jul 30, 2015
Acompanhe nessa reportagem os tipos e as características dos cabos de ignição, componentes que têm durabilidade limitada e que exigem procedimentos e cuidados importantes na hora da substituição
Carolina Vilanova
Não basta apenas trocar as velas, para o bom funcionamento do sistema de ignição de um veículo na hora da manutenção, checar as condições dos cabos das ignição e fazer a correta substituição quando necessário é imprescindível para que o conjunto continue seu bom desempenho. Nessa matéria, realizada com o apoio da NGK do Brasil, mostramos quais as características e os tipos de cabos de ignição utilizados nos veículos atuais, enfatizando que cada um tem sua aplicação específica.
A função do cabo de ignição é levar a corrente do transformador ou bobina até a vela de ignição, sem permitir fugas de corrente e assegurando uma ignição sem falhas. Para isso, o cabo precisa ter algumas características, que são:
• maior resistência a altas temperaturas, pois o ofre do motor atinge temperaturas acima de 150º C;
• maior supressão de ruídos porque hoje todos os veículos possuem equipamentos eletrônicos e o cabo ajuda a filtrar a interferência por rádio frequência;
• maior rigidez de elétrica, ou seja, a tensão utilizada no sistema de ignição está cada vez mais alta e o cabo tem que resistir a essa tensão sem que ocorra a fuga de alta tensão;
• a resistência a ataques químicos, como vazamento de óleo e de combustível.
De acordo com as informações de Hiromori Mori, da área de Assistência Técnica da NGK, a empresa tem dois tipos de cabos de ignição: O SC (Supressor no Fio, Cabo Resistivo) e o ST (Supressor no Terminal, Terminal Resistivo). “O que muda é a forma de confecção de cada um, o SC é um cabo supressivo de fio de níquel-cromo e o ST tem terminais resistivos. É importante frisar que o tipo do cabo é determinado pela montadora para um veículo específico e não pode ser trocado por outro”, afirma.
No primeiro tipo, o cabo supressivo de fio níquel-cromo contém revestimento de EPDM (Material de borracha) na parte branca da borracha, o que proporciona maior rigidez de elétrica e aguenta mais de 60 mil V. A parte externa do cabo dá proteção a ataques químicos e suporte a altas temperaturas. O fio de níquel-cromo faz a condução da energia elétrica. “Outra característica desse tipo de cabo é a resistência, que está no próprio fio, então, quanto maior o comprimento do fio, maior a resistência e quanto menor, menor a resistência”, explica.
Outro tipo de cabo disponibilizado é o ST, cuja resistência está no terminal lado vela transformador e do lado da vela, logo, tanto faz o comprimento do fio, a resistência é sempre a mesma. “Temos uma resistência de níquel-cromo no terminal e o fio é um mero condutor de corrente elétrica, com maior rigidez de elétrica”, analisa Hiromori.
Teste de resistência Ôhmica
O mecânico deve efetuar os testes de resistência ôhmica toda vez que suspeitar que os cabos apresentam problemas de funcionamento. Para isso, é preciso que o técnico tenha um multímetro ou um ohmímetro devidamente aferido e em bom estado de conservação. Meça o valor de resistência ôhmica entre os terminais do cabo na escala de 20 k?. Confira os valores respectivos de cada tipo de cabo:
Cabos SC: resistência no próprio cabo, então cada cabo tem um valor de resistência diferente. A resistência é de 7,5 k? por metro, com uma tolerância de 40%. Coloque o multímetro na escala de 20 k? e coloque as pontas do multímetro nas duas extremidades do cabo. Faça a medição. O cabo mais curto tem valor menor do que os maiores.
Cabos ST: a resistência está nos terminais, então, independentemente do tamanho do cabo, a resistência vai ser a mesma. Para os cabos de ignição de 4,0 a 8,0 k? e para os cabos da bobina, de 1,0 a 3,0 k ohms.
Manuseio e instalação dos cabos
Para instalar um cabo de ignição, observe o perfeito alinhamento do cabo com a vela. Na hora de retirar o cabo, devemos girar o cabo pelo terminal para descolar da vela antes de puxá-lo, sem danificar o cabo. O cabo deve ser sempre manuseado pelo terminal.
Hiromori explica tendo como exemplo um cabo em corte, que quando se coloca e retira um cabo desalinhado o processo é dificultado e a ponta da vela, que é de metal, vai danificar a parte interna do cabo, que é de borracha. “Se desalinhar, o pino terminal do cabo pode travar na vela de ignição e não será possível fazer o desencaixe”, complementa.
