Calmon | Novidades em ebulição: duas picapes, um hatch e um SUV em fevereiro

 

Obviamente nada foi combinado entre Chevrolet (Montana), Ford (F-150), VW (Polo Track) e GWM (H6 GT). Porém quatro modelos novos lançados ou apresentados (caso da GWM) neste mês indicam que o consumidor brasileiro terá ainda mais opções no largo intervalo de preço de R$ 80.000 a R$ 500.000.

 

Montana em quatro versões para todos os gostos

Uma picape de cabine dupla intermediária entre as compactas e as médias é o lançamento mais importante da Chevrolet dos últimos anos. A Montana concorre diretamente com a Renault Oroch. As duas têm praticamente as mesmas dimensões, como já havia comentado aqui em 2022, quando o modelo disfarçado chegou a gerar afirmações equivocadas de que estaria próximo ao porte da Toro. Com comprimento de 4.717 mm, 2.800 mm de entre-eixos, 1.659 mm de altura e 1,798 mm de largura a mais nova picape do mercado tem 190 mm menos de entre-eixos e é 228 mm menor em comprimento que a da Fiat.

É fato que no visual dianteiro ambas apresentam semelhanças como a grade hexagonal e as luzes de rodagem diurnas (DRL), embora a GM aponte que alguns de seus modelos no mercado americano tenham sido a inspiração. A Montana também é rival em patamar acima da Strada cabine dupla que, juntamente com a versão de cabine única, focada no uso comercial, foi o veículo mais vendido no Brasil em 2021 e 2022.

A Montana é uma derivação reforçada do SUV compacto Tracker com o mesmo motor de 1,2 L, turbo flex de 133 cv/21,4 kgf.m (E). Oferece duas opções de entrada com câmbio manual (R$ 116.890 e R$ 121.990) e duas versões superiores automáticas (R$ 134.490 e R$ 140.490). Na avaliação inicial, apenas com a versão de topo, em uso urbano e estrada, a sensação é de estar ao volante de um SUV. No banco traseiro espaço para ombros e joelhos supera Oroch e Strada.

Mesmo só com duas pessoas a bordo, o conforto de marcha destaca-se. Para cargas maiores a suspensão traseira por eixo de torção recebeu batente de compressão de rigidez diferenciada. Caçamba de 874 litros (28% maior que a da Oroch; 7% menor que a Toro) e 600 kg de capacidade na versão Premier (50 kg menos que a Oroch) inclui alívio de peso da tampa para manuseio com baixo esforço, além de vedação eficiente contra entrada de água e poeira pela capota marítima manual ou elétrica.

 

Polo Track tem robustez do Gol, além de maior espaço

A versão de entrada do Polo que a VW trata como produto à parte, mas garante o mesmo preço do Gol equivalente (R$ 79.990, anunciado em novembro passado), oferece um produto melhor em termos de segurança, espaço interno em todas as dimensões e porta-malas (300 litros, ou 14% a mais que o antigo campeão de vendas).

O Track tem outras vantagens sobre o Gol como dirigibilidade bem melhor, suspensão recalibrada com novos amortecedores, direção eletroassistida, luzes de rodagem diurna (DRL), assistente de partida em rampa, monitoramento de pressão dos pneus e bloqueio eletrônico do diferencial. Entretanto, não tem alças no teto como no modelo aposentado.

Sem dúvida o Track posiciona-se bem entre outros hatchbacks de entrada da concorrência (que é acirrada) e ainda representa o segmento de maior volume do mercado brasileiro. Sua distância entre eixos é marginalmente maior que Onix, HB20 e Argo, mas na aceleração de 0 a 100 km/h em 13,5 s perde para Onix (0,2 s melhor) e Argo (0,1 s) e ganha do HB20 (1 s mais lento). Porém, no uso diário essas diferenças são inexpressivas.

Em viagem de avaliação de São Paulo a São Bento do Sapucaí (SP), 400 km ida e volta, o Polo Track enfrentou os buracos em alguns trechos com galhardia. Potência (77 cv) e torque (9,6 kgf.m) com gasolina limita o desempenho nas subidas, contudo alinhado aos principais concorrentes.

