Dana lança bombas hidráulicas Spicer Select

Linha de aplicação contempla equipamentos e veículos fora de estradas

A Dana lança no mercado de reposição de autopeças uma nova marca para bombas hidráulicas, a Spicer Select. De acordo com a fabricante, as bombas hidráulicas estão disponíveis para pás-carregadeiras, motoniveladoras, empilhadeiras, retroescavadeiras e tratores de esteira de diversos fabricantes, como Michigan, Fiat-Allis, Case, Clark, New Holland, Randon e Caterpillar.

As bombas Spicer Select, explica a Dana, têm acoplamento padrão para transmissões com flange, eixo estriado, eixo cônico ou cilíndrico com chaveta e válvula de acionamento mecânico e regulagem de pressão.

Também de acordo com a empresa, os veículos e equipamentos atuantes em rotinas de alto consumo de carga e torque, com condições de trabalho e temperaturas muito variáveis precisam de rigidez nos intervalos de manutenção e inspeção dos seus componentes.

Para isso é fundamental que a bomba seja adequada para suportar as exigências e especificações de vazão, pressão, torque e outros parâmetros de dimensionamento e funcionamento dos atuadores hidráulicos empregados em pás-carregadeiras, Reach Stakers (empilhador retrátil para movimentação de containers), veículos de mineração, entre outros.

Concessionárias VW estão preparadas para caminhões elétricos

As quase 150 lojas de atendimento ao cliente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, espalhadas por todo o país, recebem o VW e-Delivery, modelo 100% elétrico

 

Em menos de um ano após o lançamento do primeiro veículo elétrico desenvolvido no país, o VW e-Delivery, a rede da Volkswagen Caminhões e Ônibus tem estoque de peças garantido, equipes treinadas e linha direta com a fábrica responsável pela produção dos caminhões. Segundo a empresa, mesmo nas praças em que ainda não há um VW e-Delivery em operação, a garantia de atendimento já é integral.

A montadora trabalhou para garantir a disponibilidade de peças e componentes eletrônicos do VW e-Delivery na rede de concessionárias autorizadas. Pela sua tecnologia inovadora e robustez do trem de força, o caminhão elétrico proporciona aos clientes a otimização da sua manutenção, o que resulta em uma maior disponibilidade na operação.

Além das peças comuns com outros veículos da linha convencional, a Volkswagen Caminhões e Ônibus cuidou para garantir o pronto atendimento dos novos itens exclusivos do VW e-Delivery.

Através do treinamento e preparação da rede para o diagnóstico dos veículos e com a garantia de itens exclusivos da marca VWCO, o cliente VW e-Delivery tem maior segurança na manutenção do veículo e redução da complexidade dos principais componentes. Com isso, diminui o custo de manutenção do caminhão.

Tecfil conquista prêmio como fornecedora da General Motors

“Supplier Quality Excellence Award” reconhece os fornecedores que se destacaram pelo excelente desempenho em 2021, de acordo com os critérios exigidos pela montadora

A Tecfil recebeu o prêmio anual de Excelência em Qualidade de Fornecedores da General Motors Brasil pelo seu desempenho de entrega em 2021, de acordo com os critérios exigidos. 

O GM “Supplier Quality Excellence Award” é uma premiação global realizada também na Europa, América do Norte e Ásia, e contempla os fornecedores que atingiram os critérios específicos de qualidade, como: prover componentes e/ou subsistemas dentro das métricas requeridas; ter um sistema adequado de gerenciamento de programas; pontualidade de entrega; não provocar nenhuma parada de produção, entre outros pontos. A avaliação levou em consideração as empresas que têm uma cultura de qualidade implantada.

De acordo com a Tecfil, para ampliar sua competividade no mercado e o nível de qualidade de seus produtos e serviços, a fabricante de filtros investiu nos últimos anos nos processos de automação, Inteligência Artificial e transformação digital. A empresa dobrou a sua capacidade industrial, graças à implantação de sistemas direcionados à indústria 4.0.

O aumento da capacidade de produção local, aliado aos sistemas de automação, se tornou um diferencial competitivo por garantir o abastecimento do mercado com regularidade de preços e oferta, afirma a Tecfil. 

Renault estreia nova identidade visual de concessionárias no Brasil

Até o fim do ano, 85 concessionárias receberão a nova identidade da marca e, até 2024, todas as lojas serão renovadas.      

