Artigo | Cuidado com o fluido de arrefecimento

Cuidado com o fluido de arrefecimento - Foto de abertura-Artigo-ed.342
Cuidado com o fluido de arrefecimento

Na hora de escolher o que colocar dentro do arrefecimento deve prevalecer o bom senso: os motores evoluíram e os aditivos também

Artigo por Fernando Landulfo

Um dos assuntos que mais tem gerado discussão dentro das “rodas” de mecânicos entusiastas, presenciais e virtuais, é o quais produtos utilizar nos sistemas de arrefecimento. E como a internet dá oportunidade para todos se expressarem, muitos mitos acabam surgindo e viralizando. Alguns deles até algum embasamento técnico/científico. Já outros não passam de pura crendice.

É claro que o Guerreiro das Oficinas sempre procura seguir à risca as especificações técnicas e recomendações dos fabricantes de cada modelo. Sobretudo no que diz respeito à fluidos e lubrificantes. E não é para menos. Ele sabe muito bem que uma aplicação errada, pode provocar um dano gravíssimo no veículo do cliente. Dano esse que gera, além de um prejuízo financeiro enorme, aborrecimentos e a perda da confiança do cliente. Algo, por sinal, muito difícil de reconquistar.

Mas como a internet se encontra inundada de informações, muitas vezes de origem conhecida, por vezes o profissional a acaba ficando em dúvida se realmente está tomando o caminho correto.

Como exemplo, pode-se citar o uso de óleo solúvel como aditivo para os sistemas de arrefecimento, ao invés dos produtos à base de etilenoglicol. Está errado? De acordo com o manual de instruções para motores industriais da Mercedes-Benz do Brasil, do ano de 1987, está corretíssimo:

“Utilizar no sistema de arrefecimento somente água beneficiada. Denominamos água beneficiada, a adição de 10 cm³ de óleo solúvel anticorrosivo para cada litro de água utilizado no sistema. (Para compensar pequenas perdas de água por evaporação, adicionar ao sistema somente água limpa)” (p. 26).

Note que a água recomendada para se misturar com o óleo solúvel é descrita apenas como água limpa. Uma definição muito ampla, que abrange desde a água desmineralizada, passando pela água de chuva (via de regra, ácida), água de condensação de ar-condicionado (contém sais minerais), água de poço (contém sais minerais), até chegar na água oferecida nas torneiras pelas concessionárias de saneamento (contém cloro, flúor e sais minerais). Desde que fosse limpa… Servia. Afinal de contas, o comportamento do óleo solúvel pouco se alterava com o PH da água utilizada, ou mesmo, com a presença de sais mineiras na mesma.

Naquela época, aqueles motores, que trabalhavam sob aquelas condições, equipados com aqueles radiadores aceitavam bem esse fluido.

Só que estamos no ano de 2022! Tudo está diferente. Os motores evoluíram e junto com eles os sistemas de arrefecimento e os seus respectivos fluidos. A recomendação atual em dia é utilizar água desmineralizada junto com o aditivo homologado (a grande maioria dos aditivos genuínos é à base de etilenoglicol) ou fluido oferecido já preparado.

Cuidado com o fluido de arrefecimento - Foto 2-Artigo-ed.342

Frescura? Claro que não! Trata-se apenas de uma simples precaução contra possíveis ataques químicos e/ou corrosão galvânica sobre os materiais que compõem os modernos motores e respectivos sistemas de arrefecimento. Além de garantir que o aditivo não reaja com outras substâncias e funcione plenamente.

Cuidado com o fluido de arrefecimento - Foto 3-Artigo-ed.342

Mas e se numa situação de reparo de emergência a água desmineralizada e o aditivo recomendado não estiverem disponíveis?

Se isso acontecer, hora de fazer uso do bom senso. Situação de emergência é situação de emergência. Muitas vezes é preciso tirar o cliente de um determinado local. Ou fazer com que ele possa seguir viagem até uma localidade com melhores recursos. Nessa situação, “se não tem tu, vai tu mesmo”.

Ou seja: utiliza-se o que há disponível, que mais se assemelhe com o produto genuíno. Mas sempre de forma clara e transparente para o cliente, que precisa autorizar.

O bom senso – algo que o Guerreiro das Oficinas tem de sobra – também diz que tudo o que é feito nessas condições é temporário e precisa ser revisto posteriormente, na primeira oportunidade, sob condições técnicas mais favoráveis. E sob essas novas condições faz-se a reparação definitiva com todos os produtos recomendados.

Mas é importante ressaltar: não é porque essas soluções temporárias são eventualmente recomendadas que devem se tornar permanentes. Insisto: bom senso! Se antigamente funcionavam, é porque as temperaturas de funcionamento eram muito mais baixas, os motores trabalhavam com muito mais folga e os materiais utilizados toleravam fluidos desse tipo.