Erros de manuseio:
1) Uso de ferramenta inadequada como o alicate, que corta a capa de borracha provocando fuga de alta tensão.
2) Deixar o fio do cabo solto, podendo entrar em interferência com outras peças do motor e ser danificado por atrito ou alta temperatura.
3) Puxar o cabo pelo fio, danificando o terminal, que desprende o conector metálico.
4) Instalar cabos com conectores oxidados, por isso, observe sempre o estado dos conectores do cabo e substitua em caso de necessidade.
Teste do cabo no veículo
Quando o teste é feito no próprio veículo, aterre um fio terra no motor e passe o fio em todo o comprimento do cabo de ignição. Com o motor ligado, quando o cabo tem fuga de corrente, o veículo começa a falhar.
A indução da corrente elétrica passando pelos fios gera campo eletro-magnético que vai carregando os cabos. “Podemos observar que do cabo de ignição está pulando algumas centelhas para o fio terra, mas o veículo não falha, isso é corrente parasita”, diz.
O mecânico deve ficar atento para não confundir o efeito corrente parasita com fuga de corrente, que ocorre em um único ponto, enquanto a corrente parasita ocorre ao longo do cabo de ignição. Quando o efeito é de fuga de corrente, há falha do motor quando o fio terra passa próximo ao ponto de fuga.
“A corrente parasita é causada pelo próprio funcionamento do motor, então se abrir o capô do motor durante a noite é comum enxergar raios correndo pelos cabos de ignição, mas não significa que o carro está com problemas”, completa Hiromori.
Manutenção e inspeção
A recomendação de manutenção preventiva dos cabos é que sejam substituídos a cada três anos. Mas se o veículo roda muito é indicado que troque a cada 70 mil km. Em casos de veículo com GNV, a vida útil do cabo é reduzida pela metade.
É bom lembrar, para efeito de inspeção veicular, que falhas de ignição podem fazer com que os índices de hidrocarbonetos (HC) fiquem elevados na hora da medição, por isso, a dica é substituir os cabos de ignição.
Flash Over
O efeito flash over acontece quando há fuga de corrente entre o terminal do cubo e a vela de ignição, formando um arco voltaico. Nessa situação, tanto a vela quanto o cabo ficam marcados por onde percorreu a alta tensão. Assim, o técnico deve substituir as velas e os cabos. Observe que podem ocorrer entre a torre do transformador e do cabo de ignição, exigindo a troca desses componentes.
Nos cabos de ignição, aparecem riscos esbranquiçados no lado interno do terminal de borracha.
Causas do flash over
* velas de ignição com desgaste acentuado nos eletrodos
* mistura pobre, principalmente, no GNV
* ponto de ignição atrasado
* folga excessiva entre os eletrodos da vela
* presença de resíduo, umidade ou folga entre a capa protetora de borracha do cabo de ignição e a superfície do isolador cerâmico da vela e/ou torre da bobina/transformador
* taxa de compressão elevada
Falhas
Manuseio
Aspecto do cabo: corte na capa de borracha e/ou aspecto na blindagem
Problema: cabo pode apresentar fuga de corrente e consequentemente falhas no desempenho do motor
Causa: uso de ferramentas inadequadas para o manuseio dos cabos (alicates, chaves de fenda, etc)
Solução: substituir os cabos
Oxidação
Aspecto do cabo: formação de oxidação (Zinabre) nos conectores do cabo
Problema: aumento da resistência ou isolação na passagem de corrente elétrica e consequentemente falhas no desempenho do motor
Causa: má conexão entre os terminais ou presença de umidade ou ataque químico nos terminais
Solução: substituir os cabos e revisar os componentes afetados
Atrito
Aspecto do cabo: cabo apresenta marcas de desgaste por atrito ou derretimento
Problema: cabo pode apresentar fuga de corrente, consequentemente falhas no desempenho do motor
Causa: contato dos cabos com as partes móveis ou quentes do motor, devido a fixação de arranjos inadequados
Solução: substituir os cabos e utilizar fixadores e arranjos adequados
nov 01, 2019 0
Terceira edição estreia a área do Box Técnico, com 36 palestras das empresas participantes, além das 15 palestras no Auditório principal Por: Anamaria Rinaldi Fotos: Alexandre Andrade O 3º Congresso Brasileiro do...out 31, 2019 0
O Congresso Brasileiro do Mecânico, que chegou a sua terceira edição no dia 26 de outubro em São Paulo, contou com uma novidade que mexeu com os participantes: os boxes técnicos. Foram seis espaços direcionados...nov 01, 2019 0
Nesta edição, o 3º Congresso Brasileiro do Mecânico contou com 39 estandes e 41 empresas apoiadoras. Elas participaram ativamente do evento, expondo produtos e divulgando informações técnicas em seus estandes,...