 

Ford F-150: picape grande e superequipada

Picapes grandes estão em um nicho de oferta muito limitada e antes restrita apenas às Ram 1500/2500/3500, a primeira com motor a gasolina e as outras duas a diesel, sendo que estas exigem carteira de motorista (CNH) de caminhão leve (tipo C). A Ford decidiu importar a F-150, líder de vendas nos EUA, porém as entregas estão previstas a partir de maio. São duas versões, Lariat (R$ 470.000) e Platinum (R$ 490.000), ambas com motor V-8 a gasolina de 405 cv e 56,7 kgfm de torque, o mesmo do Mustang.

Uma diferença exclusiva da F-150: caçamba e quase toda a carroceria (montada sobre chassi) é feita em alumínio. Isso economizou 200 kg na massa total, o que traz vantagens em termos de desempenho (0 a 100 km/h, 7,1 s) e consumo de combustível (6,3 km/l, cidade; 8,6 km/l, estrada). A Ram 1500 é uma pouco mais rápida (0 a 100 km/h, 6,4 s), mas perde em consumo. O modelo da Ford permite CNH para automóveis (tipo B).

Entre os equipamentos estão tampa da caçamba de acionamento elétrico, escada de acesso com degrau e barra de apoio escamoteáveis. Dimensões externas são avantajadas: 5.884 mm de comprimento, 2.089 mm de largura, 3.694 mm de entre-eixos e caçamba de 1.370 litros. O tanque de combustível de 136 litros permite alcance de até 1.170 km em estrada.

 

GWM apresenta SUV Haval H6 GT

O Autódromo de Interlagos, em São Paulo (SP) foi escolhido para as primeiras impressões do Haval H6 GT. O SUV cupê é um híbrido plugável com motor 1,5-L turbo a gasolina e dois motores elétricos (um em cada eixo). Potência e torque combinados chegam 393 cv e 77,7 kgfm. É o mesmo trem motriz do H6 Premium revelado no Rio de Janeiro, em novembro passado.

Desempenho é seu ponto forte, com aceleração de 0 a 100 km/h em 4,8 segundos e respostas ágeis, embora carroceria incline bastante nas curvas como a maioria dos SUV. A marca chinesa promete média de consumo de até 27 km/l e alcance de 1.052 km, podendo rodar até 170 km no modo elétrico (a corrigir pelo padrão Inmetro).

Bateria de 34 kWh pode ser recarregada de 10 a 80% em meia hora em estação de carregamento rápido. Desenho é bonito, ainda que com linhas um pouco genéricas. Interior impressiona pelo acabamento de boa qualidade e duas telas de alta resolução. Principais funções do carro são controladas pela central multimídia, incluindo comandos de climatização e assistentes de condução.

Os dois H6 serão os primeiros modelos importados pela fabricante no País, a partir de março próximo. Preços ainda não estão estabelecidos.

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Fras-le lança serviço de geolocalização para pesquisa de peças em plataforma

Fras-le lança serviço de geolocalização para pesquisa de peças em plataforma - Foto: divulgação/Fras-le
Fras-le lança serviço de geolocalização para pesquisa de peças em plataforma – Foto: divulgação/Fras-le

Nova ferramenta tem como objetivo de facilitar a procura por peças de reposição  

 

A Fras-le adicionou uma nova funcionalidade em sua plataforma digital, a Auto Experts, que reúne o catálogo de peças das marcas Fras-le, Controil, Fremax, Lonaflex e Nakata. A nova funcionalidade permite a localização de peças através de geolocalização, indicando os locais mais próximos em que o componente pesquisado está disponível.  

Dentro da plataforma, foi adicionado um campo com uma função chamada “Onde Encontrar”, para o consumidor inserir palavras-chave e localizar o produto desejado, informando posteriormente sua localização para receber uma lista de estabelecimentos mais próximos que tenham a peça disponível.  

