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Lançamento: Cobalt e Spin agora são ECO

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Com mais de 100 peças modificadas em cada modelo, sedã e monovolume da Chevrolet trazem alterações mecânicas significativas para diminuir o consumo de combustível sem perder desempenho

Texto: Fernando Lalli
Fotos: Edison Ragassi e Divulgação


O sedã Cobalt e do monovolume Spin ganharam mudanças profundas em suas respectivas linhas 2017 graças à adoção do sistema ECO da Chevrolet. Esse sistema nada mais é do que uma série de evoluções mecânicas, aerodinâmicas e tecnológicas para melhorar o consumo de combustível, o conforto ao dirigir e as emissões de poluentes, sem afetar o desempenho.

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Segundo a General Motors, ao todo, foram 65 alterações em sistemas como motor, transmissão, arrefecimento, sistema elétrico, suspensão, direção, freios, pneus e carroceria. Ao todo, o trabalho envolveu a modificação de mais de 100 componentes. Para princípio de conversa, o resultado pode ser visto no peso total dos veículos: o Cobalt ficou 36 kg mais leve, enquanto a Spin perdeu 33 kg.

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O objetivo da GM em deixar os modelos mais econômicos surtiu efeito na medição do Inmetro. De acordo com o instituto, o Cobalt com câmbio manual de 6 marchas está até 21% mais econômico: em estrada, faz 15,1 km/l com gasolina e 10,4 km/l com etanol. Na cidade, atinge 12,1 km/l com gasolina e 8,3 km/l com etanol.

Já o Spin conseguiu ganho de até 30% em comparação à versão anterior: faz 13,7 km/l na estrada e 11,8 km/l na cidade com gasolina. Se abastecido com etanol, atinge 9,4 km/l e 8,1 km/l, respectivamente.

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As melhorias mecânicas e aerodinâmicas não só trouxeram mais economia de combustível como também mais desempenho, conforme dados revelados pela fabricante. Em aceleração de 0 a 100 km/h, o Cobalt 1.8 automático baixou seu tempo de 10,9s para 10,6s. Por sua vez, as retomadas de 80 a 120 km/h melhoraram de 9,6s para 8,8s.

As diferenças são ainda maiores no Spin 1.8 automático: a aceleração de 0 a 100 km/h passou de 11,7s para 11,1s, enquanto que as retomadas de 80 a 120 km/h estão um segundo e meio mais rápidas: baixaram de 10,9s para 9,4s. Os números são correspondentes aos veículos abastecidos com etanol.

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Alterações no motor

O motor 1.8 EconoFlex passou por diversas mudanças e agora é chamado de 1.8 SPE/4 ECO. Abastecido com etanol, ele desenvolve até 111 cv de potência e 17,7 mkgf de torque a 2.600 rpm, contra 3.200 rpm do modelo anterior.

Entre as modificações que mudaram a nomenclatura do motor, estão o novo conjunto de pistões, bielas e anéis, que foi redesenhado e ficou 12% mais leve. O cilindro recebeu novo brunimento para reduzir o atrito e a taxa de compressão agora é de 12,3:1. O óleo do motor também não é o mesmo da geração anterior: sua especificação é 0W20, de baixíssima viscosidade.

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O coletor de admissão também é novo e proporciona melhor fluxo de ar, com quatro vezes menos desbalanceamento. No sistema de ignição, agora há bobinas individuais para cada cilindro, que contribuem com o gerenciamento mais preciso. Apesar de individuais, as bobinas utilizam cabo de vela.

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O próprio módulo de gerenciamento eletrônico do motor está 40% mais rápido, com memória quatro vezes maior, o que também aumenta a capacidade de processamento e ajuda a tornar o motor mais eficiente.

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O pacote ECO do motor é completado por novos sistemas de arrefecimento e de gerenciamento de cargas elétricas. O sistema de gerenciamento de energia elétrica do veículo conta com monitoramento continuo da bateria e utilização otimizada do alternador, que também é novo. Já o novo módulo de arrefecimento traz central de controle multivelocidades (transmissão manual), ventilador sem escovas com menor atrito (transmissão automática), trocadores de calor mais modernos e menor quantidade de líquido refrigerante.

