Conforme a tradição da marca, Chevrolet Tracker 1.4 Turbo tem manutenção fácil e barata
Texto: Leonardo Barboza
Foto: Rafael Guimarães
Para entrar na disputa de SUVs de entrada, no final de 2013 a Chevrolet trouxe para o Brasil a segunda geração do Tracker, importado do México inicialmente na versão LTZ e depois a LT com motorização 1.8 16V Ecotec de 144 cv (E) derivada do Chevrolet Cruze. Com o passar dos anos e a reestilização do Cruze, o Tracker também ganhou facelift, nova motorização 1.4 Turbo de 153 cv (E) equipado com injeção direta e oferecido na versão LT e Premier.
Mesmo com todo seu potencial em relação aos SUVs concorrentes o Chevrolet Tracker não engatou entre os três primeiros colocados no ranking de vendas.
Sabendo que o motivo das baixas vendas é o número limitado de veículos importado do México, resolvemos nos aprofundar em relação a sua manutenção, características do veículo e suas condições de reparo na oficina, verificando se o modelo faz jus a fama da marca com manutenção simples e barata.
A versão avaliada do Tracker foi a Premier de R$ 103.490 equipada com os opcionais airbag laterais e de cortina, alerta de colisão frontal e alerta de mudança de faixa. Levamos o modelo até Gerson de Oliveira Santos, mecânico e proprietário da oficina Gigios Bosch Service, no bairro do Ipiranga, São Paulo/SP.
MOTOR
Equipado com o motor 1.4 Turbo o, mesmo do Chevrolet Cruze, segundo Gerson é muito simples de realizar a manutenção preventiva devido a boa localização e facilidade de acesso e remoções dos componentes em caso de manutenção mais corriqueiras, como troca de filtros e de velas.
Gerson também ressaltou sobre o preço das peças de reposição. “Por se tratar de um motor turboalimentado e uma grande quantidade de componentes importados, é necessário seguir cautelosamente a manutenção indicada pelo fabricante, como o uso de óleo 0W20 e filtros com especificações corretas a fim de não danificar as peças do motor devido a uma falta de lubrificação correta. Caso haja um descuido e seja necessário a substituição de peças internas do motor ou a própria turbina, o preço da manutenção pode sair muito caro”.
INJEÇÃO ELETRÔNICA
O módulo de injeção, bateria e caixa de fusíveis estão bem localizados um do lado do outro no cofre do motor. O corpo de borboletas tem fácil localização para manutenção e limpeza. Já sobre os bicos injetores diretos, Gerson comenta que é necessário muita atenção. “Devido a altíssima pressão de trabalho, exige uma manutenção mais especializada e equipamentos corretos”.
SUSPENSÃO / UNDERCAR
A suspensão do Chevrolet Tracker é do tipo McPherson na dianteira e eixo de torção na traseira, possuem reparação simples e rápida. “A bandeja da suspensão dianteira é fixada apenas por dois parafusos. Caso haja a necessidade de fazer a troca dos pivôs sem a bandeja, é preciso retirar o conjunto e remover os três rebites que fixam o pivô na bandeja. As buchas da barra estabilizadora e bieleta de alumínio tem fixações de fácil acesso”, explica Gerson. Em relação à suspensão traseira, a construção é muito simples e sem segredos na hora de preparar. No teste de rodagem o sistema de suspensão absorve muito bem os impactos nas imperfeições da pavimentação, segundo o mecânico. “É possível escutar a compressão dos amortecedores a gás trabalhando nos buracos”. Na parte do undercar, é possível observar as proteções reforçadas no motor e transmissão e uma proteção tubular no tanque e linha de combustível. “Por se tratar de um veículo SUV e que poderá encarar terrenos fora de estrada é essencial a proteção nas partes vitais do veículo”, afirmou o mecânico.
FREIOS
O SUV da marca vem equipado com freios a disco ventilado na dianteira e tambor na traseira, sistema bem simples, mas eficiente. A unidade do ABS tem fácil acesso no cofre do motor. Além do controle do ABS a unidade também é responsável pelos sistemas de distribuição de frenagem, assistente de partida em aclive, controle de tração e estabilidade. Gerson pediu atenção para a recomendação na tampa do reservatório do fluido de freio. “É preciso tomar muito cuidado na hora de comprar o fluido de freios. Pela performance do veículo e o seu peso, o ideal é seguir o DOT 3 recomendado pelo manual do proprietário. Somente utilizando o recomendável pela montadora é possível garantir 100% de sua eficiência”.
Ficha técnica
CHEVROLET TRACKER PREMIER 1.4 TURBO |
Motor Posição: Dianteiro, transversal, turbo Cilindros: 4 em linha Válvulas: 16V Taxa de compressão: 10,0:1 Injeção de combustível: direita Potência: 153 cv (E) / 150 (G) a 5 200 rpm Torque: 24,5 Kgfm (E) / 24,0 Kgfm (G) a 2 000 rpm
Câmbio
Freios
Direção
Suspensões
Rodas e Pneu
Dimensões
Capacidades |
Tenho uma tracker 2021 1.0 turbo, no manual e na tampa indica o oleo 5w30, porém vejo vários anúncios da tracker desse ano indicando o 0w20, e agora qual usar? Será a minha primeira troca com 10.000 km.
Olá Wagner,
Não pode, você deve utilizar a recomendação do fabricante. Usar uma especificação não recomendada prejudicará o funcionamento do motor.
Atenciosamente,
Victor Piccin
A minha é uma LTZ 2017 (mesma motorização da 2018 e 2019.
Pergunto se posso usar essa especificação de óleo 0w20 já que a recomendação é usar o 5w30
Muito boa a informação e o comentário. Uma pergunta: é possível instalar freio a disco nas rodas traseira da tracker?
Meu Tracker apresenta um problema com o pedal de freio. O retorno do pedal não acontece de maneira imediata como deveria. Ao soltar o pé do freio, este só retorno alguns décimos de segundos depois. Tira-se o pé do freio e sente-se logo após o pedal batendo levemente na sola do pé. Ou seja, algo está prendendo ou com pouca força para o retorno.
Já levei meu carro na concessionária CINCO VEZES, já reclamei no SAC da GM e querem me convencer que isso que está acontecendo É UMA CARACTERÍSTICA DO TRACKER.
Alguma sugestão do que fazer?
Freio à tambor e suspensão eixo rígido (traseira) destoa com o conjunto.
Freio à tambor e suspensão eixo rígido (traseira) destoa com o conjunto.