Outra funcionalidade disponível na ferramenta é a possibilidade de conexão direta entre o cliente e o distribuidor, que podem concluir a transação utilizando canais eletrônicos como Whatsapp e lojas virtuais. Mais de 7,4 mil referências como lonas e pastilhas de freio, aditivo para radiador e amortecedores estão disponíveis na plataforma. 

Para o diretor-superintendente da Fras-le, Anderson Pontalti, o objetivo da nova ferramenta é facilitar a experiência do cliente na busca pelas peças. “Com essa solução inédita, queremos facilitar ainda mais a experiência do nosso cliente, desde o proprietário do veículo ao reparador automotivo, com precisão, agilidade e assertividade”, afirma. 

Mobil lança lubrificante sintético com viscosidade 0W-30

Mobil lança lubrificante sintético com viscosidade 0W-30 - Foto: divulgação/Mobil
Mobil lança lubrificante sintético com viscosidade 0W-30 – Foto: divulgação/Mobil

Mobil Super 0W-30 Sintético chega ao mercado para atender veículos das marcas Peugeot, Fiat e Jeep 

 

A Mobil anunciou o lançamento do Mobil Super 0W-30 Sintético, desenvolvido para atender veículos das fabricantes Peugeot, Fiat e Jeep. O novo lubrificante recebeu as aprovações PSA B71 2312 e PSA B71 2302, além de níveis solicitados por Fiat e Jeep para motores flex turbo. 

 Segundo a empresa, o Mobil Super 0W-30 foi desenvolvido para prolongar a vida útil do motor e manter a eficiência dos sistemas de redução de emissões de escape dos carros movidos a diesel, gasolina ou flex. Além disso, o produto pode potencializar a economia de combustível, conta com a aprovação ACEA C2 e é compatível com a maioria dos filtros de partículas diesel DPF e conversores catalíticos.  

 Ainda segundo a fabricante, o lubrificante possui excelentes capacidades a baixa temperatura para um arranque confiável, permitindo uma rápida proteção do motor e do sistema elétrico, além de promover uma proteção contra desgaste de alto desempenho e reduzir depósitos e acúmulos de lama. 

 Para a coordenadora de marketing da Mobil, Marina Teixeira, o novo lubrificante chega para oferecer uma melhor tecnologia para os clientes em um mercado que apresenta uma crescente tendência por óleos de viscosidade 0W-30. “Estamos em constante otimização dos nossos produtos para oferecer o melhor em tecnologia e a mais alta performance para os nossos clientes. Foi pensando nisso, que trazemos para nosso portfólio uma nova oferta de lubrificante sintético”, afirma Marina. 

Cofap lança linha de amortecedores Safegate para portas traseiras de picapes

Cofap lança linha de amortecedores Safegate para portas traseiras de picapes - Foto: divulgação/Cofap
Cofap lança linha de amortecedores Safegate para portas traseiras de picapes – Foto: divulgação/Cofap

Novos códigos chegam para ampliar portfólio da marca na reposição 

 

A Cofap lançou a linha de amortecedores Safegate, que chega ao mercado para ampliar a cobertura do portfólio da marca na reposição. Ao todo, seis novos códigos se juntam aos outros 1800 códigos ativos para atender 98% da frota brasileira. 

 
Composto por kit que contém o amortecedor, parafusos de montagem, arruelas de fixação, cabos de aço, chave auxiliar e trava química para as roscas, os amortecedores Safegate da Cofap têm como função desacelerar a abertura das portas traseiras das picapes, sendo montados entre a porta e a caçamba.  

 
Confira os novos códigos disponibilizados pela empresa: 
 

  • (ATC39001): Amortecedor de tampa de caçamba Mitsubishi L200 Triton 2008/2019; 
  • (ATC01001): Amortecedor de tampa de caçamba Volkswagen Amarok 2011/2019; 
  • (ATC04001): Amortecedor de tampa de caçamba Chevrolet S-10 2013/2015; 
  • (ATC04002): Amortecedor de tampa de caçamba Chevrolet S-10 2016/..; 
  • (ATC08001): Amortecedor de tampa de caçamba Ford Ranger 2013/2019; 
  • (ATC22001): Amortecedor de tampa de caçamba Toyota Hilux 2005/2015. 

