A BMW do Brasil convoca os proprietários dos veículos BMW i3 REX Full e BMW i3 REX Entry, fabricados entre 5 de março de 2014 e 27 de janeiro de 2015, a entrarem em contato com um concessionário autorizado a fim de agendarem gratuitamente o reposicionamento do tubo de ventilação do tanque de combustível e, se necessário, a substituição da referida peça.
O tanque de combustível integra o sistema gerador de energia auxiliar, composto por um motor a combustão bicilíndrico de 647cm3 que trabalha como gerador para alimentar o motor elétrico e ampliar a autonomia do veículo.
Segundo a fabricante do veículo, em decorrência de falha de instalação, o atrito do tubo de ventilação do tanque de combustível com o cabo positivo da bateria pode causar vazamentos de vapor do combustível no compartimento do motor, gerando risco de incêndio. Nessa hipótese, não se descarta a ocorrência de danos físicos e materiais aos ocupantes do veículo e a terceiros.
Os atendimentos terão início no dia 10 de abril. O tempo gasto na realização do serviço é de aproximadamente uma hora, afirma a BMW, ressaltando que não há nenhum registro de acidente registrado com os veículos que estão participando do recall.
Os chassis não sequenciais envolvidos são:
MODELO: i3 Rex Entry
DE: VZ72344
ATÉ: VZ73643
MODELO: i3 Rex Full
DE: VZ70901
ATÉ: VZ74193
Mais informações no site www.bmw.com.br/recall e/ou com o Serviço de Atendimento ao Cliente BMW, exclusivo para Recall, 0800 019 7097, de 2ª a 6ª feira, das 8 às 19 horas.
Monroe Axios lança 35 novas aplicações de bieletas na reposição
Marca do grupo Tenneco para borrachas e componentes de suspensão, a Monroe Axios passa a vender no mercado de reposição 35 novas aplicações de sua linha de bieletas. As aplicações abrangem veículos como Fiat Uno e Palio, Ford New Fiesta e Ecosport, Chevrolet Onix e Novo Prisma, Honda Fit e City, Hyundai HB20 e i30, Renault Duster, Toyota Hilux, dentre outros.
“Todo desenvolvimento da linha é feito com base nas especificações técnicas das principais montadoras do País, seguindo seus critérios e características quanto a testes e materiais”, explica Ecaterina Grigulevitch, gerente de Produtos para a América Latina da Monroe Axios.
Detalhes sobre as aplicações devem ser consultados com a fabricante: https://www.monroeaxios.com.br/
Abílio em: De olho na Certificação
Bosch oferece catálogo de velas de ignição via aplicativo de celular
A Bosch lança aplicativo brasileiro para consultas de velas de ignição. A ferramenta é gratuita. Segundo a empresa, após instalado, o catálogo pode ser acessado tanto online como off-line, não necessitando o uso de dados, o que permite acesso para buscas por modelo, marca e ano do veículo ou pelo tipo de vela. Os usuários ainda podem obter instruções para instalação do produto, além de informações sobre o portfólio e lançamentos da marca.
Bardahl lança mais três óleos sintéticos de motor para leves
A Bardahl apresenta três novos lubrificantes de motor para veículos leves: Maxoil Sintético 5W-40, Maxoil Sintético 0W-20, e Promax Max SL 5W30. Independentemente do SAE (viscosidade) ou da classe API, estes três novos lubrificantes têm base sintética.
De acordo com a fabricante, o Maxoil Sintético 5W-40 atende às especificações: API SN, ACEA A3 / B4-12, MB 229.5, VOLKSWAGEN VW 502.00 / 505.00, GM LL-B-025, PORSCHE A40, RENAULT RN 0700 / 0710.
Já o Maxoil Sintético 0W-20 atende a API SN e ILSAC GF-5. A versão mais acessível dos lançamentos, em termos de preço, é o Promax Max SL, que atende à classificação API SL.
A Bardahl também informa ao mercado que todos os seus lubrificantes mudaram de embalagem. Agora todas elas são de tonalidade cinza e têm um visor transparente na lateral que mostra a quantidade de lubrificante no interior da embalagem.
De Carro Por Aí: FIAT será Xing Ling ou alemã?
Por Roberto Nasser
Notícia da semana, especulação da venda do controle acionário FCA agrupando marcas Fiat, Chrysler, Jeep, Alfa Romeo, à GAC – Guangzhou Automobile Group –, sua sócia em empreendimento chinês de produção de Jeep Cherokee, Renegade e Compass. É estatal, associada à FCA, Honda, Toyota. Notícia do jornal italiano Il Giornale, repercutida no Brasil por Quatro Rodas e o portal Flatout.