Hoje, a engenharia moderna de motores não permite mais qualquer fluido no arrefecimento. São outros tempos, outros aditivos, outras tecnologias.

 

REFERÊNCIAS:

MERCEDES BENZ DO BRASIL S/A. Manual de Instruções Motores Industriais OM-314, OM-352, OM-352-A, OM-355/5, OM-355. São Bernardo do Campo: Mercedes Benz do Brasil S/A, 1987.

 

Entrevista | Seis perguntas para Cabovel

Entrevista - Cabovel
Ricardo Valtner

Seis perguntas para a Cabovel

Nascida em 1971, a marca Cabovel é conhecida no mercado pelos cabos e alavancas fornecidos tanto para montadoras quanto para a reposição de autopeças. Em 2007, a Cabovel foi adquirida pela empresa Alka3, que expandiu a presença da marca no mercado e nas fabricantes de veículos. Sócio Proprietário da Alka3, Ricardo Valtner, afirma que o
aftermarket automotivo está cada vez mais dinâmico. “O mercado de reposição acompanha os lançamentos das montadoras mais rápido do que antigamente. Todos querem ter à disposição o melhor produto e o mais rápido possível”, conta o executivo.

REVISTA O MECÂNICO:  A empresa Alka3 adquiriu a Cabovel há cerca de 15 anos. De lá para cá, como a marca evoluiu dentro do mercado de reposição?

RICARDO VALTNER: Durante este período, a Cabovel tem se dedicado em aumentar o seu portfólio de produtos, acompanhando o mercado com a chegada de novas montadoras e modelos. A preocupação em melhorar o serviço ao cliente como entregas rápidas, melhoria contínua e baixíssimo índice de devolução fazem com que a Cabovel seja reconhecida como a melhor marca de cabos.

O MECÂNICO: Quais são os produtos “carros-chefes” da Cabovel no mercado de reposição?

VALTNER: Hoje, os principais produtos da Cabovel são os cabos de câmbio, que por se tratar de produtos que contêm  alta tecnologia tanto no desenvolvimento como na produção, ajudam muito a Cabovel conquistar mais espaço no mercado de reposição. Toda essa tecnologia foi implantada para que as montadoras e o mercado de reposição recebessem a mesma qualidade.

O MECÂNICO: E para as manufaturas das fabricantes de automóveis, quais vocês destacam? Hoje, qual a divisão (share) entre reposição e OEM na linha de produção da Cabovel?

VALTNER: A divisão dos mercados original e reposição está equilibrada. Hoje, 55% está para o mercado de reposição e o restante para as montadoras. Fornecemos para muitas  montadoras instaladas no Brasil e algumas no exterior, destacando a Mercedes-Benz, Volkswagen, General Motors, Volvo, Agrale e muitas outras de máquinas agrícolas.

O MECÂNICO: Como a Cabovel identifica a necessidade por novas aplicações no mercado de reposição?

VALTNER: O mercado de reposição acompanha os lançamentos das montadoras mais rápido do que antigamente. Todos querem ter à disposição o melhor produto e o mais rápido possível. A Cabovel, antenada nesta necessidade, acelera o desenvolvimento de novos produtos com novos investimentos em ferramentas e linhas de produção para aumentar seu portfólio e oferecer ao mercado de reposição toda a qualidade que as montadoras exigem.

O MECÂNICO: Como a Cabovel atende ao público de mecânicos independentes? Há ações direcionadas? Qual é a principal necessidade que a empresa vê nesse público e que  precisa ser atendida?

VALTNER: A Cabovel, através de seus distribuidores e varejistas, abrange o maior número de mecânicos nas suas respectivas regiões. Possuímos em nosso site (cabovel.com.br)  informações importantes para que os mecânicos possam ter o conhecimento sobre nossos produtos, como checarem as aplicações corretas dos produtos solicitados. Estamos sempre procurando saber sobre nossos produtos no mercado, por isso mantemos um canal aberto com quem quiser ter informações mais detalhadas. Estamos sempre abertos a promover palestras a mecânicos sobre nossos produtos juntamente com nossos distribuidores.

O MECÂNICO: Na sua opinião, o mecânico tem fator de decisão na marca da peça que será aplicada no veículo? Por quê?

VALTNER: O mecânico é quem conhece os produtos que devem ser instalados nos veículos de seus clientes, pois, ele será o primeiro a ser responsabilizado por um problema  posterior ao seu serviço. A Cabovel sabe o quanto isto pode ser decisivo para a escolha da marca. Para nós da Cabovel, o índice de retorno por má qualidade deve ser zero. Ninguém gosta de refazer o serviço nem de correr risco de acidentes. Todos os produtos da Cabovel estão de acordo com as especificações das montadoras, mesmo que não  sejam originais. Na hora que o mecânico precisar de um produto que dê a segurança e que não vai ter retrabalho, ele vai procurar os produtos Cabovel.

