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Entrevista: O Mecânico é 100% responsável pela decisão

O Gerente Comercial Brasil da Corven, Ricardo Cesar de Abreu, fala sobre a importância do mercado de reparação para a empresa que comemora este ano 45 anos de atuação e fala das vantagens de um produto certificado para o mecânico

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Revista O Mecânico: A empresa comemora 45 anos de história no Brasil em 2014. Como foi que começou essa história? Em que época chegou ao Brasil?
Ricardo Cesar de Abreu: A Corven nasceu no ano de 1969 em Venado Tuerto, Santa Fé, na Argentina, com o senhor Ismael Iraola, pai de nosso atual presidente, Leandro Iraola, e com um sócio da Província de Córdoba, com o qual na junção das iniciais dos nomes das duas províncias (Cordoba e Venado) originou nossa marca Corven. A partir deste evento, nos últimos 10 anos o Grupo Iraola teve um crescimento vertiginoso partindo de uma empresa mãe, a Corven Amortecedores, para um conglomerado de empresas nas áreas de Indústria, Comércio e Agropecuária. Iniciamos nossa operação no Brasil em 2007, por sinal, a primeira fora do território Argentino. Hoje temos na China, Hong Kong, Paraguai e Uruguai.

O Mecânico: Como está a estrutura da Corven hoje, em termos de divisões, unidades, centros de desenvolvimentos e produtos fabricados?
Ricardo: Contamos com quatro unidades fabris, sendo três em Venado Tuerto (Moto, Amortecedores e estamparia) e uma em Buenos Aires (Amortecedor com a marca Sadar). Quatro centros de distribuição, sendo um em Venado Tuerto, responsável pela exportação, outro em Buenos Aires, que faz a distribuição em todo território nacional de Autopeças e Motos, um em Xangai, responsável pela qualidade dos produtos e peças a serem enviadas para montagem de produtos (parte de componentes de amortecedores), para a venda como produto acabado (pastilhas de freio, ponteiras, juntas homocinéticas, disco e tambor de freio etc) e também todas as partes e componentes para a montagem das Motos Corven, que hoje já contam com 40% de componentes fabricados em nossa planta na Argentina. E, finalmente, o Brasil, onde contamos com um centro de distribuição em Itajai/SC e um escritório regional em Santo André-SP, onde atendemos todo o território nacional.

O Mecânico: A Corven é uma fábrica que se dedica exclusivamente ao mercado de reposição? Como são feitos os projetos e desenvolvimentos dos produtos?
Ricardo: Hoje somos detentores de todas as certificações exigidas em cada país que comercializamos (Chass, Inmetro, ISO 9001) e também o ISO/TS 16949, o qual nos habilita mundialmente ao fornecimento para montadoras. Atualmente somos direcionados para a reposição, embora hoje forneçamos à ACDelco (GM) e a Motrio (Renault) na Argentina e no Brasil, duas grandes indústrias do segmento automotivo. Estamos desenvolvendo alguns projetos junto à algumas montadoras, tanto na Argentina quanto no Brasil, mas atualmente somos 100% reposição.

O Mecânico: Falando em produtos, quais linhas a marca oferece ao mercado brasileiro?
Ricardo: Temos hoje o catálogo mais completo da linha de amortecedores para veículos nacionais e importados no Brasil.

O Mecânico: O trabalho de exportação dos produtos é muito forte. São 35 países que recebem os amortecedores da marca. Qual a fatia de produção destacada para o exterior e quais são os principais clientes?
Ricardo: A grande maioria de nossa exportações na Europa e Ásia são para sistemistas com marca própria, sendo o principal deles a Kony, da Holanda e USA, e nos demais países vendemos para toda rede de distribuidores regionais e nacionais. Nossa exportação representa hoje 64% de nossa produção, incluindo para o Brasil, seguramente nosso maior mercado.