Menos alarde a conteúdo idêntico notícia de Automotive News Europe. No caso, interessado seria o Grupo Volkswagen, hoje com 12 marcas diferentes e com duas referências mundiais: maior fabricante em 2016; uma de suas controladas, a Porsche, consegue o maior lucro unitário na atividade.
Fiat no Brasil desconhece o assunto, e indicada visitação de grupo de chineses para conhecer a operação em Minas, no jargão do ramo uma Due Diligence.
Vender o controle ou a totalidade das ações com direito a votos é questão se situa na fina linha a separar o Possível e o Provável. A FCA não é administração Fiat ou Chrysler empresas nascidas e crescidas sobre o mito do automóvel. Sucessora indica tal pendão, fruto de corajoso atrevimento, e tem cabeça negocial, voltada a ganhos e cifrões, onde o automóvel deixou de ser mito. Com o brilhante e inquieto CEO ítalo-canadense Sergio Marchionne nos últimos meses de contrato; com o Presidente da empresa e da holding, o herdeiro ítalo-norte-americano John Elkann de perfil mais assentado, condições e capacidade de discussão há, como também existe indomada habilidade de gerar notícias, como a nunca formalizada, embora multi divulgada, proposta em extremo oposto, da FCA para comprar a General Motors.
Corolla 2018. Mudanças estão na cara
A responsabilidade de manter-se superior à queda de vendas no mercado, fez Toyota evoluiu seu produto mais caro no Brasil, o sedã Corolla. Adotou o modelo mundial, mas aplicou peculiaridades locais, apostando na sensibilidade dos clientes, item nem sempre mensurável, pois maiores intervenções não são visíveis, mas apenas perceptíveis. Mudanças são identificadas visualmente.
Como é
Puxa a lista tardia incorporação do controle eletrônico de estabilidade, item de segurança presente em boa parte da frota e a caminho de se tornar obrigação legal. No pacote agregou sete almofadas de ar e assistente para partida em rampa. Conversão local, trato na suspensão: mais firme, melhor ajustada, possivelmente mais segura, e com direção mais precisa, em assistência elétrica. Último, bom tratamento termo acústico.
Externamente mudanças estão no conjunto frontal – grade, luzes e para choques. Está melhor conformado ante a série anterior, e instiga pergunta natural: com faróis transformados em item de decoração, crescendo no sentido dos para lamas, em quanto tempo chegarão ao para brisas?…
Atrás, lanternas com novo desenho e empregando lâmpadas em LED.
Mecanicamente sem mudanças, mantidos motores de L4, cilindradas de 1,8 e 2,0 dois litros, DOHC, 16V, potencias inalteradas, 139/144 e 143/153 cv. Transmissões manual 6M para versão 1,8, e polias variáveis, com sete marchas imaginárias comandáveis por alavancas no volante de direção, e regulagem Sport. Rodas em liga leve aro 16“ nas versões GLi e 17” acima dessas.
P’ra quê?
Desviou o olhar dos concorrentes Honda Civic e Chevrolet Cruze, cuja bandeira superior é versão turbo, com mais performance e menos consumo. Mirou nos 80% dos clientes das outras versões, melhorando seus produtos. Isto regulou os preços, fez absorver alguns itens agregados para melhorar conteúdo, e recriar versão XRS, com adereços como aerofólio traseiro de eficiência discutível e desconhecida esportividade. Topo da linha aplica o nome Altis, na matriz modelo superior. Conserva duas opções atrativas: 1,8 câmbio mecânico com 6M a frotistas e taxistas; e GLi CVT a portadores de necessidades especiais.
Suspensão bem acertada – até parece terem ouvido sugestões da Fiat, reconhecidamente boa na especialidade –, e cuidado na filtragem do som garantem rolar de maior conforto, à altura do comprador local.
Faz-nos reconhecer nossa pobreza enfeitada. Em outros mercados, nos EUA, por exemplo, Corolla é carro de aluno de pré-vestibular ou de provectas senhoras, aposentadas ou viúvas, não moradoras de capitais e, característica intrínseca, acionistas – ou ex – da General Motors. Na hiporrenda brasileira, é de executivo em ascensão ou bem aposentado, exigentes em conforto e ambiência interna.
Quanto custam
Todos com direção eletroassistida, ar condicionado, chave canivete com comando de alarme, computador de bordo, direção regulável, som com Bluetooth, vidros e retrovisores acionados eletricamente, volante multi funcional. As superiores agregam chave presencial, TV, GPS, câmera de ré e ar digital duas zonas.