 

A Renault do Brasil iniciou o processo de renovação visual de suas concessionárias no país com a nova identidade visual da marca. A alteração faz parte do “Nouvelle Vague”, iniciado com o novo plano estratégico “Renaulution”, apresentado no início de 2021. O projeto tem como objetivo tornar a marca cada vez mais moderna, inovadora e tecnológica.

De acordo com a montadora, a nova identidade das concessionárias reforça os valores humanos da empresa ao oferecer um ambiente confortável e receptivo, além de sua inovação com linhas contemporâneas e elegantes – tanto na decoração interna como no desenho da fachada.

A mudança também inclui novos totens de identificação “E-Tech”, para as unidades que comercializam os veículos 100% elétricos da marca – incluindo a instalação de postos de recarga para veículos elétricos e para a “Rede PRO+” nas concessionárias que atendem os veículos comerciais leves.

A renovação visual das concessionárias iniciou em São José dos Pinhais/PR e inclui uma nova fachada, bem como a decoração interna com novo mobiliário e layout que favorecem a apresentação dos veículos. Além disso, uma ampla área de circulação e espaços reservados que permitem mais conforto para os clientes em sua visita.

Esta evolução está conectada aos novos valores da marca. Até o fim do ano, a previsão é chegar a 85 unidades com a nova identidade.

Entrevista | Cinco perguntas para a Controil

Fabricante de componentes para freios hidráulicos e polímeros com presença nas linhas de montagem e mercado de reposição, a Controil celebra 65 anos de atuação. Fundada em 1957 como Metalúrgica Industrial para fabricar kits de reparo para freio, a empresa evoluiu para ser reconhecida pelo aftermarket como marca de cilindro-mestre e servo-freio, cilindro de roda, cilindro de embreagem, além de mangueiras injetadas e materiais de borracha para vedação. Desde 2012, a Controil faz parte da Fras-le, empresa do grupo Randon. Nesta entrevista exclusiva, o diretor da Controil, Hemerson Souza, conta um pouco da história e a importância do mecânico para a marca: “O mecânico é o especialista do mercado de reposição”, afirmou.

REVISTA O MECÂNICO: A Controil celebra 65 anos em 2022. Por favor, conte-nos um pouco sobre como a Controil está estabelecida no mercado automobilístico brasileiro atualmente.

HEMERSON SOUZA: Com 65 anos de experiência no mercado de reposição, a Controil tornou-se referência no segmento em freios hidráulicos. E, em 2018, o grupo Fras-le, do qual faz parte, começa uma jornada de investimentos expressivos na planta de São Leopoldo/RS em automação de processos, aumento de capacidade produtiva e maior disponibilidade de produtos, vivendo hoje um momento de significativa expansão dos negócios, tendo, ainda, previsão de lançamentos de novos produtos e ampliação das suas linhas atuais para garantir a cobertura mais completa do mercado de atuadores hidráulicos. Em resumo, com 65 anos a Controil evolui para melhor servir e consolidar sua posição como referência e liderança no segmento.

O MECÂNICO: Quais componentes a Controil oferece para linha de montagem (OEM) e reposição? Qual é o share de cada um desses dois mercados nas vendas da empresa?

HEMERSON: O portfólio para OEM é composto pela linha de polímeros, mangueiras injetoras para diversas aplicações, e materiais de borracha para vedação. Somos especialistas em freios hidráulicos com soluções completas para o mercado de reposição, oferecendo extensa cobertura para atender a frota circulante de veículo. Produzimos cilindro-mestre e servo-freio e mantemos a liderança nesses itens. Também temos em nosso portfólio cilindro de roda, cilindro de embreagem e kits de reparo, além de líquido para freio.

O MECÂNICO: Hoje, como a Controil identifica a demanda por novas aplicações de peças no mercado de reposição?

HEMERSON: Em síntese, é um trabalho bem estruturado que envolve diversas fontes de dados, incluindo frota circulante, frequência de manutenções, mas principalmente nossos técnicos e os parceiros mecânicos sempre atentos aos movimentos do mercado para ter a peça que o mercado necessita.

O MECÂNICO: Na sua opinião, qual é a influência do mecânico independente na decisão final da peça que será instalada no veículo?

