Oficina e Gestão: Com cautela, oficinas se adaptam na quarentena

higienização na oficina

Higiene redobrada e distanciamento mínimo são trunfos para manter a saúde de mecânicos e clientes

 

A crise causada pelo novo coronavírus afetou em cheio praticamente todos os seg­mentos da sociedade. No setor de comércio e serviços, as medidas de isolamento social impactaram direta­mente o faturamento de empresas. E as oficinas mecânicas, que são consideradas serviços essenciais e podem permanecer abertas mesmo durante a quarentena, precisaram redobrar os cuidados para continuar operando com segurança.

Uma das principais medidas para evitar a disseminação da Covid-19 é o uso de máscaras de proteção. “As pessoas podem ser portadoras do vírus de forma assintomática e, assim, transmitir para as demais por meio de gotículas forma­das e liberadas no ar durante a fala, tosse ou espirros. A máscara é uma forma de proteção mútua”, explica a infectologista Nivia Torres dos Santos.

Além disso, é fundamental a lavagem frequente das mãos com água e sabão ou a higienização com álcool 70% (que pode ser líquido ou em gel). O terceiro cuida­do essencial é com o distanciamento mínimo entre pessoas na oficina – não só entre mecânico e cliente, mas tam­bém entre os funcionários da empresa. “Dois metros é a distância considerada mais segura para que as pessoas con­versem pessoalmente”, conta Torres.

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Proprietário da Louricar, Maurício Marcelino (ao centro) aposta em pronta retomada após a quarentena: “Clientes que planejavam trocar o carro usado vão esperar mais um pouco”

Uma das oficinas que adotou estes procedimentos de segurança é a Auto Mecânica Louricar, de São Paulo/SP. O mecânico e proprietário Mauricio Marcelino chegou fechar a oficina por duas semanas, mas retomou os trabalhos com cuidado redobrado. “Todos de más­cara, usando álcool em gel e mantendo a distância mínima”, conta Marcelino, que tem buscado facilitar as opções de paga­mento para os clientes.

 

 

Com a queda na demanda, a oferta de novos serviços e comodidades para os consumidores é uma das táticas para atraí-los. “Oferecemos a retirada do veí­culo na casa do cliente por um de nos­sos colaboradores (de luva, máscara e álcool em gel) ou através de plataforma, sem custo extra”, afirma Bruno Tinoco, mecânico e proprietário da Motorfast, na Zona Sul da capital do Estado.

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“Quando a crise aguda passar, vamos aos poucos voltar de onde paramos, com a oficina cheia”, opina o mecânico proprietário da Motorfast, Bruno Tinoco

O serviço é oferecido para um raio de cobertura nas regiões próximas à ofici­na. “O carro é totalmente higienizado na chegada à oficina e protegido com filme plástico em pontos de contato como ban­cos, volante, alavanca de câmbio, freio de estacionamento e maçanetas”, explica Tinoco.

Na oficina High Tech, na Zona Oeste de São Paulo, o mecânico e proprietário Roberto Montibeller também aposta no serviço “leva e traz” e oferece higie­nização do ar-condicionado grátis aos clientes que realizarem a manutenção preventiva, como troca de óleo e filtros. “Vai demorar uns meses até o movimen­to voltar ao normal. Então, o negócio é investir em promoções e divulgação”, conta Montibeller.

 

 

 

RETOMADA GRADUAL

Embora os donos de automóveis estejam postergando a manutenção preventiva durante a quarentena (a fim de evitar ao máximo sair de casa), a perspectiva para o médio e longo prazo é positiva para o segmento de reparação. “Como vimos em todas as últimas crises, mesmo com a venda de veículos novos em queda, a venda de peças cresce”, afirma Gustavo Ogawa, diretor de Pós-Venda da Re­nault. Isso ocorre pois há uma tendên­cia de atraso na troca do usado por um modelo zero-quilômetro. Desta forma, investe-se mais na manutenção do carro atual.

“Acredito que por um bom tempo as pessoas não vão comprar carro novo. Até alguns clientes que planejavam tro­car o usado vão esperar mais um pouco. É a nossa oportunidade”, diz o mecânico Mauricio Marcelino.

