Santa Catarina. Dos 1.800 veículos vistoriados, 974 tinham problemas de freio, um percentual de 54%.

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Os pit stops foram promovidos no último ano por unidades do Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Paraná (Sindirepa-PR), do Núcleo Estadual de Automecânicas (Nea) e da Associação dos Reparadores Veiculares de Santa Catarina (Arvesc). “O sistema de freio é composto por discos, pastilhas, tambor, lona, válvulas e catracas, sendo fundamental para a segurança no trânsito. Para garantir que tudo esteja em ordem, deve ser realizada uma revisão a cada dez mil quilômetros ou conforme indicação do manual do veículo”, orienta o diretor do Sindirepa-PR, Evaldo Kosters. Além disso, ele ressalta que a manutenção ajuda a manter o consumo de combustível regulado e o desempenho satisfatório.

Em outra região do Estado do Paraná, nas rodovias dos Campos Gerais, dados da concessionária CCR RodoNorte apontam mais de 23 mil atendimentos devido a defeitos mecânicos envolvendo caminhões no ano passado. As estatísticas abrangem um trecho de 478 km, com rotas de Apucarana a Curitiba e de Ponta Grossa a Jaguariaíva. “O Paraná tem um fluxo intenso de transporte de cargas. E o desgaste ou a má conservação de peças dos caminhões pode comprometer vidas. No sistema de freio, por exemplo, os componentes duram 50 mil quilômetros, em média. Mas existem itens que precisam ser substituídos antes, aos 20 ou 30 mil quilômetros”, salienta Kosters.

Segundo o diretor do sindicato, além dos freios, devem ser checados os sistemas de iluminação e sinalização, pneus e rodas, palhetas do limpador de para-brisa, óleo do motor e filtro de óleo. “Também é importante esta atento a sinais que indicam problemas, como a coloração da fumaça que sai do escape, ruídos nas trocas de marcha e o desempenho dos amortecedores em lombadas”.

Unibombas completa 16 anos de mercado com nova gestão

A Unibombas, fabricante de bombas de água e de óleo, está completando 16 anos de atuação no mercado de reposição. Além disso, a empresa mudou de gestão em maio de 2015, quando seu sócio fundador, Adalberto Nadur, adquiriu a totalidade das cotas da empresa.

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General Motors abre 120 vagas para estágios

A General Motors do Brasil está com inscrições abertas para o seu Programa de Estágio 2016, até o dia 31/08. São aproximadamente 120 vagas para estudantes de cursos superiores de diversas áreas, entre elas engenharia, marketing e vendas, finanças, administração, design, relações internacionais, comércio exterior e secretariado.

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Para participar do processo, o candidato deve estar cursando o penúltimo ou último ano em 2016. Além disso, deve ter disponibilidade para estagiar entre 4 ou 6 horas, bons conhecimentos de inglês e de informática. O programa pode ter até dois anos de duração. As inscrições devem ser feitas através do sitewww.chevrolet.com/br na seção Trabalhe Conosco no link:https://bit.ly/estagiogm  (buscar a palavra-chave “programa de estágio 2016”)

As vagas estão distribuídas entre as unidades que a GM possui em São Caetano do Sul/SP, Gravataí/RS, São Jose dos Campos/SP, Joinville/SC, Indaiatuba/SP, Sorocaba/SP e Mogi das Cruzes/SP. A empresa oferece bolsa-auxílio, auxílio transporte, alimentação, seguro de vida e serviço médico ambulatorial. Entre os benefícios está ainda a possibilidade do estagiário utilizar as dependências do clube GM e comprar veículos zero quilômetro da Chevrolet com desconto especial.

Eaton apresenta futuras transmissões no 13º Simpósio Powertrain

A Eaton apresentará duas novas linhas de transmissões para veículos comerciais, a ESO-6106 e a UltraShift PLUS MHD, durante o 13º Simpósio Powertrain, promovido pela SAE Brasil, que ocorrerá em Sorocaba/SP nos dias 10 e 11/08.

