jan 10, 2019
Lançado há um ano, o Renault Kwid veio para revolucionar o mercado dos populares com a sua fama de uns dos veículos mais baratos do Brasil. Projetado para ter custo baixo, ser robusto e atender todas as necessidades do dia a dia, e ainda proporcionar conforto, segurança e o principal que todo o comprador de veículos desta categoria quer: a famosa economia tanto de combustível quanto de manutenção. O Kwid tem toda essa responsabilidade nas “costas” e é por isso que decidimos fazer um raio-X completo para confirmar realmente a proposta do veículo.
JA versão avaliada pela Revista O Mecânico foi a Intense, que custa a partir de R$ 41.990, não é bem a popular, mas a sua lista de equipamentos já vem bem recheada de série, como central multimídia de 7” com navegação, câmera de ré, retrovisores elétricos, computador de bordo e 4 airbags.
Com a fama de manutenção barata, simples e rápida, levamos o subcompacto à oficina Takushi, Zona Norte de São Paulo, para o mecânico e proprietário Jorge Ifuku, que avaliou mecanicamente a construção do modelo, assim como, as condições de diagnóstico e manutenção.
Mesmo com um compartimento do motor pequeno devido à estrutura do veículo, há um bom espaço para acessar o motor de 3 cilindros e seus periféricos.
“Um destaque é o sistema de partida a frio, que está em fácil acesso e utiliza em uma única peça o reservatório de gasolina e liquido do limpador de para-brisas”, afirma Jorge.
Já com relação às manutenções de rotina e programadas, Jorge ressalta a simplicidade para realizar procedimentos nos componentes da injeção eletrônica, ignição e alimentação, tais como a limpeza do corpo de borboleta, bicos injetores, troca das velas de ignição (que ficam sob uma capa de isopor). No cárter vão apenas 2,9 litros de óleo lubrificante já com a troca do filtro de óleo do motor (que fica no próprio cárter do motor), filtro de combustível e os demais filtros, localizados nas posições de praxe.
O Kwid utiliza uma transmissão exclusiva para o modelo. “Com o seu tamanho bem compacto e leve, a troca do sistema de embreagem é bem tranquila e sem muito esforço na hora da remoção e instalação da caixa de câmbio”, explica.
O Kwid é equipado com sistema de arrefecimento muito comum em veículos asiáticos e orientais, que não possuem reservatório de expansão. Jorge explica que o sistema de arrefecimento é fechado e existe um pequeno reservatório na parte lateral do radiador que fornece fluido de arrefecimento para o sistema caso haja a necessidade de reposição.
No undercar é tudo bem simples. Um detalhe que chamou muito atenção do mecânico foi a abraçadeira de nylon (cinta plástica) que fixa o cabo do freio de estacionamento no eixo de torção da suspensão traseira, e uma chapa de metal de aparência bem rústica soldada no quadro da suspensão dianteira.
Ele ainda opina sobre a simplicidade do sistema de exaustão, e o pequeno tanque de combustível com capacidade de 38 litros.
O Kwid possui sistemas de suspensão bem convencionais e de fácil manutenção, tanto dianteira quanto traseira. O proprietário da oficina Takushi apenas se queixa da falta de apoio e guia no cubo das rodas dianteiras. “Para conseguir alinhar a roda na rosca dos parafusos sem o guia é uma tarefa muito chata e complicada. Muita gente ainda vai espanar os parafusos na hora da substituição do pneu caso não utilize o eixo guia”, alerta.
O sistema de freios passou por recall recentemente, mas ainda impressiona pela aparência do embolo da pinça que sai para fora das pastilhas de freios dianteiras.
Projetado para ser barato, o sistema elétrico é simples e tem componentes bem localizados, o Renault não tem nenhum segredo em sua manutenção, um destaque apontado por Jorge é a facilidade de manutenção do motor elétrico do único braço do limpador de para-brisas dianteiro que praticamente não é necessário desmontar nada a mais além do motor.
As caixas de fusíveis e relés estão bem localizadas uma no cofre do motor e outra no interior do veículo embaixo do painel. A bateria é de 50 Ah, “bem projetada para suportar a eletrônica de todo o veículo” relata Jorge.
Com o veículo fora do elevador, fomos para o teste de rodagem. Em um trecho de subidas e decidas íngremes, um pouco de pavimentação ruim e via expressa que o mecânico testa todos os seus veículos que passam em sua oficina, Jorge pode ter uma leve impressão da condução com o Kwid. “O motor de três cilindros e um sistema de coxim mais solido, faz transmitir mais vibração
para carroceria. Fora isso com o seu “peso pena” e um cambio bem escalonado, o subcompacto da Renault não perde o fôlego e vai muito bem principalmente nos trechos de subidas íngremes. Gostei para o uso no dia a dia”, finaliza Jorge.
Ficha técnica
RENAULT KWID INTENSE 1.0 12V |
Motor Posição: Dianteiro transversal, Gas/Etanol Cilindros: 3 em linha Válvulas: 12V Taxa de compressão: 11,5:1 Injeção de combustível: : injeção eletrônica multiponto Potência: 70 cv (E) a 5.500 rpm / 66 cv (G) a 5.500 rpm Torque: 9,8 kgfm (E) a 4.250 rpm / 9,4 kgfm (G) a 4.250 rpm
Câmbio
Freios
Direção
Suspensões
Rodas e Pneu
Dimensões
Capacidades |
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