Controil destaca cuidados com o cilindro-mestre na manutenção dos freios

Controil destaca cuidados com o cilindro-mestre na manutenção dos freios - Foto: divulgação/Controil
Controil destaca cuidados com o cilindro-mestre na manutenção dos freios – Foto: divulgação/Controil

Vazamentos na linha hidráulica, perda das propriedades do fluido e variação no curso do pedal podem indicar problemas com o cilindro-mestre 

 

Responsável por pressurizar o fluido de freio e distribuí-lo por todo o sistema, o cilindro-mestre é um dos componentes de segurança do veículo que necessita de atenção na hora da revisão veicular. Para garantir o bom funcionamento da peça, é fundamental que ela esteja em boas condições para obter uma boa eficiência de frenagem em situações de emergência. 

 
O consultor de Marketing de Produto da Controil, Vagner Marchiniak, falou sobre um dos sintomas que pode indicar a necessidade de troca da peça. “É muito importante que os motoristas fiquem atentos a qualquer indício de que a peça possa estar danificada. Um dos sintomas que indicam que o cilindro mestre possa estar com problemas é a descida do pedal até o final de curso pelo desgaste das vedações”, afirma Vagner. 

 

Vazamentos na linha hidráulica podem indicar também que a peça não está em seu melhor estado de funcionamento, o que pode causar dificuldades no momento da frenagem. Composta por tubulações rígidas e flexíveis, a linha hidráulica conecta o cilindro-mestre às pinças e cilindros auxiliares nas rodas.  

 
Segundo a Controil, podem ocorrer desgastes na linha ocasionados pela corrosão, acarretando no aparecimento de fissuras que geram vazamentos ou inchamento dos flexíveis. O resultado pode ser o aumento no curso do pedal de freio e a perda da capacidade de frenagem.  

 
Outro fator que pode causar o mau funcionamento do circuito hidráulico do freio são as bolhas de ar, que deixam o pedal esponjoso e com maior distância de parada. Para evitá-las, é necessário realizar a sangria dos freios sempre que o circuito for aberto na hora da manutenção.  

 
O fluido de freio ao acumular umidade e as pastilhas/lonas são outros importantes itens que precisam de verificação no momento da revisão. Ao ser detectado algum sinal de desgaste, é recomendado procurar seu mecânico de confiança para efetuar a revisão do sistema para obter o diagnóstico preciso do que precisa ser substituído.  

Nakata destaca tecnologia dos amortecedores pressurizados do portfólio

Nakata destaca tecnologia dos amortecedores pressurizados do portfólio - Foto: divulgação/Nakata
Nakata destaca tecnologia dos amortecedores pressurizados do portfólio – Foto: divulgação/Nakata

Amortecedores pressurizados HG fazem parte do catálogo da empresa desde os anos 1980 

 

A Nakata, fabricante de amortecedores pressurizados desde os anos 1980, detalhou a tecnologia utilizada na fabricação e as características das peças disponibilizadas ao aftermarket brasileiro.  

 
O gerente de Serviços e Engenharia da Nakata, Jeferson Credidio, falou sobre a fabricação dos amortecedores pressurizados. “Uma evolução do convencional, o amortecedor pressurizado é fabricado com injeção de gás a baixa pressão, que faz com que a câmara hidráulica ou tubo interno esteja sempre cheia de fluido, proporcionando, assim, mais segurança, já que mantém o pneu sempre em contato constante com o solo”, diz Jeferson.  

 
Jeferson também deu mais detalhes sobre a tecnologia dos amortecedores. “A tecnologia hidrogás garante mais desempenho, o stop hidráulico, dispositivo que suaviza o impacto de final de curso da suspensão, permite mais conforto, e a válvula de compressão, instalada na parte inferior do tubo de pressão, reforça o controle geral do veículo”, comenta Credidio. 