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De acordo com a fabricante, a linha ESO-6106, destinada a aplicações comerciais leves, é uma transmissão manual de seis marchas desenvolvida para uso urbano, cuja característica principal é a alta frequência das trocas de marchas. A plataforma já possui uma versão manual de cinco velocidades e terá uma versão automatizada de seis velocidades.

Já a UltraShift PLUS MHD, com 10 velocidades, automatizada, é voltada para uso em aplicações estradeiras em veículos comerciais médios e semi-pesados. A plataforma contará ainda com versões para aplicações vocacionais severas, como coleta de resíduos, construção e outras aplicações fora de estrada.

A empresa afirma que ambas as linhas foram desenvolvidas com o objetivo de atender às necessidades específicas das aplicações comerciais do mercado brasileiro, contando com soluções técnicas projetadas pela engenharia local.

Além da exposição dos produtos, a Eaton participará da grade de apresentações do 13º Simpósio Powertrain com seis palestrantes. “Como integrante do comitê da SAE Brasil, consideramos a realização desse evento extremamente importante para fomentar a engenharia nacional. Exploramos esse ambiente tecnicamente rico para analisar tendências e adotar novas práticas capazes de aprimorar nosso centro de desenvolvimento”, comenta Sérgio Kramer, diretor de Engenharia para o Grupo Veículos – América do Sul.

Audi lança nova linha A6 no Brasil

A Audi traz para o Brasil o novo A6 nas versões Sedan, Allroad e RS 6 Avant. As opções para o mercado brasileiro incluem motores 2.0 TFSI de quatro cilindros com 252 cv ou V6 3.0 TFSI de 333 cv, ambas com transmissão S tronic de dupla embreagem com sete velocidades.

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O motor 2.0 TFSI tem 370 Nm de torque, disponíveis entre 1.600 e 4.500 rpm. A unidade de dois litros, de baixo peso, com 1.984 cm³, acelera o novo A6 Sedan com tração dianteira de zero a 100 km/h em 6,7 segundos e o leva a uma velocidade máxima (limitada eletronicamente) de 250 km/h.

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Entre os itens exclusivos desse motor, a Audi destaca o sistema de dupla injeção – direta no interior das câmaras de combustão e multiponto no coletor de admissão. Dependendo da solicitação, os dois sistemas podem trabalhar juntos ou separadamente, proporcionando o máximo desempenho com reduzidos índices de consumo e emissões. O coletor de escapamento é integrado ao cabeçote e o motor traz ainda o exclusivo sistema de acionamento das válvulas de exaustão Audi Valvelift System (AVS).

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O motor 3.0 TFSI recebeu algumas alterações e agora desenvolve 333 cv e tem torque de 440 Nm entre 2.900 e 5.300 rpm. O V6 de 2.995 cm³ utiliza um compressor mecânico posicionado no interior do V entre as duas bancadas de cilindros para comprimir o ar na admissão. Uma nova embreagem eletromagnética desativa o compressor em situações de baixa e média solicitação e rotação do motor. Dupla injeção, comandos de válvulas de admissão e escapamento reguláveis e várias providências para reduzir o atrito interno são uma demonstração da tecnologia de eficiência da Audi.

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O câmbio S tronic de sete marchas é equipamento de série com os dois motores. Suas duas embreagens multidiscos operam duas subtransmissões independentes, similares em sua concepção a transmissões manuais. Elas atuam todo o tempo, mas apenas uma é conectada ao motor de cada vez. As marchas são trocadas pela intercalação das embreagens. Essa operação leva apenas alguns centésimos de segundo e a troca acontece sem interrupção perceptível da força propulsora.  No modo “efficiency” (eficiência) do sistema Audi Drive Select, que permite ainda escolher entre outros modos de condução como comfort (conforto), auto (automático), dynamic (dinâmico) e individual (no qual o motorista ajusta características de motor, transmissão, direção, entre outros sistemas, conforme sua preferência), a caixa S tronic ativa a função “roda livre” assim que o motorista tira o pé do acelerador, deixando o carro rolar sem interferência do motor.