HEMERSON: O mecânico é o especialista do mercado de reposição. Ele é quem faz o diagnóstico da manutenção, preventiva ou corretiva, e executa o serviço, escolhendo a melhor marca para aplicar no carro do cliente. Uma escolha que leva em consideração muitos fatores, tais como: qualidade, disponibilidade, preço e serviços de pré e pós-venda. Assim, estabelecendo um relacionamento com a marca que confia e com os agentes que proporcionam o melhor atendimento. Por isso, sua opinião e satisfação são tão importantes e os norteadores de nosso trabalho e soluções.

O MECÂNICO: O que você espera para o futuro do mercado de reposição de autopeças no Brasil, tendo em vista a transformação na mobilidade que se avizinha com veículos híbridos e elétricos?

HEMERSON: Embora essas novas tecnologias comecem a surgir, ainda que de forma mais lenta no Brasil, é um ponto que merece atenção e um olhar no futuro. Contudo, a frota circulante de veículos com motor a combustão, estimada em mais de 46 milhões, ainda vai gerar demanda por muitos anos. Falando sobre o nosso portfólio especificamente de componentes para freios hidráulicos, a evolução deve exigir mais tecnologia nos produtos, a exemplo do que aconteceu com a introdução dos freios ABS. Por isso, além da tecnológica existente na Controil, a empresa conta com as inovações presentes em todo grupo Fras-le a fim de promover avanços ainda rápidos e consistentes neste novo ciclo.

Por Fernando Lalli

Calmon | Multa por manusear celular é de R$ 6.500 no Reino Unido

A telefonia celular 5G está chegando às capitais brasileiras em um cronograma que começou em Brasília, duas semanas atrás. Essa novidade tem potencial de levar mais motoristas a manusear o aparelho enquanto dirigem e se sujeitarem a receber multas pesadas. Há alguns anos ouvi de um palestrante um comentário bem-humorado. “O corpo humano é formado por 78 órgãos. Agora o celular pode ser considerado o 79º”.

De fato, já se pode considerá-lo uma extensão ligada ao próprio modo de vida. Isso inclui não apenas motoristas. Até pedestres se distraem. A Associação Brasileira de Medicina de Tráfego divulgou em maio último sua diretriz Celular e Direção Veicular com contribuição de nove especialistas, além de estudos em outros países.

O relatório foi enfático: “Dirigir veículos automotores utilizando telefone celular e seus dispositivos ocasionam reações equivalentes à condução com 1 g/l de alcoolemia. Cerca de 70% dos motoristas acreditam que direção e telefone celular não combinam, mas somente 20% se privam dessa perigosa combinação. Os riscos de se envolver em sinistros de trânsito sobem vertiginosamente para 400% quando se checam mensagens de texto e para 22.000% quando elas são digitadas.”

Mensagens de texto aumentam drasticamente os riscos de uso do celular pelo motorista e foram alvos de várias campanhas específicas nos EUA e Europa. Aqui há duas formas de enquadramento: usar fones de ouvido ligados a um celular (R$ 130,16, infração média, quatro pontos no prontuário) e dirigir digitando ou manuseando o telefone (R$ 293,47, infração gravíssima e sete pontos). Uma só infração gravíssima no ano reduz de 40 para 30 pontos o limite para um processo de suspensão da CNH.

Em março deste ano o Reino Unido estabeleceu multa pesada de 1.000 libras esterlinas (nada menos de R$ 6.500) para quem for flagrado manuseando um aparelho celular. Em caso de reincidências o motorista sofre um processo de cassação definitiva da licença para dirigir. Tanto lá como aqui é autorizado que o celular esteja fixado no para-brisa ou outro local no painel. Comandos por voz ou mesmo atendimento automático de chamadas, embora desaconselhados, não têm como ser fiscalizados.

Muitos modelos hoje permitem espelhar o telefone na tela multimídia com visibilidade ampliada de roteiros e possibilidade de receber ou efetuar chamadas por comando de voz. Ainda assim o bom senso indica que chamadas devem ser ignoradas por motoristas. Se parecer importante, pare o carro e atenda.

 

Ofensiva germânica no mercado brasileiro

Primeiro foi a Audi ao anunciar a importação do Q3 e Q3 Sportback semidesmontados para a sua fábrica no Paraná, além da chegada do A3 híbrido “leve” de 48 V e dos A4 e A5 híbridos “leves” de 12 V. Só o primeiro fica isento do rodízio em São Paulo (coisas da legislação brasileira, pois este conceito é conhecido há 15 anos). Também em julho, pré-venda do Q5 TFSI e. Depois o Mercedes-AMG EQS 53 4MATIC+ juntou-se ao EQC numa ofensiva que incluirá até o final do ano outros três modelos elétricos (EQA, EQB e EQE). A BMW confirmou que produzirá em Santa Catarina os recém-lançados na Europa Série 3 e X1.