 
Segundo a Nakata, há também uma válvula de tração que proporciona movimentos suaves e possui três níveis de regulagem, podendo se adaptar às condições do solo e à condução do veículo. No quesito durabilidade, a fabricante informa que os amortecedores pressurizados contam com um sistema de vedação de alta resistência, impedindo a entrada de impurezas, vazamentos de óleo ou gás. 

TotalEnergies sorteia carros híbridos para clientes da marca

TotalEnergies sorteia carros híbridos para clientes da marca - Foto: divulgação/TotalEnergies

Além dos veículos híbridos, outros prêmios serão sorteados semanalmente até o fim da ação 

 

A TotalEnergies anunciou a promoção “Quem indica amigo é”, que irá sortear dois veículos híbridos a serem entregues ao ganhador e a um amigo indicado por ele. A cada R$ 60 em compras de lubrificantes automotivos ou combustível da marca TotalEnergies nos pontos de vendas participantes, o cliente receberá um cupom para participar dos sorteios. 

 
Com o cupom em mãos, o cliente pode escanear o QR Code que irá direcionar até a página de cadastro. Lá, ele pode escolher se cadastrar através do site ou Whatsapp, além de conferir o regulamento da promoção. Além dos dois veículos híbridos que serão sorteados, os consumidores concorrem também a outros diversos prêmios nos sorteios semanais. A ação ocorre até 31/05/2023.  

Marelli inaugura fábrica no interior de São Paulo

Marelli inaugura fábrica no interior de São Paulo - Foto: divulgação/Marelli
Marelli inaugura fábrica no interior de São Paulo – Foto: divulgação/Marelli

Localizada em Hortolândia/SP, nova unidade de produção fará componentes como painéis de instrumentos e consoles centrais  

 

A Marelli anunciou a inauguração de nova fábrica localizada na cidade de Hortolândia/SP. A unidade será responsável pela fabricação de componentes como painéis de instrumentos, consoles centrais e partes decorativas com tecnologia avançada de acabamento. Segundo a empresa, o investimento na unidade foi de aproximadamente R$ 150 milhões de reais.  

Segundo a empresa, o espaço recebeu equipamentos tecnológicos de ponta, como o sistema de pintura automatizado, importado do Japão, que permite atender novas especificações de acabamento solicitadas pelos clientes. Além desse equipamento, outros foram trazidos da Alemanha, Áustria e Itália. 

Outra novidade da fábrica é um sistema de rastreabilidade que permite controlar a produção e a qualidade dos produtos fabricados ao longo de todo processo produtivo A solução foi totalmente desenvolvida no Brasil através de uma colaboração entre as equipes brasileira e americana.  

Ainda segundo a Marelli, a implantação da nova unidade gerou 90 empregos nas áreas de engenharia, qualidade, manufatura, pesquisa e desenvolvimento. Além disso, a Marelli informa que 10% da equipe é formada por profissionais que concluíram seus programas de estudo na própria Marelli. 

Gates do Brasil anuncia reestruturação organizacional

Gates do Brasil anuncia reestruturação organizacional - Foto: divulgação/Gates
Gates do Brasil anuncia reestruturação organizacional – Foto: divulgação/Gates

Mudanças na direção visam fortalecer a presença da marca de correias no país 

 

A Gates do Brasil anunciou uma mudança no quadro organizacional da empresa. O diretor Sênior, Sydney Aguilar, passa a comandar também a área de Vendas e Aplicação aos Montadores Automotivos e Industriais. O diretor de Vendas do OEM’s, Fabio Bastos, passa a responder diretamente ao novo diretor.  

Para a direção de Vendas de Reposição Automotiva, quem assume é Keli Osako, já o setor de Vendas da Reposição Industrial e Agrícola, o novo responsável é Marcelo Crespo. As mudanças efetuadas têm o objetivo fortalecer a presença da marca no país e melhorar o atendimento da empresa aos mercados de atuação da empresa, como o automotivo, por exemplo.  