Amigo, tenho um voyagem 1.6 e a luz da injeção eletrônica vive acesa, ja troquei sonda lambida, sensor do liquido de arrefecimento, e outroa, não teve jeito, eu apago desligando o cabo negativo da bateria mas com dois dias acende outra vez, será o cabo de vela que tem que ser trocado?, já passou dos 100.000 km rodado e nunca foi trocado.
Gostaria tira minha duvida. Meu cabos do corsa bosh premiun esta dando de 2k menor a 4 k o maior. Esta correto ou devo troca? As velas estao dando 3 k acima? Agradeco se responde minha duvida
Parabéns.
Informações bastante instrutivas e altamente técnica, de grande valia para aqueles que tem compromisso com o bom funcionamento de seu veículo.
Na qualidade de usuário de veículos à mais de quarenta anos, desejo a todos sucessos na continuidade de seus trabalhos.
Nunca esqueça de nos ajudar. PARABÉNS.
Abraços.
Medi os cabos de minha ranger ano 2000 V6 movida a GNV e eles estão
dando 0.00 na escala de 20k . Será que os cabos estão ruins, acho que ela
falha um pouco na retomada de velocidade.
qual a melhor marca de cabo de velas que voces pode indicar para o classic life vhc 1.0 8v flex 2007
choque no cabo de vela mesmo segurando nas partes emborraçadas isso e normal
Olá, Sidnei. De jeito nenhum! Com certeza, o cabo está sem isolamento. Um abraço.
Tenho um meriva 2008 else tem um defeito que so 4000mil giros ele perde a acelaracao o que pode se ja torque a soda lambda mais nao e ja torque sensor de rotacao ja torque o corpo due borboleta make ainda esta acontesedo o que pose ser
pode substituir o cabo de vela do palio fire pelo cabo de vela do gol gv
Boa noite, tenho um ford ka 2009, 11 mil kilometros rodados só , carro de garagem, mas em baixa rotação , segunda marcha ou tercira perde a potencia e treme o pedal do acelerador, tem um pouco de oxidação nos conectores dos cabos , possivel causa do problema são os cabos?
Raimundo, não recomendamos adaptações. Cada motor tem sua especificação.
Um abraço.
Sim, com certeza.
tenho um polo 2004 heth já fiz revisão completa mas sempre tem problema elétrico e direção sempre da problema pode me dar uma dica ;o que posso fazer pra evitar este problema?
Tenho uma DOBLO actrative 1.4 12/13.
Posso usar velas e cabos da marca Delph?
É se o veículo roda com G N V
AS VELAS E CABOS qual a orientação.
Desde ja agradeço.
Boa tarde tenho um Agile 11/11 na alta a luz da injeção pisca e carro perdi potência.
Fizemos o rastreamento mas não acusou nenhuma falha, porém medi a resistência dos cabos de vela e tem dois que ficou zerado será que pode ser os cabos?
Gostei muinto desse esclarecimento sobre os cabos
tenho uma kia sportage 2.0 16 v 4×4,98, GAS. e GNV,TENHO TIDO PROBLEMAS COM CABOS DE VELAS, EU TROCO AI FICA UM TEMPO BOM, AI DERREPENTEMENTE COMEÇA AMARRAR E DESLANCHA E DA AQUELES ESTOURO. QUAL O CABO IDEAL E VELAS. OBRIGADO.’.
tenho uma kia sportage 2.0 16 v 4×4,98, GAS. e GNV,TENHO TIDO PROBLEMAS COM CABOS DE VELAS, EU TROCO AI FICA UM TEMPO BOM, AI DERREPENTEMENTE COMEÇA AMARRAR E DESLANCHA E DA AQUELES ESTOURO. QUAL O CABO IDEAL E VELAS. OBRIGADO.’.
