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Como trocar os amortecedores do Fiat Stilo

Acompanhe nessa reportagem como trocar os amortecedores do Fiat Stilo e a inspeção de outros componentes que fazem parte do conjunto

Carolina Vilanova

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Um fator muito importante para executar um serviço de reparo e troca dos componentes da suspensão, é saber decifrar com precisão à reclamação do proprietário. Onde está fazendo barulho afinal? É a partir dessa resposta que se deve fazer o diagnóstico do problema para saber quais peças devem ser trocadas? Bom, isso o técnico só vai saber depois que fizer esse diagnóstico somado à inspeção do sistema já com o veículo no elevador.

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O Fiat Stilo utilizado nesse procedimento, transmitido em vídeo no nosso programa O Mecâniconline (www.omecanico.com.br), passou por essa verificação sem nunca ter feito a manutenção preventiva. Depois de colocado no elevador, foi feito um minucioso exame visual dos componentes. A dica de Antonio José Corassini, da área de Assistência Técnica e Desenvolvimento de Novos Produtos da Cofap, é inspecionar coifas, batentes, estado das molas, caixa de direção, braço axial, rolamento de roda e amortecedores.

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O mecânico também deve ficar atento se existem ruídos na caixa de direção e nos rolamentos de roda. Além disso, deformações e o estado dos sulcos nos pneus podem influir no desempenho do veículo em relação ao conforto e estabilidade. “Faça a checagem na suspensão traseira e na dianteira, em ambos os lados, pois são componentes diferentes, possuem características próprias e os métodos de avaliação são específicos. Nesse procedimento, foi detectado vazamento de óleo no amortecedor do Stilo”, explica.

 

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É essencial observar todos os componentes da suspensão e seus agregados, bucha de bandeja, pivô, além do sistema de escapamento; enfim, tudo o que é chamado de undercar. Examine também a coifa e o estado da junta homocinética, além de verificar as coifas fixas nas rodas e as deslizantes na saída do câmbio. Cheque ainda o estado da bieleta, que liga a barra estabilizadora, do terminal de direção e suas coifas e o pivô. Se as coifas, ou guarda-pó, estiverem apresentando rasgos, trincas ou vazamentos necessitam de substituição.

Faça a análise do estado da bucha da bandeja quanto à folga ou deterioração da borracha e dos coxins do motor e do câmbio. Se necessário, substitua os componentes avariados. “Lembre-se do protetor de cárter que, quando solto ou mal fixado, faz barulho e pode ser relacionado com problema na suspensão. É importante ver se há vazamento no motor ou câmbio, todo óleo é prejudicial à borracha e pode colocar em risco a durabilidade do novo componente”, observa.

Mais uma vez não se esqueça dos componentes do sistema de escapamento: catalizador, silencioso, exaustores e fixações em geral. Na suspensão traseira, verifique o estado da mola em relação à ferrugem ou trincas, além da região de contato entre os elos. Analise o amortecedor, os rolamentos de rodas (se possuem folga), os pneus (desgaste ou deformações), as rodas (amassadas ou tortas), além da bucha do quadro traseiro e toda a sua fixação.

Remoção do amortecedor

1) Em seguida, vamos trocar o amortecedor, para isso, afrouxe a porca superior e solte a roda para ter acesso à fixação do amortecedor, que é estrutural.

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Obs: Um ponto importante é a utilização da pneumática somente na hora de soltar. Para apertar, faça manualmente e use o torquímetro.

2) Solte a fixação inferior do amortecedor e, em seguida, os cabos do ABS e os flexíveis de freios.

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3) Retire o amortecedor da manga de eixo e remova do veículo, levando em seguida até a bancada para a desmontagem.

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4) Com o amortecedor na bancada podemos examinar com mais cuidado o batente, o guarda-pó, o coxim superior, o rolamento e a parte da fixação, para ver se é necessário trocar mais algum componente.

