Na semana passada, uma delegação de oito diretores e professores de instituições de ensino técnico e de engenharia do estado de Pernambuco visitou três fábricas da Fiat na Europa. O grupo percorreu as fábricas de Pomigliano d’Arco e Cassino, ambas no sul da Itália, e de Kragujevac, na República da Sérvia. As unidades se destacam pela aplicação do sistema World Class Manufacturing (WCM), metodologia de produção adotada globalmente pelo Grupo Fiat, focada na eliminação de perdas e desperdícios e na melhoria continua e acentuada da qualidade, eficiência e segurança na produção.
De acordo com a Fiat, as informações colhidas vão contribuir para aprimorar a formação de técnicos e engenheiros necessários ao Polo Automotivo de Goiana/PE, que também operará no sistema World Class Manufacturing (WCM). O diretor de Manufatura da Fiat/Chrysler para a América Latina, Alfredo Leggero, acompanhou a visita e destacou a importância da iniciativa para reforçar a relação entre empresa e escolas, e para mostrar as necessidades de formação profissional para atender as demandas dos processos produtivos mais modernos. As fábricas visitadas têm padrão tecnológico similar ao que será implantado na fábrica de Goiana/PE.
“Esta foi uma grande oportunidade para que esta delegação conhecesse os modernos processos de manufatura e o que é preciso, em termos de capacitação e formação de pessoas, para fazê-los funcionar”, destacou Leggero. Segundo a Fiat, o Polo Automotivo de Goiana integrará a nova fábrica da Fiat a um complexo de fornecedores de 14 linhas de produtos, que compartilharão os mesmos conceitos de produção. “Estamos falando, portanto, de algo maior do que a formação de mão-de-obra que será requerida pela Fiat. Trata-se de formar as pessoas que vão operar um grande grupo de indústrias que se instalará em Pernambuco a partir da chegada da Fiat”, afirmou Leggero.
O grupo foi liderado pelo secretário do Trabalho, Qualificação e Empreendedorismo do Estado de Pernambuco, Antônio Carlos Maranhão de Aguiar. Segundo o secretário, o contato com o atual nível tecnológico de uma indústria moderna é essencial para que as instituições de ensino possam refletir sobre as necessidade de formação técnica e de qualificação decorrentes das novas demandas industriais. “A missão, neste sentido, não se esgota no objetivo de formar mão de obra para a Fiat, mas para todo o processo de reindustrialização pelo qual Pernambuco passa”, afirmou o secretário. “Este é um processo que está começando e que pressupõe um intenso intercâmbio entre Fiat, Secretaria e instituições de ensino, para que possamos ser os operadores desta nova fase de desenvolvimento de nossa economia”, acrescentou.