A Bosch está divulgando para o mercado de reposição uma série de dicas para o mecânico planejar um check-list de manutenção preventiva para seus clientes que pretendem pegar a estrada nas férias de julho. Para a fabricante de autopeças, é essencial que o mecânico examine o alinhamento da direção, o balanceamento das rodas, freios, faróis, palhetas, sistema de injeção e ignição e bateria, assim, garantindo a viagem segura do proprietário do veículo. O uso de equipamentos adequados de diagnose automotiva são essenciais, como orienta Daniel Lovizaro, gerente de Assistência, Serviços e Treinamentos Técnicos da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch para a América Latina.

Para as palhetas do para-brisa, a Bosch recomenda a substituição pelo menos uma vez por ano ou ao serem observadas a formação de faixas e riscos, ruído ou trepidação; formação de névoa e falhas na limpeza; e/ou lâmina quebradiça, torta ou rasgada nas palhetas. Ao substituir as palhetas, é importante que o mecânico verifique a condição do motor e braço do limpador e se o esguichador está desobstruído e corretamente posicionado. O aplicador também deve orientar o cliente, na hora da lavagem a limpar as palhetas apenas com pano umedecido em água, nunca com querosene ou outros produtos químicos.

Os filtros de óleo, ar, combustível e de cabine (com ar-condicionado ou não) também devem ser observados. O período de troca de cada um deve ser observado de acordo com a especificação do manual do fabricante do veículo. Segundo a Bosch, efetuar a troca dos filtros evita danos à injeção eletrônica, assim como nos demais sistemas e peças do motor.

Para preservar as velas do motor, a Bosch orienta a abastecer em postos de combustível de confiança. Combustíveis adulterados ou de procedência duvidosa encurtam a vida útil destes componentes e podem provocar, entre outros problemas, superaquecimento das peças e carbonização dos eletrodos. As velas devem ser trocadas periodicamente, conforme a recomendação do fabricante. Na troca das velas, o mecânico deve consultar o manual do veículo ou a tabela de aplicação disponível em autopeças e oficinas mecânicas, para verificar qual é o modelo correto para o motor daquele veículo.
O mecânico deve aproveitar o momento de verificação do estado das velas para examinar os cabos, que são os responsáveis por conduzir a corrente elétrica de alta tensão produzida na bobina de ignição às velas do motor. A Bosch explica que um cabo de ignição danificado pode gerar problemas de interferências eletromagnéticas e/ou fuga de corrente, causando falhas no motor, consumo excessivo de combustível e problemas no catalisador. Os cabos de ignição devem ser testados e revisados a cada 15 mil quilômetros, evitando assim problemas com o sistema de ignição.

A sonda lambda, quando em bom estado, pode gerar uma economia de combustível de até 15%, além de proporcionar maior potência ao motor; proteção ao meio ambiente e maior vida útil do catalisador. Mas uma sonda lambda defeituosa não informa os dados corretamente e todo o sistema de injeção eletrônica perde a eficiência. Para a Bosch, a durabilidade deste componente é grande quando o veículo apresenta condições de manutenção favoráveis e quando é abastecido com combustível de qualidade, mas, para garantir seu bom funcionamento, é necessária uma revisão a cada 30 mil km.

O sistema de freios deve ser verificado visualmente pelo mecânico a cada 5 mil km, segundo recomendação da Bosch. Na hora de substituir o fluido de freio, é importante levar em consideração a especificação correta que está no manual do proprietário do veículo. A fabricante de autopeças avisa que a aplicação de um fluido não adequado pode reduzir a eficiência da frenagem ou mesmo danificar o sistema, colocando em risco a segurança. A Bosch também recomenda que a manutenção do sistema de freios seja feita com no mínimo duas semanas de antecedência, tendo em vista o período de assentamento do material de atrito e acomodação do sistema, evitando, neste período, freadas bruscas e em altas velocidades.
Já a correia sincronizadora deve ser avaliada visualmente a cada 10 mil km. O mecânico deve realizar a troca da correia ao encontrar sinais de desgastes como trincas, ressecamento, contaminação com óleo e dentes rachados. É importante ainda verificar o estado das polias e dos tensionadores, com objetivo de garantir a eficiência da correia e evitar o desgaste precoce da mesma. Quando a correia quebra, há interrupção no sincronismo do motor, o que provoca parada total do veículo, e pode gerar sérios danos ao motor. A Bosch acredita que, na maioria das vezes, os custos para este reparo são superiores do que o valor de uma substituição de correia realizada preventivamente.