 

 

Raio X | Honda HR-V 1.5 Touring 2023

Raio X-Honda HR-V 1.5-Ed.345

Analisamos as condições de reparabilidade do SUV compacto da Honda que traz motor 1.5 turboalimentado com injeção direta

Após o lançamento do HR-V 2023 com motor 1.5 de injeção direta de combustível e aspiração natural, a Honda trouxe a versão Touring, topo de linha com motorização turbo flex capaz de gerar 177 cavalos de potência, 51 cv a mais que a versão de aspiração natural. O torque máximo de 24,5 kgfm é disponibilizado a 1.700 rpm, desta forma possuindo 8,7 kgfm a mais que sua versão de aspiração natural, também analisada anteriormente aqui na Revista O Mecânico, na edição 343 da revista de novembro de 2022.

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A transmissão automática é do tipo CVT possuindo 7 marchas pré-programadas e paddle shifts atrás do volante, permitindo trocas rápidas de marchas acionadas pelo condutor. Em comparação com sua versão sem turbocompressor, as dimensões da versão Touring seguem os mesmos valores com exceção do seu comprimento que está 55 mm
maior (4.385 mm). O tamanho dos pneus e rodas são os mesmos, com ressalva ao design das rodas traz um toque mais esportivo a versão Touring.

O sistema Honda Sensing também está presente neste modelo, assim como nas demais versões que compõe a família do Honda HR-V 2023. As tecnologias envolvidas são o ajuste automático dos faróis conforme o ambiente; Sistema para mitigação de evasão de pista; LKAS que é a detecção das faixas de rodagem e faz o ajuste da direção para manter o veículo centralizado; Sistema para acionamento dos freios quando detectar uma possível colisão com objetos frontais; Controle de cruzeiro adaptativo com LSF (Low Speed Follow) que, auxilia o condutor mantendo uma distância segura do veículo à frente com acompanhamento também em velocidade reduzida.

A versão Touring parte com preço de R$ 184.500,00 e suas condições de manutenção foram analisadas pelos mecânicos Camilo Matos e Matheus de Moura Matos, proprietários da Garagem 85, localizada em Guarulhos/SP a convite da Revista O Mecânico.

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Por baixo do capô

Ao abrir o capô, foi notado um adesivo contendo um aviso para “agarrar espuma” (1). O aviso se refere a uma espuma existente na vareta de sustentação do capô, sendo recomendado ao mecânico que ao abrir o capô, utilize os pontos que contém a espuma para abertura. Isso porque o turbo (que naturalmente emite muito calor) fica voltado para a grade frontal, assim, aumentando o calor ge­rado naquela região do cofre do motor, podendo esquentar a vareta de sustentação do capô e causar ferimentos ao mecânico no caso de intervenção a quente do veículo.

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Ao ser perguntado sobre o espaço disponível para manutenção, Matheus informou que algumas coisas melhoraram sua acessibilidade. “Para algumas situações melhorou, porque ficou muito mais fácil a retirada do mangote da admissão (2). Tudo aqui está com fácil acesso para uma possível desmontagem”, explica o mecânico ao falar sobre as tubulações na parte de admissão do motor (3).

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Matheus faz uma análise sobre os suportes e travas plásticas, ao longo de toda extensão dos cabos elétricos do veículo (4) e (5). “Às vezes pelo fato do aquecimento do cofre do motor, essas travas plásticas ressecam e acabam quebrando. A Honda basicamente pensa nisso, então todos tem essa fixação com o parafuso. Você consegue tirar a chapinha com parafuso e soltar a trava de uma maneira que não vai quebrar”, comenta o profissional.

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Em relação ao sistema de frenagem do veículo, o módulo do ABS está localizado do lado direito do veículo (6), perto da torre do amortecedor dianteiro com fácil acesso para o mecânico. O HR-V possui freio a disco nas 4 rodas e freio de estacionamento com acionamento eletrônico nas rodas do eixo traseiro (7), assim como sua versão EXL. Em relação ao fluido de freio é utilizado fluido DOT4 e seu reservatório para abastecimento está com fácil acesso ao mecânico (8). Conforme a fabricante indica em seu manual, o período de troca é a cada 36 meses, independentemente da quilometragem do veículo.

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As válvulas de serviço de baixa (9) e alta pressão (10) do ar-condicionado estão próximas ao módulo de ABS e permite aos mecânicos que realizem qualquer intervenção ao sistema com facilidade.

