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Avaliação e troca dos componentes do Honda Fit

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Mostramos nessa matéria o procedimento de manutenção e revisão do sistema de suspensão de um Honda Fit. Além da troca dos amortecedores, o técnico deve verificar todos os itens para um serviço de qualidade

Carolina Vilanova

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Num veículo, a estabilidade está diretamente ligada ao nível de segurança dos ocupantes. Rodar suave, com as rodas presas ao solo, demonstra que o carro está com o sistema de suspensão em ordem. Por isso, é imprescindível fazer uma revisão periódica de acordo com as orientações do manual do proprietário.

“O conjunto de amortecedores tem a função de absorver a oscilação da mola e manter o pneu do veículo em contato permanente com o solo. Quando está desgastado, além da perda de estabilidade do veículo, o amortecedor não absorve os impactos da suspensão, causando ruídos e deformações nos pneus”, afirma o técnico José Roberto, da Affinia. Caso esses sintomas sejam detectados, o técnico deve analisar os componentes da suspensão e efetuar a troca dos amortecedores.

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Nessa matéria, publicada em O Mecâniconline, fizemos o procedimento de troca dos amortecedores e checagem de outros itens da suspensão num veículo Honda Fit, ano 2005, com aproximadamente 110 mil Km rodados.

Ele explica que antes de realizar a troca dos amortecedores, é importante fazer uma inspeção geral no sistema e procurar, por exemplo, se existem folgas nos rolamentos e buchas. Comece com a análise de todo o conjunto traseiro.

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Suspensão traseira

1) Depois da inspeção visual, o primeiro passo é remover o conjunto do veículo e realizar uma vistoria nos componentes que fazem parte do kit de suspensão. Verifique as condições do guarda-pó, que protege a haste do amortecedor contra partículas.

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Obs.: A proteção do guarda-pó evita vazamentos no amortecedor, pois a haste é um componente totalmente polido e não pode sofrer riscos ou ranhuras.

2) Em seguida, cheque as condições do batente que fica na haste e auxilia na absorção de impacto no final de curso do amortecedor. Por estar exposto, o batente pode sofrer ressecamento ao longo do tempo, podendo quebrar ou até mesmo esfarelar.

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3) Não esqueça de analisar ainda a mola da suspensão, que trabalha em conjunto com o amortecedor. Lembre-se que a peça trabalha constantemente para manter o veículo suspenso, além de nivelar em relação ao solo. Com desgaste, a mola apresenta alguns sintomas que indicam o momento da troca. Além de deixar o veículo desnivelado, mostra marcas das interferências sofridas entre seus elos, provocando desplacamento da pintura que cobre a peça.

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Obs.: A troca de molas deve ser feita a cada duas trocas dos amortecedores.

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E quando trocar o amortecedor?

Além da revisão e manutenção preventivas, que devem ser realizadas conforme a recomendação do fabricante, algumas ocorrências podem ajudar a diagnosticar um amortecedor com problemas: perda de estabilidade, impactos secos ou ruídos na suspensão e deformação nos pneus são alguns dos sintomas.

Vale lembrar que antes de aplicar o produto novo, é necessário verificar se os códigos do produto e da embalagem correspondem ao que está sendo retirado do veículo na manutenção.

4) Não esqueça de preencher corretamente o Certificado de Garantia, com os dados do veículo/cliente e de fixar a etiqueta que vem na embalagem. Dessa forma, a fábrica pode assegurar a garantia do produto instalado, caso necessite ser substituído.

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5) Antes de instalar o novo amortecedor, é importante realizar o escorvamento na peça, que geralmente é armazenada na horizontal, acarretando no assentamento do óleo e do gás que ficam dentro da peça e provocando falhas de funcionamento. O escorvamento consiste em realizar, de forma manual, o movimento de trabalho do amortecedor para provocar a movimentação interna dos fluidos e permitir que o componente suporte a carga necessária sem sofrer danos.

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Obs.: Após realizar o escorvamento não coloque o amortecedor na posição horizontal novamente, para não perder o efeito do procedimento.

6) Agora é a vez de montar o novo kit do amortecedor traseiro. Comece com a instalação do batente de final de curso na haste. Em seguida, coloque a arruela de proteção interna, o guarda-pó, a arruela externa, o tubo ou bucha de metal e o batente de borracha.

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Obs.: Fique atento, pois a posição de encaixe do batente de borracha possui lado correto para a montagem.

7) Em seguida, com o conjunto montado, faça a instalação no veículo. Comece pela parte superior. Fixe a peça e coloque o parafuso na parte inferior. Abaixe o elevador e, com a suspensão do veículo apoiada para comprimir a mola, coloque o batente de borracha na fixação superior (atenção novamente para o lado certo de montagem), encaixe a arruela e a porca de fixação que deve sempre ser substituída por uma nova.