O Mecânico: A Corven atua somente com amortecedores para linha leve ou pesada também? Qual importância desse mercado para a marca?
Ricardo: Atuamos mundialmente com as duas linhas exceto no Brasil, onde não trabalhamos ainda com a linha pesada, só através do fornecimento para um grande fabricante da linha pesada. Na linha leve temos desenvolvido, no decorrer destes sete anos de comercialização no Brasil, uma atualização de praticamente 90% das aplicações na frota nacional com mais de 3 mil emplacamentos. Hoje, representamos algo em torno de 40% a 50% da venda mundial da Corven, com o objetivo de até 2015 termos 15% do mercado brasileiro.

O Mecânico: Como é e qual a importância da relação da Corven com o mercado de reparação?
Ricardo: Esta relação é muito importante, estamos constantemente voltados para ações neste mercado, trabalhamos para eles e dependemos da aprovação deles para os nossos amortecedores não importando qualquer certificação sem o aval positivo do mercado reparador.

O Mecânico: Como a marca se relaciona com o mecânico independente? Existem programas voltados para esse profissional?
Ricardo: Sim, regularmente fazemos cursos, palestras e visitas promocionais e técnicas, principalmente aos que desconhecem ou rejeitam nossa marca.

O Mecânico: Em sua opinião, o mecânico independente é um formador de opinião? É ele quem decide a marca da peça que será instalada no carro do cliente?
Ricardo: Sem dúvida é 100% responsável pela decisão do consumidor.

O Mecânico: Em relação a treinamentos e suportes técnicos para o mecânico, o que é oferecido hoje pela Corven?
Ricardo: Ministramos palestras promocionais e técnicas junto a este segmento, principalmente, através de nossos distribuidores, que nos disponibilizam o cadastro de seus clientes e nos permite uma ação mais efetiva em quem já tem onde comprar os produtos Corven.

O Mecânico: Amortecedores são peças que sofrem recondicionamento paralelo? Qual a sua dica para o mecânico fugir dessa situação?
Ricardo: Como exemplo, desenvolvemos um novo fornecedor de retentor no Brasil e para nossa surpresa tivemos que desenvolver um só para nosso uso, pois, os que fornecem para outros três fabricantes nacionais não serviam ao nosso projeto. Com isso, como recondicionar um amortecedor se cada componente é desenvolvido especificamente a cada fabricante? E caso venha a produzir artesanalmente, seguramente seu custo seria muito superior ao produto novo.

O Mecânico: Existe uma rede de oficinas especializada na aplicação de produtos da Corven? Como é formada? Existe projeto de ampliação?
Ricardo: Não possuímos ainda uma rede, hoje utilizamos parceiros que mantêm uma parceria com nossos representantes ou com nossos distribuidores, mas, estão em nossos planos desenvolver esta fantástica ferramenta.

O Mecânico: É muito frequente ter a participação da Corven em feiras regionais do setor de reparação. O que vocês aproveitam desses eventos?
Ricardo: Participamos mundialmente de quase todas, aproveitando o relacionamento pessoal para divulgação e fortalecimento da marca e desenvolvimento de novos clientes.

O Mecânico: Em comemoração aos 45 anos da marca, serão realizadas ações especiais?
Ricardo: Um selo comemorativo e na Argentina alguns eventos de maior porte, no Brasil continuaremos trabalhando… E quem sabe uma taça de champanhe.

O Mecânico: Existe previsão de lançamento de produtos para esse ano?
Ricardo: Como já mencionamos, sim, e já lançamos mais de 70 códigos com mais de 100 aplicações

O Mecânico: Os produtos da marca são certificados pelo Inmetro, afinal, é um procedimento obrigatório. O que isso traz de vantagem para o mecânico e seu cliente?
Ricardo: Somos os primeiros certificados pelo Inmetro no Brasil e agora com o ISO/TS 16949 em todas as montadoras no mundo. A vantagem para o mecânico é ter um mesmo produto com o mínimo de qualidade e procedência, podendo garantir e comprovar a qualidade dos produtos que oferece aos seus clientes.

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