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O reservatório do líquido de arrefecimento está localizado na lateral direita do veículo (11), mais à frente do módulo do ABS e ao lado do reservatório de água do limpador de para-brisa, posição semelhante à sua versão de aspiração natural. Para que haja o equilibro da pressão no sistema de arrefecimento, há uma tampa com válvula no radiador do veículo (12).

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A Honda indica a utilização do líquido de arrefecimento Pro Honda que é fornecido pela própria fabricante e já é pronto para uso, contendo a proporção de mistura 40% aditivo e 60% de água desmineralizada. A previsão para primeira troca do fluido de arrefecimento é com 200 mil km ou 120 meses. Após, as demais substituições devem ocorrer a cada 100 mil km ou 60 meses, o que ocorrer primeiro.

A vareta para verificação do nível de óleo do motor está bem localizada (13) e óleo de motor homologado é o Óleo Pro Honda com viscosidade SAE 0W-20 com classificação API-SM ou superior. O período para troca é a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Em caso de uso severo do veículo é recomendado a substituição com a metade do tempo, ou seja, a cada 5 mil km ou 6 meses.

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Com a retirada superior do coxim do motor (14), você consegue ter mais visibilidade e acesso a correia de acessórios e ao alternador (15). A Honda faz a recomendação em seu manual para que seja realizado a inspeção visual do tensionador e a correia de acessórios a cada 20 mil km ou 24 meses. A substituição dos componentes irá depender do diagnóstico obtido pelo mecânico.

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Para ter acesso as bobinas de ignição, se faz necessário a retirada da capa superior do motor (16). A substituição das velas de ignição deve ser realizada a cada 60 mil km.

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O acesso à flauta que contêm os injetores de combustível está na parte de trás do motor (17), Matheus comenta sobre a localização do componente. “A única dificuldade é um pouco da distância, você tem que se apoiar no carro para poder acessar a parte da admissão ali atrás”, explica. “Carro de injeção direta acaba carbonizando muito. Fazendo carbonização na entrada da admissão um pouco elevada, então para desmontar e fazer a limpeza da admissão é um pouco complicado”, conclui o profissional.

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Os sensores de oxigênio estão visíveis ao mecânico. A sonda pré-cata­lisador (18) possui acesso simples, já a sonda pós (19) é possível ter visualização pela parte de cima do capô e o seu acesso pela parte de baixo não aparenta ser dificultoso.

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Próximo ao grupo ótico do lado direito do veículo, está posicionada a bom­ba elétrica de vácuo (20) para auxiliar o sistema de servo-freio. Nesse veículo, se faz o uso desse componente elétrico pelo mesmo não ter pressão negativa do coletor de admissão.

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O filtro de ar do motor está ao lado esquerdo do veículo (21) e possui recomendação de troca a cada 20 mil km ou 24 meses, o que ocorrer primeiro.

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Todo o sensoriamento no que diz respeito a admissão do motor está ao alcance do mecânico, começando pelo sensor MAF (22) que fica localizado na tubulação de ar que antecede o filtro de ar do motor. Um pouco abaixo da caixa do filtro de ar é possível acessar o sensor de pressão do turbo (23). O sensor de pressão no coletor de admissão, pode ser acessado atrás do corpo de borboleta, na parte do coletor de admissão (24).

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O sensor de acionamento do sistema i-VTEC está com fácil acesso para o mecânico (25).

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O módulo de injeção (26) fica ao lado da caixa de fusíveis, ambas na parte superior, o que facilita o acesso em caso de algum diagnóstico ou intervenção com os componentes.

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A bateria do HR-V Touring não é do tipo EFB (27), dessa forma indicando que não há existência do sistema “stop-start” no veículo, mas possui um sensor em um dos polos da bateria. Matheus explica a existência desse sensor. “Como o veículo tem o alternador pilotado, o sensor tem mais informação sobre o estado de carga e corrente que está sendo consumido, para ele poder fazer o trabalho de não trabalhar em excesso e nem faltar para o sistema. Mesmo com toda essa eletrônica embarcada, essa bateria da conta tranquilamente”, comenta.