O EQS custa R$ 1.350.900. Kit AMG de R$ 60.000 incrementa a potência dos dois motores elétricos (tração 4×4) para 761 cv e 104 kgf.m. Mesmo pesando 2.655 kg impressiona acelerar de 0 a 100 km/h em 3,8 s. O interior guarda outra surpresa: três telas (motorista, central e passageiro) interligadas somam nada menos de 42,3 pol. Com 3,21 m de distância entre eixos o espaço para pernas no banco traseiro é o mesmo do sedã de topo Classe S. Outro superlativo: porta-malas de 580 litros com tampa tipo hatch.

Em rápido primeiro contato, além da aceleração típica de um elétrico, chama atenção a capacidade de manobra do EQS graças ao eixo traseiro direcional com ângulo de até 10 graus. Diâmetro de giro de apenas 10,9 metros equivale ao de um sedã compacto.

 

ALTA RODA

PEUGEOT quer impulsionar o veterano 2008 (lançado em 2015), que recebeu poucas mudanças ao longo de sete anos. Aposta no preço competitivo, inclusive na versão de topo Griffe 2023: R$ 124.990 (versão de entrada R$ 99.990). Motor 1,6 turbo de 173 cv (E)/165 cv (G) proporciona desempenho acima da média entre SUVs compactos, embora o C4 Cactus do mesmo grupo tenha mecânica igual. O 2008 recebeu pequenas modificações externas, melhorou o acabamento interno e a forração dos bancos. Comando do vidro elétrico com um toque é só para o motorista.

CHEGADA do inverno exige mais atenção com a bateria do veículo. Acendimento automático dos faróis quando se aciona o destravamento das portas é um item de comodidade e até segurança em alguns locais. Mas na hora de dar a primeira partida do dia, numa garagem por exemplo, deve-se evitar manter faróis e lanternas acesos. Melhor desligá-los antes e só depois de alguns segundos voltar a ligá-los. Logo em seguida sair com o veículo. Sem esquecer de que o alternador leva até 20 minutos para repor a carga da bateria. É bom checar a data de fabricação impressa na bateria. Sua durabilidade média é de dois a três anos.

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Jamaica Mangueiras lança 22 itens

Jamaica amplia linha de mangueiras para o sistema de arrefecimento, combustível e óleo hidráulico

 

A Jamaica amplia sua linha de mangueiras para o sistema de arrefecimento, combustível e óleo hidráulico, lançando no mês de maio 22 itens, todos da linha automotiva.

Dentre os lançamentos estão mangueiras de reposição para os veículos das montadoras Fiat, GM, Nissan, Volkswagen e Honda.

A Jamaica é responsável por todo processo produtivo, desde a produção da massa de borracha até a finalização do produto acabado.

Transmissão: Substituição do conjunto de dupla embreagem no câmbio Ford PowerShift

Conheça o procedimento de remoção e instalação do conjunto de dupla embreagem e seus periféricos de acionamento em um câmbio Ford PowerShift para veículos com motor 2.0

 

Instalado nos modelos Focus, EcoSport e Fiesta, o câmbio automatizado de dupla embreagem PowerShift manteve-se por cerca de seis anos na linha de produção da Ford no Brasil. Este câmbio ainda se encontra em dezenas de milhares de veículos rodando todos os dias em nosso país e, como todo sistema, requer manutenção adequada, seja preventiva ou corretiva.

O primeiro veículo Ford lançado no Brasil com a caixa PowerShift foi o SUV EcoSport com motor Duratec 2.0 na virada de 2012 para 2013. Segundo a montadora à época, quando comparado a uma caixa similar automática de seis velocidades, o câmbio PowerShift era 20 kg mais leve e podia fazer troca de marchas em até um terço do tempo, resultando em 10% de redução em consumo de combustível.

Após a reclamação de proprietários dos veículos quanto a sintomas de mau funcionamento (trepidação, principalmente), em 2016, a Ford respondeu oficialmente à notificação do Procon afirmando que os sintomas poderiam ser causados por vazamento de óleo do câmbio pelo retentor da caixa seca, que atingia as embreagens e as contaminava.