 

 

 

 

 

Artigo | Dicas para prevenir riscos à saúde e à segurança do mecânico

Foto de abertura - Artigo Ed.341

Saiba que medidas tomar para reduzir os riscos à integridade física do profissional no dia a dia da oficina; mudanças no ambiente de trabalho e na atitude pessoal são fundamentais

 

Artigo por Fernando Landulfo | fotos Arquivo O Mecânico

O artigo anterior desta série (Revista O Mecânico ed. 340, agosto/2022) apresentou os principais riscos que expõe a segurança e a saúde do mecânico na realização das suas  atividades. No entanto, relevar os problemas é apenas parte da solução. Também é preciso indicar a direção de como eliminar esses riscos. Como assim, apontar para a direção? Não existe uma “fórmula mágica” pronta para uso? Não, infelizmente não há.

Como já dito em ocasiões anteriores, as pessoas pensam de diferentes maneiras. Pois bem, a redução dos riscos de acidente dentro da oficina e a preservação da saúde dos mecânicos está diretamente associada a realização de duas importantes tarefas de “nível macro”.

TAREFA 1: MELHORIA DAS CONDIÇÕES NO AMBIENTE DE TRABALHO (SEGURANÇA DO AMBIENTE)

O médico do trabalho e perito, Dr. Raimundo Martins, define condição insegura de trabalho como sendo: “(…) falhas no ambiente de trabalho que comprometem a segurança, podendo levar ao um acidente.
Não devem ser confundidos com os riscos ocupacionais de determinadas ocupações como trabalho em alturas e eletricidade. A condição insegura nestes casos se instala quando não existem ou não são adequados os equipamentos e as normas”.

E quais são esses riscos? De acordo com a Fisioterapeuta Dra. Andréia Fuchs¹ alguns dos riscos envolvidos seriam:

• Iluminação: É imprescindível que o ambiente possua uma iluminação adequada, podendo evitar o efeito surpresa, por exemplo numa regulagem ou ajuste de peças, que podem se soltar e causar acidentes.

Manutenção de equipamentos e ferramentas: Equipamentos como elevadores devem ser constantemente revisados e ajustados.

• Organização e limpeza do ambiente de trabalho: É fundamental para um trabalho mais eficiente, reduzir a fragmentação de tarefas e repetições ajudam bastante. Procurar ter a mão as ferramentas de uso frequente para evitar deslocamentos desnecessários. Quedas relacionadas às más condições do piso são frequentes, por isso recomendamos muita atenção quanto a coisas simples, como a limpeza e higiene do local (piso sujo com fragmentos de peças, óleo, resíduos de combustíveis).

Foto 2 - Artigo Ed.341

• Ventilação: Existem normas técnicas que recomendam a cada 60m2 a existência de portas e/ou janelas. A ventilação deve ser preferencialmente natural. Lembrando que veículos
motorizados emitem gases tóxicos, nocivos à saúde como por exemplo monóxido / dióxido de carbono, que saem dos escapamentos, letais se inalados em ambiente fechado por
longo período.

• Incêndios ou explosões: devido ao armazenamento e/ou manuseio de combustíveis é necessário que os equipamentos de prevenção de incêndio estejam a mão e que os funcionários saibam utilizá-los (recomenda-se o treinamento de brigada de incêndio anualmente).

Foto 3 - Artigo Ed.341

Mas onde o mecânico entra nesse processo? De acordo com a Norma Regulamentadora número 1 (NR1) do Ministério do Trabalho de do Emprego (MTE), cabe aos empregadores:

a) Implementar medidas de prevenção;
b) Eliminar ou minimizar fatores de risco;
c) Adotar medidas de proteção coletiva;
d) Adotar medidas de proteção individual.

Logo, cabe ao “Guerreiro doas Oficinas” no papel de empresário, assumir tais tarefas.

Mas quais condições precisam ser avaliadas e melhoradas?

Bem, é preciso lembrar que o ambiente da oficina é muito eclético. Logo, pode haver enquadramento em mais de uma NR. Além do mais, uma oficina nunca é igual a outra. Logo, as avaliações devem ser feitas de forma individual.

E quem deve fazer essa avaliação?

Um especialista em segurança e medicina do trabalho. Por exemplo um Engenheiro de Segurança. Mas sempre em parceria com os colaboradores, que são aqueles que melhor conhecem o ambiente.

TAREFA 2: MUDANÇA NAS ATITUDES E HÁBITOS DO “GUERREIRO DAS OFICINAS” (SEGURANÇA DAS ATITUDES)

O médico do trabalho e perito Dr. Raimundo Martins, define ato inseguro durante o trabalho como sendo: “(…) atitudes com as quais os trabalhadores se expõem aos riscos de acidentes de trabalho, de maneira ou não. Correspondem à violação de uma ordem ou procedimento. Alguns exemplos: levantamento improprio de carga, brincadeiras no serviço, manutenção de máquinas em movimentos, danificação ou não uso de EPI, utilização de ferramenta inadequada, ou execução de serviços para os quais não estão autorizados”

Por sua vez, a Fisioterapeuta Dra. Andreia Fuchs dá uma ênfase especial na utilização dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI).