Versão
1.8 GLi manual (a frotistas) R$ 69.690
1.8 GLi CVT (a PNE) R$ 69.990
1.8 GLi Upper CVT R$ 90.990
2.0 XEi CVT R$ 99.990
2.0 XRS CVT R$ 108.990
2.0 Altis CVT R$ 114.990

Nissan Frontier, grandes mudanças
80 anos de história – e pouco mais de duas décadas no Brasil – Nissan lança 12a geração do seu picape Frontier. Já descrito e detalhado pela Coluna, em relevo pelo fato de vir a ser produzido na Argentina e base para três marcas – Nissan, Renault e Mercedes –, sua característica principal deve ser a resistência.
Está construído sobre chassi formado por quatro longarinas em forma de “C”, embutidas duas a duas, ligadas por oito travessas. Combinação muito reduzirá torções do uso com peso admitido de 1t, e impactos provenientes do emprego de eixo rígido traseiro tentativamente amenizados pelo uso de molas helicoidais, unusuais em picapes. Nissan diz, chassis é 4x mais resistente ante geração anterior. Cabine e carroceria em aço de elevada resistência e menor peso.
Motor reduziu peso, volume e cilindrada. Agora são 2.300 cm3 com duplo turbo e poderosa injeção com 2.000 atmosferas de pressão, gerando 190 cv e bom torque de 45,9 m.kgf. Motor anterior produzia potencia idêntica, mas era 2,5 litros e mais pesado. Há atualizações: emprego de dois turbos, bomba de óleo com comando elétrico, acionamento dos comandos de válvulas por corrente.
Há outros diferenciais: bancos Gravidade Zero, inspirados em tecnologia da NASA para eliminar a fadiga; intensa agregação de eletrônica, com controles de tração e estabilidade, freios com ABS, controle eletrônico EBD, assistente BA, controle automático para descida HDC e de saída em inclinação. Ávaro nas duas almofadas de ar exigidas por lei.
Transmissão automática de sete velocidades, sequencial para trocas manuais, e relações adequadas ao trabalho, com as primeiras marchas mais reduzidas. Há, no painel e perto da porta dianteira esquerda, botão para limpar o filtro particulado do diesel – deixou a dúvida: jogará resíduos em via pública?
Seguiu os concorrentes, conectividade e confortos eletrônicos de automóvel.
Ponto deficiente é o estilo, espécie de marca da Nissan, excetuada apenas quando iniciou produzir no Brasil. Logo substituiu o modelo, mantendo linha caracterizada pela frente com duas barras inclinada, vistas como um “V”.
Será importado do México na versão de topo SE a R$ 166.700, inferior ao mirado Toyota HiLux. Em 2018 produção na Argentina.

Roda-a-Roda
Abrasão – Garante imprensa europeia, desgaste entre Ferdinand Piech, neto do professor Porsche, ex CEO e presidente do Conselho da Volkswagen, com esta mesa por declarações sobre emissões de poluentes pelos motores VW 2,0 diesel.
Negócio – Mesmas fontes garantem oferta familiar para assumir sua fatia na Porsche SE, holding familiar controladora de 12 marcas, incluindo Volkswagen. Ferdinand, 79, detém 14,7% e a ele ofereceram US$ 1,1B. Parece pouco. Todas as marcas valeriam apenas pouco mais de US$ 6B?
Adeus – Seu último cargo em vida inteira envolvido em veículos, é ser membro do conselho da holding. É talento provado em cada uma das marcas por onde passou, e a saída não tem razões técnicas, apenas meramente emocionais. Aceitará ou irá manter-se ativo palpiteiro? Difícil imaginá-lo quieto.
Bye Bye – Empresário Sérgio Habib – 50 revendas entre JAC, Citroën e VW – devolveu a representação da Aston Martin. Vendeu três unidades em 2015 e duas ano passado, números abaixo do custo operacional. Crise econômica.
Caminho – PSA encerrou fase inicial de investimentos de US$ 320M no ajuste da fábrica de Palomar, Argentina, onde produz Peugeots e Citroëns. Festa com Carlos Tavares, CEO mundial e Carlos Gomes, responsável pela América Latina.
Conjunto – Projeto é ocupar espaços no Continente capaz de se expandir, ao contrário dos mercados acima do Equador. Operação grande, pois, a plataforma de múltiplo uso para futuros produtos é a CMP, pela Dongfeng, chinesa sócia da PSA.
Multi – Permite fazer microcarros, compactos, sedãs e SAVs com motores endotérmicos ou elétricos, a países em desenvolvimento, de condições ásperas.
Coração – Reinauguração por Mauricio Macri, presidente argentino. Conhece bem as instalações. Ali funcionava a Sevel, de sua família, onde montava Peugeots, Fiats e Chevrolets. Presidiu-a até 1995.
Picape – Em entrevista escorregadia na Argentina, os Carlos Tavares e Gomes confirmaram tripartite picape Peugeot para 1t. Desenvolve com Dongfeng e Toyota, visando Ásia, África e América Latina.