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“Vai demorar uns meses até o movimento voltar ao normal. Então, o negócio é investir em promoções e divulgação”, aposta o proprietário da High Tech Roberto Montibeller (à esq.)

Bruno Tinoco, da Motorfast, tam­bém é otimista para o período pós-coro­navírus. “O consumidor vai optar por manter ou consertar o veículo atual para não gastar 4 ou 5 vezes mais trocando o usado por um zero-quilômetro. Quando a crise aguda passar, vamos aos poucos voltar de onde paramos, com a oficina cheia”, revela Tinoco, que afirma ter registrado queda de 50% no faturamento da oficina em abril.

Para enfrentar este período mais duro de demanda em queda, é preciso enxugar gastos desnecessários. “Liqui­dez é fundamental para este momento e para a sustentabilidade de qualquer empresa. Então, é importante ficar atento ao caixa da oficina, observan­do especialmente qual o tipo de peça necessária para manter em estoque”, explica Ogawa.

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CUIDADO REDOBRADO

A atenção com a limpeza e higiene da oficina é fundamental não só para ga­rantir a saúde dos mecânicos, mas, também, para atrair clientes no perío­do posterior à quarentena. Segundo o Sebrae, os donos de oficina devem se atentar aos novos comportamentos da sociedade. “O consumidor irá preferir aquelas oficinas que promoverem medi­das seguras e demonstrarem claramente os cuidados tomados para reduzir a chance de contaminação”, diz a cartilha com recomendações da entidade para as oficinas.

 

 

Entre as medidas citadas pela en­tidade (além das já abordadas), estão a sinalização da obrigatoriedade da distância mínima com cartazes espalha­dos pela oficina e reforço na limpeza das superfícies e ferramentas.

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“O novo coronavírus pode perman­ecer ativo por horas ou até 5 dias em su­perfícies contaminadas, dependendo do tipo de material”, explica a infectologis­ta Nivia Torres. Segundo a médica, além do álcool 70%, podem ser usados na limpeza da oficina desinfetantes de uso geral com ação virucida ou hipoclorito de sódio a 0,5% – este último não deve ser usado em objetos de metal, devido ao risco de corrosão.

Conessionárias da Ford estão ofere­cendo a seus clientes o serviço de desin­fecção do veículo contra bactérias, fun­gos e vírus usando desinfetante da 3M chamado de Peróxido Pronto Uso – o mesmo empregado em ambientes hos­pitalares de alto risco, como UTIs. A substância foi aprovada pela engenha­ria da fabricante de automóveis para ser aplicado nos materiais que a Ford utiliza em seus carros. Trata-se de um produto que não é vendido ao público em geral e sua aplicação requer treinamento e EPIs específicos.

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Contudo, não é obrigatório utilizar uma substância desse nível para tra­balhar nos carros dos seus clientes em sua oficina. Você pode optar por fazer a higienização interna do carro usando pano úmido com sabão neutro. Evite o álcool 70% comum: ele pode ressecar peças plásticas de acabamento. No lugar dele, o álcool isopropílico 70% pode ser usado com segurança para limpar telas de central multimídia e quadro de in­strumentos. Com esse cuidado aplicado ao veículo, mais as medidas pessoais de higiene e distanciamento, o mecânico já poderá trabalhar tranquilo, com a con­sciência de que está fazendo o melhor pela segurança de sua saúde e a de seu cliente.

 

Texto Gustavo de Sá

NGK orienta sobre cuidados com o sistema de ignição em carros parados

Velas de ignição NGK

Ligar o carro parado na garagem por alguns minutos pode trazer problemas às velas; veja as recomendações da empresa

 

A NGK alerta para os cuidados necessários com o sistema de ignição em carros parados durante e após a quarentena. A empresa explica que, em geral, isso não traz grandes prejuízos às velas, cabos e bobina. Contudo, a prática comum de ligar o veículo na garagem de casa por alguns minutos, para evitar o descarregamento da bateria, pode gerar outro problema nas velas de ignição.