1. Óculos de segurança: é obrigatório principalmente em operações de corte, solda, desbaste e onde há risco de projeção de pequenos objetos.

2. Protetores auriculares: devem ser utilizados quando do uso de equipamentos que produzem ruídos excessivos.

3. Máscaras e respiradores: quando manusear solventes e/ou outros produtos tóxicos e/ou poeiras excessivas.

4. Luvas específicas: para evitar o contato direto das mãos/pele com substâncias químicas, partes cortantes ou calor excessivo. Evitando assim, alergias, doenças de pele como as dermatites e acidentes (cortes e queimaduras).

A obrigatoriedade do fornecimento e utilização desses equipamentos é regulamentada pela NR6 no MTE. E nesse ponto, o “Guerreiro das Oficinas” precisa encarar a situação sob dois diferentes pontos de vista. Como empresário, ele deve fornecer, incentivar e fiscalizar a utilização. Já como mecânico, ele deve utilizar e incentivar o seu uso pelos colegas.

A Dra. Andreia Fuchs também dá algumas dicas de como preservar a saúde do mecânico no dia a dia do trabalho.

a) Muita atenção na intensidade do esforço físico, no manuseio de cargas, levantamento de peso excessivo e esforços repetitivos, que levam ao surgimento das doenças ocupacionais: LER / DORT. Levar em conta a capacidade individual de cada um;

b) Estabelecer pausas durante a jornada de trabalho;

c) Ajustar móveis e equipamentos às características físicas do trabalhador. Não ingerir bebidas alcóolicas durante o horário de trabalho;

d) Manter uma boa alimentação e boas noites de sono: cansaço excessivo aumenta o risco de acidentes;

e) Usar roupas e calçados adequados que não restrinjam os movimentos e nem dificultem a circulação sanguínea;

f) Manter uma boa postura previne dores e ajuda a diminuir o estresse e a fadiga: se precisar abaixar-se, lembre-se sempre de dobrar os joelhos e de não curvar a coluna;

g) Ficar muito tempo em uma só posição, seja sentado ou em pé, faz com que alguns músculos e articulações sejam sobrecarregados, causando dores e desconfortos que podem irradiar para outras regiões do corpo;

h) Os alongamentos são indispensáveis para diminuir a tensão e prevenir lesões. Esses exercícios simples preparam seu corpo para as atividades diárias, promovem aumento da flexibilidade muscular, proporcionam relaxamento e diminuem a tensão provocada pelo trabalho;

i) Nunca deixe de atender às suas necessidades fisiológicas, não segure demais antes de ir ao banheiro.

REFERÊNCIAS:
BRASIL – Ministério do Trabalho e do Emprego. Norma Regulamentadora N.º 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais. Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-01-atualizada-2020.pdf>. Acesso em 08/09/2022. BRASIL – Ministério do Trabalho e do Emprego. Norma Regulamentadora N.º 06 – Equipamentos de Proteção Individual. Disponível em: <https://www.gov.br/trabalho-e-previdencia/pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-06.pdf>.Acesso em 08/09/2022. MARTINS. Raimundo Nonato Leal. Saiba a diferença entre Atos Inseguros e Condições inseguras. Raimundo Leal perito e médico do trabalho. 2019. Disponível em: <https://www.raimundoleal.com.br/post/saiba-a-diferen%C3%A7a-entre-atos-inseguros-e-condi%C3%A7%C3%B5es-inseguras>. Acesso em: 08/09/2022.

Artigo | Segurança do Mecânico na Oficina: Conhecendo os riscos

Foto-de-abertura-Artigo-Ed.340

Segurança e saúde profissional são assuntos que precisam ser tratados com muita seriedade; saiba a quais riscos ocupacionais o mecânico está exposto

 

Artigo por Fernando Landulfo

Definitivamente, não há o que discutir quanto à importância do “Guerreiro das Oficinas” e da sua atividade dentro da economia. Afinal de contas, é mais do que sabido que, tanto no Brasil quanto em outros países, a indústria da reparação de veículos gera milhares de empregos: tanto diretos, como indiretos. Segundo Binder e outros (2001), a grande maioria das oficinas são constituídas de pequenas e médias empresas, onde o proprietário também assume a responsabilidade pela sua segurança e saúde, assim como, dos seus colaboradores. E “todo mundo” sabe que consertar veículos é uma atividade de risco.