 

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Obs.: Para facilitar a fixação, utilize uma chave de boca para segurar a haste até a parte autotravante da porca acionar. Procure apertar apenas o suficiente para a fixação do conjunto, sem exagerar, para não provocar o esmagamento do batente de borracha (7A).

Procure, também, sempre apoiar a suspensão em um cavalete ou macaco, o ideal é deixar o eixo na posição normal de trabalho. Isso evita que os componentes de borracha sofram danos pela bucha de metal, provocados pela carga lateral que o conjunto sofre ao ser montado sem o devido apoio (7B).

8) Para finalizar, retire o macaco ou cavalete e reinstale a roda no veículo. Lembre-se de que o aperto dos parafusos deve ser feito de forma cruzada para garantir o perfeito assentamento da roda.


Suspensão dianteira

Agora, está na hora de fazer a análise do conjunto dianteiro da suspensão do veículo. Lembre-se de realizar esses diagnósticos com a roda ainda instalada, pois assim fica mais fácil efetuar os movimentos laterais necessários para a análise.

1) Verifique a presença de folgas nos coxins, terminais, pivôs e bandejas para evitar que o novo amortecedor instalado tenha a sua vida útil prejudicada.

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Obs.: Sempre que o veículo apresentar folga excessiva no batente superior, a peça também deve ser substituída. Veja a necessidade de trocar outras peças e faça o serviço completo, para não avariar os novos componentes que estão sendo trocados.

2) Comece removendo a roda. Agora, solte as fixações da bieleta e as porcas de fixação do conjunto para retirar o sistema do carro.

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3) Faça a desmontagem e análise do conjunto dianteiro numa bancada. Utilize a ferramenta adequada para comprimir a mola antes de desmontar. Solte a fixação superior e retire o conjunto mola/guarda-pó.

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Obs.: Quando desmontar o conjunto, verifique se o batente de final de curso está avariado, o que pode danificar, por conta dos impactos sofridos, o conjunto batente superior e rolamento.

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4) Inspecione as molas em busca de marcas de interferência entre os elos ou desplacamento da tinta, que são sinais de desgaste que condenam a peça. Cheque também a coifa que protege a haste do amortecedor.

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5) Inicie agora a montagem do kit no conjunto dianteiro. Verifique o posicionamento correto de encaixe das peças para evitar desgaste prematuro e defeitos de aplicação.

Obs.: Mais uma vez, não esqueça de fazer o escorvamento do amortecedor.

6) Em primeiro lugar, encaixe o batente da haste. Monte a mola, tomando o cuidado para o perfeito assentamento da peça no encaixe do prato. Encaixe o guarda-pó e o prato superior, que também têm a posição correta de assentamento. Monte o rolamento e encaixe a porca de fixação.

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Obs.: O aperto final da porca só deve ser aplicado depois que o veículo estiver apoiado no solo.

7) Solte a ferramenta que está segurando a pressão da mola e encaixe o coxim superior. Faça uma análise final no encaixe entre as partes do conjunto antes da montagem no veículo.

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8) Agora, comece a montagem do conjunto no veículo pela parte superior. Fixe o conjunto com uma porca nova.

 

9) Encaixe a parte inferior em seu suporte, coloque a bieleta e os parafusos de fixação.

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10) Monte novamente a roda apertando o parafuso de forma cruzada. Verifique se há folgas. Apóie o veículo no solo e faça o aperto final da parte do coxim superior da suspensão.

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Quando terminar a montagem, não esqueça de acertar a geometria da suspensão, por meio dos procedimentos de alinhamento no veículo.
Antes de devolver o carro ao cliente, faça alguns testes de rodagem para garantir um serviço de qualidade e evitar reclamações posteriores.

Colaboração técnica: Affinia Automotiva

6 comentários em “Avaliação e troca dos componentes do Honda Fit

  1. Ola, eu acho que meu carro está com as molas cansadas, ele ja está com 138mil km, so sei q quando eu passo em um quebra-molas eu tenho que ficar manobrando ele pra não raspar, os amortecedores estão bons se eu colocar outro tipo de molas ou as originais será que pode resolver essa situação…aumentando os números de volta das molas e saindo do original, pois será que a estabilidade não ficará ruim?
    grato..!

  2. otima materia gostaria de ver a vista explodida desse amortecedor pois tenho um clinete que trocou tudo em outra loja e o coxim nao fecha com a lataria (fica alto e com uma folga orrivel

  3. Preciso fazer a troca dos amortecedores dianteiro do meu Honda Fit LXL 2010/2011 e gostaria de saber se existe muita diferença entre as marcas Monroe, Nakata e Cofap, alguma dica ou recomendação?
    Parabéns pelo site!

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