Esse sintoma, observou a Ford, também indica final de vida útil do conjunto de dupla embreagem. Porém, a montadora não especifica nos manuais dos veículos períodos de reparo preventivo do sistema ou, mesmo, de troca do óleo do câmbio.

No ano seguinte, a Ford seguiu com o câmbio de dupla embreagem na última reestilização do Fiesta no Brasil, mas com o nome “transmissão sequencial”. Entre as alterações, o câmbio recebeu nova calibração, novo módulo, novos retentores e novo material de atrito das embreagens. Com o fim da produção do compacto no Brasil em 2019, o
PowerShift também saiu de linha.

CONJUNTO DE DUPLA EMBREAGEM

Nesta reportagem, o assistente técnico da Schaeffler, Ricardo Melo, demonstra como fazer a remoção e instalação do conjunto da embreagem dupla do câmbio Ford PowerShift em uma unidade da transmissão projetada para trabalhar com motores 2.0. O procedimento foi feito na sala de treinamentos da Schaeffler em Sorocaba/SP com uma unidade do câmbio PowerShift utilizada para estudos, fora do veículo. A operação focou no passo a passo com a caixa em bancada.

Ricardo ressalta que, para fazer a manutenção no sistema, é obrigatório remover o câmbio do veículo e usar um cavalete específico para fixá-lo com a caixa seca virada para cima – ou com um suporte que permita que o câmbio fique apoiado e nivelado em bancada, como foi feito nesta reportagem. Não existe outra forma de se fazer a remoção e instalação do conjunto adequadamente.

O especialista ainda aponta que existem duas situações no reparo desse sistema: a remoção e reinstalação do mesmo conjunto em caso de reparo em outra parte do câmbio (como uma substituição do retentor do eixo primário) ou a simples troca de um conjunto por outro novo.

Para a reinstalação do mesmo conjunto, o mecânico precisa fazer o “reset” das embreagens, travando as respectivas molas membranas com ferramentas específicas. Já no caso da troca por um conjunto novo, o conjunto já vem travado de fábrica. Ainda segundo Ricardo, não existe procedimento de reparo para o conjunto de dupla embreagem em si: caso apresente qualquer problema, o sistema sempre deve ser trocado por completo, incluindo as peças do kit de acionamento (garfos, molas compensadoras e rolamentos).

REMOÇÃO DO CONJUNTO

1) Com o câmbio devidamente apoiado (1a), remova o anel elástico que trava o disco de embreagem das marchas ímpares. É permitido usar uma chave de fenda para tal (1b).

  

2) Retire o miolo da embreagem ímpar, que faz o engrenamento do respectivo disco de embreagem com o eixo principal (rígido) do câmbio.

3) Com um alicate apropriado, retire o anel elástico que prende o disco da embreagem das marchas pares ao seu eixo secundário (oco).

Obs: Neste momento, não há mais nenhuma trava entre o conjunto da embreagem dupla com os eixos além do atrito de interferência entre as peças. Mas, segundo a fabricante, a extração segura e correta do conjunto de embreagens do câmbio só é possível com as ferramentas apropriadas da Schaeffler, vendidas em maletas com a marca “LuK Special Tool” nos principais distribuidores da empresa alemã no mercado de reposição. São três maletas cujas ferramentas servem não só para o câmbio Ford PowerShift como, também, para os conjuntos dos câmbios Volkswagen DSG.

4) Antes de instalar a ferramenta de extração, identifique os pontos de apoio das garras sacadoras com um gabarito que indica os encaixes conforme a motorização do veículo. São dois gabaritos: código KL-0500-8341 para veículos 1.6 e KL-0500-8342 para veículos 2.0. A embreagem é a mesma para ambos, mas os pontos de encaixe mudam pelo formato da caixa seca.

5) O gabarito deve ser alinhado por 3 rasgos na parte superior do conjunto (5a) para encaixar as garras (5b). Depois de ajustada a posição do gabarito, as setas vão apontar as posições de encaixe das três garras: as posições “1” indicam onde devem ser encaixadas as duas garras fixas e a posição “2” mostra o ponto em que deve ficar a garra com ímã.