Binder e outros (2001) reforçam esta hipótese afirmando que, na Europa, França e Inglaterra dispõem de sólidas estatísticas a respeito de acidentes em oficinas mecânicas. Logo, a segurança e a saúde profissional do mecânico são assuntos que precisam ser tratados com muita seriedade.

Para começar é preciso, antes de tudo, conhecer os fatores que expõem a saúde do mecânico, assim como, os riscos envolvidos no ambiente da oficina.

Segundo a Dra. Andreia Fuchs1, estudos demonstram que os problemas que mais afetam à saúde, assim como, a segurança dos mecânicos, são: traumas e lesões e as doenças do sistema músculo esqueléticos, como a Lesão por Esforço Repetitivo (LER)2 e as Doenças Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT). De acordo com a fisioterapeuta, os sintomas mais comuns são: dores de cabeça, ombros, pernas e costas, seguidas de câimbras, sensação de formigamento, dormência, cansaço maior que o normal durante a  jornada de trabalho, sensação de peso nos membros, fadiga muscular acompanhadas ou não de perda de força muscular.

Binder e outros (2001), por suas vezes, complementam com: doenças de pele, reações alérgicas, a irritação ocular, problemas respiratórios, além de uma extensa relação de riscos de acidentes, pertinentes ao ramo de atividade do “Guerreiro das Oficinas”:

a) Acidentes / cortes gerados pelo manuseio de ferramentas ou fragmentos de peças danificadas;

b) Ferimentos causados por ar ou água sob pressão;

Foto-2-Artigo-Ed.340.

¹ CREFITO-3/Nº105567-F.
² LER: doenças do trabalho provocadas pelo uso inadequado e excessivo do sistema que agrupa
ossos, nervos, músculos e tendões. Atingem principalmente mãos, punhos, braços, antebraços,
ombros, coluna cervical e lombar, típicas do trabalho intenso e repetitivo.

Foto 3 - Artigo Ed.340

c) Lesões oculares por corpo estranho;

d) Acidentes de trânsito durante teste de veículos;

e) Quedas relacionadas a condições de pisos;

f) Acidentes com máquinas manuais motorizadas;

g) Queda de materiais sobre o corpo;

h) Acidentes com equipamentos para elevação de veículos;

i) Queimaduras por: contato com superfícies aquecidas, incêndios, explosões de tanques ou do mau armazenamento e manuseio de combustíveis;

j) Choques elétricos;

k) Exposição ao ruído excessivo: em algumas circunstâncias, os níveis de ruído podem atingir valores em torno de 110 dB(A). Na dependência do tempo de exposição diária, níveis acima de 85 dB(A) podem lesionar o aparelho auditivo;

l) Exposição a vibrações por manuseio de ferramentas manuais motorizadas;

m) Exposição a radiações ultravioleta e infravermelha em operações de corte e solda;

n) Intoxicação crônica, a exposição a gases e substâncias provenientes de emissões da combustão incompleta de gasolina e de óleo diesel;

o) Esforço físico excessivo no manuseio de cargas, levantamento de peso excessivo. Em tempo, a Dra. Andreia Fuchs3 lembra que o artigo 198 da CLT, estipula que o peso  máximo que um trabalhador pode carregar individualmente é: 60 kg para o homem e 25 kg para mulher. Já a NR-17, diz que nenhum trabalhador pode exercer força cujo peso for susceptível a comprometer sua saúde e segurança. No entanto a acima citada profissional afirma que o limite de segurança no levantamento de peso ou transporte de objetos e  peças, não deve exceder 10% do peso corporal do indivíduo, a fim de prevenir a incidência de doenças ocupacionais acima citadas;

p) Manipulação de substâncias químicas, utilizadas para limpeza de peças.

Binder e outros (2001), afirmam que combustíveis, solventes orgânicos, dentre outras substâncias químicas, geram problemas de pele, como: dermatites, assim como, alterações  hepáticas, renais, hematológicas, e no sistema nervoso por serem irritantes relativos.

De acordo com a Dra. Andreia Fuchs4 , alguns desses riscos podem ser evitados ou minimizados. Para tanto, existem legislações e procedimentos específicos. Por exemplo:

1) PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (verifica-se os riscos e exposição dos trabalhadores, ruídos, iluminação e ventilação adequada do ambiente);

Foto 4 - Artigo Ed.340

2) PCMSO – Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional (visa averiguar anualmente as condições de saúde dos trabalhadores como por exemplo acuidade visual, auditiva);

3) Entregar/fornecer, treinar e fiscalizar o uso de EPIs (NRs 5, 6, 7, 9, 10, 15, 16 e 35);

4) Estabelecer condições mínimas de limpeza, higiene e sinalização de segurança;

5) Adquirir e treinar o uso de equipamentos de combate incêndio – AVCB em dia. Se possível, treinamento Brigada de Incêndio;

6) Orientação sobre aspectos ergonômicos (NRs 15, 16 e 17);

7) Promover ações rotineiras para prevenção de acidentes/Diálogo Diário de Segurança (DDS). É importante saber o que fazer em situações de emergência.

