Transmissão tem “dois lados”, sendo um voltado para controle dos motores elétricos e outro para o motor a combustão
Durante apresentação do GWM Academy, o engenheiro Álvaro Cesar explicou para Revista O Mecânico quais são os principais componentes e funcionamento da transmissão do Haval H6, modelo híbrido da marca. A peça foi exibida em duas versões: uma montada, como no veículo, e outra aberta para demonstração.
De acordo com Cesar, a transmissão tem dois lados: um voltado para a tração dos motores elétricos e outro para o motor a combustão. “Essa transmissão tem duas marchas: uma até 80 km/h e outra de 80 até 180 km/h”, explicou. Ele também confirmou que o fluido da transmissão deve ser trocado a cada 60 mil km.
Apesar de ter engrenagens, o conjunto não segue o padrão das transmissões automáticas tradicionais. “Não é uma transmissão automática porque ela não usa um sistema epicicloidal”, afirmou. “Ela é parecida com uma transmissão mecânica, com sincronizador e duas engrenagens: primeira e segunda.”
No lado elétrico, o engenheiro destacou a presença de dois motores: um com função de gerador e outro responsável pela tração. “Esse aqui é o sensor do motor elétrico, conhecido como resolver”, disse, mostrando o componente. As conexões de alimentação são externas, e há atuadores responsáveis pelas mudanças de marcha e pela atuação entre os motores.
Sobre o sistema de arrefecimento, Álvaro explicou: “É o mesmo líquido usado para a bateria, mas com circuitos separados”. Já a parte eletrônica de potência abriga inversores e transistores, sendo vedada e sem possibilidade de manutenção. “A única manutenção possível aqui é a substituição dos fusíveis e do cabo, quando necessário”, declarou.
Segundo ele, a caixa de transmissão atualmente é trocada por completo. “Hoje, para a GWM, é uma caixa fechada. No futuro, há possibilidade de abertura e troca de componentes como engrenagens, rotores e sensores.”
Veja o vídeo completo da explicação do especialista da GWM
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