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Viagem Segura: Invista na revisão orientando seu cliente

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Alertar o motorista sobre a importância de uma revisão nos componentes do veículo antes de pegar a estrada tem múltiplas vantagens: aumenta o fluxo de serviços na sua oficina, o faturamento com a venda de peças e, o principal, garante a segurança do seu cliente e de sua família

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As férias estão chegando e só passa uma coisa pela nossa cabeça: viajar! Aproveitar o verão, o delicioso clima tropical que o Brasil nos oferece, e curtir com a família e os amigos nosso merecido descanso depois de um ano de trabalho e estudos. Cada um escolhe o seu destino, o importante é pegar a estrada e acelerar rumo a um tempo diferente, longe da rotina e mais perto das coisas que nos fazem feliz. Não tem coisa melhor…

Importante, porém, é não transformar esse lindo filme de verão em mais um episódio de terror, do tipo “A Hora do Pesadelo”, com a cena trágica do carro do seu cliente quebrado na beira da estrada. Mas você, que é um bom profissional da reparação, tem consciência disso, quem muitas vezes não tem é o motorista, que sempre acha que “não vai acontecer comigo”. Então, previna o seu cliente e prepare ações para que ele vá até sua oficina.

 

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Em primeiro lugar, deixe o seu cliente saber que realizar manutenções preventivas é mais barato e garante a maior segurança para todos os ocupantes do carro. Além disso, ficar parado na estrada não é diversão para ninguém, principalmente, quando você e sua família estão ansiosos por chegar e aproveitar as férias. Um componente quebrado por falta de revisão pode prejudicar outros que trabalhem em conjunto. Aí, serão mais peças a serem trocadas e mais dinheiro saindo do bolso do motorista, sem necessidade.
Na época que precede as férias de final de ano, o empresário da reparação deve manter o seu cliente por perto, justamente para divulgar essas informações. Para isso, faça mala direta, contatos telefônicos, e-mail marketing e a divulgação boca a boca. Mas se você realmente quer atrair os clientes, use de ferramentas como promoções, pacotes fechados de peças serviços, facilidade de pagamento, descontos etc. Pense que se o fluxo aumenta, você pode não ganhar tanto de um só cliente mas terá vários para compensar.

Transparência com o cliente

É importante que você explique ao seu cliente a importância da revisão de férias com argumentos técnicos e bem fundados. Esses esclarecimentos além de mostrar para o seu cliente que na verdade ele poupa com a manutenção preventiva, também mostra transparência no negócio. Listamos os itens mais importantes a se checar antes de pegar a estrada e sugerimos alguns argumentos que podem lhe ajudar a convencer o seu cliente. Para isso, tivemos a ajuda do instrutor do SENAI-Vila Leopoldina, Fernando Landulfo.

” Óleo Lubrificante: É bom que o motorista saiba que o óleo vencido está contaminado com impurezas sólidas (metais e não metais) que desgastam as partes interna do motor e prejudicam o combustível. Impurezas diminuem ainda a viscosidade do lubrificante e, consequentemente, sua capacidade de vedação, proporcionando vazamentos externos e internos, fazendo com que o óleo passe pelos anéis do pistão, sendo queimado na câmara de combustão, aumentando a emissão de poluentes, e prejudicando o catalisador e a sonda lambda.

Impurezas também reduzem a capacidade do óleo de formar e manter o filme de lubrificação, podendo gerar atrito seco. Além disso, o combustível ataca os aditivos do óleo que protegem o motor. Óleo lubrificante que já passou da hora da troca está com seus aditivos exauridos. Logo, sua capacidade de proteção está muito reduzida. Isso sem falar na grande possibilidade de formação de borra, que entope as galerias de lubrificação causando graves danos ao motor, devido à exaustão dos aditivos antioxidantes.
Explique que óleo vencido não mantém a sua viscosidade constante, podendo interferir no funcionamento de tuchos hidráulicos e variadores de fase. Isso pode causar ruídos nas válvulas e perda de rendimento do motor. Veículos que trafegam só em cidade devem adotar o período de troca de óleo prevista para uso severo, devido as condições de trânsito pesado que exigem muito mais do lubrificante (misturas ricas e altas temperaturas). Ou seja, um prejuízo muito maior para o motor se a troca não for feita no prazo.