Questão – Nos desencontros entre o bom trabalho da Polícia Federal na Operação Carne Fraca, a trapalhada na divulgação de impensados e geométricos resultados, e as reclamações contra a entidade, para atingir reflexamente ações contra Mensalão e Lava Jato, há dois pontos desconsiderados pelo Governo.
Aqui – Notícia disparou por conta da descrença popular, a sensação notória de falta de autoridade no país, permitindo crédito a toda ocorrência, mais estapafúrdia. No cenário a onipresente lama borra os Três Poderes.
Mais – Ponto fulcral, olimpicamente relegado, é a politização da administração, com nomeação de condutores laureados por interesse partidário, com atos ou omissões inseparáveis dos interesses externos e espúrios.
Solução – Enquanto a administração pública não tiver como base concurso, conhecimento, formação acadêmica e meritocracia, as falhas, erros, imprevidências, escândalos serão manchetes diárias. Assim como as perdas.
Conforto – Fiat implementará conforto urbano para o Mobi com sistema Dualogic, automatizador da caixa de marchas. Novo adjutório ajudou-o a ser o mais econômico do país, superando o VW up! TSI neste quesito. Opcional de preço indefinido. Restante da linha R$ 2.500. Vendas fim de abril.
Moda – Para marcar ganhos operacionais de seu Focus elétrico – indisponível no Brasil -, Ford criou cor metálica, o Verde Ultrajante. O Pantone Color Institute, referência na especialidade, escolheu-a Cor do Ano 2017.

Gente – Karim Habib líbano-canadense, designer, promoção. OOOO Deixou a BMW e assumiu como novo chefe no setor na Infiniti, marca de luxo da Nissan. OOOO Mudança é consequente à aposentadoria de Shiro Nakamura, dito o Rei do Crossover e a autor dos traços do Kicks. OOOO Causará ciúmes. OOOO Será o único da equipe capaz em falar em árabe com o presidente da empresa, o líbano-brasileiro Carlos Ghosn. OOOO

Boa safra, boa para o Mercedes Actros
Com previsão de colheita de recordes 219 milhões t de grãos, o agronegócio lidera o reviver econômico do Brasil, e motiva aquisição de veículos para trabalho. Uma das maiores empresas do setor, operando no Centro-Oeste, o Grupo Cereal festeja a escolha pelos Mercedes-Benz Actros com a aquisição de 15 unidades há quase um ano. Evaristo Barauna, fundador e conselheiro, tem resumo entusiasmado: O motor do Actros fez nossa empresa crescer.
Empresário se refere ao conjunto mecânico ajustado pela Mercedes a partir das sugestões de usuários, liderado pelo motor produzindo 510 cavalos de potência. Realizou série de alterações nos veículos permitindo uso em locais com e sem estradas, mantendo velocidades médias elevadas. Mercedes bem aproveitou os bons resultados criando a frase. As estradas falam, a Mercedes ouve.
Enfatiza Barauna ser crescente a aprovação do Actros no Centro-Oeste pela força, produtividade, robustez e resistência nas operações mix-road. E informa, em quase um ano de operação a frota fez apenas manutenção preventiva.
Grupo Cereal tem frota de 65 veículos, percorrendo distância média de 200 km de estradas sem pavimento entre fazendas de produção e dez armazéns gerais. Daí, transporte de longa distância aos portos de Paranaguá/PR e Santos/SP.
Raio X – Chevrolet S10 High Country
Novo visual e mais tecnologia
S10, Picape média da Chevrolet recebe atualização visual, componentes feitos em matérias mais leves, acertos de suspensões e melhora as condições de reparabilidade
Texto: Edison Ragassi
Fotos: Vanderlei Vicário
Em maio de 2016, a Chevrolet lançou a picape média S10 linha 2017. A versão topo é a High Country. Ela é equipada com motor 2.8 Turbo Diesel de 200 cv a 3.600 rpm e 51,0 kgfm de torque a 2.000 rpm. Completa o trem de força o câmbio automático de 6 marchas.
O propulsor recebeu inovações para melhor eficiência energética, entre elas, um novo alternador, inclusive o posicionamento mudou. Cléber Alves, mecânico da oficina Peghasus (Zona Norte de São Paulo), gostou das modificações. “O acesso aos principais componentes foi facilitado. O alternador antes estava na parte inferior do motor, agora veio para a superior, isso facilita o manuseio no caso de substituir o alternador e também para trocar a cordirigireia. Ficou mais fácil substituir o filtro do óleo do motor que é do tipo ecológico. Já as partes moveis do motor que mudaram os materiais para ficar mais leve não interferem, o cuidado a ser tomado no caso de reposição é comprar as peças especificas para este motor. Outro detalhe que o mecânico deve prestar atenção é a especificação do óleo que está marcada na tampa (5W30). O óleo do motor atua em uma série de componentes, com a especificação errada vai gerar barulho e pode até danificar as partes móveis”.
