A Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores (Abeiva) informa que, de acordo com os dados de emplacamento de carros registrado em janeiro, os importadores oficiais tiveram queda de 24,2% em relação ao mesmo período em 2012. Conforme os números fornecidos pela entidade, foram emplacadas 8.617 unidades no primeiro mês de 2013 contra 11.370 veículos em janeiro do ano passado, enquanto as fabricantes de veículos instaladas no Brasil tiveram crescimento de 17,5% no mesmo período, passando de 252.639 para 296.853 emplacamentos.
“O primeiro mês do ano continuou a apresentar queda nas vendas, como vinha acontecendo nos meses anteriores. Se compararmos com janeiro de 2012, a desaceleração é de 24,2%. Ante o mês de dezembro de 2012, a redução é de 7,2%. A nossa participação no mercado interno, que era de 4,5% em dezembro de 2012 caiu para 2,9% em janeiro último, uma participação insignificante frente ao volume importado pelas associadas à Anfavea”, analisa o vice-presidente da Abeiva, Marcel Visconde.
“É preciso considerar que, em janeiro último, ainda contávamos com significativo estoque de unidades sem a majoração dos 30 pontos percentuais na alíquota do IPI, fato que propiciou a manutenção dos preços de carros importados ainda competitivos. Diante disso, é muito cedo ainda para avaliar, mas – por enquanto – iremos manter a previsão de vendas para 2013, de 150 mil unidades, 17% mais em relação às 129 mil unidades de 2012, mas muito abaixo do desempenho de 2011, quando o setor oficial importação de veículos automotores chegou a 199 mil unidades”, enfatiza Visconde.
Ainda segundo Marcel, o programa Inovar-Auto vai beneficiar também o setor oficial de importação de veículos automotores a médio prazo. “Sem aumento de IPI, os importadores terão preços mais competitivos, além de poder oferecer uma política comercial mais acessível ao consumidor brasileiro, mesmo superando o volume da cota. Com isso, nossas vendas tendem a subir e, por consequência, podemos proporcionar mais saúde financeira às redes de concessionárias”, conclui o vice-presidente da entidade.