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” Filtros: É mais fácil esclarecer para o seu cliente como os filtros são fundamentais explicando um por um:

” Filtro de lubrificante do motor: Seu cliente deve saber que quando o filtro de óleo está sujo deixa de reter as impurezas sólidas geradas pelo funcionamento do motor (metálicas e não metálicas). Apesar da válvula de segurança impedir que o fluxo de lubrificante que vai para o motor seja prejudicado, mesmo quando o elemento filtrante se encontra totalmente saturado (entupido), o óleo que circulará não sofrerá filtragem, ficando cada vez mais contaminado. O motorista deve estar atento às condições de uso do seu veículo. Condições severas podem acelerar o desgaste do filtro do óleo, como tempo excessivo do veículo em marcha lenta. Recomenda-se atenção especial em cidades em que os congestionamentos são frequentes.

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” Filtro de combustível: Problemas neste filtro estão relacionados à má qualidade da gasolina, etanol ou óleo diesel. A recomendação é que o seu cliente fique atento à procedência do combustível, abastecendo o carro somente em estabelecimentos de confiança. Quando estão sujos, os filtros impedem o fluxo de combustível que vai para o motor, interferindo bastante no rendimento, além de prejudicar seriamente a bomba de combustível, podendo diminuir drasticamente sua vida útil. Em situações críticas um filtro saturado pode provocar a imobilização do veículo durante o seu uso.

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” Filtro de ar: A finalidade do filtro de ar é separar e eliminar as impurezas contidas no ar aspirado pelo motor e enviado para a câmara de combustão. Além disso, protege componentes internos do motor como camisa, anéis e pistão contra desgastes causados pela contaminação do ar. Esses desgastes fazem o motor consumir mais e queimar óleo lubrificante, emitindo mais fumaça pelo escapamento, e, consequentemente, diminuindo a vida útil do motor. As impurezas sólidas que entram no motor podem ainda contaminar o óleo lubrificante, transformando-o em abrasivo. Com isso, tem-se um aumento do desgaste interno e uma drástica diminuição da vida útil do motor.

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” Filtro de cabine: A qualidade do ar dentro do habitáculo depende muito do filtro de cabine, que separa as partículas por filtragem mecânica e eletrostática e impede também a passagem de odores de gases, melhorando o conforto interno do veículo. A substituição do filtro de cabine também mantém a integridade do sistema do ar condicionado. No caso de problemas com o filtro, pode haver a proliferação de fungos e bactérias que contaminam todo o sistema, gerando a necessidade de uma manutenção de alto custo em todo o sistema, incluindo a desmontagem do painel do veículo em alguns casos. Pode gerar mau cheiro, doenças respiratórias e alergias.

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” Velas e cabos de ignição: Alerte seu cliente que esses itens, se desgastados,provocam falhas de ignição e aumentam o consumo de combustível, a emissão de poluentes, diminuem a vida útil do catalisador e da sonda lambda, além de aumentar a carbonização interna do motor. Em casos extremos, interferem seriamente na dirigibilidade do veículo. Não realizar a manutenção preventiva pode resultar no aumento do custo de manutenção do veículo, pois pode danificar os cabos, bobina e até componentes como catalisador e sensor de oxigênio.

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” Aditivos: Explique ao motorista que são vários os aditivos automotivos que podem beneficiar o seu veículo, podendo ser adicionados no óleo do motor, na água do radiador e no combustível. A função desses aditivos é proporcionar ou realçar propriedades desejadas a fluidos, além de inibir propriedades indesejadas. Por isso, ele deve saber que manter determinados sistemas, como o de arrefecimento, devidamente aditivados, impede a corrosão das partes metálicas (bomba d’água, galerias internas, selos, sensores e válvula termostática), além de aumentar o ponto de ebulição do líquido e prevenir depósitos sobre sensores de temperatura que podem ter seu funcionamento mascarado. Tem-se então uma maior durabilidade dos componentes e proteção do motor. O mesmo ocorre com determinados diferenciais que necessitam de aditivação especial ao seu lubrificante, podendo ser destruídos caso não se faça uso deles.