Para a Chevrolet S10 ficar mais eficiente incluíram direção com assistência elétrica por correia.
Segundo a General Motors, o acionamento por correia se refere ao tipo de interface entre o motor elétrico e a cremalheira do mecanismo de direção. Dentre outros tipos de REPS (“Rack Electric Power Steering” ou Direção Elétrica com assistência na cremalheira), o acionado por correia é mais comumente aplicado em veículos maiores, pois consegue suportar cargas de esterçamento maior que outros sistemas de direção elétrica. Outras vantagens do sistema acionado por correia são menor atrito e maior rigidez (o que provê um desempenho de dirigibilidade superior) e maior eficiência na transmissão de torque do motor elétrico para a cremalheira do sistema de direção.
Novos conjuntos de suspensão e de freio também foram adotados. A dianteira tem suspensão independente com braços articulados, molas helicoidais, barra estabilizadora e amortecedores telescópicos hidráulicos pressurizados. A traseira utiliza feixe de molas semi-elípticas de dois estágios e o mesmo tipo de amortecedores da dianteira. “Visualmente não há diferença ao comparar com a S10 anterior, porém, as cargas de molas e amortecedores mudaram, isso significa que o mecânico necessita de atenção ao comprar as peças, tem que ser da versão 2017”.
O sistema de frenagem é hidráulico com duplo circuito em paralelo. Integrados estão o anti-blocante (ABS) distribuição eletrônica de frenagem (EBD) e assistência de frenagem de emergência (BAS) nas rodas traseiras e dianteiras. Os discos possuem caliper flutuante e na traseira tambor. “As travas são novas, isso auxilia a reduzir barulho, mas não necessitam de ferramentas especificas, o mesmo acontece com as pastilhas dos freios. Na traseira os tambores são convencionais”, fala ele
Além das modificações no motor, freios e suspensões, a nova Chevrolet S10 recebeu equipamentos de auxílio
ao motorista.
O computador de bordo oferece velocímetro digital e parâmetros de manutenção do veículo, como a vida útil do óleo. Função ECO, que auxilia o motorista a dirigir de uma maneira a privilegiar o menor consumo de combustível. Ele consegue ainda consultar a pressão dos pneus, alerta quando algum deles sai da especificação mínima recomendada pelo fabricante e número de horas trabalhadas pelo motor. Tem ainda alerta de saída da faixa, alerta de colisão frontal, comfort closing (abre o vidro dianteiro para evitar pressão interna e facilitar o fechamento das portas), acionamento remoto da ignição e o OnStar que auxilia o motorista através da central de atendimento. “Estas informações são enviadas graças a eletrônica embarcada, assim para fazer o diagnóstico é imprescindível que o mecânico tenha o equipamento de diagnose atualizado”, complementa Cléber.
No visual as mudanças concentraram-se na dianteira. A grade foi alongada até os faróis, eles foram redesenhados, dependendo da versão, há opções com uma guia de luz em LED (DRL). A grade central é cortada por uma barra onde foi colocado o símbolo em formato de gravata dourada. O para-choque agora tem apêndices aerodinâmicos nas extremidades, eles emolduram as luzes auxiliares, no meio, uma grade mais fina, logo abaixo da moldura da placa, reforça o estilo musculoso do carro.
Não modificaram o desenho das laterais. O vinco começa na metade do para-lama, passa pelas maçanetas e termina na lanterna traseira. Os retrovisores são com repetidores de pisca e as rodas de alumínio foram desenvolvidas para a linha 2017.
A Nova S10 High Country com motor
turbo diesel e transmissão automática
de 6 velocidades tem preço sugerido
de R$ 175.990.
Ficha técnica
Chevrolet S10 High Country |
Motor Tipo: Turbo diesel, longitudinal, na frente do eixo dianteiro Combustível: Diesel Número de cilindros: 4 em linha Taxa de compressão: 16.5: 1 Número de válvulas: 6 Potência: 200 cv a 3.600 rpm Combustível: Gasolina Torque: 51,0 kgfm a 2.000 rpm Transmissão: Automática 6 velocidades Tração: Traseira 4X4
Direção
Freios
Suspensões
Pneu
Roda Dimensões
Capacidades |
Eletricidade
Esquemas elétricos do “Mercedinho” (Parte 2)
Confira a representação gráfica dos circuitos elétricos que valem para diversas versões do primeiro caminhão na categoria dos leves da Mercedes-Benz
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Fernando Lalli
Fabricado entre 1972 e 2012, com uma breve parada em 1998, o “Mercedinho”, como ficou conhecido, foi o primeiro caminhão na categoria dos leves da Mercedes-Benz. Suas versões são a 608D, 710E e a 712, que variam de acordo com a data de fabricação, capacidade de carga e capacidade do motor. Existe ainda outras versões de maior motor e capacidade de carga, da qual o modelo foi base.