“Os veículos carburados apresentam ainda outro problema, que é o uso do afogador. Isso pode levar à carbonização de velas, no caso de veículos a gasolina, e ao encharcamento, naqueles movidos a etanol”, destaca Hiromori Mori, consultor da Assistência técnica da NGK do Brasil. Além disso, a empresa explica que, ao colocar o motor para funcionar sem que ele faça força, pode provocar a carbonização das velas.

“O ideal é fazer com que todos os fluidos do veículo circulem e atinjam a temperatura ideal de trabalho, entre eles o óleo de motor, transmissão, fluido de arrefecimento, entre outros. É comum que, principalmente, a bateria, apresente falhas, quando não está em perfeito estado. Sistema de ignição e, principalmente, velas em bom estado facilitam a partida e diminuem o estresse sobre a bateria no momento da partida”, completa Mori.

A recomendação da NGK é dar uma volta rápida com o veículo, mantendo a rotação do motor constante, próxima de 3 mil rpm, por 10 a 15 minutos. “Ao fazer isso, quinzenalmente, evita-se uma série de problemas. Já em cidades onde há uma forte restrição ao deslocamento, não é possível colocar o veículo em funcionamento”, diz.

Após o fim da quarentena, a orientação da empresa é, antes de retomar o uso normal do veículo, levá-lo a um mecânico de confiança, para avaliar a necessidade de realizar alguma manutenção preventiva. Por fim, a principal dica é manter a manutenção periódica do veículo. “Automóveis em bom estado de conservação têm menos chances de apresentar problemas, quando passam algum tempo parados. A correta manutenção do sistema de ignição de velas, cabos e bobinas, facilita a partida do motor e garante um retorno às atividades mais tranquilo”, finaliza Mori.

Nakata alerta como detectar falhas na suspensão do veículo

Nakata suspensão

Motorista também pode ficar atento a sinais como balanço excessivo do veículo, perda de estabilidade e maior tempo para o carro parar ao acionar o freio

 

A Nakata alerta para os sinais que podem indicar desgaste dos amortecedores, itens essenciais no sistema de suspensão que é responsável por absorver os impactos das irregularidades das vias, garantindo assim conforto, estabilidade em curvas e a segurança dos ocupantes.

“É muito importante saber identificar os indícios que mostram que os amortecedores ou outros itens do sistema de suspensão estão merecendo atenção e manutenção”, afirma Jair Silva, gerente de qualidade e serviços da Nakata.

O próprio motorista pode ficar atento a indícios como oscilações ou balanço excessivos, sinais de que a energia da mola não está sendo dissipada adequadamente pelo amortecedor. Vale a pena ficar atento também a vazamento de óleo, assim como o tempo que o carro demora a parar ao acionar o freio. “O freio depende da aderência do pneu à via, assim, um defeito no amortecedor pode comprometer o desempenho e aumentar o tempo que o veículo levar para parar durante a frenagem”, explica Silva.

A Nakata lembra ainda que, sem a manutenção necessária, pode ocorrer também desgaste prematuro em outras peças do sistema. De acordo com Silva, a durabilidade das peças depende da forma que o motorista dirige e o tipo de solo em que trafega. “Mesmo sem constatar indícios de desgaste, após 40 mil km rodados, é indicado analisar o estado das peças”, finaliza.

Cofap oferece garantia em dobro para motociclistas

Cofap motociclistas

Ação é válida para quem comprar amortecedor Cofap para moto em maio, junho e julho, com prazo de garantia estendido para um ano

 

Depois da campanha digital para homenagear os mecânicos, a Cofap anuncia agora uma nova ação, direcionada aos motociclistas. Aqueles que comprarem amortecedor Cofap para moto em maio, junho e julho terão prazo de garantia em dobro. Ou seja, a garantia padrão de seis meses passará a ser de um ano para as compras realizadas no período.

Para participar, basta guardar a Nota Fiscal e o certificado de garantia, devidamente preenchido pelo revendedor, pelo período de doze meses. A ação é protagonizada pelo Cofapinho, o mascote da Cofap.