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Exclusivamente na Spin, foi adotado o sistema de grade ativa do radiador, que tem como principal objetivo reduzir o arrasto aerodinâmico através do controle de abertura e fechamento das aletas, restringindo assim a entrada de ar para o compartimento do motor quando não demandado pelo sistema de arrefecimento ou pelo ar condicionado do veículo. A GM explica que o sistema é composto por uma estrutura externa que abriga palhetas transversais, enquanto a abertura e o fechamento do sistema é feito de forma automática através de comandos da central eletrônica do veículo.

Esse sistema traz redução no arrasto aerodinâmico, melhora o consumo de combustível e reduz a emissão de CO², retém o calor no compartimento do motor em ocasiões de partida fria, proporciona melhor aceleração e velocidade final do veículo, reduz o ruído devido ao isolamento acústico no compartimento do motor e melhora o direcionamento do fluxo de ar.

“A grade ativa do radiador é uma tecnologia comum apenas em carros importados mais sofisticados e ajuda a reduzir o consumo do Spin em cerca de 30%. Na prática, é como se o consumidor ganhasse quase quatro meses de combustível no ano”, calcula Fabiola Rogano, vice-presidente de Engenharia da General Motors.

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Transmissões de nova geração

A transmissão manual passa a ser de seis velocidades (MT6). A sexta marcha, explica a GM, ajuda a poupar combustível e aumenta o silêncio a bordo em ritmo de cruzeiro. A 120 km/h, por exemplo, a rotação cai de 3.300 rpm para 2.650 rpm. Além disso, Cobalt e Spin ganharam alerta de mudança de marcha no quadro de instrumento, no qual um ícone indica o momento ideal para trocas.

A transmissão automática continua sendo de seis marchas (AT6), mas ganhou melhorias em sua terceira geração: agora possui comportamento mais suave e inteligente em diversas situações de tráfego tanto no moto automático quanto no modo Active Select, que permite fazer as trocas manualmente.

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Direção, suspensão, pneus e freios novos

Não só o powertrain dos dois modelos recebeu modificações. Ambos passam a contar com direção elétrica progressiva, que contribui com a economia de combustível por não roubar potência do motor. É dotada do sistema SRS de redução de vibrações.

A suspensão ganhou recalibração das molas, amortecedores e batente, além de novos cubo de roda e barra estabilizadora. Tanto o Cobalt quanto a Spin estão 10 mm mais baixos. Essas modificações se refletem em melhora no comportamento dinâmico sob altas velocidades.

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A GM calçou a dupla com pneus verdes, de baixa resistência à rolagem, equipados como sistema de monitoramento de pressão em tempo real. Ainda, o sistema de freios é completamente novo, de baixo arrasto. O sistema tem menos quantidade de componentes se comparado ao anterior, com montagem simplificada. Segundo a fabricante, o sistema tem menos folgas, é mais leve e eficiente.

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Equipamentos de série

De série, tanto Cobalt como Spin oferecem em todas as suas versões ar-condicionado, quadro de instrumentos com velocímetro digital, painel em dois tons, freios ABS com EBD (distribuição da força de frenagem), airbag duplo, alarme e conjunto elétrico de vidros e travas com acionamento por controle remoto, além de faróis com máscara negra.

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O sedã é ofertado com motor 1.8 ECO em duas versões de acabamento: LTZ e Elite, ambas de luxo. A linha 2017 do monovolume, por sua vez, traz as configurações LS, de entrada, LT, LTZ e a aventureira Activ. A novidade fica por conta da versão intermediária Advantage, desenvolvida para clientes que buscam um pacote com transmissão automática e mais itens de série com preço mais acessível.

A partir da linha 2017, o sistema OnStar passam a incorporar novas funções para o sistema, como navegação por setas projetada na tela do multimídia MyLink e aplicativo para smartphone com dispositivo de diagnóstico – informa a pressão de cada um dos pneus e a quilometragem total percorrida pelo automóvel.

Para o sedã, a Chevrolet oferece o OnStar em cortesia por um ano com o pacote Exclusive, o mais completo. Para o monovolume, a Chevrolet oferecerá o OnStar em cortesia por um ano em três diferentes pacotes de serviços, conforme a versão e a configuração do veículo.