REFERÊNCIAS:
BINDER, Maria Cecilia Pereira; WERNICK, Renato; PENALOZA, Renato Rommel; ALMEIDA, Idalberto Muniz de. Condições de trabalho em oficinas de reparação de veículos automotores de Botucatu (São Paulo): nota prévia. Informe Epidemiológico do SUS, Brasilia, v.10, n.2, p. 67-79, jun. 2001. ISSN: 0104-1673.

Mitsubishi Motors cria unidade exclusiva em fábrica para programa de remanufatura de peças

Mitsubishi Motors cria unidade exclusiva em fábrica para programa de remanufatura de peças
Mitsubishi Motors cria unidade exclusiva em fábrica para programa de remanufatura de peças – Foto: divulgação/Mitsubishi

Programa Mit Renova oferece itens com até 50% de desconto e garantia de um ano 

 

A Mitsubishi Motors instalou em sua fábrica localizada na cidade de Catalão, interior de Goiás, uma unidade exclusiva para remanufaturar peças da sua linha de veículos novos e seminovos que seriam descartadas na natureza. Com a iniciativa, a empresa pretende ampliar ainda mais sua atuação no campo da responsabilidade ambiental. 

 
Com o nome de Mit Renova, o programa vem atuando na remanufatura e distribuição de peças seminovas desde 2002. Em 2008, o programa passou a trabalhar com componentes de qualquer modelo da marca, independente do ano. O programa oferece até 50% de desconto em peças remanufaturadas ou seminovas, além da garantia de um ano, a mesma oferecida para novos componentes da marca.  

 
Itens como turbina, motor, caixa de direção e sistema de transmissão fazem parte do programa da Mitsubishi, proporcionando um aumento no ciclo de vida de componentes essenciais para os modelos da marca, diminuindo não só o descarte desses no meio ambiente, mas reduzindo os preços de manutenção dos veículos. 

 
As peças incluídas no programa são aceitas após uma avaliação de alguns parâmetros estabelecidos pela Mitsubishi para verificar a viabilidade do procedimento. Quando aprovadas, são direcionadas para o processo de recondicionamento realizado dentro da planta de Catalão/GO. Após serem remanufaturadas, são encaminhadas para a rede de concessionárias para serem oferecidas aos consumidores.  

Calmon | Carro elétrico: alcance rebaixado em 30% pela norma brasileira

 

Da mesma forma que as referências de consumo em motores a combustão suscitavam dúvidas, agora chegou a vez dos modelos elétricos neste caso específico de alcance. É preciso explicar primeiro que o PBEV (Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular) é obrigatório, executado pelo Inmetro a partir de 2018, seguindo as diretrizes do regime Rota 2030 do rebatizado Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

A bem da verdade, os critérios oficiais de consumo energético (mJ/km) e volumétrico (km/l) são hoje plenamente alcançáveis na maioria das situações de uso em cidade e estrada. O motorista pode confiar no valor declarado que, por óbvio, sempre vai depender das condições de tráfego e do modo de dirigir o veículo. Em certas circunstâncias há inclusive relatos de valores de consumo melhores do que os informados oficialmente.

No caso de modelos elétricos o alcance em quilômetros para ciclos urbano e rodoviário tornou-se a grandeza mais utilizada – e declarada – pela facilidade de ser percebida. Contudo, não é tão fácil estabelecer uma referência real, pois depende de temperatura ambiente (inverno e verão), uso do ar-condicionado, regeneração energética em freadas ou desacelerações graduais e até o ímpeto natural do motorista de sentir o torque instantâneo a seu dispor.

Assim, a partir deste 1º de janeiro o Inmetro passou de forma acertada a aplicar um fator de correção de 30%, diminuindo nesta proporção o alcance obtido em laboratório pelos diferentes métodos aceitos internacionalmente: WLTP (europeu) e EPA (americano). Também existe a antiquada norma europeia NEDC declarada por algumas marcas chinesas e sem nenhum valor prático por estar fora da realidade.

O site brasileiro useeletrico.com foi o primeiro a apontar os novos valores. No caso do automóvel elétrico mais vendido do País em 2022, o Volvo XC40 Recharge Single Motor o alcance “caiu de 420 km (no WLTP) para somente 231 km no PBEV, uma diferença de impressionantes 45%”. Mas, ressalta o site, o Nissan Leaf teve redução de 29%, de 272 km para 192 km, pela norma EPA mais severa que a WLTP.

Alcance de carros elétricos depende de outros fatores. Até, por exemplo, se limpadores do para-brisa e faróis são usados por períodos prolongados. Velocidade constante em estradas pode causar surpresas pois a regeneração em freadas é mais rara. Como regra geral um elétrico vai melhor em uso urbano e o motor a combustão, em velocidade constante nas estradas.

