jan 13, 2019
Durante muitos anos, a profissão de mecânico foi deixada meio que a margem da sociedade. Sim, havia preconceito e rotulação! A mecânica de automóveis era uma “ocupação” (e não profissão) destinada a aqueles que, por qualquer que fosse o motivo, não se dedicaram aos estudos com mais afinco.
O mecânico era um cidadão associado a sujeira (daí o apelido “bolinho de graxa”), embriagues, machismo excessivo (pôsteres de mulheres nuas espalhados pelas paredes das oficinas) e, infelizmente, desonestidade.
Daí surge uma importante pergunta: por que isso acontecia? Será que a sociedade da época (até os anos 80) era tão preconceituosa e hipócrita assim? Bem, a resposta não é tão simples.
Em primeiro lugar, preciso deixar bem claro que: sim, uma considerável parte da sociedade daquela época era preconceituosa e hipócrita. Por mais bem sucedido que o mecânico fosse, ele continuava, aos olhos de muita gente, um mecânico. E isso doía na alma desses profissionais.
Como os treinamentos de fabricantes eram de difícil acesso e caros. Entrar no SENAI era muito difícil. Assim, a praxe era “aprender fazendo” com os mais velhos e experientes e, “de quebra”, ganhar um salariozinho para ajudar em casa. E isso perdurou por muitos anos.
MAS O TEMPO PASSOU AS COISAS MUDARAM. NÃO FOI?
Os veículos evoluíram tecnologicamente. A eletrônica embarcada fez com que o mecânico fosse obrigado a aprender sobre elétrica e eletrônica veicular. Mas antes ele precisava aprender sobre eletricidade. Algo que ele abominava. Mas não teve jeito. O único lugar onde se aprende isso é na escola.
Não importa se de forma presencial ou a distância. O mecânico teve que estudar. E estudar muito, por que os manuais e os equipamentos que atendem os veículos importados são todos em outros idiomas. E quanto mais ele estudava assuntos da sua profissão, mais coisas ele aprendia da cultura geral.
Muitos retomaram os estudos e se formaram tecnólogos ou engenheiros mecânicos. Afinal de contas, nada melhor para entender os defeitos de um veículo do que saber como ele é projetado e fabricado.
O mecânico também mandou seus filhos para a escola e para a faculdade. Sim, mesmo que eles quisessem assumir o negócio da família o mecânico entendeu que formação é imprescindível
para a sobrevivência da empresa.
Hoje temos uma nova sociedade, um pouco mais evoluída. Mas não se iludam, preconceito ainda existe. Ele só está focado em outros alvos.
O mecânico é visto com outros olhos? Claro que sim! A sociedade apendeu “na marra” que precisa muito dele. E não é para menos: devido à sua grande complexidade técnica, hoje não é mais possível consertar o carro em casa. É preciso levá-lo a um técnico. Um técnico extremamente qualificado.
Sim, nos dias de hoje, esse profissional de mecânico só tem o nome. Além disso, ele é um empresário. Sim, com muito orgulho. Como os grandes “magnatas”. Bolinho de graxa nunca mais!
PARABÉNS PELO SEU DIA, “GUERREIRO DAS OFICINAS”!
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Nós atualmente temos que sacrificar muito para acompanhá tantas tecnologias. Más amo minha linda profissão.