A Iveco segue em ritmo forte de lançamentos com sua linha Ecoline, cujos modelos estão adequados às normas de emissões Proconve P7, equvalentes à legislação Euro V. O semipesado Tector é o terceiro novo caminhão da montadora apresentado em menos de 60 dias, precedido pelo Daily (VUC) e pelo Trakker (pesado off-road). As principais novidades do modelo estão no powertrain, mais forte e econômico, e no conforto, graças a itens como a nova suspensão de cabine, novos painel e volante, além de ar condicionado de série.
“Na maior parte dos casos, quem compra um semipesado dirige muito e passa muito tempo dentro do caminhão”, diz Davi Lunardi, diretor da Gama de Semipesados e Pesados da Iveco. “Para esse cliente, os fatores fundamentais em sua decisão de compra são potência, dirigibilidade e conforto”, conclui.
São 41 versões disponíveis, derivados a partir de três tipos de cabine (curta, leito e a nova versão leito teto alto), duas opções do novo motor FPT NEF 6 Euro V, três opções de transmissão (de 6 e 10 velocidades, da Eaton, e 9 velocidades da ZF), três tipos de tração (4×2, 6×2 e 6×4) e quatro distâncias entre-eixos. Há, ainda, uma versão cavalo mecânico, 4×2, para serviços especiais, que pode ser comprada por encomenda. “A nova geração Iveco Tector foi desenhada para encaixar-se ao mercado dos semipesados como uma luva, em benefício dos clientes”, explica Marco Mazzu, presidente da Iveco Latin America.
Destaque para os modelos de entrada, denominados Tector Attack, destinados a clientes que priorizam o custo-benefício, já que, segundo pesquisas, trabalham majoritariamente com entregas urbanas e interurbanas de curta distância. Visualmente, a cabine do Attack se diferencia pelo teto baixo e para-choque dianteiro na cor preta. Dentro da cabine, possui painel e volante mais simples. Todos os modelos, Tector e Tector Attack, têm tanque de combustível em alumínio de série (capacidade para 400 litros) e possuem dois anos de garantia, sendo um ano total e mais um ano para o powertrain.
E é no powertrain que estão algumas das mudanças mais sensíveis tanto para o Tector quanto para o Tector Attack. Conforme os dados divulgados pela montadora, o motor Iveco FPT NEF 6 (de 6 litros, 6 cilindros e 32 válvulas) possui duas opções de potência, como na versão anterior. A primeira opção passou de 210 para 218 cv, com torque idêntico de 680 Nm entre 1200 e 2100 rpm e está disponível apenas para as versões Iveco Tector Attack 4×2 (16 toneladas) e 6×2 (23 toneladas).
Para as versões do Iveco Tector 17, 23 e 26 toneladas, 4×2, 6×2 e 6×4, o motor passou de 250 cv para 280 cv, com curva de torque mais plana e mais ampla, entregando 950 Nm em uma faixa entre 1.250 e 1.950 rpm, evitando trocas de marcha desnecessárias. Falando em câmbio, a Iveco manteve as opções de transmissão já usadas no Tector: a caixa Eaton FS 6306B de seis marchas, a ZF 9S1110 de 9 marchas e a Eaton FTS 16108LL de 10 marchas, todas sincronizadas. A diferença fica por conta da caixa ZF, de 9 marchas, que agora possui sistema de engate com H sobreposto.
O trabalho de calibração do motor, de acordo com a montadora, foi feito no Brasil e considerando especialmente as condições enfrentadas pelos usuários daqui. E, apesar do aumento de potência, a Iveco afirma que, nas duas versões, os motores estão 5% mais econômicos se comparados aos anteriores. Para atender ao Proconve P7, o NEF 6 utiliza o SCR (Selective Catalyst Reduction) para remover o NOx dos gases de exaustão através do uso do Arla 32. O SCR demandou a utilização de uma nova central (EDC7 UC31), que se adapta melhor à evolução da arquitetura eletrônica realizada para garantir os baixos índices de emissões de poluentes, conforme explica a Iveco.
Outras alterações no motor abrangem os pistões, que foram alterados para criar uma nova câmara de combustão. Também há um novo turbocompressor, que garante maior pressão da admissão do ar, melhorando a pressão de combustão e otimizando a queima dentro da câmara de combustão, proporcionando maior eficiência do motor e menor consumo. São utilizados novos bicos injetores CRIN2, com um aumento na pressão de injeção de 14%, passando de 1.400 bar para 1.600 bar no novo modelo. Para aumentar a robustez do sistema, o motor ainda teve seu cárter de óleo com a capacidade aumentada de 13,3ℓ para 20ℓ.
Como consequência positiva das modificações, o intervalo das trocas de óleo do motor foram alongadas de 20 mil para 60 mil km em uso rodoviário, devido ao uso do óleo 5W30 sintético, o que só foi possível pelo redimensionamento das peças internas do propulsor. Outros benefícios foram obtidos na transmissão, que tinha intervalo de troca de óleo a cada 120 mil km e agora passou a 800 mil km. Já o intervalo da troca do óleo do eixo traseiro passou de de 120 mil km para 480 mil km.
De acordo com a fábrica, tudo isso se traduz em vantagens para o dono do caminhão, já que o melhor número de paradas significa que o caminhão estará rodando por mais tempo e produzindo mais, diluindo o maior custo que, por ventura, os tipos de óleo mais aprimorados venham a ter. “Além da durabilidade garantida pelo desenvolvimento, decisões de engenharia foram adotadas para reduzir os custos de manutenção, como cubos banhados a óleo, ajustador automático das lonas de freio, entre outros”, enumera Mauricio Gouveia, diretor de Pós-Venda da Iveco. “A economia vem pelo número menor de trocas de óleo e pelos intervalos maiores entre as paradas ao longo da vida do modelo, que somadas, resultam em menores custos e maior produtividade”, finaliza Gouveia.
A Iveco declarou que os preços dos 41 modelos Tector variam entre R$ 147 mil (Tector Attack 4×2) até R$ 255 mil (Tector Stradale).