A Bosch assumiu para si a logística de distribuição da sua produção para a reposição automotiva através do Projeto Fênix. A iniciativa foi no sentido oposto à terceirização e, segundo a empresa, trouxe de volta à Bosch a gestão da logística física de armazenagem e distribuição, e também a autonomia no sistema de gerenciamento de informação e operacionalização das atividades da área em seu centro de distribuição na cidade de Louveira/SP.
O objetivo da operação é otimizar e adequar os processos logísticos alinhados ao modelo de negócios da divisão e fazer da logística uma das competências chaves da divisão Automotive Aftermarket da Bosch. Uma equipe especialmente designada foi criada em 2012 para ser responsável por todo o desenvolvimento e gestão dos processos, aplicando as soluções necessárias para garantir o máximo de eficiência, alinhadas às necessidades específicas dos negócios da reposição. A implementação completa do Projeto ocorreu em setembro de 2013.
“Nos últimos anos, a eficiência logística se tornou um dos fatores chaves de sucesso para todas as empresas. As necessidades e expectativas dos clientes, assim como os custos aumentaram. Desta forma, melhorar a produtividade nesta área se tornou uma condição de sobrevivência. O projeto Fênix foi planejado para entregar aos nossos clientes uma solução logística, feita sob medida e mais adequada às suas necessidades”, observa o vice-presidente da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch América Latina¸ Delfim Calixto.
O centro de distribuição de Louveira movimenta diariamente 60 toneladas de mercadoriasa, distribuídas em aproximadamente 50 caminhões que deixam o centro logístico com destino a, aproximadamente, 1.500 pontos de entrega em diversos locais do Brasil. No portfólio da divisão de reposição da Bosch estão aproximadamente 20 mil produtos (part numbers) entre velas de ignição, cabos, filtros, palhetas, alternadores, motores de partida, componentes dos sistemas de freios e de injeção, entre outros itens que atendem cerca de 95% da frota circulante brasileira.
Segundo a empresa, são em média 10 mil linhas de pedidos chegam diariamente e, para dar vazão ao volume, a equipe trabalha com um tempo de atendimento de 24 horas para que os produtos possam ser processados e disponibilizados para a distribuição através de diferentes modais. “Para se ter uma ideia da eficiência do projeto, em 2012, tínhamos uma média de 4.500 linhas de pedidos processados por dia. Com as mudanças implementadas, conseguimos melhorar a eficiência e aumentar a nossa produtividade, que mais que dobrou, chegando a ultrapassar a casa das 10 mil linhas de pedidos diários”, comenta Calixto.
“Estamos, nesse momento, estabilizando os nossos processos e adequando as demandas à nossa capacidade. Com isso, nossa meta é maximizar a nossa eficiência até 2015. Acreditamos que, dessa forma, ampliaremos os níveis de satisfação dos clientes que hoje, após quase um ano de implementação do projeto, tem recebido avaliações bastante positivas”, observa o executivo da Bosch.
Cerca de 70% do portfólio da Bosch é produzido no país nas unidades de Campinas/SP, Curitiba/PR e Aratu/BA; e 30% é importado das diversas plantas espalhadas pelo mundo. Do volume de vendas, cerca de 30% dos produtos é exportado para a América Latina, Estados Unidos e Europa.