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” Baterias: A bateria é o depósito de energia elétrica do veículo. Uma bateria ineficiente não permite o correto funcionamento dos sistemas elétricos e eletrônicos do veículo. Com isso podem ocorrer falhas de ignição de injeção (má dirigibilidade, aumento de consumo e emissão de poluentes) e funcionamento dos demais sistemas eletronicamente gerenciados que dependem de uma tensão de alimentação estável. Baterias que não mais acumulam carga forçam o alternador diminuindo a sua vida útil. Em casos extremos, o alternador pode ser seriamente danificado. Baterias que não acumulam carga, prejudicam o funcionamento do motor de partida. Além disso, podem induzir o condutor a fazer o motor pegar no tranco, o que pode tirar uma correia dentada de ponto ou danificar o sistema de transmissão. Da mesma forma, partidas com bateria auxiliar (chupeta), podem danificar o alternador ou o sistema de gerenciamento eletrônico do veículo se não for feita do modo adequando.

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” Sistema de arrefecimento: Se o seu cliente não quer ficar parado na estrada com o motor fervendo, explique que o principal fator que eleva o ponto de ebulição do líquido de arrefecimento, não deixando ferver em condições normais de funcionamento do motor, é a pressão de trabalho. Um sistema de arrefecimento que apresenta vazamentos não consegue manter essas pressões. Logo, o líquido pode ferver a qualquer momento, mesmo estando aditivado. Isso pode imobilizar o veículo e provocar a queima da junta do cabeçote ou maiores danos ao motor, como engripamento de saia do pistão junto ao cilindro. Por isso, mostre ao motorista que a verificação da pressão de trabalho, assim como a estanqueidade do sistema, é extremamente importante. O mesmo pode ser dito com relação à tampa do radiador (reservatório de expansão). Mangueiras ressecadas com o tempo de uso e que não são trocadas preventivamente, podem se romper a qualquer momento, imobilizando o veículo ou causando sérios danos ao motor (queima da junta do cabeçote). Abraçadeiras de mangueiras, cujo aperto não é verificado periodicamente podem se soltar, fazendo com que todo o líquido vaze. Resultado: superaquecimento do motor. Líquido de arrefecimento sujo, contaminado por ferrugem e sem aditiviação, tende a travar a válvula termostática, assim como, prejudicar o funcionamento da bomba d água. Além disso, prejudica a troca de calor do motor com o meio externo. A troca periódica do líquido previne esses contra-tempos.

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” Palhetas: Devemos ressaltar aos proprietários que as palhetas do para-brisas são itens de segurança e se não limpam corretamente, prejudicam imensamente a visibilidade em dias de chuva. Quando extremamente desgastadas, podem arranhar e inutilizar um para-brisa. A troca periódica das palhetas, que se ressecam naturalmente com o tempo, garante o bom funcionamento do sistema e seu cliente precisa saber disso, pois são componentes de baixo custo e alta segurança. Os aditivos de água de limpador de para-brisa ajudam na limpeza e proteção das borrachas das palhetas.

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” Lâmpadas: Também são itens de segurança e garantem a sinalização e a iluminação do veículo. As lâmpadas tendem a enfraquecer com o tempo, diminuindo a sua luminosidade (possuem vida útil). A troca preventiva evita queimas inesperadas. Lâmpadas mais fortes do que as originais podem prejudicar seriamente o sistema elétrico do veículo (fiação, chaves, interruptores e unidades de comando). Existem muitas marcas de lâmpadas no mercado, muitas delas de qualidade duvidosa, principalmente quanto à durabilidade. Por isso, explique para seu cliente que não adianta comprar produtos muito baratos pois não vão ter a durabilidade e a confiabilidade desejada.

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