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No que diz respeito ao sistema de frenagem, Camilo comenta sobre os cuidados que devem ser tomados quando o mecânico realizar a troca de pastilhas neste veículo. “Muitos que não tem o conhecimento, vão trocar só a pastilha e retiram a roda, eles utilizam uma ferramenta para recolher o êmbolo (isso quando utilizam a ferramenta), porque obviamente a pastilha nova é maior e vai precisar de mais espaço para ela. Só que tem um procedimento para se fazer para encolher esse êmbolo. Ele faz sem realizar a sangria, sem abrir nada no sistema, assim o fluido volta direto, ele retorna e acaba passando pro sistema do ABS e danifica. Daí pra frente você vai começar a ter problema de luz acessa no seu carro”, explica.

“A parte traseira é 100% com scanner a troca de pastilha. Recolhimento de êmbolo, acionamento de êmbolo, tudo é feito por scanner. Ele tem a posição da chave para colocar, mas você nunca deve fazer isso, tem que ser sempre pelo scanner”, conclui o profissional.

Por baixo do veículo

Após elevar o veículo no elevador e retirar a proteção plástica, o mecânico terá acesso fácil ao catalisador do veículo e ao sensor de oxigênio pós catalisador (28).

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O turbocompressor não possui acesso facilitado ao mecânico e sua visualização não é simples. Porém, é possível ver suas tubulações que são interligadas ao aftercooler (29). O filtro de óleo do motor (30) deve ser substituído a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro. Seguindo a mesma recomendação de período para troca que o óleo do motor, o bujão para drenagem do óleo no cárter está próximo a tubulação do escapamento (31). Vale lembrar que em caso de uso severo do veículo, os períodos para substituição devem ser reduzidos pela metade, ou seja, 5 mil km ou 6 meses.

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Na transmissão, a Honda utilizou um câmbio CVT no qual o acesso ao bujão de dreno do fluido está visível ao me­cânico (32), o abastecimento mais a acima na caixa (33), próximo ao trocador de calor da caixa de transmissão (34). A substituição do óleo de câmbio deve ser realizada a cada 40 mil km ou 36 meses, o que ocorrer primeiro. Os períodos para troca devem ser reduzidos pela metade em caso de uso severo do veículo, reduzindo para 20 mil km ou 18 meses. O fluido recomendado pela fabricante é de homologação própria Pro Honda para transmissão CVT – HCF-2.

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Partindo para a sustentação do motor, o coxim inferior (35) foi comentado por Matheus. “Esses coxins, desses modelos a gente não costuma ter problema na linha Honda. É um coxim que tem alta durabilidade e geralmente esses coxins só estragam quando o carro está com algum vazamento de óleo”, informa.

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Na parte da suspensão, as bieletas (36) tem sua parte superior fixada na torre do amortecedor e a fixação inferior na barra estabilizadora. O pivô da suspensão não possui rebite, sendo fixado por parafusos e roscas. Detalhe na fixação com a manga de eixo pois o pivô possui cupilha (37).

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Costume dos modelos Honda, o tanque de combustível é localizado mais ao centro (38) e com isso o filtro de combustível está a frente com fácil acessibilidade (39). A substituição do filtro de combustível deve ser feita a cada 10 mil km ou 12 meses, o que ocorrer primeiro.

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O filtro do cânister (40) fica próximo ao eixo de suspensão traseiro que é um eixo de torção com molas helicoidais.

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A bucha de sustentação do eixo traseiro foi modificada em relação ao modelo aspirado (41), ela possui maior espessura e os amortecedores traseiros (42) possuem maior curso com a fixação superior sendo acessada por meio de uma janela de inspeção que fica localizada dentro do porta-malas do veículo (43).

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Os sensores no para-choque traseiro estão com acesso mais facilitado que outros modelos, caso necessite de alguma inspeção ou intervenção com o sistema, o mecânico consegue acesso sem qualquer dificuldade (44).

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texto & fotos Vitor Lima

 

 

 

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