No início deste ano a Tesla foi multada na Coreia do Sul em US$ 2,2 milhões (R$ 11 milhões) por propaganda enganosa e um dos motivos por ignorar informações sobre alcance em temperaturas abaixo de zero °C.

Estas discrepâncias vêm sendo apontadas igualmente por um site internacional: evdatabase.org. Lá divulgam estimativa de alcance real de todos os modelos elétricos à venda no mundo. Deixam claro o critério: inverno rigoroso e verão moderado, velocidade constante em estrada de 110 km/h e condições meteorológicas. Mesmo assim classificam verão moderado com temperatura de 23 °C e ar-condicionado desligado. Desconsideram o calor que obriga o uso do condicionador de ar, como aqui e em muitos outros países. Na maioria dos modelos a diferença entre pior e melhor situação chega perto de 100%.

 

Filosa prevê tecnologia flex híbrida já em 2023

Principal executivo da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa confirmou esta terça-feira que o programa de pesquisa da companhia batizado de Bio-Electro trará os primeiros resultados até o final deste ano na forma de uma solução desenvolvida localmente para um híbrido flex. Entretanto, não especificou quando entrará em produção e nem qual modelo será o escolhido. Também apontou que até 2030 o grupo franco-ítalo-americano terá reduzido em 50% as emissões de CO2 no Brasil com a ajuda do etanol.

Para este ano sua previsão de crescimento do mercado brasileiro de veículos leves e pesados alinha-se aos 3% informados pela Anfavea. Ele acredita que no segundo semestre haverá um bom alívio na escassez de chips e outros componentes para impulsionar a produção.

Sobre planos de curto prazo (até 2025) disse estar em período de silêncio obrigatório para empresas cotadas em bolsas de valores internacionais. No entanto desmentiu rumores incessantes aqui no Brasil de que o novo Peugeot 2008 terá sua produção transferida de Porto Real (RJ) para a Argentina. Notícias na imprensa especializada do país vizinho dão conta que esta decisão permanece em estudos.

 

ALTA RODA

Creta N-Line oferece discretas mudanças visuais com toques esportivos, porém sem ênfase no desempenho. O motor 1-litro turbo igual ao restante da linha tem limitações com 120 cv e 17,5 kgf.m de torque. Ainda assim, recalibração da assistência elétrica de direção, de amortecedores e molas deixou o N-Line agradável de dirigir, mas a diferença não é tão sensível a ponto de chamar atenção do motorista menos técnico. O câmbio automático epicíclico de 6 marchas vai muito bem, assim como o freio eletromecânico de imobilização com ativação automática nas paradas (auto-hold). Com a alíquota menor do IPI de motores 1-litro parte dessa diferença é devolvida em equipamentos, acabamento e segurança. Rodas exclusivas de aro 17, saída dupla de escapamento, interior escurecido no teto e bancos, nova alavanca seletora de câmbio, teto solar panorâmico, frenagem autônoma de emergência (pedestres e outros veículos) e detetor de fadiga somam-se às muito úteis câmeras nos retrovisores com imagens projetadas no centro do quadro de instrumentos.

Primeiros modelos homologados nos EUA com Nível 3 (automação condicional) não são da Tesla ou outros fabricantes. Mercedes-Benz informou que os sedãs de topo, Classe S e EQS (elétrico), chegam ao mercado no final do ano, apenas no Estado de Nevada. Há, porém, limitações: só funciona até 65 km/h e o motorista recebe alerta para assumir os comandos em situações mais difíceis. O sistema Drive Pilot, já homologado na Alemanha, é opcional e muito caro (a marca alemã não informou o preço). Outros fabricantes relutam em passar do atual Nível 2,5 para o 3, preferindo esperar pelo Nível 4 de automação avançada, porém distante da viabilidade comercial.

________________________________________________________

www.fernandocalmon.com.br

Siemens aponta desafios para a eletrificação da frota no Brasil

Siemens aponta desafios para a eletrificação da frota no Brasil - Foto: divulgação/Siemens
Siemens aponta desafios para a eletrificação da frota no Brasil – Foto: divulgação/Siemens

 

Apesar do potencial de geração de energia renovável, infraestrutura é obstáculo para o crescimento da eletrificação no país 

 

 A Siemens Smart Infrastructure, uma das empresas focadas no plano de eletrificar a frota brasileira, realizou uma avaliação do atual momento do país em relação ao processo de transformação energética dos veículos no Brasil. Segundo dados do Ministério de Minas e Energia divulgados em setembro/2022, 86% da energia elétrica consumida no país foi obtida através de meios renováveis, número bastante superior à média global, que fica em torno dos 28%, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). 