Todas as versões somadas venderam mais de 180 mil unidades, sendo que ainda dá dezenas de milhares em uso. Por isso, trazemos aqui a segunda parte dos circuitos elétricos desse caminhão. Estes circuitos valem para os modelos, tipo 688.1 (609, 610, 709, 710, 712, 811, 912, 914, 1114, LO 809, LO 812, LO 814, 811 O). A validade é a partir do chassi com final 951.659. A tensão da instalação elétrica é de 12 V.
Interpretação dos esquemas elétricos
Os esquemas elétricos apresentados aqui estão subdivididos em vários módulos. A continuidade dos circuitos elétricos é indicada por uma seta orientada para um ou mais números, referentes à coordenada de continuação do respectivo cabo elétrico.
Artigo – O que há por trás dos novos motores downsizing turboalimentados
Texto: Fernando Landulfo
Fotos: Fernando Landulfo
Não há como negar. Os veículos populares estão sendo equipados com uma nova geração de motores. E segundo as montadoras, não se trata de modismo. Eles vieram para ficar. Eles são fisicamente muito pequenos (1.0 com 3 ou 4 cilindros) e de peso bastante reduzido.
No entanto, devido à utilização de tecnologias de ponta – fabricação em ligas especiais de alumínio, injeção direta de combustível, superalimentação (turbo) controlada eletronicamente e variação de fase no(s) comando(s) de válvulas –, não só é possível tirar bastante potência dos mesmos, como também reduzir ainda mais o consumo de combustível e a emissão de poluentes.
Volkswagen 1.0 TSI Total Flex
Como exemplo pode ser citado o novo motor Volkswagen 1.0 TSI Total Flex, da família EA211, que equipa o modelo up! TSI. Segundo a montadora, um dos mais avançados do mundo e o mais moderno produzido no Brasil: o primeiro motor Flex superalimentado, equipado com injeção direta de combustível.
No que diz respeito a robustez e durabilidade, itens de grande importância na visão dos consumidores e dos Guerreiros das Oficinas, o fabricante afirma que esse motor foi submetido a testes em dinamômetro que somaram mais de 14.600 horas. Um número bastante expressivo.
Com uma taxa de compressão de 10,5:1, 3 cilindros e uma cilindrada de 999 centímetros cúbicos, apresenta uma potência máxima que varia de 101 cv (74
kW) a 5.000 rpm (gasolina) a 105 cv (77 kW) a 500 rpm (etanol). O torque máximo é de 16,8 kgf.m (gasolina ou etanol), disponíveis a partir de 1.500 rpm.
Segundo o fabricante, esse motor é repleto de inovações tecnológicas:
• Injeção direta de combustível (já conhecida do “Guerreiro das Oficinas”):
o combustível é injetado sob alta pressão (250 bar) diretamente na câmara de combustão. Muito mais precisa do que as tradicionais injeções indiretas, ainda bastante utilizadas no mercado. Utiliza uma bomba elétrica de baixa pressão, dotada de módulo de controle eletrônico, comandado pela central de gerenciamento do motor (ECU), que ajusta continuamente a pressão do combustível para todas as condições de funcionamento do motor e uma bomba de alta pressão, acionada pelo comando de válvulas de admissão e também controlada pela ECU.
• Nova geometria dos dutos de admissão e da câmara de combustão que ajudam na formação da mistura.
• Utilização de injetores de 5 orifícios, que realizam múltiplas injeções em cada cilindro a cada ciclo do motor.
• Vela de ignição centralizada entre as válvulas de admissão e escape, tendo o seu eletrôdo sempre direcionado para o injetor (facilita a formação da frente de chama e dá maior velocidade e eficiência à queima da mistura.
• Utilização de um sensor de etanol na linha de combustível: posicionado antes da bomba de alta pressão, identifica exatamente o tipo de combustível que vai ser queimado, prevenindo a ocorrência de picos de pressão e auxiliando na partida a frio.
• Coletor de admissão fabricado em material polimérico de alta resistência e baixa rugosidade, garantindo fluxo de ar com baixa restrição.
• Turbocompressor compacto e intercooler arrefecido a água: as dimensões reduzidas do turboalimentador e a sua válvula de alívio (wastegate), controlada eletronicamente, favorecem o melhor aproveitamento do torque em todas as faixas de utilização e reduzem o retardo de acionamento (lag).
• Bloco ultra-rígido de alumínio leve fundido, tornando-o 10 kg mais leve do que os equivalentes de quatro cilindros. Possui canais adicionais para retorno de óleo do turbocompressor e radiador de óleo.