6) Perceba que as garras seguem a numeração do gabarito, ou seja, a garra “2” fica na posição “2” (6a) e as duas garras “1” nas posições “1” (6b). Instale os suportes das garras, que vão fazer o apoio no momento da retirada da dupla embreagem. Os suportes também seguem a mesma numeração, sendo que os suportes “1” devem ser encaixados em um pino-guia na tampa do conjunto (6c). Já o suporte “2” é magnético e não possui guia (6d).

 

  7) Em seguida, instale o pino extrator, que fica apoiado no eixo secundário (oco) do câmbio.

8) Instale o extrator (8a). Ele deve ser fixado com os rasgos de seus braços sobre as três garras e possui um fuso que se encaixa ao pino extrator (8b). Gire o fuso para fazer o ajuste da altura da ferramenta antes de parafusar os apoios que vão fixar o extrator às garras. Não há sequência de aperto.

 

9) Com uma chave de força ou catraca com soquete sextavado 22 mm, gire o fuso no sentido horário para que o extrator puxe as garras para cima e possam sacar o conjunto de dupla embreagem. Faça o movimento com o extrator até perceber que o conjunto está solto. Desmonte todo o ferramental em seguida.

10) Para remover o conjunto de dupla embreagem com segurança, parafuse as duas alças nos prisioneiros da tampa da dupla embreagem. Na sequência, basta puxar o conjunto para fora do câmbio.

Obs: As alças, o pino extrator, os gabaritos, as garras sacadoras e os seus suportes estão inclusos na maleta
LuK 400 0427 10. Já o extrator está na maleta LuK 400 0418 10.

11) Já é possível ver os garfos de engate e suas fixações. O garfo maior, posicionado acima, é o das marchas ímpares (identificado conforme o software do scanner como “A” ou “K1”) e o outro, o garfo das marchas pares (“B” ou “K2”). Porém, não os remova neste momento.

12) Retire o conjunto de rolamentos manualmente.

13) Antes de soltar os garfos, é obrigatório retirar seus respectivos motores. Cada um é preso por quatro parafusos que devem ser trocados a cada remoção.

14) Com os motores removidos, agora é seguro fazer a soltura dos garfos de engate (14a). São quatro parafusos para cada garfo, sendo dois (soquete E10) das molas compensadoras (14b) e outros dois (soquete T45) de fixação da base (14c).

15) Remova primeiro o garfo de acionamento das marchas ímpares e, depois, o das pares.

CUIDADOS NA CAIXA SECA

16) Antes de iniciar o procedimento de instalação do conjunto de dupla embreagem, certifique-se de que a caixa seca esteja completamente limpa, para que nenhum resíduo de óleo ou água possa contaminar a embreagem nova.

17) Segundo Ricardo Melo, é prudente ficar esperto com a estanqueidade da caixa seca desse câmbio. “Esta transmissão em específico da Ford tem problema de entrada de água porque ela possui alguns canais na caixa seca (17a e 17b). Em alguns casos que já vimos em campo, pode entrar água até pelo motor de partida ou pelo motor dos garfos”, declarou. A assistência técnica da Schaeffler recomenda passar silicone na borda inteira da transmissão para evitar a entrada da umidade, assim também como na região de encaixe do motor de partida e também no flange de assentamento dos motores dos garfos. “Que não seja em excesso”, pondera o especialista.

18) Se o reparo demandar a troca do conjunto de dupla embreagem por um novo, todo o kit deve ser substituído: ambos os garfos de acionamento, as quatro molas compensadoras, o jogo de rolamentos completo com as chapas de contato, anéis-trava, disco estriado e todas as porcas e parafusos. A dupla embreagem nova já vem travada e pronta para uso. Já se o sistema for reaproveitado, é necessário o “reset”.

“RESET” (TRAVAMENTO) DO CONJUNTO USADO

Obs: Antes de remontar o conjunto de dupla embreagem usado anteriormente, é necessário o procedimento de travamento das molas das embreagens ímpares e pares na posição de instalação – o chamado “reset”. As ferramentas para esta operação estão na maleta
LuK 400 0425 10.

19) Posicione a base (código Kl-0500-713) na morsa e monte o conjunto da dupla embreagem com os prisioneiros para baixo.

20) Primeiro, encaixe os ganchos do anel acionador maior nas abas da embreagem par para travá-la. Instale o apoio da mola membrana e o dispositivo de pressão sobre o conjunto.