OBS: EU POÇO SUBSTITUIR O CABO SUPRESSIVO DE VELA PARA O COMUM NA SPORTAGE ? ME RESPONDA POR FAVOR COM URGÊNCIA.MEU: sac.gmb34@yahoo.com.br
Ola Boa noite, comprei cabos de iguinição NGK para S10/4.3/V6, fui medir a resintencoa dos cabos fiquei meio frustrado, porq ñ escala de 20k no multimetro de menos de 3k alguns ,outros deu 2,85 k o da bobina deu 2,53k sendo q o velho deu 350k sera q pode dar problemas apesar dos cabos serem novos??
se puderem mandar aresposta pelo meu email, agradeço
GINO, vc ja resolveu o problema? Gino, eu tive problema bem parecido com o teu… depois q troquei rotor ,tampa do distribuidor, cabos, velas, depois de gastar os tubos, descobri q o problema era uma vela partida/quebrada a parte da louça e vazava centelha e o carro ficava muito ruim, ñ tinha desempenho… no começo ia bem derre pente amarrava e deslanchava a lenta muito quadrada. troquei as velas resoveu, ficou boa… vc tem q verificar as velas señ tem nenhuma vela partida/ quebrada a parte da louça blza.
DEVE SE TROCADO ,
O RESISTOR DEVE TER DERRETIDO OU QUEBRADO
se o carro tiver ligado sim ,
cuidado a tensão e muito grande, e perigoso
faça qualquer tipo de manutenção com o veiculo desligado, sempre.
pode ser cabos de velas ou algum sensor que esta fazendo a leitura errada.
Boa noite,tenho um ecosport. Duratec 2.0 16v troquei cabo de velas,velas e bobina e mesmo assim os cabos continuam soltando,o que pode ser.
Estou com o mesmo problema!! gostaria de saber!
Olá eu tenho um Astra que acontece algo parecido. Conversei com um amigo mecânico e ele me disse que sempre vê isso acontecer em carros com sistema a Gás GNV Combustível. Será essa a solução de sua dúvida?
Luizão, só hoje vi sua resposta agradeço , ainda to com o mesmo problema com os BACK FIRE, me falaram pra trocar os cabos de 8mm supressivos (sc)para os de 8mm núcleo de cobre não deu certo vai +- no gnv ainda da pequenos back fire,mas na gasolina guando acelera morre , não é fácil mas também não é impossível né . MAS AINDA PRECISO DE AJUDA. OBRIGADO. OBS. VOU COMPRAR 3 METROS DE CABOS SUPRESSIVOS E TIRAR OS DE NÚCLEOS DE COBRE E SEJA QUE DEUS QUISER. (MEU CARRO, SPORTAGE 98 4CC 2.0 16V IGNIÇÃO ELETRÔNICA.
Luizão, só hoje vi sua resposta agradeço , ainda to com o mesmo problema com os BACK FIRE, me falaram pra trocar os cabos de 8mm supressivos (sc)para os de 8mm núcleo de cobre não deu certo vai +- no gnv ainda da pequenos back fire,mas na gasolina guando acelera morre , não é fácil mas também não é impossível né . MAS AINDA PRECISO DE AJUDA. OBRIGADO. OBS. VOU COMPRAR 3 METROS DE CABOS SUPRESSIVOS E TIRAR OS DE NÚCLEOS DE COBRE E SEJA QUE DEUS QUISER. (MEU CARRO, SPORTAGE 98 4CC 2.0 16V IGNIÇÃO ELETRÔNICA. sac.gmb34@yahoo.com.br
Boa noite, tive o mesmo problema durante muito temo com meu Gol g5 1.6. Ele vivia acendo a luz da injeção eletronica. Levava no mecanico e ele dizia que era vela e cabo. Trocava e depois de alguns dias começava a falhar e a luz acendia novamente. fazia a troca e depois de alguns dias acendia novamente até que em outro mecânico ele me falou que o problema era o bico da injeção que estava com problemas, nem a limpeza resolveu,o bico foi trocado e o problema foi resolvido.
posso colocar DIODO E RESISTOR ( IBOOSTER) no cabo 8mm supressivo da kia sportage ?
Tenho Santana 2.0 GNV cabos vela ngk trocados a 6 meses , o carro fica mais parado e quase não rodo, liguei ele de madrugada tudo escuro e notei que sai uma faísca bem de leve na lenta mas não é continua sai aí para aí sai na bobina no encaixe do cabo e sai uma faísca bem leve nos cabos que estão perto de partes metálicas do motor, mas o carro não falha , funcionamento perfeito e motor muito forte, ele estava falhando aí eu troquei o rotor e tampa do distribuidor e resolveu, obrigado.
Olá, você pode tirar suas dúvidas na nossa nova ferramenta, o MecânicoPro. Acesse https://mecanicopro.com.br. Você encontrará uma biblioteca de materiais para consulta sobre problemas recorrentes, além de contar com o atendimento de técnicos qualificados, via chat, em tempo real.
Gostaria de saber se a marca de cabo. MX cabo é boa.
Gostaria de saber se a marca de cabo MX é boa !!