• Conjunto de corpo de borboleta e acelerador do tipo eletrônico (E-GAS).
• Coletor de escape integrado ao cabeçote. Forma uma peça única, tendo o seu próprio circuito de arrefecimento líquido: o líquido de arrefecimento atinge a temperatura ideal de funcionamento mais rapidamente durante a fase fria do motor, além de facilitar a desmontagem e remontagem do conjunto. Durante a utilização em regime, proporciona um controle preciso da temperatura dos gases de escape na entrada do catalisador.
• Catalisador instalado logo na saída do coletor de escape: atinge rapidamente sua temperatura adequada de operação (reduz as emissões durante o aquecimento do motor).
• Cilindros com 74,5 mm de diâmetro e 76,4 mm de curso, permitindo melhor enchimento da câmara de combustão.
• Virabrequim de baixa massa e pouco atrito com quatro contrapesos: Permite a redução da carga sobre os mancais principais.
• Pistões de alumínio e bielas forjadas têm peso reduzido.
• Duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape (quatro válvulas por cilindro). A variação das válvulas é contínua, permitindo uma variação máxima, na admissão, de até 50 graus em relação ao ângulo do virabrequim. Já o comando de escape permite até 40 graus de variação.
• Válvulas acionadas por balancins roletados (RSH, sigla para o termo alemão rollenschlepphebel), que minimizam o atrito.
• Triplo circuito de arrefecimento com duas válvulas termostáticas: permite temperaturas diferentes para o bloco e para o cabeçote (a temperatura de arrefecimento do cabeçote é menor, o que minimiza a possibilidade de detonação). O intercooler e o turboalimentador são resfriados por circuito alimentado por uma bomba elétrica.
• Correia dentada para o acionamento das válvulas e polias triovais: permitem a estabilização da força na correia dentada e de sua flutuação angular, minimizando o atrito e vibração, aumentando a durabilidade do sistema.
Uma boa notícia para os “Guerreiros das Oficinas”: com exceção da troca da correia dentada, acesso ao sistema de gerenciamento eletrônico e manuseio do sistema de alta pressão de combustível, que exigem equipamentos especiais, a remoção, reinstalação, desmontagem e montagem do conjunto pode ser feita com ferramentas convencionais. Os procedimentos de manutenção também são bastante simples. Logo, não há o que temer.
Ford 1.0 EcoBoost
O motor superalimentado de 3 cilindros e 12 válvulas da Ford, 1.0 EcoBoost, disponibiliza uma potência de 125 cv a 6000 rpm e torque de 17,3 kgfm a 1400 rpm.
Segundo o fabricante, esse motor traz como inovações:
• Injeção direta de combustível.
• Turboalimentador que pode chegar a 248.000 rpm
• Duplo comando variável de válvulas (admissão e escape).
• Bomba variável de óleo.
• Acionamento das válvulas por correia banhada em óleo.
• Coletor de escapamento integrado ao cabeçote.
• Sistema duplo de aquecimento e arrefecimento.
• Sistema de resfriamento dos pistões por jato de óleo.
Hyundai Kappa 1.0 turbo
Por sua vez, a Hyundai apresenta o motor Kappa 1.0 turbo. Com 3 cilindros, 12 válvulas, tecnologia Flex e taxa de compressão de 9,5:1, apresenta uma potência máxima que varia de 105 cv a 6.000 rpm. O torque máximo é de 15 kgf.m a 1.550 rpm.
Segundo o fabricante, esse motor é repleto de inovações tecnológicas:
Duplo comando de válvulas variável na admissão.
• Virabrequim desalinhado em relação aos pistões, o que reduz o atrito.
• Corrente para o acionamento das válvulas.
• Turbo compressor compacto, que pode chegar a 280.000 rpm, válvula de alívio (wastegate) controlada eletronicamente. Arrefecimento feito por galeria de óleo exclusiva.
• Intercooler de alta eficiência é arrefecido a ar.
• Sistema de injeção com pressão aumentada (3,8 bar) e injetores de 10 furos.
• Bomba de óleo de 2 estágios.
• As especificações do óleo lubrificante empregado, assim como o período de troca.
• As especificações do aditivo empregado no circuito de arrefecimento, assim como a dosagem e o período de troca.
Carga e Partida: Troca da polia do alternador na picape VW Amarok
Acompanhe o procedimento de remoção e instalação da polia de roda livre que faz o acionamento do alternador da picape Volkswagen Amarok
Texto: Fernando Lalli
Fotos: Alexandre Vilela
Muitas pessoas ainda não dão a devida importância ao sistema de recarga de energia e partida do propulsor do veículo, formado pelo motor de partida, acumulador de energia (bateria) e gerador de energia (alternador). Mais: a polia de acionamento do alternador pode ter outra função além da movimentação do eixo do componente. No caso da picape Volkswagen Amarok, equipada com motor diesel, essa polia é variável. Isso significa que seu miolo, fidelizado ao eixo do alternador, em trabalho, pode girar em velocidade diferente de seu corpo, que está em contato com a correia de acessórios. Essa diferença compensa uma possível vibração excessiva da correia.
