Em julho de 2014, enquanto a bola estiver rolando pelas finais da Copa do Mundo do Brasil, o setor da reposição automotiva vai sofrer uma mudança significativa. José Palácio, coordenador de Serviços Automotivos do IQA (Instituto da Qualidade Automotiva), lembra que essa data marca o início da comercialização obrigatória de componentes automotivos certificados pelo Inmetro, instituídos pela Portaria Inmetro nº 301 de 21/07/2011.
De acordo com Palácio, a partir desta data, não poderão ser vendidos ao consumidor final as seguintes peças sem certificação: amortecedor de suspensão, bombas elétricas de combustível para motores do ciclo Otto, buzinas ou equipamentos similares utilizados em veículos rodoviários automotores, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas para veículos automotivos.
A portaria do Inmetro ainda obriga fabricantes e importadores destes componentes a iniciar o processo de certificação em janeiro de 2013, para que em junho, todas as peças distribuídas sejam certificadas. Os estoques do varejo terão um ano, de julho de 2013 a julho de 2014, para se adequar. “A partir do ano que vem, o consumidor de autopeças deve começar a prestar atenção e dar preferência para as marcas que já possuírem a certificação, pois se trata de garantia a mais de qualidade e segurança para o lojista”, observa Palácio. “A certificação é um instrumento de utilidade pública, pois beneficia o consumidor e a sociedade como um todo”, afirma.
Para os varejos e as oficinas reparadoras, será uma excelente oportunidade de marketing para a empresa, pois ao ligar o serviço oferecido ao produto certificado com selo do Inmetro, automaticamente, a mensagem que se passa ao cliente é de qualidade, como opina Palácio. “É possível, inclusive, informar os clientes por meio de propaganda, que o seu estabelecimento já trabalha com produtos certificados. Estes informativos podem conter explicações sobre a importância do uso de peças de qualidade, e que é exatamente isso que a certificação oferece”, sugere.
Essa estratégia de divulgação para as oficinas e distribuidoras, recomenda Palácio, pode incluir explicações ao cliente sobre a evolução da empresa na questão ambiental, como o descarte correto de resíduos, além da preocupação com a qualidade do produto. “Entre os componentes de certificação obrigatória para 2014 estão anéis, pistões e bronzinas, que foram incluídos justamente por interferirem diretamente no controle de emissões de gases poluentes”, lembra o especialista.