O catalisador pode deixar de funcionar corretamente, por exemplo, devido ao uso de combustível adulterado ou problemas nas velas e cabos de ignição
Essenciais para o controle de emissões de poluentes, os catalisadores automotivos também podem perder sua função por diversos motivos, como desativação química, desativação térmica e desativação física/mecânica.
“A perda de atividade é um processo normal e gradativo a partir do quilômetro zero. Porém, os catalisadores são projetados para atender à legislação específica de durabilidade mínima, que no Brasil é de 80 mil km, até o PL6, e de 160 mil km, a partir do PL7”, explica Miguel Zoca gerente de Aplicação de Produto da Umicore.
Veja as causas mais comuns da perda de atividade do catalisador automotivo:
Desativação química
Ocorre devido à contaminação excessiva de substâncias presentes no óleo lubrificante, como cálcio, magnésio, fósforo e zinco, causada ao utilizar lubrificante diferente daquele especificado. Outros motivos podem ser o uso de combustível adulterado ou devido ao enxofre presente na gasolina, que também pode reduzir momentaneamente a atividade do catalisador. Contudo, em temperaturas de uso mais altas (em alta velocidade), a peça se regenera.
Desativação térmica
É causada por falhas no sistema de suprimento e de ignição de combustível, seja pelo excesso de combustível não queimando na câmara de combustão – que acaba sendo queimado dentro do catalisador -, pelo uso de combustível de má qualidade ou ainda por problemas nas velas e cabos de ignição (vida útil excedida ou procedência de má qualidade).
Desativação física/mecânica
Ocorre devido a um choque ou batida muito forte do automóvel, danificando o catalisador.
Como saber se o catalisador perdeu a atividade?
De acordo com a Umicore, as falhas no catalisador podem ser identificadas por uma luz acesa no painel, em formato de motor. Também é possível observar perda de potência do automóvel no caso de desativação térmica. “O melhor é fazer todas as revisões do veículo, utilizar sempre o óleo lubrificante correto, conforme o manual do automóvel, e não abrir mão do combustível de qualidade”, orienta Miguel Zoca, da Umicore.