Petronas lança aplicativo gratuito com informações de lubrificantes

Petronas aplicativo

Aplicativo disponível para os sistemas Android e iOS oferece informações como propriedades e dados técnicos, além de um comparativo entre produtos

 

A Petronas lança o aplicativo Petronas Lubricants Toolbox, gratuito e disponível para tablets com sistemas operacionais iOS e Android. O aplicativo traz informações como propriedades dos produtos, dados técnicos, níveis de desempenho OEM, hierarquias de desempenho e benefícios associados à troca, além de comparativo entre produtos.

“O PETRONAS Lubricants Toolbox chega para alterar a maneira como a indústria do setor pesquisa e compara os lubrificantes da PLI, de modo a atender às necessidades específicas das diferentes instalações industriais. Nosso aplicativo exclusivo não é apenas gratuito e fácil de usar, mas foi desenvolvido especialmente para os operadores da produção, para otimizar custos e reduzir os períodos de inatividade por meio de soluções digitais, como a ferramenta de análise de consumo de lubrificante e muito mais”, afirma Silvano Berardo, líder global de marketing de distribuidores da PLI.

Há ainda uma ferramenta de análise de consumo de lubrificante, usada para comparar os padrões da indústria, além de um tour virtual animado e interativo de várias plantas industriais onde os produtos da PLI são usados. Para mais informações, acesse: http://www.pli-petronas.com/en/industrial-toolbox.

Umicore alerta para importância da manutenção do filtro de partículas

Filtro de partículas Umicore
Crédito da imagem: Umicore

Se a peça estiver danificada, o que pode ocorrer por avarias no motor ou nos sensores, é possível que leve ao funcionamento desregulado do motor

 

A Umicore alerta para a importância de manter a manutenção correta do filtro de partículas nos veículos movidos a diesel, fundamentais nesse período para garantir o abastecimento de produtos em todo o Brasil.

Localizada no escapamento dos veículos, a peça colabora com a redução de mais de 90% da emissão de materiais particulados graças à conversão do material particulado retido no filtro em CO2 e água. Isso é possível pela função catalítica do equipamento, que promove reações purificadoras dos gases de exaustão.

A Umicore também orienta que, para evitar o desgaste precoce da peça, é fundamental fazer a troca do óleo lubrificante no período indicado. “Se isso não for feito, o funcionamento desregulado do motor implica em um maior consumo de óleo do que o recomendado, fazendo com que o sistema de pós-tratamento seja prejudicado”, afirma Miguel Zoca, gerente de Aplicação de Produto da Umicore. Outro problema que pode ocorrer é o entupimento dos poros do filtro por cinzas, impedindo que ele cumpra sua função.

A troca do filtro de partículas é necessária sempre que for identificado algum dano físico na peça, que podem surgir por conta de avarias no motor ou nos sensores. “O consumo de combustível é um dos fatores que mais geram custos em uma frota de veículos comerciais. Portanto, para evitar problemas maiores no futuro, as manutenções preventivas devem ser realizadas dentro do prazo previsto por cada fabricante para prolongar a vida útil dos modelos”, completa Zoca.

Pneushow 2020 é adiada novamente

Pneushow

Evento que aconteceria em setembro foi adiado mais uma vez e a nova data deverá ser anunciada em breve

 

Em função do cenário de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus, a Francal Feiras comunica o adiamento da Pneushow – Feira Internacional da Indústria de Pneus, que estava prevista inicialmente para acontecer de 30 de junho a 2 de julho. O evento, que já havia sido adiado para 23 a 25 de setembro, agora será postergado mais uma vez. Porém, ainda não há uma nova data definida.

Simultaneamente à Pneushow, acontece também a Expobor – Feira Internacional de Tecnologia, Máquinas e Artefatos de Borracha. Segundo a organização das feiras, a nova data deverá ser anunciada em breve.

O Mecânico Ao Vivo – Gestão de Oficinas na Prática

 

 

Este link para solicitar o certificado

O Mecânico Ao Vivo já expirou!!!

 

Agradecemos a você que acompanhou nossa transmissão sobre:

 

Gestão de Oficinas na Prática, realizada em 25 de maio

 

 

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