21) Gire o anel no sentido anti-horário até o limite e mantenha-o nessa posição enquanto aperta o dispositivo de pressão sobre a mola membrana até chegar ao batente.

22) Retire o anel e o dispositivo de pressão. A embreagem das marchas pares deve estar travada. Confira a posição das travas, que devem estar encaixadas nos furos da mola.

23) Para travar as marchas ímpares, reinstale novamente o dispositivo de pressão (23a) e use o anel acionador menor e dispositivo de aperto. As garras do anel menor devem coincidir com os rasgos próximo às travas. (23b) Desta vez, o retrocesso da mola deve ser feito no sentido horário. Gire, mantenha assim e aperte o dispositivo até novamente encontrar o batente (23c).

24) Remova o anel, mas não o dispositivo de pressão. Neste momento, o mecânico deve aplicar os grampos para travar a mola (24a). São três grampos: encaixe-o e empurre a aba da mola para frente (24b).

25) Somente após encaixar os três grampos, libere o dispositivo. A mola deve ficar travada com os grampos mantendo a posição. Retire os grampos em seguida e confira e o travamento se manteve.

INSTALAÇÃO DA DUPLA EMBREAGEM

26) Para evitar a movimentação do eixo (popularmente conhecido por “carrinho”), instale o garfo com sua trava (26a). Importante: não acione os garfos das embreagens. Embora sejam feitos para aguentar a carga do acionamento das marchas, ao serem movimentados manualmente, eles podem ter danos por sobrecurso no eixo (26b).

27) Cada garfo possui duas molas compensadoras e ambas possuem um código numérico cuja referência deve coincidir com a do garfo. Não podem ser usadas molas em garfos com códigos diferentes.

28) Antes de colocar os parafusos e fazer os apertos, instale também o respectivo motor (28a). Assim, garante-se que o eixo entre garfo e motor estará alinhado no momento da fixação do garfo (28b e 28c). e “Se você apertar o garfo sem o motor, pode ocorrer desalinhamento do eixo e o motor sofrer encaixe forçado na instalação”, avisa Ricardo Melo, da Schaeffler.

29) Encaixe o garfo de acionamento das marchas pares (menor). Encoste as fixações e aplique torque de 19 Nm nos parafusos e 26 Nm nas molas compensadoras (29a). Atenção: não se esqueça de retirar a trava de segurança do garfo após o aperto (29b).

30) Após o torque final na mola compensadora, pode ser que o suporte fique fora de posição: ele deve ficar com os canais coincidindo com o ressalto do garfo (30a e 30b). Para corrigir isso, há outra ferramenta para girar o suporte e colocá-lo na posição correta (30c). Atenção: a operação deve ser sempre após o torque, nunca antes.

31) Repita toda a operação dos passos nº 26 a 30 no garfo das marchas ímpares.

32) Siga para o conjunto dos rolamentos de acionamento. A instalação é manual, mas o mecânico precisa verificar o ponto de encaixe girando a peça até que ela fique alinhada com os garfos ímpar (32a) e par (32b). Em seguida, posicione as duas chapas de contato (32c).

33) Instale as alças nos prisioneiros da dupla embreagem para montar o conjunto de dupla embreagem novamente nos eixos do câmbio.

34) Para assentar o conjunto de dupla embreagem em sua posição de trabalho, será instalado novamente o extrator, que desta vez será utilizado para empurrar o conjunto. Para essa função, é necessário utilizar uma bucha de assentamento (maleta
LuK 400 0427 10) (34a). O extrator deve ser apoiado com três elementos de apoio parafusados diretamente na carcaça do câmbio (todos da maleta LuK 400 0418 10) (34b).

35) Novamente com a chave de força ou catraca com soquete 22 mm, gire o fuso do extrator no sentido horário para descer o conjunto de dupla embreagem até o limite da bucha de assentamento (35a). Essa bucha possui uma guia como limitador (“stop”) para o eixo secundário (oco) e dois rasgos para visualizar o canal de alojamento do anel elástico que trava o eixo secundário quando a embreagem atinge o ponto desejado (35b). Ao final, desmonte novamente todas as ferramentas.

36) Com alicate apropriado, instale o anel elástico que trava o eixo secundário.

37) Reinstale o miolo do disco da embreagem ímpar, observando a marca que deve coincidir com a indicada no conjunto de dupla embreagem.

38) Reinstale o anel elástico que trava o disco da embreagem ímpar.