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5) Depois, é preciso comprimir a mola para aliviar a tensão do conjunto superior. Para isso, use o equipamento com segurança. Solte a fixação superior e retire a peça.

 

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Obs: Podemos verificar vazamento no amortecedor, mas é bom prestar atenção se o óleo é do amortecedor ou se é uma pulverização com óleo ou outro produto usado numa eventual lavagem.

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6) Outro detalhe é a análise da haste do amortecedor, afinal a região do selo (retentor da haste) é de alta temperatura e quanto maior a quilometragem mais escura fica a haste, o que indica a necessidade da troca

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Escorvamento

Confira se a aplicação está correta para o veículo e faça o escorvamento no amortecedor, que nos modelos atuais é bitubular, antes de instalar o item no carro. Podemos verificar neste exemplo o que acontece quando o amortecedor fica muito tempo no estoque deitado, equalizando as câmeras de óleo, criando uma área sem fluido.

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Por isso, antes de instalar, coloque o amortecedor na posição de montagem e comprima até o final, depois, abra e feche, para encher o tubo de pressão com o óleo. Faça esse movimento até que, no início da compressão, desapareça a folga. Depois não deite o amortecedor para não entrar ar no tubo de pressão novamente.

 

Montagem do amortecedor

1) Para instalar o amortecedor, a operação vai ser a inversa da desmontagem. Veja a condição dos componentes agregados, se precisam ser trocados.

2) Descomprima a mola e cheque a posição dos componentes, que é: posicionar a mola no local correto, assim como o prato superior. O ideal é consultar a recomendação do fabricante para a montagem correta.

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3) Na instalação, fixe o amortecedor sem dar o aperto final. Monte os agregados: flexível de freios e cabos de ABS. Aplique o aperto final manualmente e com o torque especificado, assim como os outros componentes da suspensão, sempre no sentido inverso da desmontagem.

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4) Coloque a roda, com a porca do parafuso na mão para depois apertar com o torquímetro, e a fixação superior do amortecedor. Depois de fazer o trabalho na suspensão, faça o alinhamento de direção para conferir os ângulos de geometria que possam ter sido desalinhados no procedimento.

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5) Em seguida, retire a porca superior e a arruela de fixação e confira o torque da porca inferior que está segurando o conjunto. Em seguida, coloque a arruela e a porca superior. Para finalizar, dê o torque nos parafusos das rodas de acordo com a recomendação do fabricante.

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Eixo traseiro

1) Na parte traseira da suspensão, solte a fixação superior do amortecedor e eleve o veículo.

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2) Solte o parafuso inferior e remova o amortecedor. Faça uma análise nos componentes removidos e aproveite para checar os calços da mola e a mola, que devem estar com a fixação e as condições de trabalho adequadas. Se necessário, faça a troca das peças que estiverem avariadas.

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3) Na montagem, siga com o processo inverso, ou seja, fixe o amortecedor primeiramente por baixo.

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Obs: não faça o torque de aperto final neste momento. O adequado é fazer o aperto final com o veículo apoiado no chão.
4) Abaixe o veículo, fixe o amortecedor pela parte superior e faça o aperto final na parte inferior em seguida.

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Testes dos amortecedores

1) Após a montagem dos amortecedores no veículo, vamos testar a suspensão utilizando uma plataforma específica, que avalia os amortecedores conforme as especificações recomendadas.

2) Primeiramente, alinhamos o eixo dianteiro na posição de teste onde será feita a análise da roda esquerda e depois a da direita.

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3) O mesmo processo será feito em seguida no eixo traseiro. O equipamento vibra a suspensão e mede a ressonância que é a resposta da suspensão, comparando com os valores obtidos com os recomendados.

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4) Além de realizar o teste de forma individual, o equipamento permite medir a eficiência do eixo, comparando os valores de cada lado entre si e analisando se existe algum problema que possa resultar em desequilíbrio na suspensão.

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