“A polia do alternador é fundamental para o bom funcionamento da correia de acessórios do sistema, como também tem ligação a vida útil de polias e tensores semiautomático quando o caso, e primordial para que o motor tenha um bom funcionamento”, detalha o mecânico Edson Roberto de Ávila, conhecido no setor como Mingau, proprietário da oficina Mingau Automobilística em Suzano/SP.
O mecânico comenta que vê muitos casos no mercado em que polias variáveis são substituídas erroneamente por polias fixas. Ele explica que quando o sistema de acessórios adotado no motor tem uma polia variável, o rolamento tensionador não compensa sozinho a vibração da correia, mesmo que seja semiautomático, muito menos consegue compensar a ausência da polia variável.
A adoção desse sistema varia de montadora para montadora, mas, quando existe, a troca pela peça com a função original deve ser respeitada para evitar problemas no funcionamento do motor. “Existe o rolamento tensionador no sistema, mas não é suficiente para conter as vibrações, por isso foi desenvolvida essa polia”, complementa Mingau.
O diagnóstico de problemas é simples, segundo o mecânico. Pode ser por ruídos no sistema ou pela vibração em excesso na correia. No caso da Amarok desta matéria, a polia apresentava travamento, por isso, foi feito o procedimento a seguir, com o apoio técnico da ZEN, fabricante de polias e impulsores de motor de partida.
Substituição da polia
1. Remova a mangueira do fluxo do ar de admissão para ter acesso ao sistema da correia de acessórios do motor. Solte as abraçadeiras das duas extremidades.
Obs: nDevido ao fato da mangueira em uso ficar aderida ao plástico pela constante troca de temperatura, a remoção pode ser difícil. Mingau recomenda o uso cuidadoso de uma chave de fenda fina para alavancar a mangueira, fazendo movimentos leves. Se necessário, aplique também um pouco de silicone na região de encaixe. Esse silicone vai se infiltrar nas partes da borracha em contato com
o plástico do tubo e facilitar o movimento.
2. Antes de remover a mangueira inferior de arrefecimento, providencie um tampão para conter o vazamento do líquido de arrefecimento.
3. Remova a mangueira inferior do líquido de arrefecimento, que está logo abaixo da mangueira central do radiador. Solte o parafuso do suporte e utilize alicate específico para abrir a abraçadeira.
4. Com uma chave de fenda, solte os três plugues da capa de proteção da correia de acessórios. São três pinos que devem ser girados; o sentido está indicado em cada um. Também há travas laterais na capa, que devem ser pressionadas para a sua retirada.
5. Retire a tampa de proteção da polia do alternador, também com chave de fenda.
6. Para soltar a polia do alternador, é necessário ferramental específico, já que se trata de uma polia livre. No caso, foi utilizado um soquete estriado para a polia, com corpo sextavado 23 mm, e um “pito” para o eixo, com corpo sextavado 10mm e extremidade torx 50 o “pito”. Eventualmente, pode ser substituído por uma chave torx 50 desde que o encaixe não fique prejudicado.
7. Encaixe as ferramentas. Segure a polia com o soquete estriado com a chave de boca 23 mm, movimente o eixo com o “pito” ou a chave torx em sentido horário para soltar a polia.
8. Para remover a correia de acessórios da polia, apenas afrouxe o tensionador para deslocar a correia de seu encaixe na polia.
9. Nesse momento, já será possível remover a polia girando-a com as mãos.
10. Atenção para a arruela de encosto da polia, responsável por regular a distância da polia. Se ela estiver ausente, após a montagem da polia, pode causar até seu travamento.
11. A nova polia pode ser rosqueada no eixo com as mãos. O aperto final deve ser feito com as ferramentas específicas citadas anteriormente no passo nº 6.
12. A peça nova pode vir com a tampa de proteção, como veio a da ZEN neste caso. Não se esqueça de aplicar.
13. Para encaixar novamente a correia de acessórios, basta novamente afrouxar o rolamento tensionador e reposicioná-la. Verifique seu alinhamento.
14. O restante da montagem segue o processo inverso da desmontagem. Mingau atenta novamente para a mangueira de fluxo de ar, que possui um sistema de abraçadeiras ele tem posição correta para facilitar o aperto. O posicionamento da mangueira em si é indicado por um risco na mangueira e dois frisos na parte plástica, que devem coincidir. Aplique também silicone em spray para facilitar o encaixe.