O Campo de Provas da Ford no Brasil, localizado em Tatuí/SP, irá completar 30 anos de funcionamento e acaba de receber um novo programa de investimentos em novas tecnologias para o desenvolvimento e teste de veículos. O laboratório faz ensaios de todos os tipos de veículos, inclusive os com motores a diesel e é considerado um dos mais modernos da indústria automobilística mundial.
Os investimentos incluíram a incorporação de equipamentos de última geração para testes de veículos, entre os quais um especialmente desenvolvido para ampliar os recursos de medição de ruídos nos veículos, além de nova câmara para ensaios de evaporação e de um dinamômetro para teste de motores em baixíssimas temperaturas.
O Laboratório de Emissões também passou pela recertificação do Inmetro, reafirmando sua competência para realizar ensaios de acordo com as normas brasileiras e européias. “Somos o único laboratório da Ford na América do Sul certificado conforme a norma internacional de qualidade ISO 17025. A principal vantagem é podermos certificar veículos exportados sem que os órgãos governamentais estrangeiros precisem acompanhar os testes, e traz agilidade, economia e credibilidade para os produtos brasileiros”, disse Astor da Silva Filho, supervisor do Laboratório de Emissões.
-Teste de ruídos
Desenvolvido em parceira com a empresa japonesa Nitobo, especialista em tecnologia de precisão, com o apoio do Centro de Engenharia Avançada da Ford, nos Estados Unidos, e de especialistas do campo de provas brasileiro, o equipamento “Noise Vision” (Visão do Ruído) é uma das grandes novidades do setor. Patenteado pela Ford, incorpora uma nova tecnologia que permite “ver” o ponto exato onde os ruídos são gerados dentro do carro.
– Câmara de evaporação
Outra novidade no Campo de Provas da Ford é a câmara “Shed” para ensaios evaporativos de 24 horas dos veículos. A câmara simula as variações de temperatura ao longo do dia, de 20°C a 35°C, para medir a concentração de hidrocarbonetos originados da evaporação de combustível, pneus, graxa e outros componentes. Esse ensaio é exigido pelas normas européias e também da Argentina. A câmara foi importada dos Estados Unidos e, além de sensores e analisadores, possui sistema de compensação da pressão interna feita por balões.
– Dinamômetro
Além de trabalhar com parcerias internacionais, a engenharia da marca no Brasil também investe em soluções próprias. Um exemplo é o equipamento desenvolvido para testes de desempenho e durabilidade de motores no dinamômetro em baixa temperatura. Com controle automatizado e um “chiller” que permite levar o líquido de arrefecimento do motor a 30ºC negativos, ele é aplicado em vários procedimentos de teste, como partida a frio e ciclo térmico de juntas.
