Representantes do Senai, Sindirepa, Anfavea, Aparem, empresas do setor, entre outras, se reúnem mais uma vez para elaborar a norma de qualificação e certificação do mecânico de manutenção
Desde abril desse ano uma comissão de estudo – formada por entidades, associações, escolas, oficinas mecânicas, revistas e fabricantes do setor – realiza reuniões para criar a norma ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que estabelece os requisitos e a sistemática de qualificação e certificação do reparador automotivo, além de definir as atribuições e atividades da ocupação. O objetivo é buscar a excelência da qualidade na prestação de serviços nas oficinas mecânicas, a fim de esclarecer atribuições e direitos dos reparados automotivos. Especificamente, a norma se aplica exclusivamente à manutenção de veículos ciclo otto e diesel, excedendo, portanto, aeronaves, veículos marítimos, ferroviários e fluviais.
A 7ª reunião do ano foi realizada recentemente no Sindirepa-SP e foi coordenada por Salvador Parisi, diretor de Normas Técnicas e Certificação do sindicato. Os temas em pauta na ocasião eram “Parte da Qualificação” e “Parte da Certificação”. Durante a discussão, foi lembrado por um dos participantes que 400 horas de aula são recomendáveis para aprender um pacote de conceitos sobre mecânica, e ainda foi citado o fato de incluir sistemas mais complexos, como de air bag, por exemplo, mas nesse caso um curso mais específico sobre o tema foi acordado entre os presentes.
Outro tema relevante na ocasião se referia a qual módulo especificava a capacidade do profissional para trabalhar com veículo da linha pesada. Como foi afirmado que o conceito é o mesmo, mas a avaliação do mecânico é diferente, optaram por fazer dois cursos distintos, sendo um para a linha leve e outro para a pesada. Além desse exemplo, foram alterados termos das grades de disciplinas, como “gestão” para “noções”, e “noções da Lei de direito de defesa do consumidor” foi realocado no tópico “Gestão de Oficinas”.
“Essa reunião é para melhorar o setor, pelo qual o Sindirepa prepara um texto para se encaminhado à Câmara dos Deputados. Daqui um ou dois anos vamos ter uma norma que vai definir o setor de reparação automotiva e vamos lembrar desse momento como de transformação”, conclui Parisi
Estavam presentes na 7ª reunião representantes da Johnson Controls, Goodyear, Auto Mecânica Scopino, Aparem, Senai-RJ, Senai-Bauru, Escola Arquimedes, além do próprio Sindirepa-SP.
Por Magno Pereira