Preços:
Cobalt 1.8 ECO LTZ MT6: R$ 62.190
Cobalt 1.8 ECO LTZ AT6: R$ 66.990
Cobalt 1.8 ECO Elite AT6: R$ 68.990
Spin 1.8 ECO LS MT6: R$ 57.990
Spin 1.8 ECO LT MT6: R$ 61.490
Spin 1.8 ECO Advantage AT6: R$ 66.990
Spin 1.8 ECO Activ AT6: R$ 69.990
Spin 1.8 ECO LTZ MT6: R$ 67.990
Spin 1.8 ECO LTZ AT6: R$ 71.990

Ficha técnica
COBALT 2017 1.8 ECO LTZ / ELITE


MOTOR
Tipo: Dianteiro transversal, Gasolina e Etanol
Número de cilindros: 4 em linha
Válvulas: 8 (SOHC)
Taxa de compressão: 12,3
Injeção eletrônica de combustível: M.P.F.I.
Potência Máxima: Etanol – 111 cv (82,0 kW/ 110 hp) @ 5200 rpm / Gasolina – 106 cv (78,0 kW/ 105 hp) @ 5200 rpm
Torque Máximo: Etanol – 17,7 mKgf (174 Nm) @ 2600 rpm / Gasolina – 16,8 mKgf (165 Nm) @ 2800 rpm

TRANSMISSÃO
Manual de 6 velocidades ou Automática de 6 velocidades

FREIOS
Sistema: Hidráulico com duplo circuito distribuido em diagonal
Dianteiros: A disco ventilado
Traseiros: A tambor

DIREÇÃO
Tipo: Elétrica Progressiva (EPS)

SUSPENSÕES
Dianteira: Independente tipo “McPherson” com braço de controle ligado a haste tensora, Molas helicoidais com carga lateral Linear, amortecedores pressurizados e barra estabilizadora ligado a haste tensora
Traseira: Semi-independente, com eixo torsão, barra estabilizadora soldada no eixo traseiro, mola helicoidal com constante elástica linear e amortecedores pressurizados.

RODAS E PNEUS
Rodas: Aço estampado 6Jx15 com calota integral presa por parafusos (Sobressalente de aço estampado 4Bx16) – 4 furos ou Alumínio 6Jx15 (Sobressalente de aço estampado 4Bx16) – 4 furos
Pneus: Radiais 195/65 R15 (sobressalente radial T115/70 R16)

SISTEMA ELÉTRICO
Bateria : 12V, 50Ah
Alternador: 100Ah

DIMENSÕES
Comprimento Total (mm): 4.481
Largura – carroceria (mm): 1.735
Largura Total – espelho a espelho (mm): 2.005
Altura (mm): 1.508
Distância entre eixos (mm): 2.620

CAPACIDADES
Tanque de combustível (litros): 54
Porta-malas (litros): 563

INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES
Coeficiente de penetração aerodinâmica (Cd): 0,33
Peso em ordem de marcha (Kg): 1.104 (LTZ MT) / 1.129 (LTZ AT) / 1.129 (Elite)
Carga útil (Kg): 385 (LTZ MT) / 385 (LTZ AT) / 385 (Elite)

2 comentários em “Lançamento: Cobalt e Spin agora são ECO

  1. Estou muito interessado na aquisição deste novo Cobalt, mas gostaria de uma opinião técnica desta renomada revista para tomar minha decisão. Poderiam me dar uma franca opinião sobre esse veículo? Vocês o recomendariam? Pois preciso de um veículo robusto, com baixa manutenção e sem problemas crônicos, viajo bastante e também uso diariamente na cidade.

    Desde já agradeço!

  2. Os dois carros ainda são meio feios, porém temos que dar os parabéns por sua rigidez na parte mecânica.São carros confiáveis principalmente a Spin. Não da pra entender a engenharia querendo fazer carro econômico com estas injeções tradicionais. Se a injeção direta é mais eficiente e mais cara, porque não tentam redução de custos nestes sistemas.

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