 Apesar do grande potencial energético e do aumento nas vendas de veículos elétricos ou híbridos, a eletrificação da frota brasileira encontra alguns obstáculos para seu crescimento. Um dos grandes entraves para isso é a infraestrutura oferecida para carregamento dos veículos, que apesar de já estar presente em alguns grandes centros urbanos, ainda é deficitária na maior parte do país.  

 Para o responsável pela área de Mobilidade Elétrica da Siemens Smart Infrastructure, Paulo Antunes, a eletrificação é uma discussão que estará cada vez mais presente no dia a dia da sociedade. “Não há mais como negar que o conceito de cidade inteligente está diretamente ligado ao impacto que o transporte causa na vida das pessoas. E neste momento as discussões avançam para a relevância do transporte elétrico compartilhado, o tempo e local de carregamento e a infraestrutura necessária para isso acontecer”, diz Paulo. 

 Segundo a Siemens, com a evolução desse mercado, surge a necessidade da criação de uma rede de carregamento para carros, ônibus e caminhões elétricos, condição indispensável para manter o crescimento do segmento no país. Para a empresa, seja para qual for a aplicação, a infraestrutura precisa atender essa nova demanda do mercado de forma ágil e simplificada, oferecendo uma experiência para os consumidores parecida com o abastecimento tradicional. 

 Uma das alternativas apontada pela Siemens para espalhar essa infraestrutura pelo país é um modelo de negócio que a companhia está implantando junto à Brasol, organização especializada em fornecer energia para outras empresas.  

 Trata-se de um serviço customizado de carregamento para veículos elétricos e geração de energia solar limpa na modalidade “Changing as a service” (CaaS). Com ele, o cliente do setor industrial ou comercial não precisa comprar e gerenciar os equipamentos da Siemens, que ficam sob responsabilidade da Brasol. 

Centro automotivo da Porsche em SP passa a usar energia solar

Centro automotivo da Porsche em SP passa a usar energia solar - Foto: divulgação/Porsche
Centro automotivo da Porsche em SP passa a usar energia solar – Foto: divulgação/Porsche

Com 600 m² de painéis solares, sistema será capaz de suprir até 88% da demanda energética do Service Body & Paint Stuttgart Porsche  

 

A oficina Service Body & Paint da Stuttgart Porsche, localizada na cidade de São Paulo/SP, passou a funcionar desde dezembro com captação de energia solar. Segundo a empresa, a previsão é de que a energia solar consiga suprir até 88% da demanda de energia do local. 

 O sistema instalado conta com 311 módulos solares com 545 W de potência, um inversor de 110 kw e outro de 33 kw, o que representa uma potência total de 143 kW ou 169 kWp (kilowatts de potência de pico). A instalação foi realizada utilizando a fixação por car port, onde a própria estrutura do sistema funciona como cobertura para os carros. No total, 205 foram colocados no local. 

 A expectativa da Stuttgart Porsche é de que o sistema gere aproximadamente 17866 KWh por mês, número superior ao que é consumido atualmente no local. A empresa trabalha com a previsão de um aumento de consumo, chegando aos 20 mil kWh por mês. Nesse caso, o sistema será capaz de fornecer 88% da energia necessária para o centro automotivo.  

 Os painéis solares fornecem energia para o prédio no local, bem como para os dois carregadores ultra rápidos de carros elétricos, que são capazes de fornecer 100% da carga da bateria para modelos como o Porsche Taycan, além de outros 14 carregadores de 22 kW que estão instalados na unidade.  

Comgás utiliza caminhões com motor GNV em São Paulo

Comgás utiliza caminhões com motor GNV em São Paulo
Comgás utiliza caminhões com motor GNV em São Paulo – Foto: divulgação/Comgás

Distribuidora de gás natural encanado, a Comgás passa a utilizar caminhões com motor GNV em suas operações 

 

A Comgás anunciou uma mudança em sua frota de caminhões. A partir de agora, os veículos da empresa serão movidos a gás natural veicular (GNV), em substituição aos modelos anteriores movidos a diesel. Os novos caminhões farão parte da operação da imprensa na cidade de São Paulo.  

 Com a mudança dos motores a diesel para os abastecidos a GNV, a expectativa da empresa é de que ocorra uma diminuição de até 25% na emissão de gases nocivos ao meio ambiente, redução de até 90% na geração de poluentes locais e material particulado, além de praticamente eliminar a fumaça preta que geralmente é expelida pelos motores convencionais dos caminhões. 

 A empresa espera obter também uma redução nos custos operacionais, já que a mudança para o GNV oferece redução no gasto por quilômetro rodado e também na manutenção do veículo, segundo o head de GNV da Comgás, Guilherme Santana Freitas. “O gás oferece muitos benefícios, como: 10 a 15% de redução do custo por quilômetro rodado em relação ao diesel; fácil manutenção, pois 85% dos componentes são similares aos usados nos motores convencionais; abastecimento rápido; e ruído 20% menor do que a motorização a diesel”, fala Guilherme. 

css.php