39) Após a montagem do conjunto de dupla embreagem, deve-se destravar os discos. Isso deve ser feito pelo eixo dos respectivos garfos de acionamento. Para acessá-los, remova novamente os motores. No ponto de conexão do eixo no garfo, encaixe a ferramenta KL-05008011 (39a). Com ela, o mecânico deve girar o eixo no sentido anti-horário até ouvir um estalo, que significa o destravamento daquela respectiva embreagem. Após o estalo, o mecânico deve dar mais uma volta completa na ferramenta por segurança (há uma marcação na ferramenta como referência para ajudar a contar as voltas) (39b). Cuidado: após terminar a última volta, não solte a ferramenta de uma vez porque ela tende a girar de volta com força e pode machucar sua mão. Solte-a aos poucos. Repita a operação no outro garfo.

Obs: Essa operação deve ser feita tanto em conjuntos de embreagens que passou pelo “reset” quanto em conjuntos novos – afinal, estes já vêm de fábrica travados.

40) Reinstale novamente os motores. O torque de aperto dos parafusos é 5,5 Nm.

Mais informações: Schaeffler: 0800 011 10 29

Texto & fotos: Fernando Lalli

Nakata vence a categoria “Juntas homocinéticas” na Pesquisa O Mecânico 2022

Nakata é mencionada em 13 categorias da 6ª edição da pesquisa da Revista O Mecânico

 

Na Pesquisa O Mecânico 2022, promovida pela Revista O Mecânico, a Nakata foi a mais votada na categoria “Juntas homocinéticas” tanto como a marca mais conhecida quanto a comprada com mais frequência pelos profissionais das oficinas mecânicas. Ao todo, foram 1.074 entrevistas com mecânicos de todos os 26 Estados das cinco regiões do Brasil, mais o Distrito Federal.

A Pesquisa O Mecânico, realizada em parceria com o Instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec), mapeou as marcas preferidas entre os profissionais que vivem o dia a dia das oficinas para 47 diferentes categorias de peças, ferramentas e equipamentos.

Nas categorias “Bandeja de suspensão”, “Bieletas de suspensão”, “Pivô de suspensão”, “Terminal axial” e “Terminal de direção”, a Nakata foi a marca mais comprada e a mais conhecida pelos mecânicos, repetindo o desempenho da pesquisa de 2021.

Já as categorias “Amortecedor”, “Bomba d’agua”, “Bomba de óleo”, “Molas”, “Bucha de suspensão”, “Coxim de motor” e “Barra de direção”, está no ranking das 2 mais votadas pelos mecânicos.

Para saber mais detalhes da pesquisa O Mecânico 2022, acesse https://omecanico.com.br/pesquisa-o-mecanico-2022-as-marcas-preferidas-dos-mecanicos/

SKF e Stock Car promovem ação solidária

Ação acontece nos dias 30 e 31 de julho durante a corrida da Stock Car no autódromo de Interlagos (SP)

Nos dias 30 e 31 de julho, o Autódromo de Interlagos (SP) recebe a corrida da Stock Car com uma campanha de arrecadação de alimentos. A SKF, fornecedora oficial de rolamentos da Stock Car, em parceria com a Vicar (organizadora da Stock Car) e o Fundo Social de Solidariedade de Cajamar viabilizaram o “Ingresso Solidário Stock Car – Acelerando contra a fome”, com o objetivo de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social.

As pessoas podem contribuir adquirindo o ingresso solidário de arquibancada com 50% de desconto, mediante a doação de 1Kg de alimento não perecível na entrada do autódromo.

A meta dessa campanha é arrecadar 5 toneladas de alimentos para beneficiar cerca de 1.000 famílias que vivem nas comunidades carentes de Cajamar, cidade localizada na região metropolitana de São Paulo.

Os ingressos solidários da Stock Car podem ser adquiridos diretamente no site do Sympla, acesse o link: https://bileto.sympla.com.br/event/74697/d/146860


SERVIÇO:

Campanha Ingresso Solidário Stock Car – Acelerando contra a fome

Quando: 30/07 e 31/07, sábado e domingo

Onde:
Autódromo José Carlos Pace (Autódromo de Interlagos)
Endereço: 
 Av. Sen. Teotônio Vilela, 261 – Interlagos, São Paulo-SP

Compra de ingresso: https://bileto.sympla.com.br/event/74697/d/146860

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